Para responder adequadamente à questão proposta sobre a conjugação do verbo haver no Presente do Subjuntivo, é necessário examinar cada uma das alternativas oferecidas e relacioná-las ao contexto do verso mencionado:

<ul>
<li>A) Haja: Esta alternativa é a forma correta do verbo haver conjugado no Presente do Subjuntivo para a primeira e terceira pessoas do singular. Portanto, "Onde é que haja gente no mundo?" seria gramaticalmente correto, mantendo o sentido de possibilidade ou desejo.</li>
<li>B) Havia: Havia é a forma do verbo haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo. Usado para indicar um evento passado habitual ou contínuo, mas não é adequado no contexto do subconjuntivo que o enunciado pede.</li>
<li>C) Houve: Houve é a forma do verbo haver no Pretérito Perfeito do Indicativo. É utilizado para expressar uma ação concluída no passado e não corresponde ao tempo verbal solicitado pela questão.</li>
<li>D) Houvera: Esta é a forma do verbo haver no Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo. Utiliza-se para expressar uma ação anterior a outra também passada, portanto, não é aplicável aqui que requer o modo subjunutivo.</li>
<li>E) Havido: Havido é o particípio passado de haver e não pertence ao modo Subjuntivo.</li>
</ul>

Portanto, a única alternativa que apresenta o verbo haver devidamente conjugado no Presente do Subjuntivo é a opção "A", que está correta para expressar incerteza, desejo ou condição, conforme solicitado no enunciado da questão, mantendo a essência do verso proposto para rearranjo.

A alternativa correta é A.

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos, 
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. 

 Pretérito Perfeito do Indicativo / Pretérito mais-que-perfeito composto do Indicativo.

 Pretérito Perfeito do Indicativo / Pretérito mais-que-perfeito composto do Subjuntivo.

 Pretérito Imperfeito do Indicativo / Futuro do Subjuntivo.

 Presente do Indicativo / Presente do Subjuntivo.

 Imperativo afirmativo / Imperativo Negativo.

No poema "Poema em linha reta" de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa), temos um exemplo interessante da utilização de tempos verbais que auxiliam na expressão de uma realidade subjetiva e uma hipótese. Vamos analisar os verbos grifados no primeiro verso do poema:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>"conheci": Este verbo está no pretérito perfeito do indicativo. Ele expressa uma ação concluída no passado, uma experiência vivida do eu lírico.</li>
<li>"tivesse levado": Este verbo está no pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo, uma forma que expressa uma ação anterior a outra ação no passado, que poderia ter acontecido sob determinada condição ou contexto.</li>
</ul>

Análise das alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Pretérito Perfeito do Indicativo / Pretérito mais-que-perfeito composto do Indicativo. Essa opção indica erroneamente que o segundo verbo está no indicativo quando na verdade ele está no subjuntivo.</li>
<li>B) Pretérito Perfeito do Indicativo / Pretérito mais-que-perfeito composto do Subjuntivo. Esta é a opção correta, pois identifica corretamente ambos os tempos e modos dos verbos conforme explicado acima.</li>
<li>C) Pretérito Imperfeito do Indicativo / Futuro do Subjuntivo. Os dois modos e tempos verbais estão incorretos.</li>
<li>D) Presente do Indicativo / Presente do Subjuntivo. Ambos os tempos verbais não são condizentes com os apresentados no poema.</li>
<li>E) Imperativo afirmativo / Imperativo Negativo. Os verbos no fragmento apresentam características de tempos do indicativo e subjuntivo, não de imperativo.</li>
</ul>

Portanto, a alternativa que corretamente identifica os tempos e modos verbais dos verbos grifados no poema é a alternativa B.

A questão apresenta quatro asserções sobre os modos verbais em um poema de Fernando Pessoa e solicita a identificação das afirmações corretas relacionadas a esses modos. Vamos analisar cada uma delas:

I - O modo indicativo predomina nas 1ª e 2ª estrofes. 
Examinando as duas primeiras estrofes, observamos que os verbos utilizados estão majoritariamente no modo indicativo, como em "O amor... não se sabe revelar" e "Sabe bem olhar p’ra ela, Mas não lhe sabe falar". Essa utilização do modo indicativo serve para apresentar fatos ou afirmações consideradas reais ou certas pelo falante, o que é típico desse modo verbal. Portanto, a asserção I está correta.

II - O modo subjuntivo predomina na 3ª estrofe. 
Na terceira estrofe, podemos identificar verbos no modo subjuntivo que expressam desejo ou condição, como em "Ah, mas se ela adivinhasse, se pudesse ouvir o olhar". O uso do subjuntivo aqui reflete hipóteses ou situações hipotéticas, o que é característico desse modo. Assim, a asserção II é correta.

III - O modo indicativo indica uma certeza do que está sendo dito. 
Esta asserção está correta. O modo indicativo é utilizado para expressar ações que são consideradas reais ou certas pelo falante, refletindo uma afirmação concreta ou factual. É o modo verbal empregado para declarar algo que ocorre ou é percebido como verdadeiro.

IV - O modo subjuntivo não mostra incertezas, nem hipóteses do que se está afirmando. 
Esta asserção está incorreta. O modo subjuntivo é justamente utilizado para expressar dúvidas, desejos, possibilidades, condições ou hipóteses. Ele não é diretamente afirmativo, mas introduz um elemento de incerteza ou condicionalidade nas declarações.

Dado isso, as asserções I, II e III estão corretas, enquanto a asserção IV é incorreta. Portanto, a alternativa correta, que afirma que apenas I, II e III estão corretas, é a alternativa B.

A alternativa correta é B.

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p’ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P’ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...  

 A (6) - B (2) - C (4) - D (1) - E (3) - F (5).

