Nesta questão, devemos identificar a palavra em que o critério para a acentuação gráfica difere do utilizado nas demais opções. Para isso, é importante examinar atentamente cada alternativa e verificar as regras aplicáveis a cada caso.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) tamanduá: Trata-se de palavra oxítona, pois a sílaba tônica é a última ("duá"). Segundo as regras das oxítonas, palavras terminadas em a, e, o, em, ens devem receber acento se a última sílaba for tônica. Assim, o acento agudo em “tamanduá” obedece a essa regra.</li>
 <li>B) Parnaíba: Assim como “tamanduá”, “Parnaíba” é uma palavra cuja sílaba tônica é a última (sílaba “íba”) e, por finalizar em vogal, recebe o acento agudo conforme a regra das oxítonas.</li>
 <li>D) Piauí: Esta palavra também é acentuada porque é oxítona, com a tonicidade na última sílaba (“uí”), e, terminada em vogal, segue a regra das oxítonas.</li>
 <li>E) reúne: Em “reúne”, ocorre o fenômeno do hiato. A palavra se divide em três sílabas – re-ú-ne – e a acentuação recai sobre a vogal “u”, que é pronunciada separadamente do “e” anterior. Essa marcação indica que o encontro vocálico não forma ditongo, mas sim um hiato, o que justifica o uso do acento. Assim, “reúne” é acentuada por evidenciar a separação das vogais, sem seguir a regra das oxítonas.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A palavra biólogos (alternativa C) apresenta uma regra de acentuação distinta em relação às demais opções. Diferentemente de “tamanduá”, “Parnaíba” e “Piauí”, que são oxítonas e recebem acento por terminarem em vogal, “biólogos” é uma palavra paroxítona. Na forma singular, “biólogo” possui a divisão silábica: bí-o-lo-go, com o acento indicando o hiato entre o “i” e o “o”. Ao formar o plural, mantêm-se as mesmas características de acentuação. Portanto, a acentuação em “biólogos” não se deve à regra aplicada às oxítonas, mas sim à peculiaridade do hiato que ocorre na palavra, o que a diferencia das demais alternativas.

Em resumo, enquanto as alternativas A, B, D e, em certa medida, E utilizam a regra de acentuação aplicada às oxítonas (ou, no caso de “reúne”, a indicação de hiato em palavra paroxítona), “biólogos” destaca-se por apresentar uma acentuação decorrente de uma formação silábica específica, que exige a marcação do hiato no interior da palavra.

Gabarito: Letra C

Yoyo; o menor tamanduá do mundo, foi transportado em segurança com a Gollog até o ZooParque, em Itatiba (SP).

    As aventuras do tamanduá Yoyo, a menor espécie de tamanduá do mundo, começaram no delta do Parnaíba, no Piauí, onde ele foi encontrado debilitado e desnutrido. Levado ao Instituto Tamanduá, referência em pesquisa e manejo de tamanduás, tatus e preguiças, ele passou por uma reabilitação. "Yoyo chegou ao instituto com 400 gramas. Ele era tratado como um animal doméstico, alimentado de forma errada por pessoas que não tinham informações sobre o bicho", conta Keila Izaias, analista de Produtos da Gollog Animais.
    Foram meses sendo cuidado até ele estar pronto para partir em direção a sua futura casa: o ZooParque em Itatiba. "Como os profissionais do instituto trabalharam dia e noite para que ele recuperasse seu peso, Yoyo acabou se adaptando ao convívio humano e, dessa forma, acabamos iniciando um processo de conservação fora do habitat natural dele", relata Débora Alcântara Ribeiro, Coordenadora Ambiental e Educacional do ZooParque. "O tamanduá é uma espécie sobre a qual temos poucas informações. O Yoyo tem um papel muito importante, ele vai nos ajudar a entender um pouco mais sobre tamanduás.”    
    O bichinho foi transportado em segurança. “Biólogas do instituto entraram em contato conosco em maio e conseguimos realizar o transporte dele em outubro, depois de cumprir as exigências do Ibama e acertar a documentação”, diz Keila, As equipes da Gollog e do ZooParque foram até o pequeno tamanduá. "Vimos muito amor nesse trabalho. Foi uma honra poder transportar um animal tão único”. Yoyo viajou em uma caixa de madeira produzida especialmente para ele, com buracos para ventilação e tela para protegê-lo durante o transporte. “Tivemos muito cuidado com barulho, temperatura. Uma das biólogas da equipe colocou uma mantinha para deixá-lo aquecido no porão do avião.", conta Keila.
    "Ele chegou ao ZooParque saudável graças ao trabalho árduo do Instituto Tamanduá que cuidou do restabelecimento do Yoyo durante um ano e meio”, conta Debora. O recinto de Yoyo no ZooParque foi todo projetado e adaptado para ele, de forma a manter temperatura e umidade adequadas. "Como um bom tamanduá, ele dorme o dia inteiro e começa suas atividades por volta das 17,18 horas. Basicamente, essa espécie só se alimenta de formigas e pode ser encontrada em árvores bem altas, em florestas tropicais”, detalha.

