à qualquer atividade que desejasse realizar.

à todas as pessoas com quem gostava de estar.

à fazer as coisas que me davam prazer.

à uma prolongada sessão diurna de cinema.

à leitura dos meus livros favoritos.

Vamos mergulhar no tema da crase e entender por que a alternativa E foi a escolhida, em vez de se enrolar com essa confusão de sinais típicos e oblíquos! 
 
A crase é usada para indicar a fusão de duas letras "a". Mais tecnicamente, acontece quando temos a preposição "a" seguida pelo artigo feminino "a" ou "as". Pode parecer simples, mas ela tem suas pegadinhas. 
 
Nos exemplos: 
 
A) Não se usa crase antes de palavra no masculino, por isso "à qualquer atividade" já começou errado. 
B) "à todas as pessoas" também não se encaixa no padrão da crase direitinho porque antes de palavras no plural que começam com artigo definido, precisamos de um sinal mais claro. Esse sinal pode ser uma palavra ou expressão que exija preposição "a", ou algo que especifique demais esse "todas". 
C) "à fazer as coisas" tropeça na linha de chegada porque antes de verbo no infinitivo, não se usa crase. 
D) "à uma prolongada sessão" é quase isso, mas quando falamos assim parece que tá só adicionando o artigo, sem a indicação da preposição, saca? 
 
E agora, a vencedora: 
E) "à leitura dos meus livros favoritos." Aqui, amigo, é onde a mágica acontece. Temos "dedicar a" (pedindo aquela preposição gostosa) e "a leitura" (invocando o artigo definido). Quem diria, né? Juntando essas pistas, bate a certeza de que a crase deve ser usada aqui. 
 
Então, segura na minha mão e lembra que a alternativa correta é E.

“Imagine que você tem uma conta corrente no coração de cada pessoa com quem se relaciona. Cada vez que você faz uma coisa boa para ela, você ganha crédito. Cada vez que ela faz algo para você, realiza um débito. Como está seu saldo nessas contas?” Assim falava o homem da TV, uma espécie de palestra motivacional. Ou desmotivacional, porque mal comecei a vislumbrar meus extratos nos corações alheios e percebi que estava próximo à bancarrota.

 Houve um tempo em que eu tinha tempo de sobra, e gastava-o a meu bel-prazer. Uma noite, saía com os amigos. Na outra encontrava a namorada. Um conhecido publicava um livro, lá ia eu, se estivesse a fim. Era eu feliz e não sabia: vivia no azul nos peitos de todo mundo e dormia o sono dos justos.

 Não sei exatamente quando os negócios desandaram.
Acho que foi lá por 2004, ano em que comecei a trabalhar muito e gastar o pequeno crédito que havia conquistado.

 “Pedrão, valeu pelo convite, mas tenho que terminar a crônica!” Mãe, não consigo almoçar nesse domingo, tenho que agilizar o romance.” Aos poucos, fui parar no cheque especial.

 Caro leitor, não quero passar a ideia, muitíssimo equivocada, de que sou uma pessoa esnobe e reclusa, que prefere a companhia dos livros______________________ . Gosto dos outros. O problema sou eu mesmo, que, com a minha inépcia na economia dos afetos, não consigo mais pensar em que amigo gostaria de ver, mas qual deles, caso eu não encontre, mandará nossa amizade para o Serasa.

 O problema das grandes dívidas é que, a partir de uma certa quantia, já não se consegue mais amortizá-la, apenas pagar os juros.

Em "a": Certo –&nbsp; O verbo "dedicar" apresenta regência indireta, ou seja, exige o uso de uma preposição. Como o termo subsequente está no feminino singular (caneta), o artigo feminino "a" também está presente. Assim, com a fusão de "a" preposição + "a" artigo feminino, a ocorrência de crase torna-se obrigatória. Caso semelhante é o que acontece com o vocábulo "garrafa": também está no feminino singular; logo, a ocorrência de crase torna-se obrigatória. Com o verbo "engolir", por sua vez, este não dispõe de uma regência indireta e, como tal, não deverá ocorrer a crase, pois não temos a presença da preposição "a". Em relação à última ocorrência, não deverá haver a crase porque esta não ocorre diante de verbos. Em "b": Errado –&nbsp; Já vimos que o verbo "engolir" não apresenta regência indireta; portanto, não deverá ocorrer a crase. Em "c": Errado –&nbsp; Como vimos, não deverá ocorrer crase antes de verbos, caso de "trabalhar". Em "d": Errado –&nbsp; Como vimos, "dedicar" é um verbo cuja regência é indireta, isto é, necessita de uma preposição. O termo seguinte que a ele acompanha está no feminino singular. Logo, a ocorrência do fenômeno da crase torna-se obrigatória. Em "e": Errado –&nbsp; Como vimos, "engolir" não é um verbo cuja regência seja indireta, ou seja, necessite de uma preposição. Resposta: Letra A.

     Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway e Edgar Allan Poe foram escritores americanos de diversos gêneros, épocas e estilos. E todos com um traço em comum: alcoolismo. Não eram bons apenas de copo, como se diz. Eram ótimos de copo – eram alcoólatras.
 
     No começo, dedicavam-se por igual_________ caneta e _________ garrafa, mas, depois de algum tempo, a garrafa engoliu___________caneta. Todos tiveram a produção, a saúde e vida afetadas pelo enorme consumo de álcool.

      Você poderá argumentar que a bebida não impediu que eles fossem considerados geniais. Mas isso é discutível. É provável que, sem a bebida, fossem ainda mais geniais. E, claro, teriam evitado os problemas financeiros que, em maior ou menor grau, atingiram todos eles e os obrigaram_________trabalhar no que não gostavam para sobreviver.


