A seguir, analisaremos cada uma das afirmações, fundamentando a explicação com base em conhecimentos de interpretação e compreensão de textos, além dos recursos da norma culta da Língua Portuguesa.

Análise da Afirmação I:
Os versos “Às vezes você me pergunta / Por que é que eu estou tão calado / Não falo de amor quase nada / Nem fico sorrindo ao teu lado...” indicam que há um diálogo e uma relação estabelecida entre o eu lírico e o interlocutor, o que sugere, ainda que de forma indireta, que já houve uma experiência ou história vivida entre eles. O fato de o eu lírico mencionar “ao teu lado” reforça a ideia de que há um relacionamento, mesmo que conflituoso ou ambíguo. Portanto, a afirmação I revela uma interpretação plausível e condizente com o texto.

Análise da Afirmação II:
A afirmação de que “a música sugere que a felicidade humana está diretamente ligada à conformidade com as normas sociais e religiosas” não encontra respaldo na leitura do texto. A letra, que se caracteriza pelo uso de oposições e paradoxos – como “o tudo e o nada” ou “o início, o fim e o meio” –, apresenta uma visão existencial multifacetada do ser. Em vez de sugerir que a felicidade dependa de aderir a normas externas, o texto convida à reflexão sobre a própria natureza da existência, sem vincular essa natureza à conformidade com valores sociais ou religiosos. Dessa forma, a afirmação II não condiz com o conteúdo apresentado.

Análise da Afirmação III:
A afirmação III sustenta que “não é possível afirmar que a canção trata sobre a busca por sentido e identidade”. Contudo, uma leitura mais atenta revela que a letra é, justamente, um convite à reflexão sobre a própria essência do ser e os paradoxos existenciais – temas diretamente relacionados à busca por sentido e à construção de identidade. Desta forma, é possível sim interpretar o texto como uma representação desse processo existencial, o que demonstra que a afirmação III é equivocada.

Alternativa Correta:
Diante do exposto, conclui-se que as afirmações II e III são as incorretas, enquanto a afirmação I se mostra coerente com o conteúdo apresentado. Assim, a resposta correta, que indica quais afirmações estão incorretas, é a alternativa D.

Gabarito: Letra D

Eu, que já andei pelos quatro cantos do
mundo procurando
Foi justamente num sonho que Ele me falou

Às vezes você me pergunta
Por que é que eu estou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao seu lado
Você pensa em mim toda hora
Me vem, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar

Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar

Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou

Eu sou o seu sacrifício
A placa de contramão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição

Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada

Por que você me pergunta?
Perguntas não vão mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar

Você me tem todo o dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim

Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa
Nos "peg-pagues" do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo

Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
É, mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio

O início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio

Analisando o poema “Como te amo”, observamos a presença marcante de comparações e imagens poéticas que intensificam o sentimento do eu lírico. Na primeira afirmação, é destacado que “o eu lírico utiliza comparações para expressar seu sentimento”. De fato, o poeta recorre a diversas comparações, utilizando elementos da natureza – como "o silêncio", "a luz", "o aroma" e outros fenômenos – para ilustrar e intensificar o amor, recurso que reforça a carga emotiva do poema. Trata-se de um recurso estilístico que enriquece a expressão dos sentimentos.

Por outro lado, as afirmações II e III sugerem que o amor manifestado pelo eu lírico seria passageiro e desprovido de profundidade. No entanto, ao lermos atentamente o texto, percebemos que o amor ali expresso transcende a efemeridade e assume contornos de uma paixão intensa e duradoura. O poema não indica a natureza transitória do sentimento; pelo contrário, a repetição de “Como se ama” e a construção de imagens poéticas revelam um amor que abrange todos os aspectos da existência – desde elementos naturais até valores elevados como “a virtude” e “a Deus”. Assim, tais alegações são infundadas e destoam da proposta estética e emocional do texto.

