 Acentuam-se, obrigatoriamente, pôr (verbo) para diferenciar de por (preposição), pôde (pretérito perfeito do indicativo do verbo poder) para distinguir de pode (presente do indicativo).

 Grafa-se acento grave em sílabas subtônicas.

 Podem-se acentuar, opcionalmente, fôrma (molde ) para distinguir de forma (feitio, modo). Exemplo: O bolo toma a forma da fôrma.

 Aboliram-se os acentos gráficos nos vocábulos tônicos seguintes, que se usavam para diferenciá-los dos respectivos homógrafos átonos: pera (fruta ) / pera (para, preposição arcaica ); polo (ô) (falcão novo) / polo (contração arcaica de por o = pelo); coa, coas (formas do verbo coar) / coa, coas (contração de com a, com as).

Análise geral da questão:

A questão aborda os aspectos de acentuação gráfica, em especial o acento diferencial e o uso do acento grave. É importante relembrar que o acento diferencial tem por objetivo distinguir palavras homógrafas que apresentam significados diferentes, enquanto o acento grave é aplicado, mediante a fusão da preposição “a” com artigos, pronomes ou substantivos.

Análise das alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: "Acentuam-se, obrigatoriamente, pôr (verbo) para diferenciar de por (preposição), pôde (pretérito perfeito do indicativo do verbo poder) para distinguir de pode (presente do indicativo)." – Esta afirmativa está correta, uma vez que o acento diferencial é utilizado para evitar ambiguidade, como ocorre em “pôr” versus “por” e “pôde” versus “pode”.</li>
 
 <li>Alternativa B: "Grafa-se acento grave em sílabas subtônicas." – Esta alternativa é incorreta. O acento grave, na verdade, não se relaciona com a tonicidade das sílabas; ele ocorre na crase, ou seja, na fusão da preposição “a” com o artigo feminino ou outro elemento que exija o “a”. Assim, a menção a “sílabas subtônicas” não faz parte das regras de acentuação referentes à crase ou ao acento grave.</li>
 
 <li>Alternativa C: "Podem-se acentuar, opcionalmente, fôrma (molde) para distinguir de forma (feitio, modo). Exemplo: O bolo toma a forma da fôrma." – Está alternativa está correta, pois apresenta uma acentuação opcional que ocorre em alguns casos para distingui-los, favorecendo a clareza sem, contudo, ser uma regra rígida obrigatória.</li>
 
 <li>Alternativa D: "Aboliram-se os acentos gráficos nos vocábulos tônicos seguintes, que se usavam para diferenciá-los dos respectivos homógrafos átonos: pera (fruta) / pera (para, preposição arcaica); polo (ô) (falcão novo) / polo (contração arcaica de por o = pelo); coa, coas (formas do verbo coar) / coa, coas (contração de com a, com as)." – Esta alternativa está de acordo com as alterações promovidas pelas reformas ortográficas, indicando corretamente que os acentos gráficos, que antes serviam para diferenciar palavras homógrafas, foram abolidos de alguns vocábulos tônicos.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A alternativa B está incorreta porque associa o uso do acento grave a “sílabas subtônicas”, o que não corresponde à regra de crase. O acento grave é empregado exclusivamente na fusão de preposição com artigos ou pronomes que aceitam a regência da preposição “a”. Portanto, a afirmação não tem respaldo nas regras de acentuação e de uso da crase.

Gabarito: Letra B

Análise da Questão:

Nesta questão, o candidato deve identificar qual das alternativas apresenta uma palavra paroxítona, ou seja, aquela cuja sílaba tônica é a penúltima. Para realizar a análise, é importante conhecer a divisão das sílabas e a posição da sílaba acentuada em cada palavra.

Alternativa A – "Cachorro":
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Divisão silábica: ca-chó-rro.</li>
 <li>A sílaba tônica é "chó", que é a penúltima, classificando a palavra como paroxítona.</li>
</ul>

Alternativa B – "Sílaba":
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Divisão silábica: sí-la-ba.</li>
 <li>A sílaba acentuada é "sí", a antepenúltima, o que classifica a palavra como proparoxítona. Vale lembrar que todas as palavras proparoxítonas são acentuadas, conforme as regras de acentuação.</li>
</ul>

Alternativa C – "Café":
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Divisão silábica: ca-fé.</li>
 <li>A sílaba tônica é "fé", a última sílaba, o que caracteriza a palavra como oxítona.</li>
</ul>

