contrapor as características inusitadas de nosso sistema solar com os costumes diferentes de outros países.

chamar a atenção para o fato de que as coisas funcionam em cada lugar de um jeito.

alertar para que os turistas percebam que os usos e costumes de nosso país são muito diferentes dos de outros países.

fazer uma analogia com o comportamento científico que devemos ter para compreendermos o surgimento da Terra.

mostrar que o sistema solar tem planetas diferentes: alguns de formação rochosa e outros de formação gasosa.

O enunciado e a estrutura do texto são típicos da abordagem da UFPR em suas provas, onde há uma mistura interessante entre aspectos literários e científicos para explorar a compreensão e interpretação de textos pelos candidatos. Aqui, especificamente, o autor utiliza uma metáfora inicial sobre nossa percepção e compreensão de outros países para, em seguida, discutir descobertas científicas no campo astronômico. 

 

O principal objetivo dessa técnica, como indica a alternativa correta, (D), é fazer uma analogia com o comportamento científico necessário para compreender o surgimento da Terra. Assim como o estranhamento causado ao se visitar um país estrangeiro pode impulsionar um maior entendimento sobre o próprio país de origem, o estudo de planetas extrassolares (o "país vizinho") estimula os astrônomos a formular teorias sobre como o Sistema Solar (nosso "lar") adquiriu sua configuração atual.

 

A menção inicial aos costumes de outros países no texto serve como um gancho para introduzir a ideia de que, em ciência, o contato com o "diferente" (neste caso, sistemas planetários diversos do nosso) é uma ferramenta poderosa para o avanço do conhecimento. Logo, a técnica literária escolhida pelo autor é eficaz não só em chamar a atenção para a narrativa, mas também em esclarecer como processos comparativos podem ser relevantes em diferentes contextos — neste caso, tanto no social quanto no científico.

 

A alternativa correta é D.

Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais sobre o nosso país. Ao nos 
depararmos com uma realidade diferente daquela em que estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve 
haver uma razão, um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentes só podem resultar de 
passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para conhecer melhor a nossa história.
Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da busca de planetas extrassolares – 
aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem "seus 
habitantes". Os resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas estrelas que completam 
uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete 
vezes o raio de Júpiter, o grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram Terra, 
Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a princípio.
A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao nosso atual estágio de conhecimento 
de sistemas planetários) provocou os astrônomos a formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual 
configuração. Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em 
que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc.
Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 anos. Embora não sejam 
consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade 
astronômica e oferecem uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra e, em última 
instância, da vida por aqui. [...]

ao florescimento da busca de planetas extrassolares.

a gigantes feitos de gás, alguns chegando a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter.

à formulação de novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua configuração atual.

à constatação de que somos quase um ponto fora da curva.

ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários.

Vamos destilar isso: a questão de coesão textual olha para como uma palavra ou frase específica se liga ao resto do texto, ajudando a garantir que tudo faça sentido juntinho. O termo em foco aqui é "Isso", que aparece no terceiro parágrafo do texto dado.
 
Para entender para que "Isso" está apontando, a gente precisa considerar o conteúdo do texto logo antes dele. O tal "Isso" é parte desta frase: "Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc." Esse "Isso" é uma referência ao motivo do surgimento de novas teorias astronômicas.
 
Como já identificados na alternativa correta C, "Isso" se refere à formulação de novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua configuração atual, disparada pela percepção de nossa singularidade no universo conhecido, o que faz todo sentido. O termo busca retomar a ideia apresentada logo antes, de que, diante da descoberta de nossa posição quase única, houve necessidade de revisitar e propor novos modelos teóricos.
 
Enquanto isso, as outras opções são descartáveis porque tratam de partes específicas da descoberta ou de etapas anteriores do raciocínio, mas não capturam o gatilho específico para a ação de formular teorias novas.
 
A alternativa correta é C.

levar poucos dias para completar a órbita.

orbitar em torno de uma estrela diferente do Sol.

estar em um estágio pouco avançado de conhecimento de sistemas planetários.

Olá! Vamos decifrar a expressão "quase um ponto fora da curva" utilizada no texto, e entender por que a alternativa correta é a letra A. A expressão em questão é usada para destacar algo que é atípico ou diferente do comum. No contexto apresentado, a frase aparece após uma discussão sobre como os planetas do nosso Sistema Solar, especialmente os rochosos, se comparam com outros sistemas planetários descobertos.

