A análise da questão proposta envolve o entendimento do conceito de coesão textual, que é fundamental para a clareza e fluidez na leitura de um texto. Nesse contexto, o uso de sinônimos contribui significativamente para essa coesão.

Os termos "mentira", "farsa" e "embuste" possuem significados semelhantes, funcionando como sinônimos no texto. Essa escolha lexical permite ao autor evitar repetições desnecessárias, enriquecendo a narrativa.

Assim, ao empregar palavras que expressam a mesma ideia de maneiras diferentes, o autor promove a coesão e a articulação do texto, facilitando a compreensão do leitor. Portanto, a afirmação é correta.

Além disso, é importante observar que a variação vocabular ajuda a manter o interesse do leitor, evitando a monotonia. Essa técnica é frequentemente avaliada em concursos, dado seu papel na construção de textos coesos e coerentes.

Gabarito: Letra C

Um dos mecanismos de coesão presentes no texto é o emprego de sinônimos como “mentira”, “farsa” e “embuste”.


Com o intuito de mostrar os procedimentos ardilosos de pessoas sem escrúpulos que movidas pelo ódio e por ambições políticas inventam mentiras e as transformam em supostas verdades, Umberto Eco escreveu O Cemitério de Praga, publicado em 2010.
 Tendo como base fatos e personagens verídicos que participaram da elaboração e da disseminação de Os Protocolos dos Sábios de Sião, o autor reconstrói o século 19 através de uma narração polêmica. Eco narra o nascimento e a evolução desse abjeto complô, criado com a finalidade de atribuir aos judeus uma fictícia conspiração para dominar o mundo.
 Os falsos documentos forjados pela polícia secreta do Czar Nicolau II, em 1897, foram utilizados por Hitler em sua política de extermínio, tendo sido incluídos em Mein Kampf, apesar de o jornal britânico The Times, em 1921, já ter desmascarado a farsa.
 Mesmo após a comprovação da farsa, o magnata Henry Ford levou os Protocolos, na tradução inglesa, para os EUA, e publicou-os em forma de livro, e o rei Faisal, da Arábia Saudita, costumava oferecê-los, em sua versão árabe, às autoridades que visitavam o país.
 Em uma de suas entrevistas aos jornais italianos, Umberto Eco ressaltou o perigo que se esconde nas chamadas “conspirações falsas”, pelo seu alto grau de manipulação e dada a dificuldade em desmenti-las. “A característica de uma conspiração verdadeira é que ela é invariavelmente descoberta”, analisa. “Hitler e o nazismo propagaram a falsa conspiração dos judeus como verdadeira e tiraram proveito dos Protocolos.” 
 Mas por que as pessoas ainda consomem essa farsa? Será por ignorância? Por curiosidade? Os Protocolos, afinal, seguem sendo oferecidos e vendidos em uma dezena de idiomas, em formato de livro, com circulação livre na Internet.
 Juíza em Israel por mais de 30 anos, Hadassa Ben-Itto investigou o embuste durante seis anos e em 1998 publicou um livro sobre o assunto. “Escrevi esse livro como um desafio a todos aqueles que inadvertidamente permitem que essa e outras mentiras similares sejam espalhadas e provoquem danos contínuos”, explica.
 Em sua opinião, o conceito de “liberdade de expressão” não deveria acobertar mentiras. “Uma mentira deliberada não é uma ideia”, reforça. “Ela pode facilmente se transformar em uma arma perigosa e como tal deve ser banida, assim como outras armas que têm o potencial de causar assassínios em massa e destruição.”

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A2-I, julgue o próximo item.


A palavra "ambígua", no contexto apresentado, refere-se à capacidade de algo ter mais de uma interpretação ou significado, o que se relaciona diretamente ao conceito de dualidade ou de incerteza.

 

O termo "dúbia" (alternativa C) é um sinônimo perfeito, pois significa que algo é incerto ou que pode ser entendido de várias maneiras, alinhando-se bem ao sentido de "ambígua".

