O preço oscilante dos produtos exige uma pesquisa em vários estabelecimentos.

Fixado o índice oficial de inflação em torno de 5%, a população pôde consumir mais.

Desvalorizado, o ingresso para o importante grupo de balé ficou acessível para a compra.

Com o valor indeterminado, uma famosa marca de relógio não foi vendida pelo joalheiro.

Por conta de campanhas educativas, o comprador evita o produto com o preço alterado.

A palavra "estipulado" na frase do texto refere-se a um valor ou condição que foi pré-determinado ou definido de maneira oficial ou formal. Portanto, é essencial encontrar um sinônimo que mantenha essa ideia de algo que foi claramente estabelecido antecipadamente.

Vamos analisar cada alternativa: 

A) Oscilante: Este termo refere-se a algo que varia, que não tem uma definição fixa. Portanto, é um antônimo de "estipulado", que implica em fixação e não variação. 

C) Desvalorizado: Significa que algo teve sua valorização reduzida. Não tem relação com a ideia de estipular, que é fixar uma condição ou valor, e é mais relacionado com uma mudança de estado ou valor de algo após ser definido. 

D) Indeterminado: Algo que não foi especificado ou definido claramente. É o oposto do sentido necessário, pois "estipulado" implica em algo bem determinado e claro. 

E) Alterado: Implica em uma modificação de um estado anterior; não reflete a ideia de definição prévia, mas sim de mudança, sendo, portanto, inadequado para ser um sinônimo de "estipulado". 

B) Fixado: Esta palavra refere-se a algo que foi firmemente definido ou estabelecido, o que corresponde perfeitamente ao sentido de "estipulado" usado no texto. A fixação é um processo de estabelecimento ou definição clara e precisa, tal como estipular algo.

Gabarito: Letra B

No dia 27 de julho, o presidente Lula sancionou a nova ver-
são do Estatuto do Torcedor, que torna mais duras as punições à 
violência nos estádios.
A partir de agora, torcedores envolvidos em atos violentos 
terão sua imagem divulgada e serão proibidos de entrar nos jogos. 
Os infratores podem ser condenados a pagar multas ou a até dois 
anos de prisão.
As torcidas organizadas passarão a responder civilmente, de 
forma objetiva e solidária, por danos causados por seus integrantes.
A nova medida atinge também os cambistas que, ao venderem 
ingressos acima do preço estipulado nas bilheterias, podem pegar 
cadeia por um a dois anos.

(linhas 2 e 3) de muitas maneiras por “diversamente”.

(linha 5) O acesso e o apreço por “A posse”.

(linha 7) apontada  por “recomendada”.

(linha 19) irrelevante  por “pouco influente”.

A questão pede para identificar qual alternativa mantém o sentido original do texto ao substituir uma expressão por outra. Vamos analisar cada alternativa:

A) A substituição de "de muitas maneiras" por "diversamente" parece viável. "Diversamente" pode ser entendido como "de diversas formas" ou "de várias maneiras", o que está em consonância com o original que expressa a variedade de esforços dos pais.
 

B) A substituição de "porém" por "portanto" altera o sentido da frase. "Porém" é uma conjunção adversativa usada para introduzir uma ideia de oposição ou contraste com a afirmação anterior. "Portanto" é uma conjunção conclusiva que indica conclusão ou consequência, o que não corresponde à ideia original do texto.
 

C) A substituição de "O acesso e o apreço" por "A posse" também altera o sentido. "Acesso" e "apreço" implicam não apenas possuir fisicamente os livros, mas também valorizá-los e utilizá-los, o que é diferente de simplesmente possuí-los ("posse").
 

D) A mudança de "apontada" para "recomendada" também modifica o sentido original. "Apontar" nesse contexto significa indicar com base em evidências ou dados ("é apontada, em diversos estudos"), enquanto "recomendar" sugere um conselho ou sugestão baseada em julgamento ou preferência pessoal.
 

E) Trocar "irrelevante" por "pouco influente" mantém o sentido praticamente inalterado. Ambas as expressões indicam que o envolvimento dos pais no ambiente escolar tem um efeito pequeno ou insignificante sobre o que está sendo discutido.
 

Das opções apresentadas, apenas a alternativa E substitui termos preservando o sentido original do contexto do texto.

