A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos semânticos sobre a ambiguidade. A) O uso do termo "leitor" não é ambíguo, pois se relaciona com aquele/aquela que está lendo.B) O uso do adjetivo não é ambíguo, mas um elogio à qualidade do livro.C) O uso do termo "livro" não é ambíguo. Trata-se do objeto em si.D) Alternativa correta. O uso do verbo "prender" significa tanto "prender a atenção" quanto "prender".E) O uso do verbo "ser" não é ambíguo.

Certo, vamos dar uma destrinchada nessa questão que trata de ambiguidade nas sentenças, e vou te mostrar o truque de cada uma delas.
 
Em 1. Ambiguidade pelo uso de pronomes possessivos na terceira pessoa, a sentença que estamos vendo é: "Assistente social nega que menor fugiu de sua casa." Aqui, o pronome possessivo "sua" pode se referir tanto ao menor quanto à casa da assistente social, criando uma situação ambígua que é difícil de desembaraçar sem contexto adicional.
 
Em 2. Ambiguidade relacionada ao uso de formas nominais, temos: "A mãe cansada saiu apressada do trabalho." Esta sentença poderia sugerir que a mulher, que é mãe e está cansada, deixou o trabalho de forma apressada, mas também poderia indicar que é precisamente o fato de ser mãe o que a deixou cansada, demonstrando ambiguidade na atribuição de características à "mãe".
 
3. Ambiguidade entre pronome relativo e conjunção integrante está exemplificada por: "Rita avisou a Clarice que estava terminando o trabalho." A ambiguidade aqui surge porque não fica claro se quem está terminando o trabalho é a Rita ou a Clarice, podendo "que estava terminando o trabalho" referir-se a qualquer uma das duas.
 
Finalmente, em 4. Ambiguidade pela colocação inadequada de sintagmas, a sentença é: "O garoto mal-humorado resmungou durante o treino." Este caso é intrigante quanto à maneira que "mal-humorado" pode se referir tanto ao garoto quanto implicitamente ao "treino", considerando um uso mais literário ou figurado, embora mais comumente se refira ao garoto.
 
alternativa correta é A

   No dicionário de Joaquim Mattoso Camara Jr, encontra-se o seguinte significado de ambiguidade: “Circunstância de uma comunicação linguística se prestar a mais de uma interpretação.” 

 “Pagar o IPVA já custa mais barato.” 

 “Falei com Pedro e Júlia, mas não entrei em sua casa.” 

 “Todos chegaram na hora marcada, menos ela.” 

 “Ela, revoltada, pegou a carta e jogou-a no chão.” 

 “Ficaram todas satisfeitas com a nomeação do Ministro.”

Fala, galera! Vamos dar uma olhada nessa questão de linguagem que parece simples, mas tem suas pegadinhas, né? Partimos da frase dada pelo William Blake: “O que agora é provado foi uma vez apenas imaginado.” Estamos lidando aqui com uma ambiguidade causada pela expressão “uma vez”. Essa ambiguidade acontece porque não fica claro se "uma vez" está ligado ao que era provado (indicando que antes era considerado válido) ou ao que era imaginado (sugerindo que aconteceu num momento específico no passado). Esse tipo de ambiguidade em gramática é conhecida como ambiguidade sintática ou estrutural. 
 
Agora, vamos explorar as alternativas para identificar uma situação similar: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>A) “Pagar o IPVA já custa mais barato.” - Aqui, a ambiguidade se apresenta através da expressão "já", que pode ser lida como referindo-se ao passado (algo que mudou recentemente) ou como uma constatação atual (como um fato estabelecido agora).</li> 
 <li>B) “Falei com Pedro e Júlia, mas não entrei em sua casa.” - A ambiguidade aqui é de pronome (a quem pertence a casa?), e não de contexto temporal ou de vinculação como na frase original.</li> 
 <li>C) “Todos chegaram na hora marcada, menos ela.” - Esta frase não apresenta ambiguidade estrutural; é bastante direta em seu significado.</li> 
 <li>D) “Ela, revoltada, pegou a carta e jogou-a no chão.” - Novamente, não há ambiguidade estrutural; as ações estão claras e bem definidas.</li> 
 <li>E) “Ficaram todas satisfeitas com a nomeação do Ministro.” - Sem ambiguidade estrutural, a frase não presta a confusões de temporalidade ou ligação.</li> 
</ul> 
 
Como podemos ver, a alternativa A reflete melhor a ambiguidade encontrada na frase do Blake. A palavra "já" pode mudar totalmente o foco temporal da frase quando interpretada de diferentes maneiras, assim como acontece com "uma vez" na frase inicial. 
 
alternativa correta é A.