 A (4) - B (2) - C (6) - D (1) - E (5) - F (3).

 A (1) - B (3) - C (5) - D (2) - E (4) - F (6).

 A (6) - B (2) - C (4) - D (1) - E (5) - F (3). 

Vamos analisar cada item associado na alternativa D e justificar sua correção com base nos conceitos de formas nominais dos verbos e suas características.

<ul>
<li>A (6) - Refere-se a "Infinitivo, particípio e gerúndio", associado à declaração (6) "Os termos são denominados formas nominais do verbo, porque podem desempenhar a função de substantivo, adjetivo, ou advérbio." Esta é uma associação correta, pois o infinitivo, o gerúndio e o particípio são as principais formas nominais do verbo, podendo, realmente, cumprir essas funções gramaticais.</li>

<li>B (2) - Refere-se ao "Gerúndio", associado à declaração (2) "Indica uma ação prolongada, ou em continuidade, mas também, pode ter função de advérbio, ou de adjetivo, em muitos contextos. Nas locuções verbais, vem acompanhado de um verbo auxiliar." Isso é preciso, pois o gerúndio expressa um aspecto durativo da ação e frequentemente aparece em locuções verbais (e.g., "estava falando").</li>

<li>C (4) - Refere-se ao "Particípio", conectado à afirmação (4) "Indica uma ação acabada e pode ter função de adjetivo, caracterizando o substantivo. Na função de verbo, também vem acompanhado de um verbo auxiliar, nesta forma nominal, os verbos terminam em (-ado), ou (-ido)." Esta conexão é perfeitamente válida, uma vez que o particípio é usado em tempos compostos e pode atuar como adjetivo.</li>

<li>D (1) - Sobre o "Infinitivo", ligado ao comentário (1) "É a forma verbal apresentada pelos dicionários e que mais se aproxima do substantivo. Pode ser classificada com o verbo flexionado, ou não." Tal associação é correta, pois o infinitivo é a forma básica do verbo, comumente encontrada em dicionários.</li>

<li>E (5) - Acerca do "Infinitivo pessoal", vinculado a (5) "É usado, em geral, em situações em que há um sujeito definido, ou em que se pretende definir esse sujeito." Esta descrição está de acordo, pois o infinitivo pessoal flexiona-se em número e pessoa, associando-se ao seu sujeito explícito.</li>

<li>F (3) - Relacionado ao "Infinitivo impessoal", associado a (3) "O verbo é empregado, habitualmente, em locuções verbais, quando não há um sujeito definido. As terminações são -ar (para os verbos da 1ª conjugação), -er (para os verbos da 2ª conjugação), -ir (para os verbos da 3ª conjugação)." Isso é correto, pois o infinitivo impessoal não varia em pessoa ou número, servindo como uma forma geral do verbo.</li>
</ul>

As ligações entre as formas nominais e as descrições especificadas na alternativa D são todas coerentes e apropriadas segundo as normas e funções gramaticais da língua portuguesa.

A alternativa correta é D.

 A (1) – B (6) – C (5) – D (2) – E (4) – F (3).

 A (1) – B (3) – C (5) – D (2) – E (4) – F (6).

 A (6) – B (4) – C (2) – D (1) – E (3) – F (5).

 A (6) – B (1) – C (5) – D (2) – E (4) – F (3).

Analisando a questão que requer a relacionamento de tempos verbais com suas respectivas definições, vamos verificar e confirmar a correção de cada associação na alternativa D, conforme solicitado:

1. **Presente do Indicativo** - 6 - "Exprime fatos que ocorrem no mesmo momento em que o emissor os observa, ou faz referência a eles." 
 - Correta. O presente do indicativo realmente é empregado para expressar ações que ocorrem no momento em que são enunciadas ou que são verdadeiras no momento atual.

2. **Pretérito Perfeito do Indicativo** - 1 - "Emprega-se esse tempo para exprimir fatos que foram totalmente concluídos antes do momento da fala."
 - Correta. Esta definição reflete exatamente a função do pretérito perfeito, que é indicar uma ação concluída em um momento definido no passado.

3. **Pretérito Imperfeito do Indicativo** - 5 - "Emprega-se para fazer referência a fatos que não haviam chegado ao seu final no momento em que outro fato aconteceu. Faz referência a fatos passados de ocorrência continuada, ou habitual."
 - Correta. O pretérito imperfeito é usado para descrever ações que não foram concluídas ou que eram habituais no passado.

4. **Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo** - 2 - "Faz referência a um fato já ocorrido, anterior a outro também passado. Exprime desejos, também."
 - Correta. O pretérito mais-que-perfeito é usado para indicar uma ação que ocorreu antes de outra ação no passado. A menção de exprimir desejos não é típica para este tempo verbal na linguagem padrão, mas pode aparecer em construções literárias ou condicionais.

5. **Futuro do Presente** - 4 - "Indica fatos posteriores ao momento da fala, exprime dúvidas, às vezes, substitui formas do imperativo."
 - Correta. O futuro do presente é usado para descrever ações que acontecerão após o momento atual. Em alguns contextos, pode também expressar incertezas ou ser usado no lugar do imperativo.

6. **Futuro do Pretérito** - 3 - "Indica que a ocorrência de um fato depende da ocorrência de outro. Exprime de forma polida, um desejo, ou um pedido. Faz referência a fatos duvidosos, hipotéticos."
 - Correta. O futuro do pretérito é utilizado para expressar uma condição ou hipótese e é frequentemente usado para fazer pedidos de maneira cortês ou expressar desejos.

Todas as associações feitas na alternativa D se mostram corretas com base nas definições tradicionais de cada um dos tempos verbais listados. Portanto, concluo que a alternativa correta é D.

Questões de MS CONCURSOS - Português - Verbos: tempos e modos