    Para conhecer mais sobre a Gollog, acesse Gollog.com.br    

Nesta questão, temos que identificar a base de acentuação gráfica da palavra “possível” a partir de uma comparação com outra palavra, dentre as alternativas, que apresenta o mesmo fenômeno. A alternativa correta é aquela cuja palavra compartilha a mesma classificação quanto à estrutura silábica e à necessidade de acentuação da sílaba tônica por se tratar de um hiato, ou seja, de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes, fazendo com que a vogal tônica receba acento gráfico segundo as regras da acentuação do português.

Analisemos as alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) mínimo – A palavra “mínimo” é acentuada por ser uma paroxítona com terminação que demanda acento, mas sua estrutura silábica (mín-i-mo) não apresenta o mesmo fenômeno de hiato observado em “conteúdo”.</li>
 <li>B) até – “Até” é uma oxítona, e a acentuação dela deve-se à regra das oxítonas terminadas em a, e, o, em, etc. Portanto, não guarda relação com o padrão que encontramos em “possível”.</li>
 <li>C) sátiras – Apesar de “sátiras” ser acentuada pela tonicidade da primeira sílaba, sua estrutura não envolve hiato ou qualquer fenômeno similar ao de “possível”.</li>
 <li>D) vítima – “Vítima” recebe acento na vogal “í” por ser uma palavra paroxítona cuja terminação não segue a regra geral, mas seu padrão silábico (ví-ti-ma) não apresenta a mesma formação de hiato que caracteriza “conteúdo”.</li>
 <li>E) conteúdo – “Conteúdo” é dividido em con-te-ú-do, em que o “ú” integra um hiato, ou seja, a vogal “ú” forma uma sílaba própria, necessitando, assim, do acento para indicar a tonicidade. De forma semelhante, “possível” possui a sílaba tônica devendo ser acentuada para sinalizar o hiato (pos-sí-vel). Dessa maneira, ambas as palavras se submetem às mesmas regras de acentuação devido à separação entre as vogais que constituem o hiato.</li>
</ul>

Portanto, a escolha da alternativa E se sustenta pelo fato de “conteúdo” e “possível” serem acentuadas em virtude do hiato presente em suas estruturas silábicas, que determina a necessidade de marcar a sílaba tônica com acento gráfico.

Gabarito: Letra E

21 Técnica usa inteligência artificial (IA) e outros
22 conteúdos verdadeiros, como foto e vídeo, para criar
23 adulterações realistas.

24 A criação de vídeos adulterados e realistas ficou muito
25 mais simples com o chamado deepfake. Com ele, é
26 possível colocar pessoas em situações
27 constrangedoras ou, no mínimo, inusitadas.

28 Na terça-feira (27), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
29 aprovou 12 propostas de resolução que serão
30 aplicadas nas eleições municipais deste ano. Entre
31 elas, estão regras para o uso da Inteligência Artificial
32 (IA) e até mesmo a proibição do uso dos deepfakes nas
33 campanhas.

34 Mas o que o termo deepfake significa? Deepfake é
35 uma técnica que permite alterar um vídeo ou foto com
36 ajuda de inteligência artificial (IA). Com ele, por
37 exemplo, o rosto da pessoa que está em cena pode ser
38 trocado pelo de outra; ou aquilo que a pessoa fala
39 pode ser modificado. Isso é possível com o uso de
40 aplicativos criados com essa finalidade.