 

Análise das Alternativas:

<ul>
 <li>A) Equivocada: Esse termo sugere um erro, enquanto "ambígua" refere-se a interpretações variadas. Portanto, é incorreta.</li>
 <li>B) Enganosa: Apesar de ter relação com algo que pode induzir ao erro, não captura o sentido exato de "ambígua". Logo, está incorreta.</li>
 <li>C) Dúbia: Correta, pois reflete a mesma ideia de incerteza e múltiplas interpretações, sendo, portanto, um sinônimo direto.</li>
 <li>D) Desleal: Este termo conecta-se à traição ou falta de honestidade, o que não possui relação com "ambígua". É, assim, incorreta.</li>
 <li>E) Instável: Significa algo que não é fixo ou que varia com frequência, enquanto "ambígua" lida mais com significado e interpretação. Portanto, é incorreta.</li>
</ul>

 

Assim, a escolha pela alternativa C está em conformidade com o sentido semântico desejado no enunciado. Gabarito: Letra C

O Brasil tem a maior rede hidrográfica e a maior reserva de água doce do planeta. Se levarmos em conta a quantidade de água de territórios estrangeiros que ingressa no país pelas bacias amazônica, do Uruguai e do Paraguai, a vazão média de nossos rios é da ordem de 267 mil metros cúbicos por segundo, ou seja, pouco mais de 100 piscinas olímpicas por segundo. É um volume muito grande de água, que tem um papel de grande importância na vida das pessoas.
 No entanto, o país mantém com seus rios uma relação ambígua: as cidades os abraçam para crescer e se desenvolver, criando importante laço para o desenvolvimento urbano e agrícola, mas também os destroem, ao torná-los o principal meio de escoamento de esgoto. Os rios sofrem com a poluição, o assoreamento, o desvio de seus cursos e a destruição das matas ciliares; a beleza da paisagem fica obstruída por mau cheiro, mudança de coloração da água, incapacidade de uso original de seus recursos.
 Os cursos d’água possuem múltiplos usos: consumo humano, aproveitamento industrial, irrigação, criação animal, pesca, aquicultura e piscicultura, turismo, recreação, geração de energia, lazer, transporte. A arquiteta e paisagista Maria Cecília Barbieri Gorski, autora do livro Rios e cidades: ruptura e reconciliação, afirma que, em algumas regiões do Brasil, rios e córregos estiveram — e ainda estão — associados ao cotidiano de populações ribeirinhas, fornecendo água para as habitações e para a ativação de engenhocas como monjolo e roda d’água. O leito fluvial também é usado para o deslocamento de pessoas e mercadorias, para lavagem de roupas, para atividades extrativistas como a pesca e para a mineração de areia, argila e ouro.
 Gercinair Silvério Gandara, historiadora e professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), analisa as cidades brasileiras de um ponto de vista da beira, ou seja, da perspectiva do rio, do mar, do ribeirão, das estradas, da rodovia, da ferrovia.
E, se muitas de nossas cidades são de beira, várias cresceram à custa de seus rios. Por exemplo, em todas as capitais brasileiras, incluindo Brasília, rios tiveram papel importante no desenvolvimento urbano, ainda que muitas vezes eles estejam poluídos, canalizados ou com suas características físicas alteradas. Cidades ribeirinhas de médio e pequeno porte, como Penedo, em Alagoas, Piracicaba, em São Paulo, e Blumenau, em Santa Catarina, têm nos seus rios um fator de vitalidade e atração turística.
 Gercinair considera os rios um espaço social em constante transformação. Segundo ela, muitas cidades que nascem voltadas para os rios acabam virando-lhes as costas: “isto resulta das próprias dinâmicas históricas das cidades no cruzamento dos caminhos fluviais e terrestres; assim, as cidades-rios são chaves para a leitura do mundo e do ambiente”.

A análise da questão proposta gira em torno da palavra "esclarecer" e de seus sinônimos. Neste contexto, o autor busca enfatizar a importância de tornar informações mais claras sobre compras sustentáveis. Vamos analisar cada alternativa. 

