Vamos mergulhar na questão que envolve um texto rico sobre a expansão e evolução das línguas neo-latinas, especialmente o português. A afirmação feita no enunciado sugere que, de acordo com o texto, o português deixou de ser uma "língua de comunicação" em Cingapura e na Índia. 
 
Primeiro, um ponto crucial a notar é que o texto não afirma explicitamente que o português deixou de ser língua de comunicação nessas localidades. Na verdade, o que o texto menciona é que o português se expandiu para essas regiões durante a expansão colonial portuguesa e que, mais tarde, as colônias citadas (incluindo outras, mas não especificamente Cingapura e Índia) se tornaram independentes, mantendo o português como língua oficial em vários casos. O trecho relevante afirma: 
 
"Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes — o Brasil no século XIX, as demais no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje oficial em oito nações independentes: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste." 
 
Aqui, há uma distinção entre "manter a língua de comunicação" que foi mantida em alguns países e a situação em Cingapura e Índia, que não são mencionadas como mantendo explicitamente o português como "língua de comunicação" oficial. A ausência de menção não confirma que deixaram de utilizá-la como tal, apenas que não é uma língua oficial como nos casos listados. 
 
Portanto, a assertiva no enunciado faz uma inferência que o texto não suporta claramente. Concluindo, a alternativa correta se refere à invalidade da afirmação de que o texto explicitamente suporta a ideia de que o português deixou de ser a "língua de comunicação" nas regiões mencionadas. A alternativa correta é E.

De acordo com o texto, o português deixou de ser “língua
de comunicação” (R.28) em Cingapura e na Índia.

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do
texto precedente, julgue os itens seguintes.


Como se pode imaginar, não foi o latim clássico,
dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas
classes romanas mais abastadas, que penetrou na Península
Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império
Romano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invasoras,
que fez esse papel. Essa variante vulgar sobrepôs-se
às línguas dos povos dominados e com elas caldeou-se, dando
origem aos dialetos que viriam a se chamar genericamente
de romanços ou romances (do latim romanice, isto é,
à moda dos romanos).
No século V d.C., o Império Romano ruiu e os
romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais,
dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas:
francês, provençal, espanhol, português, catalão, romeno,
rético, sardo etc.
Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação,
ao mesmo tempo em que o português ganhou seu estatuto
de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal estabelecia
as suas fronteiras no século XIII, o galego-português
patenteava-se em forma literária.
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se
em uma expansão de conquistas que, à imagem do que
Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia
e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se
independentes — o Brasil no século XIX, as demais
no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida
e é hoje oficial em oito nações independentes: Brasil,
Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Beleza, vamos mergulhar nessa questão que parece um pouco complexa, mas com uma análise atenta vamos desenrolar tudo. O enunciado pede para julgar as assertivas a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto de referência, certo? Então bora analisar! 
 
Dá uma olhada na passagem do texto que menciona: "Punem-se as agressões, mas, por meio delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e desejos." Essa parte é crucial pois destaca que não somente os atos são julgados e punidos, mas também as motivações psicológicas e emocionais por trás desses atos. 
 
Logo a seguir, o texto explora mais sobre como os elementos obscuros relacionados ao réu são, na realidade, os focos de julgamento e punição. Isso dá uma visão mais ampla e profunda sobre o que realmente está sendo avaliado nos processos penais, enfatizando que as motivações e circunstâncias pessoais do réu fazem parte integral da decisão judicial. 
 
Essa ideia de julgar mais do que apenas os atos concretos, mas também as intenções e fatores pessoais, está refletida na afirmação do enunciado. Assim, quando o enunciado afirma que nas avaliações de crimes e delitos são julgados corretamente os objetos jurídicos conforme o Código e que também são julgadas as paixões, instintos, e outros fatores, ele acerta em cheio na interpretação do texto. 
 
Portanto, o julgamento aqui transcende o ato físico e penetra nas profundezas das motivações humanas, algo que o texto parece criticar como uma intrusão nas sombras da natureza humana, julgadas e punidas. Isso se alinha com as ideias expressas no texto. 
 