Alternativa D – "Espantar":
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Divisão silábica: es-pan-tar.</li>
 <li>A sílaba tônica "tar" é a última sílaba, fazendo com que a palavra seja classificada como oxítona.</li>
</ul>

Portanto, analisando as alternativas, apenas a palavra "cachorro" possui a tupla tônica na penúltima sílaba, caracterizando-a como uma paroxítona. Essa compreensão é fundamental para o domínio das regras de acentuação gráfica, tema recorrente em concursos públicos, onde a clareza na identificação dos acentos e na divisão silábica é fundamental para a resolução correta das questões.

Dessa forma, a única alternativa que apresenta uma palavra paroxítona é a alternativa A.

Gabarito: Letra A

Por Mário Corso

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67dac8f4a8cb8ad9c005819cfundatec-2025-if-farroupilha-rs-professor-ebtt-quimica-prova2901.jpg"></center>

Alternativa Correta:

Nesta questão, devemos identificar se algum dos vocábulos “interdependentes”, “irremediavelmente”, “independentemente” e “superioridade” é proparoxítono – isto é, se possui a sílaba tônica na antepenúltima sílaba. De acordo com as normas da acentuação da Língua Portuguesa, todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, independentemente de suas terminações. Observando os vocábulos apresentados, nota-se que nenhum deles ostenta acento gráfico, o que já indica que não se tratam de proparoxítonos.

Analisando cada palavra individualmente:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Interdependentes: A divisão silábica é algo como in-ter-de-pen-den-tes. Embora possua diversas sílabas, o critério para se tratar de uma proparoxítona é que a sílaba tônica recaia na antepenúltima sílaba. No caso, a tonicidade recai na sílaba “den”, que, considerando a contagem, não configura a posição de proparoxítona segundo a regra dos acentos.</li>
 
 <li>Irremediavelmente: A palavra possui alta quantidade de sílabas, mas a acentuação recai em outra posição, não sendo a antepenúltima. Se fosse proparoxítona, deveria apresentar acento gráfico, o que não ocorre.</li>
 
 <li>Independentemente: Novamente, a análise silábica revela que a sílaba tônica recai em posição que não caracteriza uma proparoxítona. A ausência de acento confirma essa avaliação, pois toda palavra proparoxítona deve ser acentuada.</li>
 
 <li>Superioridade: Embora contenha seis ou mais sílabas, a tonicidade é designada para outra silaba que não a antepenúltima. A regra geral de que todas as palavras proparoxítonas são acentuadas impede a classificação desta como proparoxítona, visto que não carrega acento gráfico.</li>
</ul>

Portanto, a análise dos aspectos de acentuação gráfica demonstra que nenhum dos termos apresentados é proparoxítono. A ausência de acento gráfico em cada um dos vocábulos, somada ao conhecimento das regras de acentuação, indica que todos eles são, na verdade, paroxítonos ou, mesmo, oxítonos, conforme o caso, e não se enquadram na categoria de proparoxítonos.

Em síntese, a alternativa correta é que nenhum dos vocábulos citados é proparoxítono.

Gabarito: Letra A

Já adianto que não prometo nada a você, a não ser nunca desistir de tentar, independentemente do tamanho da queda 
Juraciara Vieira Cardoso|Professora da Universidade Federal de Lavras, graduada em Direito, mestre em Direito Constitucional e doutora em Filosofia do Direito|30/12/2024 