Dessa forma, podemos concluir que enquanto a afirmação I está correta, as afirmações II e III não condizem com o entendimento do poema, pois o amor do eu lírico é demonstrado como profundo, intenso e absoluto, e não passageiro ou superficial.

Alternativa Correta:
Gabarito: Letra D

Como eu te amo
Como se ama o silêncio, a luz, o aroma,
O orvalho numa flor, nos céus a estrela,
No largo mar a sombra de uma vela,
Que lá na extrema do horizonte assoma;

Como se ama o clarão da branca lua,
Da noite na mudez os sons da flauta,
As canções saudosíssimas do nauta,
Quando em mole vaivém a nau flutua;

Como se ama das aves o gemido,
Da noite as sombras e do dia as cores,
Um céu com luzes, um jardim com flores,
Um canto quase em lágrimas sumido;
 
Como se ama o crepúsculo da aurora, 
A mansa viração que o bosque ondeia,
O sussurro da fonte que serpeia,
Uma imagem risonha e sedutora;

Como se ama o calor e a luz querida,
A harmonia, o frescor, os sons, os céus,
Silêncio, e cores, e perfume, e vida,
Os pais e a pátria e a virtude e a Deus:

Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti. — Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta de sofrer, por tudo eu te amo. 

A questão apresenta um poema que utiliza diversas imagens da natureza para descrever um amor de forma transcendente e abrangente, incluindo elementos da religiosidade e do sentimento de pertencimento à pátria. Ao analisar as afirmações, observamos que a Afirmação I é a única correta, pois o poema, ao mencionar “os pais e a pátria e a virtude e a Deus”, revela não só a intensidade do amor, mas também a imbricação de sentimentos de fidelidade à pátria e de devoção religiosa, caracterizando traços de nacionalismo e religiosidade.

Em contrapartida, a Afirmação II apresenta um enunciado incorreto, pois o eu lírico não se restringe a mencionar ou vivenciar momentos exclusivamente felizes; pelo contrário, ele enfatiza a intensidade e a totalidade de seu amor, incluindo a experiência do sofrimento – “por tudo quanto sofro, por quanto já sofri, por quanto ainda me resta de sofrer” –, demonstrando que o amor abordado transcende os momentos de alegria e se manifesta mesmo diante da dor e da dificuldade.

Ademais, a Afirmação III também se mostra equivocada, uma vez que o poema não limita seu amor a aspectos puramente físicos e materiais. Ao recorrer a imagens que evocam elementos intangíveis, como o silêncio, a luz, o aroma, o som e, inclusive, aspectos que remetem à dimensão espiritual, o eu lírico evidencia que seu sentimento de amor é de caráter abrangente e voltado para o sublime. Dessa forma, entende-se que o amor delineado não se restringe ao físico ou material, mas integra sentimentos e ideais elevados.

Alternativa Correta:
Portanto, somente a Afirmação I está correta, sendo a alternativa A a resposta adequada para a questão.

Gabarito: Letra A

 O pensamento de Garfield demonstra que ele está indiferente à fala de John, já que ele espera receber um sorvete.

 Garfield aparenta muita preocupação, porque ele se importa com o que John diz sobre ele.

 Garfield pensa que quer tomar mais sorvete apenas para disfarçar, porque no fundo ele se sente mal por estar acima do peso.

 Por ser um gato, Garfield não entendeu a fala de John.

 Garfield só fica deitado e comendo porque é isso que John quer que ele faça. 

 Porque a professora de Calvin gostou tanto de sua desculpa que passou a ele a tarefa de escrever uma redação sobre o assunto.

 Porque ele gasta muito tempo elaborando desculpas e, por isso, não vai bem nas provas.

 Porque sua desculpa foi tão fantasiosa e claramente inventada que a professora enviou Calvin à sala do diretor.

 Porque a professora de Calvin não percebeu que ele havia inventado uma desculpa e questionou-o sobre o conteúdo do livro mesmo assim.

 Porque Calvin não tem criatividade e inventa desculpas muito comuns.

Questões de Português - Compreensão e interpretação de textos