A região amazônica passou por etapas no que tange o uso do solo agrícola da região. A região antes de ser integrada a cadeia nacional de produção produzia de forma descapitalizada e localmente. Após a integração, a pecuária começou a ser praticada sendo seguida da produção de soja, sendo que a região amazônica está na fronteira agrícola dessa produção que vem crescendo no país. Resposta: Letra E

áreas onde o uso racional dos solos obedece aos padrões 
do desenvolvimento sustentável.

espaços pioneiros ocupados por camponeses, o que 
representa a democratização da terra.

vazios econômicos que são incorporados ao setor 
agrícola de diferentes maneiras.

novos espaços ocupados que se destacam pela resistência à lógica capitalista.

espaços de expansão que, por representarem vazios 
demográficos, estão livres de conflitos.

A questão aborda o conceito de "fronteira agrícola" no contexto do território brasileiro. Esse tema é amplamente discutido em provas de Geografia nos concursos públicos, dado a sua importância econômica e social para o Brasil. Vamos analisar as alternativas apresentadas para entender por que a alternativa C é a correta.
 

Alternativa A: 
Essa alternativa descreve o uso racional dos solos em conformidade com os princípios do desenvolvimento sustentável. No entanto, quando falamos de "fronteiras agrícolas", estamos tratando, geralmente, de áreas novas que são incorporadas ao setor agrícola com o objetivo de aumentar a produção. Embora o conceito de desenvolvimento sustentável seja desejável, a prática nas fronteiras agrícolas muitas vezes envolve desflorestamento e técnicas que não são sustentáveis a longo prazo. A abertura de novas áreas para a agricultura no Brasil tem sido criticada justamente pela pressão que exerce sobre o meio ambiente e não propriamente pelo seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
 

Alternativa B:
Essa alternativa sugere que as fronteiras agrícolas são espaços pioneiros ocupados por camponeses, caracterizando uma democratização da terra. Na realidade, as áreas de expansão agrícola no Brasil têm sido, historicamente, dominadas por grandes propriedades e influenciadas pelo agronegócio. Essas expansão ocorre muitas vezes por meio da apropriação de terras, frequentemente controversas, e não necessariamente por uma democratização, que implica em uma distribuição mais equitativa entre pequenos agricultores.
 

Alternativa C:
Definida corretamente como "vazios econômicos que são incorporados ao setor agrícola de diferentes maneiras", essa alternativa reflete a realidade das fronteiras agrícolas. No Brasil, essas áreas são frequentemente remotas e pouco habitadas, e a sua integração ao setor agrícola busca transformar locais com pouca atividade econômica em regiões produtivas. Esse processo nem sempre se dá de forma benigna; está geralmente acompanhado de desafios, como conflitos de terra com populações indígenas e tradicionais, impactos ambientais significativos e questões sobre a sustentabilidade do modelo de produção agrícola adotado.
 

Alternativa D:
Ao afirmar que os novos espaços são ocupados em resistência à lógica capitalista, esta alternativa se equivoca no contexto do agronegócio brasileiro predominante nas fronteiras agrícolas. Na verdade, a expansão agrícola no Brasil está intimamente ligada à lógica capitalista, com grandes monoculturas de commodities como soja, milho e carne bovina impulsionando esses processos, muitas vezes respaldados por investimentos nacionais e internacionais voltados à maximização de lucros e eficiência econômica.
 

Alternativa E:
A ideia de que as fronteiras agrícolas são "espaços de expansão livres de conflitos" não corresponde à realidade. Muitas dessas áreas não são desvinculadas de populações indígenas, comunidades ribeirinhas ou pequenos agricultores que vivem há gerações nessas terras. É comum a ocorrência de conflitos de terra, disputas sobre os direitos sobre os recursos naturais e tensões entre diferentes grupos sociais e interesses econômicos. Portanto, essa alternativa descreve uma imagem idealizada que não coincide com a complexidade das situações que ocorrem nessas expansões.
 

Portanto, a alternativa correta é C.

Analisando o cenário brasileiro, as dinâmicas presentes nas fronteiras agrícolas regularmente envolvem o avanço de atividades agrícolas mecanizadas que transformam paisagens naturais em áreas de cultivo e pastagem. Isso gera um debate significativo sobre as implicações ambientais, sociais e econômicas dessa expansão. Entender as fronteiras agrárias do Brasil é crucial para candidatos a concursos por sua relevância na formação territorial e na compreensão das forças que moldam o uso do solo em nosso país.

I. Correta. O Centro-Sul do Brasil concentra as regiões mais modernizadas na agricultura, com uso de tecnologias avançadas, insumos e mecanização, enquanto o extremo Norte possui uma agricultura menos modernizada, com predominância de práticas tradicionais e subsistência.II. Correta. Regiões dedicadas ao agronegócio têm maior modernização devido à demanda por alta produtividade e competitividade no mercado global.III. Incorreta. Vazios demográficos, não são causa da modernização. Pelo contrário, a baixa densidade populacional em áreas remotas muitas vezes dificulta a implementação de tecnologias modernas devido à falta de infraestrutura e de mão de obra qualificada.Alternativa correta: B

da agricultura familiar moderna (farmer).

dos assentamentos para a reforma agrária.

da produção pecuária integrada (granjas).

