A questão aborda a aplicação das escalas de coma de Glasgow e Rancho Los Amigos no contexto do traumatismo craniencefálico (TCE), vital para o manejo de pacientes com lesões cerebrais. Para avaliar e orientar o tratamento de pacientes nesta condição, é fundamental compreender a função e aplicabilidade dessas ferramentas. 

A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é utilizada mundialmente para avaliar o nível de consciência em pacientes com lesão cerebral aguda, incluindo aqueles que sofreram TCE. Esta escala examina três respostas: verbal, motora e ocular, fornecendo um score que varia de 3 (profundamente inconsciente) a 15 (totalmente consciente). A ECG é especialmente relevante na fase aguda do trauma para determinar a gravidade da lesão e guiar as decisões clínicas iniciais. 

A Escala Rancho Los Amigos, por outro lado, é utilizada para avaliar os níveis de recuperação cognitiva em pacientes que sofreram lesões cerebrais. Esta escala tem níveis que descrevem desde a não resposta a qualquer estímulo (nível I) até a recuperação de comportamento adequado em situações familiares (nível VIII). A sua aplicabilidade se estende para além da fase aguda, sendo útil em diferentes etapas da reabilitação, para monitorar o progresso e ajustar planos de tratamento a longo prazo. 

Alternativa C: Certo

A assinalação da alternativa como "Certo" está correta, já que a afirmação condiz com a aplicabilidade e uso clínico das escalas. A escala de Glasgow é de fato primordial na avaliação inicial e na fase aguda do TCE para entender a gravidade da lesão cerebral e orientar as intervenções iniciais. Em contrapartida, a escala Rancho Los Amigos é versátil e aplicável em variadas fases após o TCE, auxiliando na avaliação contínua do progresso cognitivo e comportamental do paciente durante a recuperação e a reabilitação. 

Alternativa E: Errado

Essa alternativa seria incorreta porque contradiz as informações estabelecidas sobre a utilização das escalas mencionadas. Ambas as escalas são empregadas de maneira complementar e em etapas diferentes no manejo do paciente com TCE, conforme explicado anteriormente. 

É crucial para profissionais de enfermagem compreender essas ferramentas de avaliação e estar aptos a aplicá-las corretamente, dado que elas influenciam diretamente nas decisões terapêuticas e no prognóstico do paciente. A educação continuada e a prática baseada em evidências são essenciais para garantir a eficácia no uso dessas escalas e melhorar os resultados dos cuidados aos pacientes com TCE. 

Gabarito: Letra C

A escala de coma de Glasgow é utilizada como um indicador
de consciência na fase aguda do TCE, ao passo que a escala
Rancho Los Amigos é aplicável em qualquer fase após a
ocorrência desse traumatismo.

Com relação ao traumatismo craniencefálico (TCE), julgue os itens
seguintes.


O atendimento inicial a politraumatizados e a avaliação da consciência em pacientes comatosos são aspectos fundamentais na prática da enfermagem, especialmente em cenários de urgência ou emergência. A Escala de Coma de Glasgow (ECG), desenvolvida por Graham Teasdale e Bryan J. Jennett em 1974, é uma ferramenta eminentemente utilizada para esse propósito. 

A escala é dividida em três parâmetros que são avaliados de forma independente: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. Cada um destes parâmetros tem uma pontuação própria, que ao ser somada, fornece um indicativo do estado de consciência do paciente. 

A pontuação máxima que um paciente pode atingir na escala de Glasgow é 15 pontos, que indica um estado de consciência claro e não alterado. Por outro lado, a pontuação mínima é 3, o que indica um estado de coma profundo ou ausência de respostas percebíveis. 

O limiar para classificação de um estado de coma na escala de Glasgow é muitas vezes estabelecido como 8 pontos ou menos. Portanto, pacientes com um somatório de pontos igual ou inferior a 8 são considerados em estado de coma. Este critério é adotado porque um escore abaixo de 9 indica uma lesão grave do sistema neural e necessidade de monitoramento intensivo do paciente. 

Alternativa C: Esta afirmação está correta. Segundo a Escala de Glasgow, pacientes com uma pontuação de 8 ou menos são geralmente classificados como estando em coma. Este parâmetro é consistentemente usado em práticas clínicas e emergenciais para triagem rápida e eficaz no diagnóstico do estado de consciência de um paciente que sofreu traumatismo ou qualquer tipo de lesão que possa comprometer suas funções cerebrais.

Alternativa E: Esta afirmação está incorreta, considerando que a afirmação correta é que a pontuação na Escala de Glasgow de 8 ou menos de fato classifica o paciente como estando em coma, conforme o padrão clínico estabelecido em diversas diretrizes de saúde e prontuários de prática médica e enfermagem.