41 Um dos usos mais preocupantes dessas ferramentas é
42 a criação de vídeos pornográficos com o rosto de
43 outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa
44 Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 mil
45 mulheres estavam sendo compartilhados na internet.

46 Uso na política
47 As imagens adulteradas também são usadas na
48 política. Em 2019, a ex-presidente da Câmara dos
49 Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi
50 vítima de um deepfake que se baseou em um vídeo
51 autêntico para sugerir que a representante democrata
52 tinha dificuldades na fala em um discurso.

53 O autor desse deepfake desacelerou o vídeo original e
54 editou a fala para dar a entender que ela estava
55 tropeçando em suas palavras. O conteúdo com
56 desinformação teve ampla circulação nas redes sociais
57 e chegou a ser removido do YouTube.

58 Inicialmente, o Facebook se limitou a reduzir a
59 distribuição do vídeo e a alertar usuários que o
60 material poderia ser enganoso. No início de 2020, a
61 plataforma anunciou que passaria a remover
62 deepfakes, exceto em casos de sátiras.

63 Antes do vídeo falso de Pelosi, até mesmo o
64 presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg,
65 apareceu em um deepfake. O vídeo adulterado mostra
66 o que seria ele falando sobre dominar o mundo e foi
67 mantido no ar pelo Instagram, controlado pela
68 empresa do executivo.

G1. O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade.

 O vocábulo “livrarias” (7º parágrafo) é formado pelo processo de derivação sufixal.

 Os vocábulos “líder” (3º parágrafo) e “país” (6º parágrafo) são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação.

 Os vocábulos “pseudônimo” (4º parágrafo) e “agraciada” (6º parágrafo) têm o mesmo número de sílabas.

 O vocábulo “possível” (7º parágrafo) é acentuado por ser uma palavra proparoxítona.

Análise da Questão:

Na alternativa A, o vocábulo “livrarias” é, de fato, formado pelo processo de derivação sufixal. A palavra origina-se de “livro”, a qual recebe o sufixo “-aria” para formar “livraria”, e posteriormente, no plural, “livrarias”. Esse processo de formação de nova palavra através da adição de um sufixo caracteriza-se como derivação sufixal, estando, portanto, em conformidade com as regras morfológicas.

Na alternativa B, os vocábulos “líder” e “país” não são acentuados de acordo com a mesma regra. “Líder” é uma palavra oxítona que recebeu acento para indicar a tonicidade irregular, enquanto “país” é acentuado por apresentar hiato, ou seja, duas vogais contíguas pronunciadas em sílabas diferentes. A justificativa para a acentuação destas palavras é distinta, o que torna essa alternativa incorreta.

Na alternativa C, verifica-se que “pseudônimo” e “agraciada” não possuem o mesmo número de sílabas. A pronúncia de “pseudônimo” divide-se em pseu-do-ní-mo (quatro sílabas) e a de “agraciada” em a-gra-ci-a-da (cinco sílabas). Dessa forma, a alternativa não confere a igualdade de sílabas proposta.

Na alternativa D, o vocábulo “possível” não é classificado como proparoxítona. Ele é acentuado por ser uma palavra paroxítona, uma vez que a sua sílaba tônica recai na penúltima sílaba (“s-sí-vel”), o que, conforme as regras ortográficas, não exige o acento por ser proparoxítona. Assim, essa opção também está incorreta.

Alternativa Correta:

Com base na análise dos itens apresentados, a alternativa A é a única que está correta, pois descreve adequadamente o processo de formação do termo “livrarias” por meio da derivação sufixal, em conformidade com as normas da morfologia.

