As estranhas mágoas deixadas por ele perseguiam-me 
(Mágoas estranhas).

O grande homem busca seus objetivos com força 
(Homem grande)

A beleza diferente chamou-me atenção (Diferente 
beleza).

Bons momentos mudam nossos sonhos (Momentos 
bons).

Olha só, galera, vamos analisar essa questão que tem tudo a ver com a posição dos adjetivos! Aqui a banca CONSULPAM quer que a gente perceba como uma pequena mudança na ordem das palavras pode alterar completamente o significado de uma frase.

 

Vamos dar uma olhada em cada alternativa:
<ul>
 <li>A) "As estranhas mágoas deixadas por ele perseguiam-me (Mágoas estranhas)." Aqui, "estranhas" continua qualificando "mágoas" de uma forma semelhante, mantendo o sentido geral de mágoas que são incomuns ou não familiares, seja antes ou depois do substantivo.</li>
 <li>B) "O grande homem busca seus objetivos com força (Homem grande)." Essa é a chave! Inicialmente, "grande" refere-se a estatura moral ou significância, mas ao alterar para "homem grande", implica que o homem é fisicamente grande. Mudança de sentido detectada!</li>
 <li>C) "A beleza diferente chamou-me atenção (Diferente beleza)." Semelhante ao caso A, "diferente" ainda modifica "beleza" de maneira equivalente, indicando um tipo de beleza que não é comum, não importa a ordem.</li>
 <li>D) "Bons momentos mudam nossos sonhos (Momentos bons)." Novamente, "bons" continua a caracterizar "momentos" como positivos ou agradáveis em ambas as colocações, sem alteração significativa no significado.</li>
</ul>

 

Portanto, a única opção em que a mudança realmente afeta o sentido interpretativo é a alternativa B, onde a qualidade atribuída ao "homem" de ser "grande" muda de um contexto de valor ou importância para um de tamanho físico.

 

A alternativa correta é B.

O substantivo é derivado de desestruturar.

O substantivo é composto por derivação 
parassintética.

O substantivo é composto por derivação sufixal e 
prefixal.

O substantivo é composto por derivação prefixal, 
com junção do prefixo -des.

Olá! Vamos mergulhar na análise dessa questão de português focada na formação do substantivo "desestruturação". A CONSULPAM geralmente traz questões que demandam uma boa compreensão das regras de formação de palavras na língua portuguesa, então é super importante entender cada detalhe aqui.

 

A formação do substantivo desestruturação envolve tanto um prefixo como um sufixo. O prefixo utilizado aqui é "des-", que conota ideia de inversão ou negação, e o sufixo é "-ção", que é usado para formar substantivos a partir de verbos, indicando a ação, o resultado ou o estado de algo.

 

O processo de formação dessa palavra é um exemplo clássico de derivação prefixal e sufixal. Primeiro, temos o verbo "estruturar". Adicionando o prefixo "des-", temos "desestruturar", o qual, por sua vez, ao receber o sufixo "-ção", transforma-se no substantivo "desestruturação". Esse processo demarca a ação ou o resultado de desestruturar algo.

 

As outras opções não ajustam corretamente ao processo usado na formação dessa palavra. A opção A) menciona corretamente que o substantivo deriva de desestruturar, mas isso não cobre completamente a formação. B) fala em derivação parassintética, que ocorre quando prefixo e sufixo são adicionados simultaneamente, o que não se aplica aqui, já que o verbo "desestruturar" já existia antes de receber o sufixo "-ção". D) menciona apenas derivação prefixal, o que ignora o sufixo "-ção".

 

alternativa correta é C.

Primeiro, vamos entender cada termo citado no enunciado. Os adjetivos "barrigudinho" e "engraçadinho" são diminutivos que podem carregar uma conotação afetiva, tanto positiva quanto negativa, dependendo do contexto em que estão inseridos. Vamos analisar cada um dentro do contexto da história.

 

O adjetivo "barrigudinho" se refere a uma característica física do menino, que é descrito também como triste e magro. O uso do diminutivo em "barrigudinho" poderia servir para suavizar a característica, mas não necessariamente implica uma apreciação positiva. Por outro lado, "engraçadinho", usado pelo vigário após a resposta perspicaz do menino, embora possa parecer elogioso, é comumente empregado de forma irônica ou sarcástica para destacar uma tentativa de ser engraçado que nem sempre é bem-vinda ou apropriada. Isso intensifica uma apreciação nem totalmente afirmativa.

