Saiba que o tio pão-duro não está só.

Invejar o sucesso alheio, era só o que lhe faltava como  defeito.

O avarento, tão pouco receptivo, acaba ficando só.

Só, caminhando  pelo bairro, o solitário pensava nos  pecados dos homens.

Ainda que fique só, a mulher não se perde em seus  defeitos e qualidades.

Para resolver esta questão, precisamos identificar a classe gramatical da palavra "só" na frase indicada e encontrar a alternativa que repete essa mesma classe gramatical. A frase fornecida no enunciado é:

"Assim, só um humano poderia nadar em uma piscina de moedas como o Tio Patinhas."

Nesta frase, a palavra "só" está funcionando como advérbio de exclusão. Ela está sendo utilizada para indicar que exclusivamente um humano, em contraste com outras criaturas, poderia executar a ação descrita, que é nadar em uma piscina de moedas.

Vamos agora analisar cada alternativa para verificar se o "só" é utilizado também como advérbio de exclusão:

A) "Saiba que o tio pão-duro não está só."

Aqui, "só" é usado como adjetivo, equivalente a "sozinho", indicando que a pessoa não está acompanhada. 


B) "Invejar o sucesso alheio, era só o que lhe faltava como defeito."

Nesta frase, "só" é usado como advérbio de exclusão, sugerindo que o único defeito que lhe faltava era invejar o sucesso alheio. Esta é a mesma forma como "só" é usado na frase do enunciado. 


C) "O avarento, tão pouco receptivo, acaba ficando só."

Neste caso, "só" é novamente um adjetivo, significando estar "sozinho". 


D) "Só, caminhando pelo bairro, o solitário pensava nos pecados dos homens."

Aqui, "só" desempenha o papel de adjetivo, descrevendo o estado de estar sozinho enquanto caminhava. 


E) "Ainda que fique só, a mulher não se perde em seus defeitos e qualidades."

Novamente, neste exemplo, "só" é utilizado como adjetivo, similar a "sozinha". 


Dessa forma, a alternativa correta é a Letra B, onde "só" é usado como advérbio de exclusão, da mesma maneira que na frase dada no enunciado.Gabarito: Letra B

Pão-duro, unha de fome, mão de finado – a lista de apelidos 
está lembrando um tio que não abre a mão nem para dar tchau? 
Pois saiba que ele não está sozinho. A avareza não é uma exclu-
sividade humana, ao contrário, são regras de sobrevivência para 
todas as espécies. “Todas as criaturas são egocêntricas e egoístas 
porque, instintivamente, desejam e procuram energia e outros 
recursos”, diz o biólogo Michael Soulé, professor emérito de 
estudos ambientais da Universidade da Califórnia. É esse instinto 
que leva o cachorro a enterrar o osso para comer mais tarde e você 
a fazer uma poupança para trocar de carro. Mas há uma diferença 
fundamental. A consciência do egoísmo e da avareza, ou seja, de 
poupar para não usar mais que o necessário – é exclusiva do bicho 
homem. Nem mesmo os macacos, as baleias e os golfinhos, com 
cérebro mais desenvolvido, têm essa capacidade, afirma Soulé. 
Assim, só mesmo um humano poderia nadar em uma piscina de 
moedas como o Tio Patinhas – jamais um pato – mesmo que a 
caixa-forte estivesse cheia de suculentos insetos ou quaisquer 
outros alimentos de predileção da espécie.
 Assim, há duas formas de perceber a avareza: aquela neces-
sária à sobrevivência, intrínseca a todos os seres vivos e a que 
trata do acúmulo desnecessário, mais vinculada a um traço cul-
tural. A avareza do bem, que garantiu a nossa presença na Terra, 
é tão antiga quanto a própria vida. O pecado surge das raízes 
biológicas para a sobrevivência – a necessidade e o desejo. Se 
nossos ancestrais deixassem de buscar comida e sexo, não teriam 
resistido nem se preocupariam em manter a espécie. No entanto, 
a necessidade é diferente da ganância. Todas as criaturas dese-
jam e procuram energia e outros recursos de forma automática e 
instintiva, competindo com seres de sua e de outras espécies. Até 
as plantas competem por luz e nutrientes do solo. Já os humanos 
são capazes de saber, entender, debater, confessar e até mudar seu 
comportamento. Quando são numerosos e os recursos e o poder se 
concentram em poucas mãos, tornam-se virulentos e gananciosos.

Quando achava alguma coisa, não examinava nem  cheirava, imediatamente, engolia com voracidade.

Quando achava alguma coisa, não examinava nem  cheirava, mas engolia com voracidade.

Quando achava alguma coisa, não examinava nem  cheirava e engolia com voracidade.

Quando achava alguma coisa, não examinava nem  cheirava, porém engolia com voracidade.

Quando achava alguma coisa, não examinava nem  cheirava, enquanto engolia com voracidade.

Na questão proposta, o objetivo é substituir os dois-pontos por um advérbio ou uma locução adverbial que mantenha o sentido original do período sem causar rupturas sintáticas ou semânticas. Vamos analisar as alternativas fornecidas, identificando a mais adequada para essa substituição. 

A alternativa A) "Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava, imediatamente, engolia com voracidade." utiliza o advérbio "imediatamente" para indicar que a ação de engolir ocorre logo após a não-inspeção ou não-olfato dos itens encontrados. O posicionamento e o uso do advérbio preservam a ideia de instantaneidade entre as ações, o que se alinha ao proposto na primeira estrofe do poema. 

A alternativa B) "Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava, mas engolia com voracidade." usa a conjunção "mas" que introduz uma ideia de contraste ou oposição. Embora faça sentido no contexto, ela não funciona como um substituto direto para os dois-pontos, que indicam uma explicação ou consequência direta das ações anteriores. 

A alternativa C) "Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava e engolia com voracidade." encadeia as ações através da conjunção "e", que sugere uma mera adição das ações, mas pode perder o aspecto de imediatismo implícito nos dois-pontos da versão original. 

A alternativa D) "Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava, porém engolia com voracidade." introduz "porém", outra conjunção de oposição. Semelhantemente à alternativa B, embora preserve o sentido de contraste, não substitui adequadamente os dois-pontos em termos de imediatismo da ação. 

A alternativa E) "Quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava, enquanto engolia com voracidade." utiliza "enquanto" que dirige para uma ideia de simultaneidade, o que não capta completamente o rápido processo que ocorre entre achado, não-inspeção e ingestão. 

Gabarito: Letra A

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão.
Não era um gato.
Não era um rato. 
O bicho, Meu Deus, era um homem.

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