Gabarito: Letra E

Os pais zelosos costumam fazer grandes esforços 
pela educação de seus filhos e buscam, de muitas ma-
neiras, ajudar na sua aprendizagem. O mais importante 
que podem fazer, porém, está dentro de casa, diuturna-
mente. O acesso e o apreço a bens culturais, especial-
mente livros, são fundamentais. A quantidade de livros 
que o aluno tem em casa é apontada, em diversos es-
tudos, como uma das mais importantes variáveis expli-
cativas para seu desempenho. É claro que não basta ter 
livros: é preciso lê-los, e viver em ambiente em que o 
conhecimento é valorizado. Alunos que leem mais têm 
desempenho melhor, importando pouco o que leem: a 
correlação é observada para livros, jornais e revistas. 
Alunos que tiveram pais que leram para eles na tenra in-
fância têm melhor desempenho. Pais envolvidos com a 
vida escolar dos filhos e que os incentivam a fazer o de-
ver de casa têm impacto positivo (curiosamente, o en-
volvimento dos pais no ambiente escolar tem-se mos-
trado irrelevante). Porém, pais que fazem o dever de ca-
sa com (ou pelo) seu filho provocam piora no desempe-
nho acadêmico, por melhores que sejam as intenções. 
 

A pergunta pede que identifiquemos o antônimo da palavra "vasta" extraída da frase "A fonte que alimenta a mendicância é vasta".

Primeiramente, vejamos o significado de "vasta". A palavra "vasta", neste contexto, sugere uma grande extensão ou amplitude. Ela indica que a fonte que alimenta a mendicância em São Paulo é ampla, ou seja, é grande em quantidade ou variedade.

Agora, analisaremos as alternativas:

A) extensa. 
"Extensa" é sinônimo de "vasta", pois ambas as palavras indicam algo que tem grande tamanho ou amplitude. Portanto, essa alternativa não é a correta. 

B) ampla. 
"Ampla" também é sinônimo de "vasta", visto que ambos os termos se referem a algo com grande capacidade ou extensão. Logo, esta alternativa também não é a correta. 

C) grande. 
"Grande" é mais um sinônimo de "vasta", já que se relaciona com a ideia de algo amplo e extenso. Essa alternativa também não é a correta. 

D) restrita. 
"Restrita" refere-se a algo limitado, pequeno ou confinado. Portanto, "restrita" é o antônimo de "vasta", que implica em algo amplo e extenso. Esta alternativa é a correta por ser o oposto do que "vasta" representa. 

E) ilimitada. 
"Ilimitada", assim como "vasta", sugere uma capacidade ou extensão sem limites ou fronteiras, sendo assim um sinônimo e não um antônimo. Esta alternativa também não é a correta. 

A análise mostra que "restrita" é o antônimo de "vasta" porque indica limitação e confinamento, contrastando com a ideia de ampla extensão expressa por "vasta".

Gabarito: Letra D

Atrás de dinheiro fácil, vale fazer de tudo nas esquinas de 
São Paulo. Vale se fantasiar com uma roupa surrada, fazer cara 
de pelo amor de Deus com criança no colo, cantar no farol ou até 
usar cadeira de rodas mesmo sendo capaz de andar.
Uma reportagem constatou o sucesso dessas artimanhas ao 
acompanhar a rotina de sete pessoas que transformaram mendi-
cância em profissão, ou seja, não se trata de miseráveis que não 
encontram outra forma de sobreviver. Todos têm residência fixa 
e declaram receber entre 30 e 100 reais por dia. Às vezes, fazem 
ponto em mais de um lugar. Sem nem sequer vender uma bala, 
essas pessoas faturam, em média, 600 reais por mês. Um bom 
negócio se comparado ao salário mínimo.
A fonte que alimenta a mendicância é vasta. Quatro em cada 
dez paulistanos dão esmola nos semáforos. Em vez de ajudar, quem 
dá esmola faz da mendicância um trabalho rentável.
Idade avançada ou problemas físicos, usados frequentemente 
como desculpa para justificar a situação da maioria desses pedin-
tes, não os impedem de viajar horas de ônibus, da periferia até os 
cruzamentos escolhidos.
Mendicância deixou de ser contravenção penal. O artigo que 
previa prisão de quinze dias a três meses para a prática foi revo-
gado em 2009. Entretanto, a questão é delicada. É difícil separar 
quem está precisando de ajuda por uma circunstância infeliz da 
vida daqueles que fizeram da mendicância um emprego.

No enunciado apresentado, há uma questão que sugere a substituição de um termo por um sinônimo mantendo a correção gramatical e o sentido no fragmento do texto. O termo em questão é “enaltecidos” que aparece no trecho:

<blockquote>
“Por outro lado, as energias e os esforços que se dirigem a uma recompensa imediata são enaltecidos pelos aventureiros...” 
</blockquote>

A sugestão é substituir "enaltecidos" por "exaltados". Vamos analisar o significado de cada um dos termos para verificar se são sinônimos adequados. 

Enaltecer significa elogiar, exaltar, realçar as qualidades de algo ou alguém. Da mesma forma, exaltar pode ser entendido como elogiar amplamente, realçar ou glorificar. Dessa forma, ambos os termos possuem um sentido muito próximo, indicando o ato de dar grande valor ou importância a algo. 