 Enquanto todos se despedem do ano que se passou, olho com um misto de temor e esperança para sua chegada. Quero chegar até você de branco, como em todos os anos, pois nada é mais precioso que a paz. Você, querido 2025, é rotineiramente comparado a uma página em branco, e nutro em mim o desejo de te escrever apenas com minhas letras e versos, o que significa ser cada vez mais eu e menos os que os outros esperam que eu seja.
 Já adianto que não prometo nada a você, a não ser nunca desistir de tentar, independentemente do tamanho da queda. Extrair do peso de qualquer realidade que você me apresentar, sua dimensão de aprendizado e potencial para me transformar em um ser humano melhor, mais capaz de ter empatia e sentir verdadeiramente a dor do meu semelhante. Que você me ensine, caro 2025, a1 ouvir mais e falar menos, guardando mais tempo para a reflexão do que para a falação, que muito diz, mas pouco ensina.
 Que a paz perpétua idealizada por Kant seja alcançada. Não uma paz utópica, construída com sonhos, mas fruto de uma obrigação racional de seres humanos vulneráveis, que não devem se deixar guiar pela violência ou pela barbárie, mas sim para a superação do caos. Nos ajude a nos reconhecermos como parceiros de uma mesma jornada existencial, ________ fim irremediavelmente é a morte, que a2 todos une, mas que não deve ser encontrada nos conflitos armados.
 Espero que, ao longo dos seus dias, você seja zeloso em ensinar para toda a humanidade que somos cada vez mais interdependentes e que o voo de uma borboleta no Brasil pode causar um tornado no Texas. Ou seja, nossas ações TEM/TÊM consequências que não podemos prever exatamente, de modo que é preciso ser cauteloso quando se está a3 falar em permissão para tirar vidas de pessoas inocentes, seja lá em nome de qual justificativa for. Em vez disso, nos ensine a importância de construir pontes que nos CONECTA/CONECTAM.
 Que, em um mundo repleto de informação, consumismo e individualismo, você, Caro 2025, nos mostre o valor de um sorriso inesperado, a beleza de acompanhar uma flor desabrochando ou o êxtase de assistir ao pôr do sol. Nos faça perceber que é no agora que a vida acontece, não no passado nostálgico ou no futuro que nos traz ansiedade. Nos DÊ/DEEM suas mãos em direção a4 percepção de que a felicidade possível requer que vejamos beleza na nossa vida nua, sem os disfarces que nos AFASTA/AFASTAM de quem somos.
 E por falar em "quem somos", que você nos encha de coragem para lidarmos com nossas sombras, nos ensinando a acolher em nós não somente a parte que nos agrada, mas também aquela com a qual temos dificuldade em conviver. Que possamos olhar para os nossos erros, hesitações e limitações, sem fugirmos do incômodo de aceitar essas realidades como partes inerentes do conflituoso processo de existir.
 Nos 365 dias em que estaremos sob seus auspícios, nos ajude a criar conexões onde antes havia divergências, nos ensinando que quando um perde, todos nós perdemos. Que consigamos perceber que as grandes modificações começam em gestos cotidianos simples de gentileza, nos quais consideramos o outro ser humano em igualdade de condições e não com superioridade moral.
 Querido 2025, desejo que você seja um ano de reconciliação, de aprendizado e de harmonia para toda a humanidade, não deixando que nossa indiferença e egoísmo nos roubem a chance de construirmos um futuro que inclua a todos. Que seja um ano no qual tenhamos coragem de romper com as barreiras invisíveis que nos separam em nome da construção de algo verdadeiramente novo!

Alternativa Correta:

Nesta questão, é necessário identificar quais dos vocábulos “interdependentes”, “irremediavelmente”, “independentemente” e “superioridade” são proparoxítonos, isto é, palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Segundo as regras de acentuação do português, todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente, mas, ao analisarmos cada um dos termos apresentados, veremos que nenhuma deles apresenta essa condição.

Vejamos a análise de cada palavra:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Interdependentes: Esta palavra é formada pelo prefixo “inter” e o radical “dependentes”. A divisão silábica é in-ter-de-pen-den-tes, e a sílaba tônica recai sobre “pen” – a quarta sílaba, que, ao contar da última, caracteriza-se como paroxítona (a penúltima sílaba), e não como proparoxítona.</li>
 <li>Irremediavelmente: Trata-se de um advérbio formado a partir do adjetivo “irremediável”. A palavra original “irremediável” possui a tônica na penúltima sílaba (“ável”), o que a define como paroxítona. A adição do sufixo “-mente” não altera a posição da sílaba tônica, mantendo-a na posição paroxítona.</li>
 <li>Independentemente: Similarmente, esta palavra adverbial tem sua origem no adjetivo “independente”. Observa-se que, na forma original, a sílaba tônica é a penúltima (“pen”) – logo, a palavra é paroxítona. Ao adicionar o sufixo “-mente” para formar o advérbio, a tonicidade permanece inalterada.</li>
 <li>Superioridade: Este substantivo deriva do adjetivo “superior”, o qual, após a formação do substantivo “superioridade”, mantém a tônica na sílaba imediatamente anterior à última, caracterizando-o como recurso paroxítono. A divisão silábica, por exemplo, pode ser: su-pe-ri-o-ri-da-de, com a sílaba “da” sendo a tônica, ou seja, a penúltima.</li>
</ul>

Portanto, nenhuma das palavras apresentadas exibe a característica de ter a sílaba tônica na antepenúltima sílaba, que é o que define uma palavra proparoxítona. Ou seja, todos os vocábulos são paroxítonos e, por isso, não se enquadram na categoria de proparoxítonos.

