 a sílaba tônica formada com ditongo em proparoxítona deve ser acentuada.

 é proparoxítona e tem, na sílaba tônica, a vogal “i”.

A questão pede para identificar o motivo pelo qual a palavra "sabíamos" recebe acento gráfico. Vamos analisar cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) a sílaba tônica formada com ditongo em proparoxítona deve ser acentuada. 
- Esta alternativa está incorreta. Primeiramente, "sabíamos" não é uma proparoxítona. Além disso, não há ditongo na sílaba tônica.</li>

<li>B) é proparoxítona e tem, na sílaba tônica, a vogal “i”. 
- Esta alternativa é correta. "Sabíamos" é classificada, de fato, como proparoxítona porque a sílaba tônica é a antepenúltima ('sa-bí-a-mos'), e todas as proparoxítonas recebem acento gráfico em língua portuguesa.</li>

<li>C) todo ditongo nasal deve ser acentuado. 
- Esta alternativa é incorreta. "Sabíamos" não possui um ditongo nasal na sílaba tônica. Ademais, não é essa a regra que justifica o acento na palavra.</li>

<li>D) é paroxítona terminada em –s. 
- Esta alternativa está incorreta. "Sabíamos" é uma proparoxítona, e não paroxítona, logo não aplica esta regra.</li>

<li>E) deve ser acentuado o “i” do hiato. 
- Esta alternativa é incorreta. A palavra "sabíamos" não possui um hiato; a sequência é uma sucessão de uma vogal tônica seguida por uma semivogal, formando uma sequência dentro da mesma sílaba.</li>
</ul>

Portanto, por definição clara da regra de acentuação das proparoxítonas, que devem ser todas acentuadas independentemente dos fonemas que as compõem, a alternativa correta é B.

Mia Couto

    Num conto que nunca cheguei a publicar
   acontece o seguinte: uma mulher, em fase
   terminal de doença, pede ao marido que lhe conte
   uma história para apaziguar as insuportáveis
5  dores. Mal ele inicia a narração, ela o faz parar:
     - Não, assim não. Eu quero que me fale
   numa língua desconhecida.
    - Desconhecida? – pergunta ele.
    - Uma língua que não exista. Que eu preciso
10 tanto de não compreender nada!
    O marido se interroga: como se pode saber
   falar uma língua que não existe? Começa por
   balbuciar umas palavras estranhas e sente-se
   ridículo como se a si mesmo desse provas da
15 incapacidade de ser humano. Aos poucos, porém,
   vai ganhando mais à-vontade nesse idioma sem
   regra. E ele já não sabe se fala, se canta, se reza.
   Quando se detém, repara que a mulher está
   adormecida, e mora em seu rosto o mais tranquilo
20 sorriso. Mais tarde, ela lhe confessa: aqueles
   murmúrios lhe trouxeram lembranças de antes de
   ter memória. E lhe deram o conforto desse mesmo
   sono que nos liga ao que havia antes de estarmos
   juntos.
25  Na nossa infância, todos nós
   experimentamos este primeiro idioma, o idioma do
   caos, todos nós usufruímos do momento divino em
   que a nossa vida podia ser todas as vidas e o
   mundo ainda esperava por um destino. James
30 Joyce chamava de “caosmologia” a esta relação
   com o mundo informe e caótico. Essa relação,
   meus amigos, é aquilo que faz mover a escrita,
   qualquer que seja o continente, qualquer que seja
   a nação, a língua ou o género literário.
35  Eu creio que todos nós, poetas e
   ficcionistas, não deixamos nunca de perseguir
   esse caos seminal. Todos nós aspiramos
   regressar a essa condição em que estivemos tão
   fora de um idioma que todas as línguas eram
40 nossas. Dito de outro modo, todos nós somos
   impossíveis tradutores de sonhos. Na verdade, os
   sonhos falam em nós o que nenhuma palavra
   sabe dizer.
    O nosso fito, como produtores de sonhos,
45 é aceder a essa outra língua que não é falável,
   essa língua cega em que todas as coisas podem
   ter todos os nomes. O que a mulher doente pedia
   é aquilo que todos nós queremos: anular o tempo
   e fazer adormecer a morte.


 está no plural e é foneticamente paroxítona. 

A questão proposta aborda a acentuação gráfica da forma verbal “têm” e suas regras conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A análise das alternativas é fundamental para esclarecer qual das opções apresenta a justificativa correta. Vamos explorar cada uma delas.

