locução adverbial com valor de tempo e como adjetivo.

locução adverbial com valor de modo e como substantivo.

locução adverbial com valor de afirmação e como adjetivo.

Acredito que ele mesmo pode resolver o problema.

Mesmo ameaçado, o mundo não vai acabar.

Depois de Greta, o mundo não será o mesmo.

Agora mesmo está havendo uma ação danosa ao
ambiente.

Vamos lá descomplicar essa situação com uma pitada de explicação sobre o uso da palavra "mesmo" que aparece no texto. 
 
A palavra "mesmo" tem várias funções no português, e o contexto define o seu sentido. No trecho em questão, o "mesmo" é usado como um advérbio de intensidade, reforçando que o sujeito realmente vai acreditar que o mundo vai acabar. Ele serve para intensificar a certeza da ação. 
 
Agora, vamos analisar rapidamente as alternativas para conferir qual delas está no mesmo clima de uso: 
 
<ul style="margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) "Acredito que ele mesmo pode resolver o problema." - Nessa frase, o "mesmo" é utilizado como pronome demonstrativo, indicando ênfase na pessoa referida, no caso "ele". Não é um advérbio de intensidade.</li> 
<li>B) "Mesmo ameaçado, o mundo não vai acabar." - Aqui, temos um advérbio de inclusão, equivalente a "apesar de", que também não corresponde ao uso que procuramos.</li> 
<li>C) "Depois de Greta, o mundo não será o mesmo." - Neste caso, "mesmo" é um pronome demonstrativo usado para indicar identidade ou igualdade. Não tem função de intensidade.</li> 
<li>D) "Não tem mesmo nada a dizer?" - Bingo! Aqui está o uso de "mesmo" como advérbio de intensidade, assim como no texto base, ampliando a força da negação.</li> 
<li>E) "Agora mesmo está havendo uma ação danosa ao ambiente." - Neste exemplo, "mesmo" indica o momento atual, funcionando como advérbio de tempo.</li> 
</ul> 
 
Em resumo, a alternativa D usa o "mesmo" para intensificar a negação, exatamente como é usado no texto para intensificar a afirmação de que o mundo vai acabar, reforçando a certeza da ação. Portanto, a alternativa correta é D.

Finalmente, o mundo ganhou consciência da necessidade
de agir rapidamente para evitar a degradação do 
ambiente e, por isso, tomou a medida mais drástica que 
se pode tomar – lançou, contra todos os que recusam 
reconhecer o problema das alterações climáticas, a 
força mais exasperante e destruidora da natureza, uma 
adolescente.
Sou pai de duas adolescentes e sei que não pode haver
adversário político mais irritante, impertinente e 
respondão.
Tenho sofrido muito nas mãos destas políticas 
engenhosas e implacáveis. Donald Trump não sabe onde 
se meteu.
A Greta não precisa convencê-lo de que o mundo caminha
para a extinção. Cinco minutos de conversa com ela e 
não só ele passa a acreditar que o mundo vai mesmo 
acabar como vai desejar que acabe o mais depressa 
possível. A única vantagem de Donald Trump é que pode 
usar a estratégia infantil de tapar os ouvidos e gritar 
até a Greta ir embora. Mas é muito improvável que ela 
se canse primeiro do que ele.
Trump há de querer ir brincar e a Greta não deixa. Nem
sequer o velho estratagema de a mandar para a escola 
para descansar um pouco resulta, porque agora a 
adolescente pode argumentar que gostaria muito de ir 
para a escola, mas não pode porque o mundo precisa 
dela. É xeque-mate.
Talvez este modelo de ativismo extraordinariamente 
eficaz possa ser usado para atacar todos os outros 
problemas do mundo. Sempre que for preciso comparecer 
a mesas de negociação, os sindicatos enviam um 
adolescente para discutir com o patronato. Os salários 
passam a se chamar mesada, e ele consegue um aumento 
de 50% só para se calar e pôr a música mais baixo.
Nas câmaras dos deputados, os líderes dos blocos 
parlamentares dos partidos da oposição passam a ser 
deputados de 14 anos cheios de vigor, irreverência e 
acne.
Conseguem fazer passar vários projetos de lei 
importantes a troco da promessa de irem almoçar na 
casa dos avós no domingo sem fazer cara feia e 
de limparem o quarto.
Creio que, completamente por acaso, talvez tenhamos
descoberto a maneira de tornar o mundo melhor.

proporção, equivalendo a “com muita leveza”.

tempo, equivalendo a “ainda sendo leve”.

Vamos dar uma olhada na funcionalidade do advérbio "levemente" nessa frase, que faz parte de um poema tão visual e tocante. No contexto apresentado, o advérbio é usado quando se descreve o primeiro homem que toca as flores. Essa escolha de palavras é fundamental para transmitir a delicadeza da ação, enfatizando que o contato foi suave e cuidadoso. 
 
A análise das alternativas nos mostra que: 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) modo, equivalendo a “com suavidade”. - Esta alternativa é a mais coerente com o contexto. O advérbio "levemente" aqui está claramente alterando a forma como o toque foi dado às flores – suavemente, sem pressa ou força excessiva.</li> 
<li>B) proporção, equivalendo a “com muita leveza”. - Proporção sugeriria uma comparação de quantidades ou intensidades, o que não se aplica aqui.</li> 
<li>C) causa, equivalendo a “por ser leve”. - A relação de causa seria inadequada, pois o advérbio não está justificando um efeito pela leveza, mas descrevendo a maneira do toque.</li> 
<li>D) lugar, equivalendo a “a sua leveza”. - Lugar definitivamente não se encaixa, já que "levemente" não denota nenhuma localização espacial.</li> 
<li>E) tempo, equivalendo a “ainda sendo leve”. - Tempo também não é adequado pois o advérbio não está denotando uma relação temporal.</li> 
</ul> 
 
O advérbio "levemente" coloca a lente de aumento na suavidade da ação, reforçando a delicadeza com que as flores foram tocadas, sem perturbar sua essência ou beleza natural. Assim, a interpretação correta é que ele indica modo, equivalendo a "com suavidade". 
 
alternativa correta é A

Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia…
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
E têm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam…

… conceito surgido antes da experiência.

Comentário: o examinador grafou a palavra "função" no enunciado, sem dar explicação ao que se refere essa função. Seria função morfológica ( a classe de palavra)? Ou seria função sintática (sobre os papéis desempenhados pelos termos no que diz respeito a sua relação com outros)? Se for morfológica, "sagrada" é adjetivo; se for sintática, sintaticamente, compõe o objeto direto "sagrada opinião".Dica! Uma das formas de identificar um adjetivo é colocar o tão antes da palavra. Se fizer sentido, é adjetivo. Em "a" - Errado: morfologicamente, a palavra "posição" é substantivo; sintaticamente, núcleo do complemento nominal. Em "b" - Errado: morfologicamente, "dentre" é preposição (contração entre as preposições "entre" e "de") e não exerce função sintática.Em "c" - Certo: morfologicamente, "sério" é adjetivo; sintaticamente, compõe o predicativo do sujeito "algo muito sério". Frente às alternativas, apenas esta é uma opção válida, já que a palavra "sério" apresenta a mesma classificação morfológica de "sagrada" (adjetivo).Em "d" - Errado: morfologicamente, "esperança" é substantivo; sintaticamente, complemento nominal. Em "e" - Errado: morfologicamente, "antes" é advérbio; sintaticamente, adjunto adverbial de tempo. Resposta: Letra C.

    Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica na formulação de opiniões.
O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.


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