Olha só, essa questão da CONSULPAM está pedindo para gente analisar a sequência morfológica de uma oração bastante concisa: "Outrossim, ria largo". Vamos quebrar isso aí em partes para entender melhor cada palavra.

 

O termo "Outrossim" é um advérbio. Ele é usado para adicionar uma informação ao que já foi dito, algo como um sinônimo mais chique de "além disso". Então, aqui já temos nosso advérbio.

 

A seguir, temos o verbo "ria". Esse é fácil, né? "Rir" é um verbo e aqui ele está no pretérito imperfeito do indicativo, na terceira pessoa do singular.

 

Por último, a palavra "largo" nesse contexto funciona como um adjetivo. Isso porque ela está caracterizando como o sujeito ria, atribuindo uma qualidade ao riso que, literalmente, era 'amplo'.

 

Assim, a sequência correta é Advérbio-Verbo-Adjetivo. A banca CONSULPAM explorou bem a necessidade de determinar a classe gramatical de cada termo dentro de uma sentença curta mas envolvente.

 

A alternativa correta é A.

Beleza, vamos desmistificar essa aí! A banca CONSULPAM tem uma pegada de explorar bem a identificação de classes gramaticais e funções sintáticas, né? Neste caso, a questão foca nos advérbios e suas circunstâncias associadas.

 

O advérbio em questão, "ENFIM", é geralmente usado para indicar uma conclusão ou o término de algo que vem sendo discutido, aguardado ou pensado anteriormente. Este advérbio não está descrevendo como algo foi feito (modo), nem o porquê (causa), nem para quê (finalidade), mas está marcando um ponto no tempo, sugerindo o final de uma espera ou de uma série de eventos.

 

Portanto, dentro das opções oferecidas, a que melhor descreve a função do advérbio "ENFIM" em "Venezuela e Brasil, ENFIM, juntos" é a circunstância de tempo, indicando que após um período, finalmente ocorreu a união ou cooperação entre Venezuela e Brasil.

 

Considerando isso, a resposta certinha para essa questão é a letra D, que aponta que "ENFIM" está relacionado com uma circunstância de tempo.

alternativa correta é D

As estranhas mágoas deixadas por ele perseguiam-me 
(Mágoas estranhas).

O grande homem busca seus objetivos com força 
(Homem grand
(E).

A beleza diferente chamou-me atenção (Diferente 
beleza).

Bons momentos mudam nossos sonhos (Momentos 
bons).

Bora lá entender essa questão da CONSULPAM! O foco aqui são adjetivos, e a maneira como eles são posicionados numa frase pode dar uma virada no sentido, e é isso que a pergunta quer que a gente identifique.

 

Vamos analisar cada alternativa:
<ul>
<li>A) "As estranhas mágoas deixadas por ele perseguiam-me" versus "Mágoas estranhas" — a mudança do adjetivo de anteposto para posposto não altera significativamente o sentido. Em ambas, o adjetivo "estranhas" modifica "mágoas" diretamente.</li>
<li>B) "O grande homem busca seus objetivos com força" versus "Homem grande" — aqui tem o pulo do gato! Quando dizemos "grande homem", estamos falando de um homem com grandes qualidades morais ou de importância, tipo um líder nato. Já "homem grande" refere-se apenas ao tamanho físico do indivíduo. A mudança do adjetivo altera completamente a caracterização do sujeito da frase.</li>
<li>C) "A beleza diferente chamou-me atenção" versus "Diferente beleza" — similar à alternativa A, a alteração na colocação do adjetivo não muda essencialmente o sentido. Ambas indicam uma beleza que não é comum.</li>
<li>D) "Bons momentos mudam nossos sonhos" versus "Momentos bons" — novamente, a mudança não altera o entendimento geral sobre os "momentos", seja qual for a posição do adjetivo "bons".</li>
</ul>

 

Portanto, a única alternativa onde a mudança de colocação do adjetivo altera o sentido da frase é a B. Quando o adjetivo se move, também leva junto uma nova interpretação do homem descrito — de um indivíduo admirável, para um só grandalhão. É esse detalhe que muda tudo na frase!

 

A alternativa correta é B.

Olá, vamos analisar essa questão da CONSULPAM juntos! O enunciado nos traz uma situação do cotidiano com o uso de adjetivos um tanto peculiares: “barrigudinho” e “engraçadinho”. Vamos destrinchar cada uma das afirmações para ver qual a resposta correta.

 

Affirmação i diz que ambos os adjetivos são formados pelo mesmo processo. Nesse contexto, os adjetivos são formados por derivação sufixal, adicionando os sufixos diminutivos "-inho" a "barrigudo" e "engraçado". Isso transmite uma espécie de diminuição ou algo mais íntimo e informal. Logo, a afirmativa i está correta.

 

Agora, para a afirmativa ii, que diz que o segundo adjetivo "engraçadinho" sofre apreciação afetiva positiva. Aqui, o termo pode parecer positivo à primeira vista, mas no contexto em que foi usado — uma resposta sarcástica ao vigário —, ele traz um tom mais irônico do que positivamente afetuoso. Portanto, essa afirmativa não é correta.