<ul>
<li>A) é oxítona terminada em ditongo nasal.</li>
Essa alternativa é incorreta porque a palavra “têm” não é uma oxítona. Oxítonas são acentuadas quando a última sílaba é tônica, o que não ocorre aqui, já que “têm” possui a penúltima sílaba como tônica (têm). Portanto, esta afirmação é falsa.

<li>B) é paroxítona terminada em “m”. </li>
Esta alternativa tem um aspecto correto, pois “têm” é, de fato, uma paroxítona. No entanto, a regra não afirma que todas as paroxítonas terminadas em “m” recebem acento; por isso, essa opção é insuficiente para explicar a razão do acento circunflexo.

<li>C) toda proparoxítona é acentuada.</li>
A afirmativa não se aplica, visto que “têm” não é proparoxítona, mas sim paroxítona. Proparoxítonas são aquelas cuja antepenúltima sílaba é tônica, e como sabemos, “têm” não se enquadra nesse contexto. Portanto, é uma opção errada.

<li>D) o acento é facultativo nesse caso.</li>
Essa alternativa também está errada, pois o acento circunflexo em “têm” não é facultativo, é obrigatório. Desde a nova ortografia, temos certas regras de acentuação, e “têm” mantém o acento para indicar a tonicidade.

<li>E) está no plural e é foneticamente paroxítona.</li>
Esta é a alternativa correta. A palavra “têm” não só está no plural, referente à terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter, como também é uma paroxítona, com a penúltima sílaba tônica. Essa combinação é a razão pela qual recebe o acento circunflexo.
</ul>

Portanto, a análise gramatical aponta que a alternativa correta é E.

Para o professor, educação deve capacitar alunos a compreender o português em todas as variantes e valorizar norma-padrão

Thaís Nicoleti de Camargo

   É comum ouvir que gramáticos e linguistas têm
   visões diferentes da língua, e, em alguns casos,
   testemunhamos contendas entre uns e
   outros. Bechara, no entanto, não se alinha aos
5  "puristas", aqueles gramáticos que condenam os
   estrangeirismos ou as mudanças linguísticas em
   geral.
   A propósito, ele dá o veredito sobre a expressão
   "testar positivo", que se incorporou rapidamente
10 ao português em razão da pandemia de Covid-19:
   "se traduz bem, se expressa bem, é capaz de dizer
   o que realmente quer dizer" — em suma, se
   funciona bem, fica. Observa-se, então, a
   introdução de uma nova expressão na língua. A
15 lição parece simples, mas é de suma importância
   para entender a dinâmica das línguas.
   Linguistas e gramáticos, finalmente, têm cada qual
   o seu espaço: "O linguista é o teórico, aquele que
   estabelece os princípios de uso, e o gramático
20 seleciona esses usos, faz uma seleção deles para
   falar e escrever correntemente a língua", afirma o
   professor.
   Equivoca-se, porém, quem imagina que o
   conhecimento da teoria garanta todas as
25 condições para escrever bem. Segundo Bechara,
   "o fato de você sistematizar teoricamente a língua
   não significa que você seja um leitor, um bom
   escritor etc.; são coisas diferentes: uma é a teoria,
   outra é a prática; uma coisa é conhecer a língua,
30 como seu usuário, outra coisa é sistematizar
   cientificamente a língua".
   Cabe aos professores de português, portanto, a
   tarefa de "transformar o aluno em um poliglota
   dentro da sua própria língua", ou seja, capacitá-lo
35 a compreender a língua em todas as suas
   variantes, que podem ser regionais e sociais.
   Bechara, no entanto, reforça que o trabalho na
   escola deve tomar por base a língua-padrão. "No
   Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino
40 muito feito para o dia a dia. A pessoa não estuda
   a língua para ser um escritor exemplar, capaz de
   transmitir os seus pensamentos de modo claro e
   elegante". Aproveita para dizer que "elegância",
   no caso, é saber "aproveitar todos os recursos que
45 a língua põe à sua disposição".


 visita – aqui – Baía – aí – também 

 economia – dizem – divididas – bióloga – Federal 

 área – vê – verdade – curso – está 

 Maricá – além – opções – ambiental – trazer 

 município – comitê – público – aula – criança

Para analisar as alternativas apresentadas na questão sobre acentuação gráfica e a classificação das palavras quanto ao acento tônico, vamos verificar cada uma das opções. A expectativa é que, na alternativa correta, todas as palavras tenham a mesma classificação em relação ao acento.

Alternativa A: visita – aqui – Baía – aí – também 
Nesta alternativa, "Baía" e "aí" são palavras acentuadas; "visita", "aqui" e "também" são palavras sem acento. Portanto, essa alternativa possui palavras de diferentes classificações quanto ao acento.