A alternativa correta é C.

Nas razões de crimes e delitos, encontram-se elementos
obscuros relacionados ao réu, e esses elementos é que são,
efetivamente, julgados e punidos.

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto
13A1AAA, julgue os próximos itens.


No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito
de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa de punição
de condenados foi-se extinguindo. Em algumas dezenas
de anos, desapareceu o corpo como alvo principal da repressão
penal: o corpo supliciado, esquartejado, amputado, marcado
simbolicamente no rosto ou no ombro, exposto vivo ou morto,
dado como espetáculo. Ficou a suspeita de que tal rito que dava
um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias:
igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria,
acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos
queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos
crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes
com assassinos, invertendo no último momento os papéis,
fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
A punição vai-se tornando a parte mais velada do
processo penal, provocando várias consequências: deixa o
campo da percepção quase diária e entra no da consciência
abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua
intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar
o homem do crime, e não mais o abominável teatro.
Sob o nome de crimes e delitos, são sempre julgados
corretamente os objetos jurídicos definidos pelo Código.
Porém julgam-se também as paixões, os instintos, as anomalias,
as enfermidades, as inadaptações, os efeitos de meio ambiente
ou de hereditariedade. Punem-se as agressões, mas, por meio
delas, as agressividades, as violações e, ao mesmo tempo, as
perversões, os assassinatos que são, também, impulsos e
desejos. Dir-se-ia que não são eles que são julgados; se são
invocados, é para explicar os fatos a serem julgados e
determinar até que ponto a vontade do réu estava envolvida no
crime. As sombras que se escondem por trás dos elementos da
causa é que são, na realidade, julgadas e punidas.
O juiz de nossos dias — magistrado ou jurado — faz
outra coisa, bem diferente de “julgar”. E ele não julga mais
sozinho. Ao longo do processo penal, e da execução da pena,
prolifera toda uma série de instâncias anexas. Pequenas justiças
e juízes paralelos se multiplicaram em torno do julgamento
principal: peritos psiquiátricos ou psicológicos, magistrados da
aplicação das penas, educadores, funcionários da administração
penitenciária fracionam o poder legal de punir. Dir-se-á,
no entanto, que nenhum deles partilha realmente do direito de
julgar; os peritos não intervêm antes da sentença para fazer um
julgamento, mas para esclarecer a decisão dos juízes. Todo o
aparelho que se desenvolveu há anos, em torno da aplicação
das penas e de seu ajustamento aos indivíduos, multiplica as
instâncias da decisão judiciária, prolongando-a muito além da
sentença.

E aí, beleza? Vamos dar uma destrinchada nessa questão aí! 
 
A questão pede para analisarmos uma inferência a partir do texto. O trecho citado diz que, no século XIII, enquanto Portugal estabelecia suas fronteiras, o galego-português se manifestava em forma literária, não falando nada sobre a criação de uma gramática. 
 
Entender o surgimento de "forma literária" é chave aqui. Basicamente, quando uma língua começa a ser usada em literatura, isso não significa necessariamente que ela já tenha uma gramática formal ou uma codificação (tipo regras fixadas em livros, sabe?). Isso leva um tempo pra acontecer. 
 
A primeira gramática da língua portuguesa, por exemplo, foi escrita por Fernão de Oliveira, e só veio a público lá para o século XVI. Então, não, o texto definitivamente não sugere que a primeira gramática do português surge no século XIII só porque o português começou a ser usado em literatura nessa época. 
 
Logo, a questão te joga uma curva: confundir o início do uso literário com a formalização gramatical. Não cai nessa, tá ligado? 
 
Em resumo, a questão tenta pegar a gente no pulo, mas não rolou. Toda essa história só confirma que a resposta mesmo é: 
 
alternativa correta é E.

Do trecho “Séculos mais tarde, (...) o português ganhou seu
estatuto de língua” (R. 16 a 18) é correto inferir que, por volta
do século XIII, se criou a primeira gramática da língua
portuguesa.

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