Gabarito: Letra A

    A ativista paquistanesa Malala Yousafzai é mundialmente conhecida por lutar pelo direito das mulheres de estudarem, e por ter sobrevivido a um atentado promovido pelo Talibã, organização fundamentalista que dominava e liderava a região do Vale Swat, no Paquistão, que é bastante conservadora.
    Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997, na cidade de Mingora, no Vale de Swat. O sustento de sua família, que tinha uma origem bem simples, vinha da escola fundada por seu pai, Ziauddin Yousafzai, que foi quem incentivou que ela, ainda criança, entendesse a importância dos estudos.
    Em 2008, o líder talibã exigiu que as escolas paquistanesas interrompessem as aulas para as meninas, o que fez com que Malala criasse o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, no qual publicava textos sobre seu amor pelos estudos e as dificuldades de ser uma menina e estudante no Paquistão.
    O blog, no entanto, era escrito sob um pseudônimo, mas em poucos meses a identidade da ativista acabou sendo revelada, o que a tornou famosa em todo o mundo. Malala concedia entrevistas para diversos jornais e TVs, o que atraiu a fúria dos talibãs, que a consideravam uma ameaça contra o Islã.
    O ataque contra Malala aconteceu em outubro de 2012, quando ela estava em um ônibus que a levava para casa, junto com outras meninas, após um dia na escola. Na época ela tinha 15 anos de idade, e acabou sendo baleada na cabeça, o que chocou o Paquistão e o mundo.
   Para se tratar, a adolescente foi retirada do país junto com sua família, e levada ao Reino Unido, onde os médicos retiraram a bala do seu cérebro.
Após o período de recuperação, ela voltou a frequentar a escola, dessa vez na Inglaterra, e se formou. Exatos 5 anos após o atentado contra a sua vida, Malala ingressou na faculdade. Em 2014, quando tinha apenas 17 anos, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, tornando-se a pessoa mais jovem a ser agraciada com a premiação.
    Hoje, Malala vive na Inglaterra e é uma mulher casada. Nas livrarias, é possível encontrarmos vários dos livros voltados para crianças e adultos que foram publicados por ela, com o intuito de contar a sua história e promover a conscientização sobre a importância da educação.


Na questão apresentada, é necessário identificar a alternativa em que todas as palavras receberam acentuação gráfica com base na mesma regra. A análise exige atenção à classificação quanto à posição da sílaba tônica, seja por tratar de proparoxítonas (todas acentuadas de forma geral) ou de paroxítonas que recebem acento em virtude de algum hiato ou de outra exceção. Vamos analisar cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – Superfície – pó – difícil: 
 • “Superfície” e “difícil” são palavras paroxítonas acentuadas por serem exceções (devido à terminação que não dispensa o acento quando há hiato, no caso “fície”, ou por não terminarem em vogal, “fácil” sem acento se seguisse a regra normal). Já “pó”, por ser monossílabo tônico, recebe acento apenas quando há risco de ambiguidade. Assim, nesta alternativa, a acentuação decorre de regras distintas.
 </li>
 <li>Alternativa B – Já – régua – possível: 
 • “Já” é um monossílabo que usa acento diferencial; “régua” e “possível” são paroxítonas acentuadas justamente por apresentarem encontros vocálicos que formam hiato (é o caso de “régua”, onde a quebra do ditongo justifica o acento, e “possível”, onde há irregularidade em relação à terminação). Assim, novamente temos regras diferentes atuando.
 </li>
 <li>Alternativa C – Hipótese – própria – crédito: 
 • Nesta opção, todas as palavras são paroxítonas, mas recebem acento justamente por possuírem hiatos (exemplo: “hipótese” tem hiato entre “o” e “te”, “própria” e “crédito” apresentam situações similares). Mesmo que a acentuação ocorra em virtude da presença dos hiatos, a regra aplicada é específica para palavras paroxítonas que, em condição normal, não seriam acentuadas, configurando uma justificativa semelhante; porém, nessa alternativa há uma variação no mecanismo de acentuação, visto que cada palavra se justifica de modo particular.
 </li>
 <li>Alternativa D – Científicas – poético – satélite: 
 • “Científicas” é uma palavra proparoxítona e, conforme a norma, todas as proparoxítonas são acentuadas sem exceção. Quanto a “poético” e “satélite”, embora sejam paroxítonas, elas apresentam a marca gráfica para indicar a correta separação dos hiatos, evitando a formação de ditongos onde o som poderia ser interpretado erroneamente. Ou seja, nessas duas palavras a acentuação serve para sinalizar a vogal tônica isolada, que, segundo as regras, deve ser acentuada. Dessa forma, na alternativa D há uma uniformidade no emprego de acentos: seja na obrigatoriedade (proparoxítonas) ou na sinalização do hiato em paroxítonas, a regra está sendo aplicada de forma consistente e sistemática.
 </li>
</ul>