 

Afirmativa iii fala que ambos os adjetivos sofrem apreciação afetiva positiva. Como já observamos, "engraçadinho" pode ter um sentido irônico, e "barrigudinho", apesar de diminutivo, não necessariamente carrega uma apreciação positiva, sendo mais uma descrição física talvez com uma conotação negativa devido ao contexto de saúde ou estética. Assim, essa afirmativa também não procede.

 

Portanto, diante das análises, a alternativa que encaixa como correta é a alternativa correta é B.

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na 
soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando 
bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo: 
_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada? 
_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela. 
_ Engraçadinho duma figa! Como se chama? 
_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

O termo em apreciação manifesta-se na sua função 
original de advérbio temporal.

Mais do que um advérbio locativo, o termo porta 
uma noção de tempo, como se fosse “Nessa hora, ele 
se estrepou”.

O advérbio locativo aqui encontra a sua máxima 
realização, neste trecho, na qualidade de advérbio de 
modo, como se fosse “desse modo”.

O termo refere-se precisamente à situação 
discursiva, em que a instância dêitica de lugar é 
identificada pois que o personagem se encontrava à 
janela da amada.

Excelente, vamos analisar o emprego do termo destacado “Aqui” no contexto do texto. Em muitos casos, "aqui" é tipicamente um advérbio de lugar, indicando a posição relativa de algo ou alguém no espaço. Entretanto, neste trecho é importante observar o uso flexível e um tanto peculiar da palavra.

 

O trecho que contém "Aqui se estrepou..." sugere um ponto crítico na narrativa, que é exatamente quando o personagem comete um erro que tem consequências significativas. O autor usa o termo "Aqui" de maneira mais ampla, transmitindo um sentido temporal junto com a ideia de localização (não física, mas no desenvolvimento da narrativa). A expressão transmite um momento específico no tempo, apontando para quando o personagem enfrenta um problema ou complica a sua situação. Portanto, a expressão equivale quase a "Nesse momento, ele se estrepou".

 

Assim, embora "Aqui" comumente aponte para um local físico ou situação espacial, na passagem em questão ele está sendo usado de forma figurada para destacar um instante crucial no desenvolvimento da trama. Não se refere, literalmente, a um lugar físico, mas a um instante preciso no fluxo dos eventos – aí reside sua noção temporal.

 

Analisando as alternativas fornecidas, vemos que a alternativa B é a mais correta. Ela reconhece essa dupla função (local e temporal) de "Aqui", demonstrando um entendimento mais completo do uso desse termo no contexto dado. Portanto, a alternativa correta é B.

Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em 
virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos 
de vida terrena pererecou como um peru em cima da 
gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de 
gramática. Mártir da gramática, fique este documento 
da sua vida como pedra angular para uma futura e 
bem merecida canonização. 
Havia em Itaoca um pobre moço que 
definhava de tédio no fundo de um cartório. 
Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto 
palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns 
acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante 
sucesso. 
Vivia em paz com as suas certidões quando o 
frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a 
filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha 
duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos 
dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, 
madurota, histérica, manca da perna esquerda e um 
tanto aluada. 
Triburtino não era homem de brincadeira. 
Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão 
da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. 
Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que 
é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos 
enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz. 
Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, 
apesar da distância hierárquica que os separava. 
Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo 
não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na 
igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – 
o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, 
ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho 
de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de 
folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o 
Acorda, donzela... 
Sapecado a medo num velho pinho de 
empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado. 
Aqui se estrepou... 
Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas 
quatro palavras, afora pontos exclamativos e 
reticências: 
Anjo adorado! 
Amo-lhe! 
Para abrir o jogo bastava esse movimento de 
peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o 
bilhetinho celestial e, depois de três dias de 
sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua 
presença, com disfarce de pretexto – para umas 
certidõesinhas, explicou. 
Apesar disso, o moço veio um tanto 
ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe 
erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas 
aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a 
carranca e disse: 
- A família Triburtino de Mendonça é a mais 
honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não 
permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se 
cometa o menor deslize. 
Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o 
bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o. 
- É sua esta peça de flagrante delito? 
O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa 
confirmação. 
- Muito bem! Continuou o coronel em tom 
mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia 
de o declarar... Pois agora… 
O escrevente, por instinto, ergueu o braço 
para defender a cabeça e relanceou os olhos para a 
rua, sondando uma retirada estratégica. 
- ... é casar! Concluiu de improviso o 
vingativo pai. 
O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a 
boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se 
e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante: 
- Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei 
tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com 
que injustiça o julgam aí fora!… 
Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das 
expansões. 
- Nada de frases, moço, vamos ao que serve: 
declaro-o solenemente noivo de minha filha! 
E voltando-se para dentro, gritou: 
- Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo! 
O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se 
de coragem, corrigiu o erro. 
- Laurinha, quer o coronel dizer… 
O velho fechou de novo a carranca. 
- Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê 
mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama-
“lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. 
Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira 
pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. 
Salvo se declara amor à minha mulher (…).

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