A questão apresentada concentra-se na transformação e modernização do campo brasileiro, especialmente nas décadas de 1970 e 1980. A pergunta é clara ao abordar a "forma de organização relativamente nova" que emergiu como um elemento crucial dentro do contexto de modernização agropecuária no Brasil. Para resolver a questão, é importante analisar cada alternativa oferecida e seu papel dentro do processo de modernização agrícola.

 

Alternativa A:
A agricultura familiar moderna, frequentemente referida como "farmer", caracteriza-se por pequenas propriedades geridas por famílias, geralmente voltadas tanto para a subsistência quanto para o comércio. Embora a agricultura familiar tenha sofrido modernizações e melhorias tecnológicas no período mencionado, ela não se encaixa perfeitamente como o principal vetor de modernização agrícola apontado por Denise Elias. Nos anos 1970 e 1980, a agricultura familiar no Brasil ainda enfrentava desafios significativos de acesso à tecnologia e financiamento, o que limitou sua capacidade de liderar um processo de modernização estruturante em larga escala.

 

Alternativa B:
O Complexo Agroindustrial (CAI) é a alternativa correta. O CAI refere-se a um sistema integrado de produção que envolve várias etapas da cadeia produtiva, desde a produção primária no campo até o processamento industrial e a distribuição dos produtos agropecuários. Na realidade brasileira das décadas de 1970 e 1980, a concepção e a expansão dos CAIs foram fundamentais na modernização da agricultura. Essa estrutura foi impulsionada pela implementação de políticas governamentais focadas na modernização da produção agropecuária, na melhoria das infraestruturas logísticas e no incentivo à pesquisa e inovação tecnológica. O CAI representa a interligação entre o setor agrícola e industrial, sendo este processo integrado um dos principais motores da modernização e do aumento da competitividade internacional da agricultura brasileira.

 

Alternativa C:
Os polos de desenvolvimento regional são áreas planejadas com a intenção de estimular o desenvolvimento econômico em uma região específica, por meio de investimentos concentrados em infraestrutura e tecnologia. Embora desempenhem um papel importante na dinamização das economias regionais e possam incluir o setor agrícola, estes polos não foram conceituados como os principais agentes da modernização agrícola nas décadas citadas pela questão. Sua atuação vai além da agricultura, abrangendo também a industrialização e outros setores econômicos.

 

Alternativa D:
Os assentamentos para a reforma agrária são projetos governamentais dedicados à redistribuição de terras para famílias de trabalhadores rurais sem-terra, com o intuito de promover a justiça social no campo. Enquanto os assentamentos são uma importante iniciativa social e econômica que ajudaram a reestruturar a propriedade fundiária no Brasil, eles não foram o vetor principal de modernização da agricultura nas décadas de 1970 e 1980. Nestes anos, as políticas de reforma agrária enfrentaram muitas dificuldades, e o impacto destas ações ainda era incipiente em termos de modernização tecnológica e de infraestrutura.

 

Alternativa E:
A produção pecuária integrada, particularmente em granjas, está associada a técnicas modernas de produção de carnes, leite e ovos, envolvendo integração entre a agricultura e a pecuária. Embora tenha havido avanços na pecuária e na produção integrada em granjas durante o período em questão, esses desenvolvimentos não foram, isoladamente, o principal vetor da modernização agrícola descrito por Denise Elias. A produção pecuária integrada é uma parte importante do agroindustrial moderno, mas é um elemento dentro do contexto mais amplo dos CAIs.

 

Ao observar as características de cada opção, percebemos que o Complexo Agroindustrial (CAI) realmente se encaixa com precisão na descrição de Elias, tendo sido um catalisador da integração entre os setores agrícola e industrial, respondendo por avanços significativos na eficiência, produtividade e competitividade internacional da agricultura brasileira durante as décadas de 1970 e 1980. Portanto, essa integração sistêmica do agronegócio ilustra uma nova organização do campo, fundamental para a modernização da agropecuária no Brasil.

 

Portanto, a alternativa correta é B.

a falta de estradas para ligar os lugares de produção às 
cidades foi um entrave importante.

o consumo de alimentos pela população urbana foi o 
fator que incentivou a modernização.

há uma nítida separação entre as atividades rurais 
tradicionais e urbanas modernas.

a urbanização também se acelerou como resposta às 
novas demandas produtivas.

as cidades não tiveram importância, já que o campo se 
tornou moderno também.