O contexto do texto é sobre como os aventureiros valorizam as ações que levam a recompensas imediatas. Assim, dizendo que essas ações são "enaltecidas" pelos aventureiros, compreende-se que eles as valorizam altamente. Substituindo "enaltecidos" por "exaltados", o significado não se altera — continua sendo que os aventureiros dão grande valor a essas ações. 

Portanto, a substituição sugerida não altera o sentido original do texto e mantém a correção gramatical, fazendo com que "exaltados" seja um sinônimo adequado para "enaltecidos" neste contexto. 

Gabarito: Letra C

Mantendo-se o sentido original do texto e a sua
correção gramatical, o vocábulo “enaltecidos” (L.31)
poderia ser substituído por exaltados.

Julgue os itens subsequentes, relativos às estruturas
linguísticas do fragmento de Raízes do Brasil.

Nas formas de vida coletiva, podem assinalar-se dois
princípios que se combatem e que regulam diversamente as
atividades dos homens. Esses dois princípios encarnam-se
nos tipos do aventureiro e do trabalhador. Já nas sociedades
rudimentares, manifestam-se eles, segundo sua predominância,
na distância fundamental entre os povos caçadores ou coletores
e os povos lavradores. 
Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o
ponto de chegada, assume relevância tão capital, que chega a
dispensar, por secundários, quase supérfluos, todos os
processos intermediários. Seu ideal será colher o fruto sem
plantar a árvore. Esse tipo humano ignora as fronteiras. No
mundo, tudo se apresenta a ele em generosa amplitude e, onde
quer que se erija um obstáculo a seus propósitos ambiciosos,
sabe transformar esse obstáculo em trampolim. Vive dos
espaços ilimitados, dos projetos vastos, dos horizontes
distantes. 
O trabalhador, ao contrário, é aquele que enxerga,
primeiro, a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar.
O esforço lento, pouco compensador e persistente, que, no
entanto, mede todas as possibilidades de desperdício e sabe
tirar o máximo proveito do insignificante, tem sentido bem
nítido para ele. Seu campo visual é naturalmente restrito.
A parte maior do que o todo. 
Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética
da aventura. Assim, o indivíduo do tipo trabalhador só atribuirá
valor moral positivo às ações que sente ânimo de praticar e,
inversamente, terá por imorais e detestáveis as qualidades
próprias do aventureiro. 
Por outro lado, as energias e os esforços que se
dirigem a uma recompensa imediata são enaltecidos pelos
aventureiros; as energias que visam à estabilidade, à paz, à
segurança pessoal e os esforços sem perspectiva de rápido
proveito material passam, ao contrário, por viciosos e
desprezíveis para eles. 
Entre esses dois tipos não há, em verdade, tanto uma
oposição absoluta quanto uma incompreensão radical. Ambos
participam, em maior ou menor grau, de múltiplas combinações
e é claro que, em estado puro, nem o aventureiro nem o
trabalhador possuem existência real fora do mundo das ideias.
Mas também não há dúvida de que os dois conceitos nos
ajudam a situar e a melhor ordenar nosso conhecimento dos
homens e dos conjuntos sociais. E é precisamente nessa
extensão superindividual que eles assumem importância
inestimável para o estudo da formação e evolução das
sociedades. 

E aí, galera! Vamos decifrar essa questão e entender porque a conjunção "mas" é a melhor escolha aqui, beleza? 
 
Primeiro, vamos entender o que está rolando no trecho em questão. A vizinha está falando sobre como ela foi relapsa com a criação dos cachorros e reconhece que o narrador foi compreensivo. Ela conclui dizendo que essa situação vai mudar. 
 
Aqui, a ideia é expressar um contraste entre a atitude compreensiva do narrador e o comportamento relapso dela em relação aos cachorros, certo? A conjunção "mas" é perfeita para isso, já que ela é usada para introduzir uma ideia que contrasta ou contradiz a ideia anterior. 
 
<ul> 
<li>Logo: Indica consequência, então aqui não faz sentido.</li> 
<li>Porque: Mostra causa, e não é isso que queremos mostrar.</li> 
<li>Mas: Transmite perfeitamente a ideia de contraste que o contexto pede.</li> 
<li>Pois: Também indica razão ou causa — não rola nesse caso.</li> 
<li>Embora: Introduz uma concessão e não faria sentido nesse contexto específico.</li> 
</ul> 
 
Então, a melhor escolha, sem dúvidas, para que a frase mantenha seu sentido de contraste e até uma virada de jogo, é usando "mas". Escolha certa se você quer passar a ideia de "apesar de uma coisa... a outra vai rolar!" 
 
alternativa correta é C.