 

O texto enfatiza que, ao comparar nosso sistema com outros, percebeu-se que os planetas rochosos como Terra, Mercúrio, Vênus e Marte são mais raros do que se imaginava. Isso levou os astrônomos a criar teorias para explicar as especificidades do nosso Sistema Solar. Portanto, ser "quase um ponto fora da curva" está relacionado com essa condição atípica dos planetas rochosos em nosso sistema solar, comparados com a abundância de planetas gigantes de gás observados em outros sistemas.

 

As demais opções (B, C, D, E) não captam especificamente essa ideia. Elas se referem ou a características físicas genéricas de outros planetas ou aspectos distintos que não se equiparam ao foco do nosso debate aqui, que é a singularidade do Sistema Solar e, por dedução natural, sua composição predominantemente rochosa em comparação com as descobertas de planetas predominantemente gasosos.

 

O que torna a opção A a correta é justamente essa noção de que, ao comparar nossos planetas com os típicos planetas de outros sistemas, os nossos são menos comuns, sendo assim "quase pontos fora da curva" por sua natureza rochosa e menos volumosa, em um universo onde planetas gasosos de tamanhos imponentes parecem prevalecer.

 

A alternativa correta é A.

Vamos lá! O enunciado pede para avaliar em quais dos itens listados a preposição "em" é necessária para manter a correção gramatical, seguindo o modelo "daquela em que estamos imersos". Então, bora analisar item por item com base no uso correto de preposições em português, beleza?

 

No item 1, "o espaço __ que moramos", a expressão correta seria "o espaço em que moramos". Isso porque a preposição "em" completa o sentido do verbo "morar", que normalmente pede essa preposição quando se refere a lugares.

 

No item 2, "a organização __ que confiamos", o correto é "a organização em que confiamos". Assim como antes, o verbo "confiar", quando usado para expressar confiança em uma entidade ou organização, é comumente acompanhado pela preposição "em".

 

Passando para o item 3, "a cidade __ que almejamos", não precisamos da preposição "em" aqui, já que o verbo "almejar" não pede preposição para complementar seu sentido nessa construção.

 

Por fim, item 4, "os problemas __ que constatamos nos relatórios", também não utiliza a preposição "em", porque o verbo "constatar", na forma utilizada, não requere adição de preposição.

 

Portanto, conforme análise, a preposição "em" é propria nos itens 1 e 2 para completar a regência dos verbos "morar" e "confiar", respectivamente. Isso faz a alternativa B (1 e 2 apenas) a escolha certa.

 

A alternativa correta é B.

Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Nessa questão, estamos nos aprofundando em como a língua portuguesa ecoou através do tempo, destacando flexões verbais e nominais em um poema de Gonçalves Dias. Vamos lá!

1. As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não eram acentuadas naquela época, diferentemente de hoje.
Sim, isso é corretíssimo! Até a reforma ortográfica, as palavras paroxítonas terminadas em ditongo como "nação", "condão", comuns no poema, não recebiam acentuação.

 

2. As formas verbais se alternam entre presente e futuro do presente do indicativo, com a mesma terminação.
Na verdade, não há alternância entre presente e futuro do presente no texto apresentado. Todas as formas verbais estão de fato no presente do indicativo.

 

3. A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do indicativo se diferencia graficamente da forma atual.
Este ponto é importante porque, na época de Gonçalves Dias, formas como "assombrão" eram comuns; hoje escrevemos "assombram", com "m" ao final. Esse "ão" arcaico é uma marca da ortografia daquela época.

 

4. Os monossílabos tônicos perderam o acento na ortografia contemporânea.
Não encontrei evidências no trecho fornecido que apoiassem essa afirmação. Na verdade, ela não parece aplicar-se adequadamente ao que temos no poema ou de maneira mais geral na ortografia portuguesa contemporânea.

 
Portanto, as afirmações 1 e 3 são verdadeiras, validando o que já sabemos sobre mudanças linguísticas e particularidades da escrita do século XIX em relação aos nossos dias.
A alternativa correta é B.

Questões de Português - Polícia Militar do Estado do Paraná - 2016