A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. Anuncio às minhas filhas: o verbo anunciar é transitivo direto (algo) e indireto (alguém). Portanto, a regência admite a preposição a. O uso de crase antes de "minha" é possível. A noite tem a função de sujeito, portanto: a noite estava fria. "À noite", pelo contrário, é uma locução adverbial. A lançar, pois não se usa crase antes de verbo. A) Alternativa incorreta.B) Alternativa incorreta.C) Alternativa incorreta.D) Alternativa incorreta.E) Alternativa correta.

    Dois passarinhos vieram morar na minha casa. Como nada sei de pássaros, e como só o que vi foi o verde das asas, quando o dia nasce anuncio_____ minhas filhas que temos de visita dois papagaios. Quase não se veem, enfiaram-se no cano do aquecedor, estava fria______ noite, coitados, digo no tom próprio da piedade. Elas se animam mais do que seria de se esperar, passam______ lançar palavras profusas ao aquecedor e estreitar os ouvidos na expectativa da resposta.


 àqueles que buscam inserção nessa nova realidade.

 à qualquer pessoa em formação para o trabalho.

 à todos os que buscam preparação para o trabalho.

 à uma grande quantidade de estabelecimentos de ensino.

 à quem pretender se manter relevante profissionalmente

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso da crase. A) Alternativa correta. O verbo "trazer" é transitivo direto e indireto. O objeto indireto exige a preposição "a". Os pronomes demonstrativos "aqueles", "aquelas" e "aquilo" possibilitam o uso da crase.B) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes de pronomes indefinidos.C) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes de "todos".D) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes do artigo indefinido "uma". Quando é indicação de hora, há crase.E) Alternativa incorreta. Não se usa crase antes do pronome relativo "quem".

    De tempos em tempos, vemos estudos e listas sobre as chamadas “profissões do futuro”. Elas nos enchem os olhos, com atividades incríveis e inspiradoras. Infelizmente a maior parte das pessoas jamais exercerá qualquer uma dessas carreiras, pois não tem elementos básicos em sua formação para desempenhar suas tarefas. Nosso sistema de ensino e nossa cultura não são organizados para oferecer a crianças, jovens e adultos as habilidades necessárias para isso.

    Para as profissões que debutam com grande pompa e muitas novidades, naturalmente não existe formação específica. A escola precisa de um tempo para a criação de cursos, e isso só acontece depois que um novo ofício está consolidado. Portanto, se se almeja qualquer um desses incríveis trabalhos, a habilidade mais desejada é o amor pelo aprendizado. Com ela, o candidato descobrirá e fará muitos cursos específicos, para combinar seus conteúdos e construir o arcabouço intelectual necessário.

    As “profissões do futuro” são tão incríveis porque elas saem do óbvio. Desafiam os indivíduos a pensar e a fazer diferentemente o que já existe ou criar algo completamente novo, que trará um grande benefício à sociedade.

    A digitalização já afetou todas as profissões e esse é um movimento que cresce exponencialmente. Não há como resistir à mudança. Pelo contrário, qualquer que seja a área do ofício, o domínio de habilidades normalmente associadas às Exatas, como raciocínio lógico, análise de dados, entendimento de sistemas ou estatística ficam mais e mais importantes. Da mesma forma, habilidade de Humanas, como comunicação, pensamento crítico, trabalho em equipe e empatia também se tornam essenciais para trabalhadores de todas as áreas, e não apenas nas Humanidades.

    Portanto as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras, e as que morrem são as mais operacionais e repetitivas. É por isso que nossas escolas precisam formar profissionais para o primeiro grupo, e não para o segundo. A discussão do futuro do trabalho deve passar necessariamente pela do futuro da educação.


A questão apresentada exige que se entenda o uso correto da crase na língua portuguesa. A crase é o resultado da fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a(s)" ou com o "a" inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo e a(s). Vamos analisar as lacunas:

1. **Primeira lacuna:** Refere-se a levar o corpo "___ uma universidade de medicina". A expressão "uma universidade de medicina" não exige artigo definido feminino, então a preposição "a" é usada sozinha. Não ocorre crase.

2. **Segunda lacuna:** Trata-se de ser exposto "___ energia elétrica". Neste caso, o termo energia é feminino e, normalmente, não é precedido de artigo definido, portanto, a crase não ocorre. No entanto, é comum o contexto permitir a inserção opcional do artigo ("à energa elétrica"), mas o uso sem artigo ("a energia elétrica") está igualmente correto.

3. **Terceira lacuna:** Refere-se a quem assistiu "___ esse experimento". Nesse caso, não há artigo, pois "esse" é um pronome demonstrativo. Consequentemente, não se utiliza crase antes de pronomes demonstrativos específicos como "esse".

4. **Quarta lacuna:** Refere-se a estar prestes "___ voltar vida". Note que sempre dizemos "voltar à vida", com o uso do artigo definido feminino, assim se usa a crase.

5. **Quinta lacuna:** Fala sobre Mary Shelley estar habituada "___ experiências como essa". O termo experiências exige artigo feminino e, junto com a preposição "a", forma-se a crase.

Revisando as preenchimentos corretos conforme as regras da crase, as lacunas devem ser preenchidas como: "a ... à ... a ... à ... a", las quais correspondem às seguintes justificações: não usa crase na primeira e terceira porque não há artigo definido; usa a crase na segunda e quarta por haver artigo definido; não usa crase na quinta porque o termo seguinte é um pronome demonstrativo.

Gabarito: Letra E

Questões de Fundação Vunesp - Português - Uso da crase - 2022