<ul>
 <li>A) Retribuir: Este verbo significa dar algo de volta como forma de agradecimento. Não está relacionado ao ato de tornar algo mais claro ou compreensível, tornando a alternativa incorreta.</li> 
 
 <li>B) Convencer: Significa persuadir alguém a adotar uma determinada ideia ou comportamento. Embora possa ter relação com a intenção do texto, não é um sinônimo direto de "esclarecer", que envolve clareza e compreensão. Portanto, esta alternativa não é a correta.</li> 
 
 <li>C) Lecionar: Refere-se ao ato de ensinar, ou dar aulas. Embora o ensino possa envolver esclarecimento, o termo tem um foco educacional mais amplo e não se encaixa exatamente no contexto, logo esta opção também é equivocada.</li> 
 
 <li>D) Solucionar: Este verbo significa encontrar uma solução para um problema. Esclarecer pode, em alguns casos, ajudar na solução, mas não são sinônimos diretos, tornando esta resposta incorreta.</li> 
 
 <li>E) Explicitar: Este verbo refere-se ao ato de tornar algo explícito, claro e compreensível. Dentro do contexto do último parágrafo, "explicitar" se alinha perfeitamente com "esclarecer", já que ambos envolvem trazer clareza à informação, tornando esta a alternativa correta.</li> 
</ul>

Assim, a palavra que mais se aproxima do sentido de "esclarecer" no contexto apresentado é "explicitar". 

Gabarito: Letra E

    Nos últimos anos, apesar de muitas empresas terem se destacado na promoção da sustentabilidade por meio de medidas e ações como a redução de pegadas de carbono e da utilização de água, relativamente poucas fazem dessa sustentabilidade uma parte essencial de suas marcas.
    As empresas que o fazem, todavia, encontram um público consumidor ávido por ajudar a promover a conservação ambiental — especialmente no Brasil. Uma pesquisa de consumo mostrou que até 75% dos brasileiros estão dispostos a pagar mais por variedades sustentáveis.
    O poder da onda verde e o consumo consciente manifestam-se também no crescimento de novas marcas que fazem uso de materiais naturais ou com menor impacto sobre o planeta. Além disso, mesmo marcas já estabelecidas podem usar a sustentabilidade para reacenderem a sua relevância, desde que seus produtos e serviços sejam verdadeiramente alinhados a estratégias ecológicas.
    Segundo um estudo de uma consultoria, as principais barreiras para a compra dos chamados “produtos verdes” são: consciência de que o produto/serviço existe, disponibilidade, preço, conveniência, qualidade, confiança, interesse e fatores sociais — como relutância para mudar hábitos já estabelecidos, por exemplo.
    Embora rever hábitos antigos seja difícil, de acordo com a consultoria, o caminho do sucesso é esclarecer para o consumidor que escolhas ambientalmente corretas também podem atender a suas necessidades.


A questão apresentada exige o reconhecimento de sinônimos de um adjetivo utilizado em um contexto específico. O adjetivo “quebradiço” é empregado para indicar algo que se quebra ou que é facilmente danificado, sugerindo fragilidade. Neste sentido, o termo que mais se aproxima do significado de “quebradiço” é “delicado”.

Analisando cada uma das alternativas, percebemos que a alternativa A, “Rijo”, denota firmeza e rigidez, características opostas à fragilidade implícita em “quebradiço”. A alternativa B, “Robusto”, remete a algo forte e resistente, o que novamente contrasta com a ideia de ser quebradiço. Já a alternativa D, “Firme”, sugere estabilidade e solidez, atributos também contrários ao significado da palavra em destaque. Por outro lado, a alternativa C, “Delicado”, expressa justamente a característica de algo suscetível a danos, quebradiço e frágil. Assim, a escolha de “delicado” como sinônimo se alinha de forma correta à conotação pretendida no enunciado da questão.

É importante que, ao interpretar questões deste tipo, o candidato leia atentamente o contexto fornecido, pois muitas palavras podem assumir nuances de significado que dependem da situação comunicativa. No exemplo citado, compreender que o protótipo é “muito quebradiço” orienta para a necessidade de melhorias focadas justamente na resistência e na durabilidade do modelo. Essa análise contextual, aliada ao conhecimento dos sinônimos, possibilita a correta alternativa para a questão.

Gabarito: Letra C

 Sinonímia, pois as duas expressões têm o mesmo significado.

 Antonímia, pois as expressões têm significados opostos.

 Hiperônimo, pois “Abiclor” é um termo mais específico do que “Indústria de Cloro Álcalis e Derivados”.

 Hipônimo, pois “Indústria de Cloro Álcalis e Derivados” é um termo mais específico do que “Abiclor”.

