Para analisar as figuras de linguagem presentes nos versos finais do poema "Insônia" de Olga Savary, vamos explorar sucintamente cada uma mencionada nas alternativas e entender as que realmente aparecem no fragmento dado:

1. **Silepse**: figura de linguagem que ocorre quando há uma discordância intencional entre termos, considerando aspectos de gênero, número ou pessoa. Não se observa claramente este recurso nos versos apresentados.

2. **Zeugma**: ocorre quando há a omissão de um termo que já foi mencionado anteriormente, sem comprometer a compreensão do texto. Não se identifica essa figura nestes versos.

3. **Eufemismo**: uso de uma expressão menos dura ou agressiva para suavizar uma realidade. Os versos não mostram tal aspecto.

4. **Ironia**: expressão que sugere um sentido contrário ao das palavras usadas, geralmente com intenção crítica ou humorística. Este recurso também não é evidente no fragmento.

5. **Prosopopeia (personificação)**: atribuição de características humanas a seres inanimados ou abstratos. Um exemplo no texto é "que inquiete as marés de silêncio da palavra" onde a palavra ganha a capacidade de "inquietar" como seria próprio de seres vivos.

6. **Metáfora**: figura de linguagem em que um termo substitui outro em uma relação de semelhança, conferindo uma nova significação ao elemento. No texto, "que vergue o ferruginoso canto do oceano", utiliza-se uma metáfora onde “canto do oceano” não deve ser tomado literalmente, sugerindo algo grandioso e poderoso como o oceano.

7. **Aliteração**: repetição de um mesmo som consonantal no início de, ou em várias palavras próximas. A sequência de versos não mostra um exemplo claro desse uso.

8. **Polissíndeto**: figura que consiste na repetição de conjunções coordenativas para dar ênfase. Também não é observado neste trecho.

9. **Anástrofe**: inversão da ordem direta dos termos na frase. Não há uma inversão significativa que caracterize essa figura nos versos.

10. **Aposiopese**: interrupção abrupta do discurso, deixando uma ideia suspensa. Este recurso não é utilizado no trecho fornecido.

Portanto, as principais figuras de linguagem presentes no texto são "prosopopeia", pela personificação de elementos como "palavra", e "metáfora", pela representação simbólica de conceitos como "canto do oceano".

Gabarito: Letra C

Para resolver esta questão de figura de linguagem aplicada aos versos do "Hino de Belém" de Eduardo Neves, é essencial entender o significado de cada figura mencionada nas alternativas e identificar qual está presente no poema.

Antítese: É a figura de linguagem que consiste na exposição de ideias opostas numa mesma frase ou em frases próximas. No texto fornecido, não há uma clara exposição de ideias opostas, portanto, a alternativa A não se aplica. 

Apóstrofe: Este recurso ocorre quando o autor dirige sua fala a uma pessoa, a um objeto personificado ou a algo abstrato, como se estivessem presentes e pudessem ouvir. No poema, vemos o locutor se dirigindo à cidade de Belém como se fosse uma pessoa: "Nasceste tu, minha Belém". Isto constitui um claro uso da apóstrofe, pois Belém está sendo tratada como um ente capaz de "nascer". 

Eufemismo: Consiste em suavizar uma expressão que poderia ser considerada rude ou desagradável. Não há evidências de eufemismo nos versos citados. 

Hipérbole: Trata-se do uso de exagero para enfatizar uma ideia ou sentimento. No trecho em questão, não há exagero proposital que distorça a realidade para enfatizar uma ideia. 

Ironia: Envolve dizer o contrário do que se pensa, geralmente com uma intenção crítica. Nos versos dados, o tom é reverencial e elogioso, sem indício de ironia. 

Desta forma, concluímos que a figura de linguagem empregada nos versos indicados é a apóstrofe, já que o autor se comunica diretamente com a cidade de Belém, tratando-a como um ser capaz de interação.

Gabarito: Letra B

Questões de Português - Figuras de linguagem - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará