O executivo passou à trabalhar mais depois que foi  promovido.

A promoção não levou à um aumento significativo  no salário.

Para melhorar sua renda, ele deverá dedicar-se à  a lgumas horas-extras.

Seus esforços estão direcionados à quitação da  d ívida do MBA.

Ele espera chegar à qualquer posição de prestígio  em alguns anos.

Para resolver esta questão, é necessário entender corretamente o uso da crase, que é a fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a(s)" ou com o "a" inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. A presença da crase é indicada pelo acento grave (`à`). Vamos analisar cada alternativa:

Alternativa A: "O executivo passou à trabalhar mais depois que foi promovido."
O verbo "trabalhar" é intransitivo, isto é, não exige preposição, portanto, não ocorre crase antes de verbos, a menos que estejam especificados (ex.: à maneira de). Portanto, está incorreto. 

Alternativa B: "A promoção não levou à um aumento significativo no salário."
A palavra "um" é artigo masculino, e a crase ocorre antes de palavras femininas onde há a preposição "a" seguida de artigo definido feminino "a". Neste caso, é inadequado usar crase antes de artigo masculino. Está incorreto. 

Alternativa C: "Para melhorar sua renda, ele deverá dedicar-se à algumas horas-extras."
Antes de pronomes indefinidos, como "algumas", não se usa crase, exceto em situações muito específicas que não se aplicam aqui. Portanto, está incorreto. 

Alternativa D: "Seus esforços estão direcionados à quitação da dívida do MBA."
Aqui, temos "à quitação", onde "quitação" é um substantivo feminino e está precedido da preposição "a" (exigida pela palavra "direcionados") e seguido do artigo feminino "a". Assim, o uso da crase está correto, pois indica a fusão da preposição com o artigo. 

Alternativa E: "Ele espera chegar à qualquer posição de prestígio em alguns anos."
Antes de palavras indefinidas como "qualquer", não é usual utilizar crase, visto que não se trata de uma palavra especificamente feminina nem é precedida de artigo "a". Portanto, está incorreto. 

Gabarito: Letra D

A falta de vergonha dos brasileiros acrescente-se o analfabetismo.

O desrespeito as três cores do semáforo não decorre do analfabetismo verbal ou não verbal.

O leitor já ouviu ou leu matérias relacionadas à nosso analfabetismo funcional.

Muito do que se vê no trânsito das nossas cidades se deve à falta de vergonha.

O autor refere-se a preferência que tem o motorista que entrou primeiro na rotatória.

Para identificar a alternativa correta, é essencial compreender as regras de uso do acento indicativo de crase. A crase ocorre antes de palavras femininas e é a contração da preposição “a” com o artigo definido “a” ou com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Vejamos as alternativas:

A ) A falta de vergonha dos brasileiros acrescente-se o analfabetismo.
Na alternativa A, não há necessidade de crase pois o termo seguinte "falta de vergonha" não exige e não há artigo definido ou pronominais que necessitariam a crase antes do "a".

B ) O desrespeito as três cores do semáforo não decorre do analfabetismo verbal ou não verbal.
Na alternativa B, deveria haver crase no "as", transformando-o em "às" porque está se referindo às cores especificamente, englobando a preposição “a” com o artigo “as”.

C ) O leitor já ouviu ou leu matérias relacionadas à nosso analfabetismo funcional.
Na alternativa C, o uso da crase está incorreto. Não se usa crase antes de artigo masculino ("nosso").

D ) Muito do que se vê no trânsito das nossas cidades se deve à falta de vergonha.
Na alternativa D, o uso de “à” está correto, representando a combinação da preposição “a” com o artigo feminino "a", expressando "a falta de vergonha".

E ) O autor refere-se a preferência que tem o motorista que entrou primeiro na rotatória.
Na alternativa E, deveria ter crase em "a preferência" pois combina a preposição "a" com o artigo definido feminino "a", referindo-se à situação feminina específica, "a preferência".

Dessa forma, a única alternativa que utiliza corretamente a crase, de acordo com as normas gramaticais do português é a alternativa D. O uso de “à” antes de "falta de vergonha" está correto pela presença da preposição e do artigo definido feminino.