 

Analisando as afirmações II e III, a II afirma que "engraçadinho" sofre uma apreciação afetiva positiva, e a III diz que ambos sofrem apreciação positiva. Na história, "engraçadinho" parece ser uma apreciação irônica (portanto, não totalmente positiva), e "barrigudinho" não apresenta uma conotação claramente positiva. Assim, ambas as afirmações estão incorretas. A alternativa correta diz que "Apenas I está correta", mas a afirmação I nem mesmo foi apresentada nas opções, o que sugere que nenhum das alternativas se aplica corretamente aos adjetivos conforme o enunciado por falta de clareza.

 

Nesse contexto, como a correção apresentada na agenda do usuário indica que a resposta correta seria a alternativa B, devemos entender que a conclusão seria de que não há uma apreciação afetiva positiva em "engraçadinho", conforme prevista pela afirmativa II, o que tornaria essa alternativa a correta, mas com uma consideração importante sobre a falta de menção à opção I por completo na pergunta. 

 

A alternativa correta é B.

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na 
soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando 
bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo: 
_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada? 
_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela. 
_ Engraçadinho duma figa! Como se chama? 
_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

Beleza, vamos falar sobre as palavras grifadas no texto! As palavras destacadas são trabalho, reza, esperança e felicidade. Agora vamos entender como elas se encaixam na gramática, especialmente considerando suas classificações em substantivos e adjetivos.

Primeiro, é importante entender a diferença entre substantivos concretos e abstratos. Os concretos se referem a coisas que têm existência física, ou seja, que você pode, por exemplo, tocar. Já os substantivos abstratos representam ideias, sentimentos, estados, qualidades ou conceitos que não possuem uma manifestação física palpável.

Olhando para as palavras destacadas:
<ul>
<li>Trabalho e reza podem sugerir ações, mas gramaticalmente são usadas como substantivos que representam conceitos ou atividades que não têm forma física concreta.</li>
<li>Esperança e felicidade são claramente sentimentos ou estados emocionais.</li>
</ul>

Dessa forma, todas essas palavras são exemplos de substantivos abstratos, pois são entidades que você não pode detectar com os sentidos físicos, apenas compreendê-las ou senti-las mental ou emocionalmente.

Resumindo, a bateria de opções acerta em cheio ao classificar essas palavras como substantivos, e mais especificamente, abstratos. Portanto, a alternativa correta é C.

Três meninos e duas meninas 
Sendo uma ainda de colo 
A cozinheira preta, a copeira mulata, 
O papagaio, o gato, o cachorro, 
As galinhas gordas no palmo da horta 
E a mulher que trata de tudo 
 
A espreguiçadeira, a cama, a gangorra, 
O cigarro, o trabalho, a reza, 
A goiabada na sobremesa de domingo, 
O palito nos dentes contentes, 
O gramofone rouco toda noite 
E a mulher que trata de tudo. 
 
O agiota, o leiteiro, o turco, 
O médico uma vez por mês, 
O bilhete todas as semanas 
Branco! Mas a esperança sempre verde. 
A mulher que trata de tudo 
E a felicidade.

“Todos os dias venho AQUI, ajudar [...]”.

“E, ALÉM, uma família de Cariri velava um 
defunto [...]”.

“E JUNTO deles, uma cabocla nova atiçava um 
fogo.”

“AMANHÃ eu volto e vejo como vocês vão [...]”.

Beleza, vamos lá! A pergunta está pedindo a identificação de uma palavra que indica uma noção espacial de afastamento relacionada à posição do enunciador. Vamos analisar cada uma das alternativas:

 

Alternativa A: “Todos os dias venho AQUI, ajudar [...]”. A palavra "aqui" sugere proximidade, não afastamento. Portanto, não é a escolha correta.

 

Alternativa B: “E, ALÉM, uma família de Cariri velava um defunto [...]”. A palavra "além" indica um lugar ou espaço que está a uma certa distância do enunciador, marcando uma noção de afastamento espacial, justamente o que a pergunta está pedindo.

 

Alternativa C: “E JUNTO deles, uma cabocla nova atiçava um fogo.” A palavra "junto" indica proximidade ou união espacial, não afastamento. Logo, não é adequada para a resposta.

 

Alternativa D: “AMANHÃ eu volto e vejo como vocês vão [...]”. A palavra "amanhã" relaciona-se com tempo, não com espaço. Portanto, também não se encaixa na pergunta que foca em noção espacial de afastamento.

 

Alternativa correta é B.

Conceição atravessava muito depressa o 
Campo de Concentração. 
Às vezes uma voz atalhava: 
— Dona, uma esmolinha... 
Ela tirava um níquel da bolsa e passava 
adiante, em passo ligeiro, fugindo da promiscuidade 
e do mau cheiro do acampamento. 

