A forma verbal “vieram” se refere a “chuvas”, “enchentes” e 
“rios”.

O adjetivo “enorme” indica uma quantidade específica.

O termo “corpos de água” se refere a chuvas e enchentes.

A expressão “de certa forma” indica uma quantidade 
aproximada.

O particípio “tomados” se refere exclusivamente a “rios”.

E aí, tranquilo? Vamos analisar as alternativas dessa questão sobre o texto que trata do impacto das chuvas e enchentes nos rios urbanos. O foco aqui é a interpretação das estruturas gramaticais e semânticas do excerto citado. 
 
A alternativa A diz que a forma verbal "vieram" se refere a "chuvas", "enchentes" e "rios". Na verdade, "vieram" se refere apenas a "chuvas" e "enchentes". Os rios não "vieram"; eles são impactados por esses eventos. 
 
B fala que o adjetivo "enorme" indica uma quantidade específica. Não é verdade, pois "enorme" é um adjetivo qualitativo que indica uma grandeza vaga, ou seja, uma grande quantidade, mas sem especificar exatamente quanto. 
 
C menciona que o termo "corpos de água" se refere a chuvas e enchentes. Nada disso! "Corpos de água" é uma designação para rios, lagos, oceanos, etc., não para eventos como chuvas ou enchentes. 
 
Na alternativa D, é mencionado que a expressão "de certa forma" indica uma quantidade aproximada. Ops, erro de novo! A expressão "de certa forma" é uma locução adverbial que sugere um modo específico ou uma hesitação na afirmação, não tem a ver com quantificação. 
 
Por fim, chegamos na alternativa E. Ela afirma que o particípio "tomados" se refere exclusivamente a "rios". Isso está corretíssimo! Os rios são os que estão sendo "tomados" pelo lixo, conforme descrito no texto. 
 
Então, o lance é que a E realmente acertou na mosca. A palavra "tomados" aplica-se apenas aos rios, e não a chuvas ou enchentes. 
 
Viu só? Mesmo num papo tão sério quanto impacto ambiental, entender bem o texto é crucial. Com isso, a alternativa correta é E.

A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas 
cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e 
caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, lajes e até em 
garagens. Em regiões mais nobres, jardins e portarias de prédios 
ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reúso. 
As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e 
cobraram soluções. 
As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos 
aspectos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ganharam 
espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os 
rios urbanos voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de 
certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses 
corpos de água recebem diariamente. 
É como se não precisássemos de cada gota de água desses 
rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas 
casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha 
abundância, nos proporcionando o luxo de continuar a poluir 
centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas cidades. 
Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de 
saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças 
de veiculação hídrica. 
Dados do monitoramento da qualidade da água – que 
realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e 
do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta 
analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas  
13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e 
os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um 
estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado 
como ótimo. 
Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de 
março), com base nas análises realizadas entre março de 2015 e 
fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em  
76 municípios.

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