E aí, vamos decifrar essa questão juntos! Ela quer saber sobre o emprego dos tempos verbais, mais especificamente sobre a expressão "estão vivendo" no contexto apresentado no texto CB1A1. 
 
Quando pensamos nas formas verbais em português, temos que lembrar que o tempo verbal comunica quando uma ação ocorre, e o modo verbal mostra como essa ação é visualizada pelo falante. No caso da frase "Muitas regiões do mundo, inclusive o Brasil, estão vivendo o chamado 'paradoxo verde'", a forma verbal em destaque é "estão vivendo". 
 
Isso aqui é um exemplo clássico do tempo presente no modo indicativo, mas carrega a conjugação no presente contínuo (ou progressivo), que utiliza o verbo auxiliar "estar" + o gerúndio do verbo principal ("vivendo"). A principal função deste tempo composto é indicar uma ação que está ocorrendo no exato momento em que se fala ou, como na situação do texto, no momento em que se escreve. 
 
Portanto, ao afirmar que "estão vivendo o chamado 'paradoxo verde'", o texto está sublinhando uma ação que está em progresso no agora do autor — e que simultaneamente acontece ao momento da escrita. Portanto, sim, essa forma verbal realmente indica uma ação que é simultânea ao momento da escrita do texto. 
 
Diante disso, a alternativa correta é C.

A forma “estão vivendo” (primeiro período do primeiro parágrafo) indica uma ação verbal simultânea ao momento de escrita do texto.


Muitas regiões do mundo, inclusive o Brasil, estão vivendo o chamado “paradoxo verde”, expressão cunhada pelo economista alemão Hans-Werner Sinn (2008) para se referir a como políticas climáticas mais restritivas podem exercer pressão crescente sobre os preços de energia e ter efeitos indesejáveis, como incentivar a antecipação da extração e produção de combustíveis fósseis, acelerando, portanto, as mudanças climáticas. Um aspecto crucial é a necessidade de acordos internacionais que mantenham de maneira eficaz e justa grandes quantidades remanescentes de combustíveis fósseis no solo. O estudo recente de Welsby, publicado na revista Nature em 2021, mostra que a produção existente de carvão, petróleo e gás deve ser descontinuada. Mesmo quando governos não controlam diretamente a produção, suas leis, políticas e acordos podem definir, em grande medida, quanto é extraído e produzido. O BOGA (Beyond Oil and Gas Alliance) é um exemplo recente de acordo internacional que pode redefinir o futuro do setor de petróleo e gás (O&amp;G – oil and gas).

 Emissões evitadas hoje tornam menos arriscada a necessidade de medidas drásticas, ainda não suficientemente desenvolvidas, como projetos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e de tecnologias de emissões negativas (NET), comumente citados em anúncios de empresas do setor de O&amp;G. Ademais, quanto mais cedo sofrermos os impactos das mudanças climáticas, mais cedo e por mais tempo teremos impactos físicos que levam a danos sociais e econômicos. Nesse sentido, emissões evitadas hoje valem mais do que emissões evitadas no futuro; mais do que metas de emissão zero em 2050, são necessárias ações imediatas nos próximos anos, para reduzir rapidamente as emissões de gases do efeito estufa. No futuro, grandes nomes da indústria de O&amp;G podem ser conhecidos como aqueles que negligenciaram a ciência e não enfrentaram o desafio da emergência climática quando ainda tinham tempo. Por outro lado, podem aproveitar a já estreita janela de oportunidade para liderar uma nova economia cada vez mais eficiente, interconectada e limpa.

Acerca do emprego dos tempos e modos verbais no texto CB1A1, julgue o item seguinte.


No texto apresentado, a forma verbal "mantenham", utilizada no contexto "a necessidade de acordos internacionais que mantenham de maneira eficaz e justa grandes quantidades remanescentes de combustíveis fósseis no solo", é empregada na oração subordinativa adverbial final, que tem a função de indicar a finalidade ou objetivo desses acordos internacionais. 
 
Esse uso do verbo no modo subjuntivo (mantenham) não sugere um fato improvável, mas sim uma ação desejável ou necessária, esta que é condicional à existência de acordos internacionais eficazes e justos. O subjuntivo, nesse caso, é utilizado para expressar um desejo, uma possibilidade ou uma condição, o que é uma construção comum no português para expressar incertezas ou hipóteses que não denotam necessariamente improbabilidade. 
 
Dado que o uso do subjuntivo aqui está alinhado com a expressão de uma condição necessária para a manutenção dos combustíveis fósseis no solo (como uma estratégia preventiva em política ambiental), não pode ser interpretada como a expressão de um fato improvável. 
 
Portanto, a alternativa correta é E.

A forma verbal “mantenham” (segundo período do primeiro parágrafo) expressa um fato improvável.


Vamos lá, galera! Analisando bem o uso dos tempos e modos verbais naquele trecho do texto, a forma verbal "pode" se encontra no presente do indicativo. Esse tempo e modo verbal expressam uma possibilidade ou capacidade real e atual, algo que já exista ou que se estabeleceu como forte possibilidade no contexto apresentado. 
 
Agora, mudando o lance para "possa", a gente tá entrando no campo do presente do subjuntivo. Essa mudança iria carregar a frase para uma nuance de dúvida ou incerteza, sem a mesma força de afirmação que o indicativo traz. Dentro do contexto do texto, a ideia que está sendo transmitida é sobre um impacto concreto e atual que tais acordos internacionais podem ter, e não algo condicional ou possível. 
 
Portanto, se gente trocasse "pode" por "possa", isso bagunçaria o sentido original da frase ao enfraquecer a afirmação sobre a capacidade do acordo em redefinir o futuro do setor de petróleo e gás. Além disso, afetaria a coesão do texto, promovendo uma visão mais hesitante sobre os efeitos dos acordos, o que não alinha com a assertividade presente em todo o texto sobre as ações referentes às questões climáticas. 
 
alternativa correta é E

Seriam mantidos os sentidos, a correção gramatical e a coerência do texto caso a forma verbal “pode” (último período do primeiro parágrafo) fosse substituída por possa.

Vamos dar uma olhada na frase em questão: "No futuro, grandes nomes da indústria de O&G podem ser conhecidos como aqueles que negligenciaram a ciência e não enfrentaram o desafio da emergência climática quando ainda tinham tempo." A forma verbal "tinham" está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo. Esse tempo é utilizado para descrever uma ação que aconteceu no passado, mas que tinha uma continuidade ou não tinha uma definição clara de início ou fim. 
 
No contexto do texto, a expressão "quando ainda tinham tempo" sugere uma referência a um momento anterior ao atual, um período no qual as pessoas ou entidades mencionadas ainda podiam agir para enfrentar a emergência climática, mas que é passado em relação ao "agora" da narração. 
 
Dado que o presente do indicativo é usado para expressar eventos ou ações que ocorrem no momento em que se fala ou se escreve, a expressão "quando ainda tinham tempo" efetivamente aponta para um momento anterior a este presente. Assim, a referência temporal de "tinham" não coincide com o momento em que o texto foi escrito, e sim a um período passado. 
 
Portanto, o que a questão sugere é uma interpretação correta dos tempos verbais, indicando que o uso do pretérito abona a ideia de que ele não se refere ao momento da escrita. 
 
A alternativa correta é C.

No penúltimo período do último parágrafo, a referência temporal da forma verbal “tinham” coincide com o momento em que o texto foi escrito.

 o sal derreteu / a carga tornou-se mais leve.

Na questão que você trouxe, podemos analisar os pares de verbos para identificar aqueles que não indicam uma sucessão cronológica direta. A questão central aqui gira em torno da compreensão de como os eventos estão ligados temporalmente dentro da narrativa. 
 
Vamos quebrar isso: 
 
<ul> 
<li>A) atravessava um rio / escorregou: Aqui, o verbo "atravessava" indica uma ação contínua, já o "escorregou" sugere um evento pontual que pode ter acontecido a qualquer momento durante a travessia, não necessariamente após a mesma ter sido concluída. Este par não mostra uma sucessão necessária de um evento diretamente após o outro, sendo o 'escorregar' algo simultâneo ou indeterminado em relação ao 'atravessar'.</li> 
<li>B) escorregou / caiu na água: Este para é exemplar de uma sucessão clara. Primeiro, o burro escorrega e, como consequência direta dessa ação, ele cai na água.</li> 
<li>C) caiu na água / o sal derreteu: Similar ao anterior, há uma sucessão lógica e temporal. Após cair na água, o sal começou a derreter; uma ação conduz claramente à outra.</li> 
<li>D) o sal derreteu / a carga tornou-se mais leve: Mais uma vez, este é um exemplo de sucessão cronológica direta. Com o derretimento do sal, a carga que o burro carregava se tornou mais leve.</li> 
</ul> 
 
Portanto, ao se olhar para a sequência e coesão entre as ações, notamos que a opção 'A' é a que não apresenta uma sucessão cronológica imediata e obrigatória, e sim uma situação onde as ações podem ocorrer em sobreposição ou simultaneamente. Este é o motivo pelo qual essa alternativa foi corretamente escolhida como a resposta. 
 
alternativa correta é A

    “Um burro atravessava um rio carregando sal. Como escorregou e caiu na água, o sal derreteu e a carga tornou-se mais leve. Feliz com isso, quando certa vez passava novamente perto do rio carregando esponjas, acreditou que, se caísse de novo, também aquela carga se tornaria mais leve. Então, escorregou de propósito, mas aconteceu-lhe que, como as esponjas absorveram a água, ele não pôde mais levantar-se e ali morreu afogado”.

Questões de Português - Verbos: tempos e modos - 2023