E aí, vamos entender essa questão de acentuação gráfica proposta pela CONSULPAM, uma banca que normalmente adora detalhar contextos antes de entrar no ponto central da análise. Aqui, o pulo do gato é entender o motivo pelo qual certas palavras são acentuadas.
 
A palavra “água” é acentuada devido à regra de acentuação das oxítonas terminadas em "a(s)", "e(s)", "o(s)", "em", "ens". Ou seja, se a última sílaba é a mais forte (oxítona) e termina em uma dessas terminações, ela leva acento. Agora, vamos ver quais das alternativas se encaixam nesse mesmo motivo:
 
<ul>
<li>A palavra “rápido” é paroxítona (a sílaba mais forte é a penúltima) e “diária” é proparoxítona, por isso não se encaixam na mesma razão que “água”.</li>
<li>“Contrário” é proparoxítona e “várias” também. Assim, elas são acentuadas por serem proparoxítonas, todas as proparoxítonas são acentuadas em português.</li>
<li>“Município” é proparoxítona e “Coreaú” é oxítona terminada em “u”, e portanto, não se encaixam na regra da “água”.</li>
<li>“Utensílios” é paroxítona terminada em ditongo crescente e “vêm” é uma forma do verbo vir, acentuada para diferenciar-se do plural do verbo vir (vem). Não se aplicam à regra da “água”.</li>
</ul>
 
Portanto, a alternativa correta é a que menciona "contrário" e "várias", já que ambas são acentuadas por serem proparoxítonas, assim como "água". Embora “água” seja oxítona, a regra de todas as proparoxítonas serem acentuadas faz com que essa seja a única opção onde ambas as palavras são acentuadas pela mesma regra geral de acentuação das proparoxítonas.
 
alternativa correta é B

A escassez de água para o consumo das famílias do Interior do Ceará, que 
já é grave em áreas rurais, agora afeta de forma mais intensa os centros urbanos. 
No momento, 36 cidades enfrentam racionamento e enormes dificuldades para 
assegurar o abastecimento. Os açudes secaram e a vazão de poços vêm caindo 
rapidamente. O quadro é mais grave na região dos Inhamuns e nos sertões de 
Crateús, mas afeta todo o Estado. 
Sem chuva, a crise de desabastecimento tende a se agravar. Caso não 
ocorra pluviometria intensa para a recarga de reservatórios, na atual quadra 
chuvosa, adutoras emergenciais de engate rápido correm o risco de logo serem 
desativadas por falta de água. Os sertanejos tem cada vez mais dificuldade de 
acesso à água e, nas cidades afetadas com racionamento, uma cena é diária: 
filas de moradores com baldes à espera do líquido. 
Em Martinópole a situação só não é de calamidade devido à perfuração de 
vários poços na sede e zona rural do município, do contrário, a população 
estaria na mesma situação de várias cidades vizinhas. A água da Cagece que 
chega às residências tem cor amarela e cheiro ruim, sem muita opção, os 
moradores utilizam apenas para o banho, lavar utensílios e roupas. 
Conforme a Cagece, 36 cidades enfrentam racionamento de água – 
Apuiarés, Ararendá, Baixio, Campos Sales, Capistrano, Caridade, Catunda, 
Coreaú, Crateús, Farias Brito, Graça, Hidrolândia, Ipaumirim, Iracema, Itatira, 
Jaguaretama, Martinópole, Moraújo, Mucambo, Mulungu, Novo Oriente, 
Pacoti, Pacujá, Palmácia, Paracuru, Parambu, Pentecoste, Pereiro, 
Quiterianópolis, São Luís do Curu, Senador Sá, Tamboril, Tejuçuoca, Trairi, 
Umari e Uruoca. 
A situação mais grave ocorrem em 13 centros urbanos – Uruoca, Senador 
Sá, Itatira, São Luís do Curu, Trairi, Palmácia, Catunda, Novo Oriente, 
Quiterianópolis, Jaguaretama, Crateús, Apuiarés e Tejuçuoca.

Olha só, vamos entender essa questão de acento gráfico juntos! Pegando as palavras grifadas no enunciado, temos aqui uma questão clássica de distinguir o tipo de palavra pela sua tonicidade, ou seja, onde está a sílaba tônica.

 

As palavras grifadas são: máquina, lógico, flácidas, pássaro e príncipe. Essas palavras são todas acentuadas na antepenúltima sílaba, o que as caracteriza como proparoxítonas. Na língua portuguesa, todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente, que é justamente o que acontece com essas palavras do poema de Chico Buarque.