Na questão apresentada, verifica-se que a substituição da expressão “Indústria de Cloro Álcalis e Derivados” por “Abiclor” ocorre por meio de um mecanismo de sinonímia. A sinonímia é a propriedade lexical que se dá quando dois termos ou expressões possuem significados iguais ou muito próximos. Nesse contexto, “Abiclor” representa o nome abreviado ou a sigla que remete à “Associação Brasileira da Indústria de Cloro Álcalis e Derivados”, sendo, portanto, intercambiável com a expressão completa, sem alteração do sentido.

Analisando as alternativas, a opção A apresenta a definição correta ao afirmar que se trata de sinonímia, visto que ambas as expressões designam a mesma entidade, ou seja, o nome da organização que encomendou o estudo. Dessa forma, a troca entre “Indústria de Cloro Álcalis e Derivados” e “Abiclor” não altera a mensagem e mantém a integridade informacional do texto, fundamental em contextos jornalísticos e científicos.

Em contrapartida, a alternativa B está incorreta, pois antonímia implica em sentidos opostos, o que não se aplica aqui. As opções C e D também não são adequadas, já que hiperônimo e hipônimo se referem a hierarquias de especificidade semântica, estando ambas as expressões no mesmo nível conceitual e representando a identidade da associação. Assim, nenhuma delas pode ser considerada mais geral ou mais específica do que a outra nesse caso, o que caracteriza a relação entre os termos como uma simples sinonímia.

Dessa forma, a substituição proposta tem respaldo no fato de que as duas expressões possuem significados equivalentes, mantendo a coerência e coesão do texto. Esse recurso é muito utilizado para evitar repetições desnecessárias e facilitar a compreensão por parte do leitor, especialmente em textos jornalísticos e científicos, onde a objetividade é primordial.

Gabarito: Letra A

Em experimento, dosagem de 10 ml por litro de água parada resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90% das larvas do Aedes egypti, mosquito causador da dengue 

 Em busca de novas alternativas no combate à dengue, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conduziram testes que sugerem a eficácia da água sanitária no controle das larvas do mosquito Aedes aegypti, o vetor da doença. Os cientistas investigaram se havia resistência ao produto doméstico e também procuraram determinar a concentração exata necessária para eliminar as larvas. O estudo foi encomendado pela Associação Brasileira da indústria de Cloro Álcalis e Derivados (Abiclor).
 A pesquisa utilizou dois grupos de larvas do Aedes: um composto por larvas originadas de criações do mosquito em laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outro formado por espécimes selvagens coletadas no ambiente, que haviam passado por apenas duas gerações em laboratório.
 Elas foram posicionadas em baldes com capacidade para cinco litros junto ao cloro, adquirido em comércios locais e de diferentes concentrações – que indicam a dosagem de hipoclorito de sódio ou cálcio, os elementos desinfetantes, no produto. A água sanitária foi aplicada nas concentrações de 1, 2, e 3 mililitros (ml) por litro de água, além de um grupo controle que continha apenas água da torneira. Os testes foram repetidos 4 vezes com 10 larvas em cada balde.
 Para ambas as linhagens, a água sanitária nas concentrações de 2 e 3 ml por litro resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90%, o que demonstrou sua efetividade no controle das larvas.
Foi registrada uma certa resistência nos insetos selvagens: a taxa de mortalidade do grupo criado em laboratório alcançou até 95%, enquanto as coletadas no ambiente obteve até 92,5%.
Mesmo com a resistência apresentada, os pesquisadores se mostram otimistas com a utilização do produto como medida no combate a proliferação do mosquito. “Um índice de mortalidade acima de 90%, que pode chegar até 95%, é considerado excelente. Isto vem de encontro com os resultados da literatura quando se trabalha com o controle de insetos, pois nunca se elimina 100% de uma praga em campo”, explica Valter Arthur, co-autor da pesquisa e professor Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em comunicado.
 “A água sanitária deve ser utilizada como um método alternativo para controlar o mosquito da dengue, não apenas por ser de fácil acesso para o uso doméstico, mas principalmente porque não é um recurso poluente ou de impacto ao meio ambiente, como a fumigação e o uso dos inseticidas, que podem provocar a resistência dos insetos” explica Andre Machi, co-autor da pesquisa e colaborador do CenaUSP.

Questões de Português - Sinônimos e antônimos - 2024