Alternativa B: economia – dizem – divididas – bióloga – Federal 
Aqui, "economia" e "bióloga" são palavras paroxítonas (com acento na penúltima sílaba), "dizem" e "divididas" são também paroxítonas, enquanto "Federal" tem acento na antepenúltima sílaba. Assim, temos palavras de classificação mista.

Alternativa C: área – vê – verdade – curso – está 
Na terceira alternativa, "área" é uma paroxítona, "vê" e "está" são oxítonas, enquanto "curso" e "verdade" são paroxítonas. Portanto, essa alternativa também apresenta palavras com classificações diferentes.

Alternativa D: Maricá – além – opções – ambiental – trazer 
Aqui temos a análise das palavras: "Maricá" e "além" são oxítonas, enquanto "opções", "ambiental" e "trazer" são paroxítonas. Como todas as palavras da alternativa D têm o mesmo acento tônico (todas têm acento gráfico), esta opção apresenta um grupo homogêneo em relação ao acento tônico, pois todas são oxítonas. Portanto, esta é a alternativa correta, pois todas as palavras apresentam uma classificação uniforme quanto ao acento.

Alternativa E: município – comitê – público – aula – criança 
Por fim, "município", "comitê" e "público" são acentuadas; "aula" e "criança" são paroxítonas, evidenciando a classificação diversa nesta alternativa também.

Concluindo, a alternativa que mantém a homogeneidade na classificação quanto ao acento tônico é a D.

A alternativa correta é D

Estudantes do Instituto Federal
 Fluminense (IFF) de Maricá participaram de
 uma visita guiada nas instalações da
 Biofábrica, as quais fazem parte do Complexo
5 de Laboratórios de Pesquisa e Inteligência
 Ambiental de Maricá, por meio do consórcio da
 Codemar (Companhia de Desenvolvimento de
 Maricá) com a Universidade Federal
 Fluminense (UFF), nesta semana. As duas
10 turmas do terceiro ano do ensino médio técnico
 em Meio Ambiente, com 43 alunos,
 conheceram a produção de bioinsumos do
 projeto Lagoa Viva e os laboratórios da
 Biofábrica.
15 “Essa visita é muito importante justamente
 pelo fato de a gente estar vindo também de dois
 anos de pandemia, onde os alunos tiveram
 sistema remoto e agora nesse ano com
 presencialidade. Proporcionar essa integração
20 deles com novas tecnologias, que são
 apresentadas dentro do seu próprio município
 é de aspecto fundamental, além do dinamismo
 e poder ver opções também dentro da sua
 área”, destacou o professor de química, Renato
25 Oliveira, coordenador do curso técnico de Meio
 Ambiente.
 As visitas foram divididas em grupos para
 orientar melhor os presentes. Vivyan Martins e
 Gabriel Miquelam, ambos com 18 anos,
30 comentaram sobre a importância de uma visita
 em campo para fortalecer as experiências
 como estudantes técnicos.
 “Nós trabalhamos com micro-organismo
 nessa área biológica e acho importante ter essa
35 noção que dá uma aula prática. A gente fica na
 escola com muita aula teórica e não temos
 muita noção do que é realmente trabalhar com
 o meio ambiente. Então, acho demais essa
 experiência aqui que a Prefeitura de Maricá
40 junto com o Instituto Federal Fluminense tem
 nos proporcionado”, destacou Vivyan Martins.
 Já o aluno Gabriel Maquilam contou que é
 a primeira vez que visita uma estrutura que tem
 a ver com o curso que está estudando.
45 “A gente vê todos os equipamentos e como
 é feita as análises dos organismos, os
 elementos químicos e sua mistura, além do
 contato com os profissionais trabalhando, que
 abre margem para a gente pensar no que a 
50 gente quer fazer em relação ao curso”,
 completou.
 Engajar novas práticas
 A Biofábrica está aberta para visitação de
 escolas e da comunidade civil mediante
55 marcação com a comunicação do laboratório
 Aequor UFF pelo telefone 0800-878-2320. Os
 visitantes recebem orientação sobre o
 funcionamento do local, seus projetos, além de
 esclarecimentos sobre ações que podem
60 prejudicar o meio ambiente e ensinar novas
 práticas sustentáveis com o objetivo de
 mudança de cultura.
 “É importante desmistificar o que podemos
 estar fazendo em benefício ou malefício ao
65 meio ambiente e, principalmente, buscar a
 mudança de comportamento das pessoas. Um
 exemplo é o problema do esgoto e da coleta
 seletiva, que dizem não ser um problema
 nosso, apenas do poder público e não é
70 verdade. Temos que cuidar da nossa parte,
 tratar o nosso esgoto e lixo faz parte disso.
 Cuidar para melhor funcionamento da sua
 fossa, da sua caixa de gordura é o que vai fazer
 com que o afluente saia melhor tratado, que
75 impacte menos o meio ambiente”, explicou a
 bióloga da Biofábrica, Danniela Scott, que é
 especialista em saneamento básico e comanda
 a visitação guiada na Biofábrica.
 Geração de oportunidades
80 A professora de Meio Ambiente e Filosofia,
 Elane Carvalho, lembrou que alguns alunos
 dessas duas turmas de terceiro ano estão
 fazendo com a Biofábrica um projeto com
 produção de cartilhas pedagógicas para serem
85 distribuídas como trabalho de conscientização
 no município. Ela comentou sobre
 oportunidades que as novas gerações poderão
 ter dentro de Maricá com criação de projetos
 com responsabilidade ambiental.
90 “Em torno de temas relacionados ao
 saneamento ambiental, o IFF participou do
 comitê da bacia hidrográfica da Baía de
 Guanabara, então, nós tivemos aí toda uma
 participação e um dinamismo. Conseguimos
95 trazer alguns atores para isso. Estamos
 querendo muito fazer mais convênio com uma
 cooperação técnica com a Codemar, por meio
 de economia solidária e também de reciclagem,
 para a gente fazer uma miniempresa bacana
100 para o município e criar empregabilidade e
 renda para esses jovens, buscando viabilidade
 econômica, viabilidade social e mais ainda
 ambiental”, ressaltou a professora.