 

Para esclarecer um pouco mais, vamos ver cada tipo de palavra que a questão sugere:
<ul>
<li>Oxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a última. Exemplos clássicos incluem "café" e "dominó".</li>
<li>Proparoxítonas: como já mencionado, estas têm a sílaba tônica na antepenúltima posição, como "máquina" e "música".</li>
<li>Paroxítonas: são acentuadas na penúltima sílaba, como "livro" e "fácil".</li>
<li>Ditongos abertos: referem-se a uma regra específica de acentuação que incide sobre ditongos como "éi" e "ói" em algumas palavras oxítonas e paroxítonas, como em "herói" ou "céu".</li>
</ul>

 

Então, classificando corretamente, as palavras grifadas no texto são todas proparoxítonas. Isso torna a alternativa B como a correta. Não tem erro, é isso mesmo!

 

Alternativa correta é B.

País (linha 1) – Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em “i”, seguido ou não de 
“s”.

Séria (linha 8) – Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em ditongo, 
seguido ou não de “s”.

Praticá-la (linha 9) – Acentuam-se as palavras monossílabas terminadas em “a”, seguido 
ou não de “s”.

Judiciário (linha 12) – Acentuam-se as vogais tônicas dos hiatos, seguidas ou não de “s”, 
na sílaba tônica.

Vamos destrinchar essa questão de acentuação gráfica que vem pela CONSULPAM, focada em entender o "porquê" da grafia das palavras. A acentuação gráfica do português é governada por regras bem específicas, então vamos conferir cada alternativa com aquele olhar de detetive linguístico, beleza?

Na alternativa A, temos "País" acentuado porque é uma palavra oxítona (a sílaba tônica é a última) terminada em "is". A regra citada menciona oxítonas terminadas em "i", "is", mas para oxítonas terminadas em "is" a acentuação é correta; contudo, não é o caso em destaque na questão.

 

Na alternativa B, temos "Séria" que é uma palavra paroxítona terminada em ditongo crescente "éi", seguido da vogal "a". Segundo as regras, as paroxítonas terminadas em ditongo, independente se são seguidas ou não de "s", devem ser acentuadas. Essa regra explica corretamente o acento na palavra "Séria".

 

Na alternativa C, "Praticá-la" é uma mistura de palavras, onde a atenção deve ser na forma verbal "Praticar". Ela é acentuada por ser uma oxítona terminada em "a" do infinitivo, necessitando de acento para manter a pronúncia correta no imperativo, ou melhor, mantendo o uso do "á". A explicação, no entanto, está inadequada, pois se refere a monossílabos tônicos.

 

Por fim, na alternativa D, a palavra "Judiciário" é acentuada porque possui um hiato ("i-á"), então a vogal "i" em posição tônica e precedendo outra vogal sem formar ditongo é corretamente acentuada. A regra está correta, mas não é a que justifica a palavra selecionada na alternativa correta indicada pelo enunciado.

 

O macete aqui está em identificar corretamente o tipo da palavra (oxítona, paroxítona ou proparoxítona) e a sequência correta prevista pelas regras de acentuação. Fazendo isso, vemos que a alternativa correta é B.

Um em cada três brasileiros entende que a corrupção é o maior problema do país, 
de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada no último fim de semana. Cerca 
de um ano atrás esse índice oscilava em torno de 10%. De lá para cá, explodiu, 
deixando muito para trás as marcas relativas a questões estruturais, como saúde 
e educação, ou conjunturais, como o desemprego, que interferem diretamente na 
vida dos cidadãos. Como se explica isso? 
O que parece estar ocorrendo é que os brasileiros começam a se dar conta de que 
nenhuma prioridade nacional será séria e eficientemente atacada enquanto a 
energia política do País estiver concentrada na corrupção, seja para praticá-la, 
seja para livrar seus agentes da responsabilização penal. A conclusão é óbvia: o 
Brasil precisa urgentemente de rigorosa faxina política. A ação saneadora 
depende em boa medida da Polícia, do Ministério Público e do Judiciário, além 
de outros órgãos de controle, que têm funcionado. Mas a bala de prata capaz de 
acabar com o predomínio de corruptos e corruptores na vida pública está na arma 
que as instituições democráticas colocam ao alcance de cada cidadão: o voto. E 
urge que a cidadania exercite com eficiência esse poder, antes que algum 
aventureiro messiânico use em benefício próprio a indignação nacional para se 
legitimar no papel de salvador da Pátria, missão cujo cumprimento começa quase 
sempre pela supressão da liberdade. 
Não existe democracia sem o exercício da atividade política e da representação 
popular. O fato de os brasileiros estarem insatisfeitos com os representantes que 
eles próprios escolheram dá uma ideia da insatisfação geral com a chamada classe 
política. A indignação contra a corrupção explica apenas parte dessa 
indisposição. Os defeitos flagrantes do sistema partidário e eleitoral e as 
deficiências da representação política pesam muito na composição do estado de 
espírito do povo.

Imunodeficiência (linha 2) – Fotográfico (linha 5)

Aí (linha 13) – Intermediário (linha 22)

Cânceres (linha 14) – Pânico (linha 31)

Beleza! Vamos mergulhar no mundo da acentuação gráfica de acordo com essa questão da CONSULPAM. O foco aqui é entender o porquê de acentuarmos certas palavras e identificar a regra aplicável a ambos os casos citados em cada alternativa.