Gabarito: Letra D

O caro leitor certamente já ouviu e/ou leu matérias a res-
peito do nosso analfabetismo funcional. Estudos recentes in-
formam que apenas 24% dos brasileiros letrados entendem 
textos de alguma complexidade.
Nossa dificuldade com o texto é inegável e não escolhe 
classe social. Não pense o leitor que ela é ”privilégio” de po-
bres ou de gente pouco escolarizada. A leitura de trabalhos 
de conclusão de curso de muitos e muitos alunos de letras 
(sim, de letras!) prova que a situação é dramática.
O livro “Problemas de Redação”, do professor Alcir Péco-
ra, mostra que alunos da primeira turma de estudos linguísti-
cos de uma das mais importantes universidades do país con-
cluíram o curso sem a mínima condição de ler e/ou escrever 
de acordo com a escolaridade formal que detinham.
Mas o nosso analfabetismo não é apenas verbal, ou seja, 
não se limita ao que é expresso por meio da língua; ele é tam-
bém não verbal, isto é, abrange também a dificuldade para 
lidar com signos que não se valem da palavra escrita ou dita, 
mas, por exemplo, de imagens, de cores etc.
Boa parte da barbárie brasileira pode ser demonstrada 
pelo que se vê no trânsito das nossas cidades. Ora por falta 
de vergonha, ora por analfabetismo verbal e/ou não verbal 
+ falta de vergonha, os brasileiros provamos, um bilhão de 
vezes por minuto, que este país não deu certo.
Uma das situações que acabo de citar pode ser ilustrada 
pelos semáforos. Decerto os brasileiros conhecemos o que 
significam os signos não verbais (as três cores) que há nos 
“faróis” ou “sinaleiras”. O desrespeito ao significado desses 
signos não decorre do analfabetismo (verbal ou não verbal), 
mas da falta de vergonha.
Agora a segunda situação. Nada melhor do que as rota-
tórias para ilustrá-la. Em todos os muitos cantos do mundo 
pelos quais já passei, a rotatória é tiro e queda: funciona. Os 
motoristas conhecem o significado desse signo não verbal e 
respeitam-no. No Brasil, o que mais se vê é gente entrando a 
mil na rotatória, literalmente soltando baba, bestas-feras que 
são. Quando me aproximo de uma rotatória e já há um carro 
dentro dela, paro e dou a preferência. Começa a buzinação. A 
ignorância é atrevida, arrogante, boçal. Mas eu aguento: en-
quanto o outro não passa, faço movimentos circulares com a 
mão para mostrar ao outro motorista que aquilo é uma rotató-
ria e que ele, por ter entrado antes, é quem tem a preferência. 
Quase sempre alguém fura a fila e passa exibindo outro signo 
não verbal (dedo médio em riste), mais um a traduzir o nosso 
elevado grau de barbárie.
Não sou dos que dizem que este país é maravilhoso, que 
a nossa sociedade é maravilhosa. Não há solução para a bar-
bárie brasileira que não comece pela admissão e pela expo-
sição da nossa vergonhosa barbárie de cada dia sob todas 
as suas formas de manifestação. A barbárie é filha direta da 
ignorância e se manifesta pelo atrevimento inerente à igno-
rância. Falta competência de leitura, verbal e não verbal; falta 
educação, formal e não formal. Falta vergonha. Falta delica-
deza. Falta começar tudo de novo. É isso.

Vamos analisar a questão proposta e entender por que a alternativa correta é a alternativa B.

Primeiramente, é necessário entender o princípio básico da crase, que é a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a(s)". A crase ocorre quando temos uma preposição exigida por um verbo, substantivo ou adjetivo, seguida de um termo que exija artigo feminino.

No trecho em questão – "Todo remédio que tomo pode causar problemas sérios aos pacientes" –, temos a expressão "aos pacientes". Nesta expressão, "a" é uma preposição exigida pelo verbo "causar" e "os" é um artigo definido masculino plural, indicando que "pacientes" é um substantivo masculino.