Gabarito: Letra C

Em síntese, entender e aplicar corretamente a Escala de Glasgow é essencial para enfermeiros e médicos no atendimento a pacientes com potencial comprometimento da consciência, especialmente em contextos de trauma. A correta interpretação desta escala permite uma intervenção mais precisa e fundamentada nas necessidades imediatas do paciente, possibilitando um tratamento adequado e monitoramento da evolução de seu estado clínico.

De acordo com a escala de Glasgow, todos os pacientes cujo somatório de pontos seja igual ou menor que oito são considerados em
coma.

Julgue os itens seguintes, relativos ao atendimento inicial ao politraumatizado e à avaliação de consciência no paciente em estado de coma.


Para analisarmos a veracidade do enunciado proposto na questão do concurso, é importante primeiramente compreender o termo técnico mencionado, "anisocóricas", e sua aplicabilidade no contexto da avaliação neurológica de um paciente em estado de coma ou politraumatizado. 

Enunciado: Na avaliação do quadro neurológico, devem ser verificados o tamanho das pupilas e a reação das pupilas à luz. Normalmente, as pupilas possuem o mesmo tamanho, sendo denominadas anisocóricas.

A avaliação do estado neurológico de um paciente é um componente crítico, especialmente em cenários de emergência como o de politraumatizados. Um dos parâmetros mais relevantes nessa avaliação é a inspeção das pupilas, que deve incluir a observação do tamanho das pupilas e da sua reatividade à luz. 

No contexto médico, o termo "anisocóricas" refere-se a uma condição na qual as pupilas são de tamanhos desiguais. Portanto, quando o enunciado menciona que normalmente as pupilas são do mesmo tamanho e denominadas anisocóricas, há uma contradição terminológica evidente. 

O correto seria afirmar que quando as pupilas são do mesmo tamanho, elas são denominadas isocóricas. Portanto, termos "isocóricas" para pupilas de tamanho igual e "anisocóricas" para tamanhos diferentes. Isso é fundamental para a prática clínica porque a anisocoria pode indicar patologias neurológicas que requerem atenção imediata. 

Análise das Alternativas:

Alternativa C: Certo - Esta alternativa é incorreta devido ao uso errôneo do termo anisocóricas no contexto explicativo proposto pelo enunciado. As pupilas de mesmo tamanho, na verdade, seriam corretamente descritas como isocóricas.

Alternativa E: Errado - Esta é a alternativa correta, pois corrige o erro conceitual presente na descrição do estado das pupilas quando são do mesmo tamanho. Em situações normais, as pupilas isocóricas sinalizam condições neurológicas mais estáveis, enquanto que a anisocoria pode ser um indicador de lesões ou anormalidades cerebrais.

A importância dessa distinção reside no fato de que, em um contexto de trauma, avaliações precisas são essenciais para o diagnóstico correto e a subsequente administração de tratamento adequado. A análise de pupilas é parte da escala de coma de Glasgow, por exemplo, que é frequentemente utilizada para avaliar o nível de consciência em pacientes com lesões na cabeça. 

Gabarito: Letra E

Esta questão ilustra a necessidade da precisão na comunicação médica e na documentação clínica, destacando como um simples equívoco terminológico pode impactar o entendimento clínico e a qualidade do cuidado ao paciente. Portanto, é vital que profissionais de saúde, especialmente enfermeiros em ambientes de emergência, estejam bem versados nos termos e condições específicas da neurologia clínica.

Na avaliação do quadro neurológico, devem ser verificados o tamanho das pupilas e a reação das pupilas à luz. Normalmente, as
pupilas possuem o mesmo tamanho, sendo denominadas anisocóricas.

Na avaliação neurológica simplificada, o objetivo é rapidamente descrever o estado de consciência do paciente e detectar quaisquer alterações neurológicas precoces. Uma das maneiras é observar a ausência de abertura ocular e a falta de resposta aos estímulos verbal e doloroso.A	escala de coma de Glasgow é uma ferramenta clínica usada para avaliar o nível de consciência em pacientes que sofreram lesões na cabeça ou outras condições neurológicas. Se o paciente não apresentar abertura ocular, nem responder a estímulos verbais ou dolorosos, ele é considerado inconsciente, indicando um estado grave que requer intervenção urgente.. Gabarito: c) certo.

Na avaliação neurológica simplificada, que tem como objetivo
descrever rapidamente o estado de consciência e detectar
alterações neurológicas precoces no paciente, deve-se
considerar que o paciente está inconsciente se ele não
apresentar abertura ocular nem resposta aos estímulos verbal
e doloroso.

Julgue os itens subsequentes, relativos ao suporte básico de vida.


Questões de Enfermagem - Avaliação de consciência no paciente em coma