Os absorventes da campanha serão gratuitos.

Não ves a importância da conscientização social?

A falta de respeito revela indivíduos sem carater.

O conteudo do evento sobre dignidade menstrual

Para resolver a questão proposta, é necessário analisar a acentuação do vocábulo "família" e compará-lo com as outras alternativas apresentadas. A palavra “família” é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo, especificamente "ia". As palavras paroxítonas, que não terminam em 'a', 'e', 'o', 'em', ou 'ens' e que terminam em ditongo, devem receber acento.

Agora, vamos analisar cada uma das alternativas:

<ul>
 <li>A) também. A palavra "também" tem seu acento gráfico por ser uma paroxítona também terminada em ditongo, mais precisamente em "ém". Portanto, “também” e “família” não compartilham a mesma regra de acentuação, pois "família" termina em ditongo “ia”.</li>
 <li>B) único. A palavra "único" é uma oxítona que recebe acento por ser terminada em 'ico' e não se relaciona com o tipo de acentuação da paroxítona "família". Portanto, esta alternativa está incorreta.</li>
 <li>C) incrível. A palavra "incrível" é uma paroxítona acentuada também por ter um ditongo, mas diferente de “família”, ela é acentuada devido à presença da vogal “e” fechada em sua penúltima sílaba. Embora tenha um padrão de acentuação similar, a regra específica que a caracteriza é distinta daquela aplicada em "família".</li>
 <li>D) própria. A palavra "própria" é uma paroxítona acentuada pela mesma regra que se aplica a "família", pois ambas possuem um ditongo na penúltima sílaba. Assim, está correta a afirmação de que “família” e “própria” seguem a mesma regra de acentuação, uma vez que ambas são paroxítonas acentuadas em ditongo.</li>
</ul>

Com base na análise, a palavra que completa corretamente a frase é "própria", pois ambos os vocábulos, “família” e “própria”, são paroxítonas acentuadas por conter ditongo.

A alternativa correta é D.

    Seu Manéu era o carroceiro da nossa rua e também o único carroceiro que eu conhecia.
Quando eu tinha oito, não entendia que quando um pai de família é carroceiro isso quer dizer que ele não tem muita escolha de sustento. Na minha cabeça de oito, ser carroceiro era algo incrível, uma profissão de controle, um ser dono de uma carruagem própria, mas é claro que eu também não pensava na malvadeza que era pro coitado do jumento, que puxava no espinhaço um monte de tijolo, de mudança, de terra, de qualquer coisa empilhada que obrigassem o jumento a puxar.
    Feito um pai de família sem opção de sustento, o jumento era condenado a sustentar um peso que não era seu. Mas eu, com minha cabeça de oito, achava a carroça maravilhosa, rangendo rua acima e rua abaixo, contando histórias de onde vinha. [...]


Questões de Português - Acentuação gráfica