Alternativa Correta:
Na alternativa D, mesmo havendo duas categorias (proparoxítonas e paroxítonas com hiato), o uso do acento é justificado pela necessidade de indicar a sílaba tônica de forma inequívoca, mantendo uma regra gráfica que, em cada caso, obriga a marcação. Esse conjunto evidencia uma coerência na aplicação das regras acentuais, razão pela qual os candidatos devem optar pela alternativa D.

Gabarito: Letra D

<center>Os blocos são testes para, em breve, construir plataformas de lançamento e abrigos para astronautas na Lua. As peças são projeto em menor escala de possíveis tijolos espaciais</center>
 Pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA) se inspiraram em peças de Lego para criar materiais de construção a partir da poeira de um meteorito de 4,5 bilhões de anos. O experimento foi divulgado na quarta-feira, 26, e busca reduzir os custos de envio de materiais para a criação de bases na superfície lunar.
 Para imprimir os "tijolos espaciais" em 3D e testar a ideia, os estudiosos moldaram pinos de conexão semelhantes aos das peças do brinquedo. A ideia é, em vez de levar materiais de construção até a lua, usar o que já está no satélite natural para construir uma base lunar. A superfície da Lua é coberta com uma camada de rochas e fragmentos minerais conhecidos como regolito lunar. A hipótese dos cientistas é de que o material poderá ser usado para fazer tijolos espaciais.
 O problema é que quase não há material lunar disponível na Terra para fazer experimentos. Por isso, os cientistas da ESA fizeram sua própria versão do regolito lunar moendo um meteorito de 4,5 bilhões de anos descoberto no noroeste da África há 24 anos. A poeira do meteorito formou a base de uma mistura que foi então usada para imprimir em 3D alguns tijolos espaciais. Em fomato estilo Lego, os tijolos encaixam entre si.
 Os elementos semelhantes a peças Lego são parte de um estudo para projetar e, em breve, construir plataformas de lançamento e abrigos para astronautas na superfície lunar. Antes que as estruturas possam ser construídas no satélite, a ESA precisa se certificar se o material espacial pode ser realmente usado para criar blocos de construção.
 Por isso, estão sendo realizados testes em escala menor. Aidan Cowley, porta-voz da ESA, declarou em nota que foi interessante experimentar a criação de peças com o material. "Nunca construíram uma estrutura na Lua, então temos que descobrir não apenas como construí-las, mas de que material fazêlas, já que não podemos levar nenhum material conosco”, relatou.

Perca dói menos por ser mais trivial”. (Ditongo oral aberto em palavras oxítonas)

[...] nada têm de folclóricas. (Monossílabo tônico terminado em “em”)

[...] nada têm de folclóricas. (Palavra proparoxítona, todas elas são acentuadas)

Da série “só acontece comigo” (Paroxítona terminada em ditongo crescente )

Dei uma risada e segui meu rumo também. (Oxítona terminada em “em”)

Análise Geral:

Essa questão aborda regras de acentuação gráfica a partir de exemplificações extraídas do excerto, sendo necessário identificar qual explicação acerca da palavra acentuada está equivocada. Cada alternativa apresenta uma justificativa relacionada a aspectos fonéticos ou morfológicos que influenciam a acentuação. Analisaremos cada uma delas.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: “Perca dói menos por ser mais trivial”. A explicação indica “Ditongo oral aberto em palavras oxítonas”. Embora “dói” possua uma formação vocálica que pode ser analisada como a presença do ditongo, a justificativa, apesar de simplificada, remete à regra que acentua as oxítonas terminadas em ditongos abertos (como “éi”, “ói”, etc.). Ainda que haja discussões quanto à classificação fonética dos ditongos em “dói”, a explicação não é o foco da inconsistência apontada na questão.</li>
 <li>Alternativa B: “[...] nada têm de folclóricas.” A explicação afirma que “têm” é um monossílabo tônico terminado em ‘em’. No entanto, trata-se de uma forma verbal do verbo “ter” na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, e o acento circunflexo é utilizado para diferenciar essa forma da 3ª pessoa do singular “tem”. A justificativa apresentada não tem relação com a regra dos monossílabos tônicos – a acentuação de “têm” decorre de outra convenção, a qual não se aplica aos casos de monossílabos. Portanto, essa explicação está incorreta.</li>
 <li>Alternativa C: “[...] nada têm de folclóricas.” A explicação menciona que a palavra “folclóricas” é proparoxítona e que todas essas palavras são acentuadas. De fato, “folclóricas” possui a sílaba tônica na antepenúltima sílaba. A regra da acentuação prevê que todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas, logo, essa explicação está correta.</li>
 <li>Alternativa D: “Da série ‘só acontece comigo’”. A justificativa aponta que “série” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente. Apesar de haver discussões quanto à natureza do encontro vocálico “ie”, observa-se que “série” é acentuada justamente por sua terminação e pela necessidade de diferenciar a pronúncia. Mesmo que a denominação “ditongo crescente” possa suscitar dúvidas, a justificativa não apresenta um erro grave ou inconsistente no contexto da acentuação.</li>
 <li>Alternativa E: “Dei uma risada e segui meu rumo também.” A explicação afirma que “também” é uma oxítona terminada em “em”, o que está de acordo com a regra que acentua as oxítonas terminadas em “em”. Assim, essa justificativa está correta.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A alternativa B apresenta uma explicação incorreta acerca da acentuação de “têm”. O erro consiste em classificar “têm” como um monossílabo tônico terminado em “em”, quando, na verdade, trata-se de uma forma verbal cuja acentuação se justifica pela necessidade de diferenciá-la da forma “tem”, motivo que não envolve as regras aplicadas aos monossílabos. Dessa forma, a justificativa ofertada é equivocada, o que a torna a alternativa incorreta conforme solicitado na questão.

Gabarito: Letra B

Da série “só acontece comigo”: estava parada num sinal da Avenida Ipiranga quando um carro encostou ao lado do meu. A motorista abriu a janela e pediu para eu abrir a minha. Era uma moça simpática que me perguntou: “Martha, o certo é dizer perda ou perca?” “Hãn?” “É perda de tempo ou perca de tempo? Como se diz?” 
 A pergunta era tão inusitada para a hora e o local, tão surpreendente, vinda de alguém que eu não conhecia, que me deu um branco: por um milésimo de segundo eu não soube o que responder. Perca de tempo, isso existe? Então o sinal abriu, os carros da frente começaram a engatar a primeira, eu olhei para ela e disse: “É perda de tempo”.
 Ela sorriu em agradecimento e foi em frente. Meu carro ainda ficou um tempo parado. Eu parada no tempo. Perca de tempo.
 Dei uma risada e segui meu rumo também.
 Se alguém te diz “não perca tempo”, e todos te dizem isso o tempo todo, como não confundir? Tantos confundem. São coagidos a tal.
 E, cá entre nós, a “perca” parece mais amena do que a perda.
 A perca de um amor é quase tão corriqueira como a perca do capítulo da novela. A perca é feira livre. A perca é festiva. A perca é música popular.
 Já a perda é sinfonia de Beethoven.
 A perca acontece no verão. A perca de uma cadeirinha de praia, a perca de um palito premiado de picolé.
 As perdas acontecem no inverno.
 A perca é simplória, a perca é distraída, a perca é provisória, logo, logo reencontrarão o que está faltando.
 A perda é para sempre.
 As percas reinventam o vocabulário e seu sentido, não são graves, as percas são imperfeições perdoáveis, as percas são inocentes.
 As perdas são catastróficas, nada têm de folclóricas.
 A perca é um erro gramatical, e apenas esse erro ela contém.
 De resto, não faz mal a ninguém.
 A perda é um acerto gramatical, mas só esse acerto ela contém. De resto, é brutal.
 Se eu pudesse voltar no tempo, reconstituiria a cena de outra forma: 
 “Martha, é perda de tempo ou perca de tempo? Como é que se diz?” 
 “O correto é dizer perda, mas é muito solene. Perca dói menos por ser mais trivial”.

Questões de Português - Acentuação gráfica