 

Primeiro, um lembrete rápido sobre as regras básicas de acentuação: Existem diversas razões pelas quais acentuamos palavras em português, incluindo a indicação de vogais tônicas em posições específicas dentro das palavras, além de diferenciar homônimos (palavras com grafia similar, mas significados diferentes).

 

Vamos analisar a alternativa correta, a alternativa D:
<ul>
<li>Cânceres é acentuada pois é uma palavra paroxítona terminada em "es". Lembre-se que palavras paroxítonas são acentuadas quando terminam em l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, um, uns, ei, eis, oi, ois, eu, eus, além das terminações us e is, quando se referem a formas verbais.</li>
<li>Pânico também é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "o". Segue a mesma regra de acentuação que exige a marca diacrítica para diferenciar a tonicidade da sílaba.</li>
</ul>

 

As outras alternativas não seguem a mesma regra de acentuação para ambas as palavras:
<ul>
<li>Na alternativa A, Vírus é um caso de monossílabo tônico terminado em "u" enquanto Espécie é uma proparoxítona, cada uma seguindo sua própria regra de acentuação.</li>
<li>A alternativa B traz Imunodeficiência que é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em ditongo crescente "ia", e Fotográfico, uma oxítona terminada em "o", portanto, com regras distintas.</li>
<li>Por fim, a alternativa C, Aí é um ditongo aberto oxítono, enquanto Intermediário é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente "io".</li>
</ul>

 

Portanto, a alternativa correta que segue a mesma regra de acentuação para as duas palavras citadas é a alternativa D.

Grande parte do progresso na imunologia veio quando fomos obrigados a lidar com os vírus 
da imunodeficiência humana (HIV) infecções que eram conhecidas apenas como absolutas 
raridades ficaram mais frequentes, tornaram-se mais bem avaliadas e tratadas. As dimensões 
da variedade sexual humana nas nossas sociedades se revelaram. Um cientista social disse que 
a infecção pelo HIV funcionou como revelador fotográfico – ainda existe isso ou é tudo 
digital? – mostrando aspectos sociais e comportamentais que antes estavam ignorados. 
Desconhecidos, não, pois sabia-se que existiam, mas não eram discutidos ou considerados em 
políticas públicas. A aids obrigou que o fossem. 
O maior avanço, na nossa opinião, refere-se aos conhecimentos em imunidade celular, algo 
complexo e cujos detalhes foram bem esmiuçados com o estímulo da doença desencadeada 
pelo HIV. Até hoje aparecem novidades nesse setor. A última parece coisa de ficção científica 
e foi recentemente publicada no New England Journal of Medicine. Um cidadão contaminado 
por HIV desenvolveu um tumor maligno. Até aí, nada novo, é conhecida a propensão dos 
infectados a cânceres – mais a linfomas e a sarcoma de Kaposi, mas também a outros. Esse 
senhor tinha nódulos malignos no pulmão e gânglios cervicais. Os gânglios e o pulmão foram 
biopsiados e evidenciaram um tumor estranho, de células muito pequenas e que se fundiam 
ocasionalmente. Após uma investigação completa, incluindo análise do DNA do tumor, 
definiu-se que ele não era de origem humana, e sim de um parasita, Hymenolepis nana. Esse 
verme em geral não causa sintomas no ser humano, que não é seu hospedeiro habitual. 
A Hymenolepis é tênia de rato. Ao contrário das demais que acometem os humanos, ela não 
precisa de hospedeiro intermediário para completar seu ciclo, podendo levar à autoinfestação. 
Quem identificou esse caso único imagina que a falta de resposta imune tenha levado à 
proliferação do parasita no hospedeiro e uma dessas tênias teve um câncer que se disseminou 
no indivíduo, mais uma vez por absoluta falta de resposta imune. É a primeira descrição de 
câncer de parasita se desenvolvendo em hospedeiro humano. A gente pergunta se não 
ocorreram outros casos desconhecidos. 
Seria longa a enumeração dos meandros imunológicos descobertos como subproduto da 
investigação da fisiopatologia da aids. Também se aprendeu bastante no âmbito das ciências 
humanas. A aids levou a espécie humana a mostrar o que tem de melhor, como solidariedade 
e cuidado no tratamento de seus doentes e o que tem de pior: a discriminação, o pânico mal 
motivado, a vigarice. Ainda há, pasmem, malandros que acreditam na cura via medidas 
espirituais, de diferentes origens. A aids levou governos a políticas esclarecidas e o Brasil, por 
exceção à sua História, foi um dos mais lúcidos em ações públicas referentes a essa doença.

A palavra “precário” é uma proparoxítona.

As palavras “tóxica”, “pública” e “trágico” são acentuadas por serem proparoxítonas.

A palavra “saúde” é acentuada pela mesma regra que “miúdo”.

Questões de CONSULPAM - Português - Acentuação gráfica