       A vizinha tocou a campainha e, quando abri a
    porta, surpreso com a visita inesperada, ela entrou,
    me abraçou forte e falou devagar, olhando fundo
    nos meus olhos: “Você tem sido um vizinho muito
5   compreensivo, e eu ando muito relapsa na criação dos
    meus cachorros. Isso vai mudar!” Desde então, uma
    série de procedimentos na casa em frente à minha
    acabou com um pesadelo que me atormentou por
    mais de um ano. Sei que todo mundo tem um caso
10  com o cachorro do vizinho para contar, mas, com final
    feliz assim, francamente, duvido. A história que agora
    passo a narrar do início explica em grande parte por
    que ainda acredito no ser humano – ô, raça!
       Meus vizinhos, pelo menos assim os vejo da
15  janela lá do cafofo, não são pessoas comuns. Falo de
    gente especial, um casal de artistas, ele músico, ela
    bailarina, dupla de movimentos suaves e silenciosos,
    olhar maduro, fuso horário próprio e descompromisso
    amplo, geral e irrestrito com a pressa na execução
20  das tarefas domésticas que assumem sem ajuda
    de ninguém. [...] A paz mora do outro lado da rua
    e, confesso, morro de inveja quando me mato de
    trabalhar noite adentro ali adiante. Queria ser como
    eles.
25     Quando o primeiro pastor alemão chegou ainda
    moleque para morar com meus adoráveis vizinhos,
    a casa de pedra onde eles moravam viveu dias de
    alegria contagiante. O bicho era uma gracinha, foi
    crescendo, começou a latir, mas nada que quebrasse
30  a harmonia do lugar. [...] Quando, logo depois do
    primeiro acasalamento, o segundo pastor alemão fez
    crescer a família, cada paralelepípedo da minha rua
    pressentiu o que estava para acontecer. Ou não! De
    qualquer forma, eu achava que, se porventura aquilo
35  virasse o inferno que se anunciava, outro vizinho
    decerto perderia a paciência antes de mim, que,
    afinal, virei tiete do jeito de viver que espiava pela
    janela do escritório de casa. Eu, ir lá reclamar, nunca!
       Não sei se os outros vizinhos decidiram em
40  assembleia que esperariam a todo custo por uma
    reação minha, mas, para encurtar a história, o fato
    é que um ano e tanto depois da chegada do primeiro
    pastor alemão àquela casa, eu tive um ataque,
    enlouqueci, surtei. Imagine o mico: vinha chegando
45  da rua com meus filhos – gêmeos de 10 anos –,
    chovia baldes, eu não conseguia achar as chaves e
    os bichos gritavam como se fôssemos assaltantes de
    banco. [...]
       – Cala a booooocaaa! – gritei para ser ouvido
50  em todo o bairro. Os cachorros emudeceram por 10
    segundos. Fez-se um silêncio profundo na Gávea.
    Os garotos me olhavam como se estivessem vendo
    alguém assim, inteiramente fora de si, pela primeira
    vez na vida. Eu mesmo não me reconhecia, mas, à
55  primeira rosnada que se seguiu, resolvi ir em frente,
    impossível recuar: “Cala a boooooocaaa! Cala a
    boooooocaaa!” Silêncio total. Os meninos estavam
    agora admirados: acho que jamais tinham visto
    aqueles bichos de boca fechada.
60     [...] Entrei rápido com as crianças entre arrasado
    e aliviado. Achei na hora que devia conversar com
    meus filhos, que melhor ainda seria escrever com
    eles uma carta educada e sincera explicando a
    situação aos nossos vizinhos preferidos.
65     Comecei pedindo desculpas pela explosão
    daquela noite, mas pedia licença para contar
    o drama que se vivia do lado de cá da rua. Havia
    muito tempo não entrava nem saía de casa sem que
    os cães dessem alarme de minha presença na rua.
70  Tinha vivido uma época de separações, morte de
    gente muito querida, além de momentos de intensa
    felicidade, sempre com aqueles bichos latindo sem
    parar. [...] – escrevi algo assim, mais resignado que
    irritado, o arquivo original sumiu do computador.
75     Mas chegou aonde devia ou a vizinha não teria
    me dado aquele abraço comovido na noite em que
    abri a porta, surpreso com ela se anunciando no
    interfone, depois de meu chilique diante de casa. [...]
       Desde então – há coisa de um mês, portanto –,
80  meus vizinhos têm feito o possível para controlar o
    ímpeto de seus bichos, que já não me vigiam dia
    e noite, arrumaram para eles coisa decerto mais
    interessante a fazer no quintal. [...] Às vezes não
    acredito que isso esteja realmente acontecendo neste
85  mundo cão em que vivemos. Se não estou vendo
    coisas – o que também ocorre com certa frequência –,
    o ser humano talvez ainda tenha alguma chance de
    dar certo. Pense nisso!


Questões de Português - Sinônimos e antônimos - Médio - 2011