Análise da Questão

A questão apresentada pela Fundação Vunesp aborda a relação entre a modernização do campo brasileiro e a urbanização, centrando-se na região de Ribeirão Preto, que é marcada por um agropecuário próspero e dinâmico. O texto base cita como o comércio e prestação de serviços se especializaram para atender as necessidades específicas das atividades agrícolas e agroindustriais, refletindo as demandas técnicas e inovadoras do setor. A partir desse contexto, a questão examina as implicações dessa modernização para o desenvolvimento urbano.

 

Alternativa A:
A alternativa sugere que a falta de infraestrutura rodoviária foi um entrave para ligar áreas de produção agrícola às cidades. No entanto, o texto não menciona nenhum tipo de dificuldade nesse sentido. Ribeirão Preto, situada em uma região desenvolvida do estado de São Paulo, conta com uma infraestrutura relativamente boa, sendo um dos centros produtores mais importantes do Brasil. Historicamente, a região tem um sistema viário que facilita o escoamento da produção, o que não condiz com a afirmação de que a ausência de estradas tenha representado um bloqueio significativo na modernização agropecuária. Portanto, essa alternativa está incorreta.

 

Alternativa B:
Aqui, afirma-se que o consumo de alimentos pela população urbana foi um fator crucial para a modernização. Embora o crescimento da demanda urbana por alimentos e produtos agrícolas influencie o desenvolvimento agrário, a alternativa não captura o foco do texto, que está mais voltado ao papel da urbanização em suprir as necessidades de uma produção agropecuária moderna e diversificada. Desta forma, essa opção não está completamente alinhada com o que é apresentado no texto.

 

Alternativa C:
A opção C propõe uma separação nítida entre as atividades rurais tradicionais e as urbanas modernas. Contudo, o texto indica um processo de interação íntima entre o campo moderno e componentes urbanos, particularmente em termos de comércio e serviços especializados. Contrário à separação, há uma interação sinérgica, em que as atividades urbanas suportam o avanço das práticas agrícolas e agroindustriais. Logo, esta alternativa é incorreta.

 

Alternativa D:
A alternativa D é a correta, pois menciona que a urbanização se acelerou como resposta às novas demandas produtivas. Essas demandas não se limitam à produção de bens, mas também incluem um suporte logístico e de serviços complexos que uma cidade pode oferecer. O setor agrícola moderno em Ribeirão Preto necessita de um fluxo constante de insumos, maquinário e serviços técnicos, indicando que a urbanização se entrelaça com o desenvolvimento rural. Este processo cria cidades dinâmicas, onde o crescimento urbano ocorre em paralelo às transformações no setor agrícola.

 

Alternativa E:
Aqui, a proposição é que as cidades não tiveram importância na modernização do campo. Esta é claramente uma interpretação incorreta do contexto apresentado. A modernização agrícola não ocorre isoladamente; ela depende de um ecossistema integrado que inclui urbano e rural. Está claro no texto que os serviços e comércio urbanos desempenham um papel fundamental na modernização agrícola, tornando essa alternativa incorreta.

 

Contextualização e Discussão

Para aprofundar a análise da questão, é importante compreender o conceito de modernização agrícola no Brasil. A modernização, a partir da década de 1960, foi caracterizada por avanços tecnológicos como a mecanização, uso intensivo de insumos químicos (fertilizantes e defensivos), adoção de novas técnicas de manejo e, mais recentemente, inovações biotecnológicas e informacionais. A ascensão dessas práticas exigiu uma série de adaptações tanto em áreas rurais quanto urbanas.

 

O texto destaca o papel vital do setor urbano em oferecer suporte especializado para essa revolução agrícola. Serviços como manutenção de máquinas agrícolas, engenharia ambiental, logística avançada e até financiamentos bancários se tornaram cruciais. Ribeirão Preto tornou-se um polo de agronegócio por sua infraestrutura urbana que passa a atender o campo de forma eficaz, mostrando que o rural e urbano estão intrinsecamente conectados na dinâmica modernizadora.

 

Além disso, o processo de urbanização em regiões agrícolas pode incentivar a melhoria das condições de vida, aumentar o acesso à educação e saúde, e atrair novos investimentos. Esse ciclo cria cidades mais robustas e resilientes, que atuam como âncoras de desenvolvimento regional.

 

Portanto, é fundamental entender que o desenvolvimento moderno agrícola não está segregado das cidades; ao contrário, ele estimula e possibilita o desenvolvimento urbano. Isso é exemplificado pela expansão de áreas periurbanas, que muitas vezes acomodam populações que se deslocam do campo para as cidades em busca de melhores oportunidades associadas ao agronegócio.

 

Em síntese, ao trabalhar questões como essas em concursos, é vital empregar uma visão integrada da geografia, onde espaço, economia, sociedade e tecnologia interagem de formas complexas e interdependentes.

 

Portanto, a alternativa correta é D.

Questões de Geografia - Agricultura - Múltipla escolha