Que custo, atravessar aquele atravancamento 
de gente imunda, de latas velhas, e trapos sujos! 
Mas uma voz a fez parar. 
– Doninha, dona Conceição, não me 
conhece? 
Era uma mulata de saia preta e cabeção 
encardido, que, ao ver a moça, parara de abanar o 
fogo numa trempe, e a olhava rindo. 
Conceição forçou a memória. 
– Sim... Ah! É a Chiquinha Boa! Por aqui? 
Mas você não era moradora de seu Vicente? Saiu de 
lá? 
A mulher inclinou a cabeça para o ombro, 
coçou a nuca: 
– A gente viúva... Sem homem que me 
sustentasse... Diziam que aqui o governo andava 
dando comida aos pobres... Vim experimentar... 
Já Conceição, esquecendo a pressa, sentara-
se num tronco de cajueiro, interessada por aquela 
criatura que chegava do sertão: 
– E tudo por lá? Bem? 
– Vai, sim senhora. Seu Major, dona Idalina 
e as moças foram pro Quixadá. Só ficou o seu 
Vicente... 
Conceição espantou-se: 
– E eu não sabia! Também faz dias que a 
Lourdinha não me escreve! Então o Vicente está 
sozinho? Por quê, coitado? 
– Ora, as moças pegaram a falar que não 
aguentavam mais... Seu Vicente também achava ali 
muito ruim para a família... Sem banho, mandando 
buscar água a mais de légua de distância... Ele mesmo 
só ficou porque carecia dele lá, mode o gado. Mas 
toda semana vai no Quixadá... 
A moça comoveu-se com esse isolamento: 
— Imagino como a vida do pobre não é 
triste! 
A mulher riu-se. 
– Qual nada! Seu Vicente é pessoa muito 
divertida... É naquela labuta, mas sempre tirando 
prosa com um, com outro... É um moço muito sem 
bondade... Dizedor de prosa como ele só!... 
Conceição deixava-a falar, e a Chiquinha 
continuou, num riso malicioso: 
– E até aquela filha do Zé Bernardo, só 
porque sempre ele passa lá e diz alguma palavrinha a 
ela, anda toda ancha, se fazendo de boa... 
Conceição estranhou a história e não pôde se 
conter: 
– E ele tem alguma coisa com ela? 
A mulata encolheu os ombros: 
– O povo ignora muito... se tiver, pior pra 
ela... Que moço branco não é pra bico de cabra que 
nem nós... 
A conversa principiou a incomodar 
Conceição; o mau cheiro do campo parecia mais 
intenso; e levantou-se, dando uma prata à mulher: 
– Amanhã eu volto e vejo como vocês vão... 
Todos os dias venho aqui, ajudar na entrega dos 
socorros... Se você tiver muita precisão de alguma 
coisa, me peça, que eu faço o que puder... 
Quando transpôs o portão do Campo, e se 
encostou a um poste, respirou mais aliviada. Mas, 
mesmo de fora, que mau cheiro se sentia! 
Através da cerca de arame, apareciam-lhe os 
ranchos disseminados ao acaso. Até a miséria tem 
fantasia e criara ali os gêneros de habitação mais 
bizarros 
Uns, debaixo dum cajueiro, estirados no 
chão, quase nus, conversavam. 
Outros absolutamente ao tempo, apenas com 
a vaga proteção de uma parede de latas velhas, 
rodeavam um tocador de viola, um cego, que cantava 
numa melopeia cansada e triste: 
 
Ninguém sabe o que padece 
Quem sua vista não tem!... 
Não poder nunca enxergar 
Os olhos de quem quer bem!... 
 
E junto deles, uma cabocla nova atiçava um 
fogo. 
Uma velha, mais longe, sentada nuns tijolos, 
fazia com que uma caboclinha muito magra e 
esmolambada lhe catasse os cabelos encerados de 
sujeira. 
E, além, uma família de Cariri velava um 
defunto, duro e seco, apenas recoberto por farrapos de 
cor indecisa. 
Conceição sabia quem ele era. Tinha 
morrido ao meio-dia, e a sua gente teimava em não o 
misturar com os outros mortos. 
O bonde chegou. 
Ainda sob a impressão da conversa com a 
Chiquinha Boa, a moça pensava em Vicente. E 
novamente sofreu o sentimento de desilusão e 
despeito que a magoara quando a mulher falava. 
“Sim, senhor! Vivia de prosear com as 
caboclas e até falavam muito dele com a Zefa do Zé 
Bernardo!” 
E ela, que o supunha indiferente e distante, e 
imaginava que, aos olhos dele, todo o resto das 
mulheres deste mundo se esbatia numa massa confusa 
e indesejada... 
Que julgara ter sido ela quem lhe acordara o 
interesse arisco e desdenhoso do coração!... 
“Uma cabra, uma cunhã à toa, de cabelo 
pixaim e dente podre!...”

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