A expressão que deve substituir "aos pacientes" deve manter a coerência de gênero e número. Vamos analisar as alternativas:

A) à estas pessoas - Inadequado pois "à" sugere feminino, e "estas" está em desacordo por ser um artigo/pronome demonstrativo de flexão feminina sem a preposição "a" precedente.

B) às pessoas - Aqui, "às" é a fusão correta da preposição "a" com o artigo definido feminino plural "as", compatível com o substantivo feminino "pessoas".

C) à todas as pessoas - Errado, pois "todas" não pede crase antes de si, já que o "a" usado antes de "todas" é apenas um artigo, não uma preposição.

D) à alguém - Incorreto pois além de "alguém" ser um pronome indefinido que não admite artigo, o uso de "à" está gramaticalmente deslocado.

E) à elas - Errado, pois os pronomes pessoais oblíquos "ela, elas, ele, eles" não admitem artigo, logo, não pode ocorrer crase.



Assim, chegamos à conclusão que a alternativa B é a correta, pois mantém o sentido original da frase e utiliza corretamente a crase de acordo com as regras gramaticais da língua portuguesa.

Gabarito: Letra B

Eu só comecei a ler bulas quando passei dos 60 anos. E 
fiquei muito assustado. Quando meu médico me receita um 
remédio e eu começo a ler a bula, fico logo aflito. Todo remé-
dio que tomo pode causar problemas sérios aos pacientes. Visão 
turva, desmaios, diarreias, batimentos cardíacos acelerados, ton-
tura, enjoos. É assustador. E o pior é quando resolvo ler a bula 
depois de tomar o remédio. Imediatamente começo a sentir todos 
esses efeitos colaterais. É tiro e quase queda.
O único alívio que sinto é quando vejo na bula que ingerindo 
tal remédio eu não posso dirigir trator nem andar a cavalo. Penso 
com os meus botões:
— Estou salvo!
Estou salvo porque não existe a menor possibilidade de em 
São Paulo eu dirigir um trator nem subir num manga-larga. Mas, 
como já passei dos 60, e às vezes ando meio esquecido, vou logo 
avisando aqui em casa:
— Atenção todos! Não me deixem esquecer! Aqui na bula 
diz que não posso dirigir trator nem andar a cavalo!

É fundamental à qualquer empresa oferecer boas 
condições de trabalho.

É fundamental à todas as empresas oferecer boas 
condições de trabalho.

É fundamental à uma empresa oferecer boas condições de trabalho.

É fundamental à empresas oferecer boas condições 
de trabalho.

É fundamental à empresa oferecer boas condições 
de trabalho.

Para solucionar essa questão, precisamos compreender o uso da crase, que é a fusão da preposição 'a' com o artigo definido feminino 'a' ou 'as', ou ainda com o 'a' inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo e daquela forma advérbial 'àquela'.

 

Alternativa A: "É fundamental à qualquer empresa oferecer boas condições de trabalho." 
O uso da crase é incorreto antes de palavras indefinidas como "qualquer", que não exigem e nem aceitam artigo feminino. Portanto, deveria ser "a qualquer empresa".

 

Alternativa B: "É fundamental à todas as empresas oferecer boas condições de trabalho." 
A crase é utilizada inadequadamente antes de "todas as empresas". Embora as palavras permitam o artigo definido feminino, a preposição “a” não se justifica nesse contexto.

 

Alternativa C: "É fundamental à uma empresa oferecer boas condições de trabalho." 
A crase também é incorreta antes de artigos indefinidos como "uma". O correto seria usar somente “a uma empresa”.

 

Alternativa D: "É fundamental à empresas oferecer boas condições de trabalho." 
Neste caso, o uso da crase é inadequado, pois não há um artigo feminino precedendo "empresas". A forma correta seria "a empresas".

 

Alternativa E: "É fundamental à empresa oferecer boas condições de trabalho." 
Aqui, a crase está corretamente usada. Há a fusão da preposição “a”, que vem do verbo "é fundamental a", e o artigo definido feminino “a” do termo "a empresa". O uso correto nesse contexto seria "à empresa".

 

Gabarito: Letra E

Questões de Fundação Vunesp - Português - Uso da crase - Polícia Militar do Estado de São Paulo