Dessa forma, a alternativa correta é a letra A.

Gabarito: Letra A

Já adianto que não prometo nada a você, a não ser nunca desistir de tentar, independentemente do tamanho da queda
Juraciara Vieira Cardoso|Professora da Universidade Federal de Lavras, graduada em Direito, mestre em Direito Constitucional e doutora em Filosofia do Direito|30/12/2024

 Enquanto todos se despedem do ano que se passou, olho com um misto de temor e esperança para sua chegada. Quero chegar até você de branco, como em todos os anos, pois nada é mais precioso que a paz. Você, querido 2025, é rotineiramente comparado a uma página em branco, e nutro em mim o desejo de te escrever apenas com minhas letras e versos, o que significa ser cada vez mais eu e menos os que os outros esperam que eu seja.
 Já adianto que não prometo nada a você, a não ser nunca desistir de tentar, independentemente do tamanho da queda. Extrair do peso de qualquer realidade que você me apresentar, sua dimensão de aprendizado e potencial para me transformar em um ser humano melhor, mais capaz de ter empatia e sentir verdadeiramente a dor do meu semelhante. Que você me ensine, caro 2025, a1 ouvir mais e falar menos, guardando mais tempo para a reflexão do que para a falação, que muito diz, mas pouco ensina.
 Que a paz perpétua idealizada por Kant seja alcançada. Não uma paz utópica, construída com sonhos, mas fruto de uma obrigação racional de seres humanos vulneráveis, que não devem se deixar guiar pela violência ou pela barbárie, mas sim para a superação do caos. Nos ajude a nos reconhecermos como parceiros de uma mesma jornada existencial, ________ fim irremediavelmente é a morte, que a2 todos une, mas que não deve ser encontrada nos conflitos armados.
 Espero que, ao longo dos seus dias, você seja zeloso em ensinar para toda a humanidade que somos cada vez mais interdependentes e que o voo de uma borboleta no Brasil pode causar um tornado no Texas. Ou seja, nossas ações TEM/TÊM consequências que não podemos prever exatamente, de modo que é preciso ser cauteloso quando se está a3 falar em permissão para tirar vidas de pessoas inocentes, seja lá em nome de qual justificativa for. Em vez disso, nos ensine a importância de construir pontes que nos CONECTA/CONECTAM.
 Que, em um mundo repleto de informação, consumismo e individualismo, você, Caro 2025, nos mostre o valor de um sorriso inesperado, a beleza de acompanhar uma flor desabrochando ou o êxtase de assistir ao pôr do sol. Nos faça perceber que é no agora que a vida acontece, não no passado nostálgico ou no futuro que nos traz ansiedade. Nos DÊ/DEEM suas mãos em direção a4 percepção de que a felicidade possível requer que vejamos beleza na nossa vida nua, sem os disfarces que nos AFASTA/AFASTAM de quem somos.
 E por falar em "quem somos", que você nos encha de coragem para lidarmos com nossas sombras, nos ensinando a acolher em nós não somente a parte que nos agrada, mas também aquela com a qual temos dificuldade em conviver. Que possamos olhar para os nossos erros, hesitações e limitações, sem fugirmos do incômodo de aceitar essas realidades como partes inerentes do conflituoso processo de existir.
 Nos 365 dias em que estaremos sob seus auspícios, nos ajude a criar conexões onde antes havia divergências, nos ensinando que quando um perde, todos nós perdemos. Que consigamos perceber que as grandes modificações começam em gestos cotidianos simples de gentileza, nos quais consideramos o outro ser humano em igualdade de condições e não com superioridade moral.
 Querido 2025, desejo que você seja um ano de reconciliação, de aprendizado e de harmonia para toda a humanidade, não deixando que nossa indiferença e egoísmo nos roubem a chance de construirmos um futuro que inclua a todos. Que seja um ano no qual tenhamos coragem de romper com as barreiras invisíveis que nos separam em nome da construção de algo verdadeiramente novo!

Questões de Português - Acentuação gráfica