 O chefe encontrou o funcionário em seu gabinete; 

 A criação da instituição demorou mais do que se esperava; 

 Encontrei o assaltante andando pela rua; 

A questão contempla assuntos relativos a um problema recorrente nos textos, qual seja: ambiguidade. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado – Podemos nesse caso distinguir o agente de seu paciente. Agente: chefe. Paciente (o que foi encontrado): funcionário. Em "b": Certo – Quem estava sendo esperado? A criação da instituição ou os criadores da instituição? Não há como, portanto, distinguir agente de paciente. Em "c": Errado – A ambiguidade não está presente em virtude dos agentes (João e Maria), mas sim em função do uso da partícula "se". Ou seja, eles foram casados ou se casaram mutuamente?Em "d": Errado – Temos um agente delimitado claramente: o pronome "eu", relativo ao verbo "encontrar" (eu encontrei). A ambiguidade entre quem estava de fato andando pela rua (assaltante ou "eu") não se dá em função da distinção entre agente e paciente. Em "e": Errado – A ambiguidade também não se dá em função de não se poder distinguir agente e paciente, mas sim ao ato de chamar os bombeiros: chamar os bombeiros ficou na moda (estilo) ou no cotidiano das ações das pessoas?Resposta: Letra B.

 Assim como no período I, no período II é possível reconhecer a ocorrência de ambiguidade como um vício de linguagem.

 Nos dois casos, faz-se necessária a substituição do pronome destacado por um vocábulo equivalente para seja feita a correção semântica das estruturas.

 Diferentemente do que ocorre no período II, o fragmento I apresenta ocorrência de ambiguidade como um vício de linguagem, comprometendo a compreensão da mensagem.

 É possível reconhecer a ocorrência de ambiguidade apenas no período II; o emprego do pronome “seus” no período I contribui para que o referente já introduzido no texto seja mantido.

Vamos destrinchar essa questão sobre ambiguidade, um tema que sempre dá o que falar em Português! Mas antes de mergulhar nas alternativas, preciso te falar um pouco sobre ambiguidade ou ambivalência semântica, que ocorre quando uma palavra, frase ou expressão pode ser interpretada de duas ou mais maneiras diferentes. Isso pode acontecer por razões diversas, como a posição de um pronome, a falta de clareza em quem ou o que se está referindo, entre outros.
 
Na questão apresentada, estão comparando dois períodos diferentes:
 
<ul>
<li>Período I: "análogas às transformações históricas que traçam seus cursos dentro de certa previsibilidade": Neste caso, “seus” claramente se refere às "transformações históricas". A sentença é clara e não há ambiguidade, pois o contexto deixa bem explícito a que "seus" se refere.</li>
 
<li>Período II: "O especialista disse ao aluno que seu trabalho estava longe de terminar.": Aqui a coisa pega! Este "seu" pode se referir tanto ao especialista quanto ao aluno, criando uma ambiguidade, pois não está claro a quem o pronome possessivo está se referindo.</li>
</ul>
 
Com isso em mente, vamos olhar para as alternativas:
 
<ul>
<li>A) Esta alternativa diz que ambos os períodos têm ambiguidade. Errado, só o segundo tem.</li>
 
<li>B) Pede a substituição nos dois casos para correção semântica. Também não está correta, já que no primeiro período não há erro algum para ser corrigido.</li>
 
<li>C) Alega que só há ambiguidade no primeiro período. Totalmente fora de linha.</li>
 
<li>D) Afirma que só há ambiguidade no segundo período, validando a clareza do primeiro. Bingo!</li>
</ul>
 
Portanto, alternativa correta é D.

O léxico de uma língua constitui-se do saber vocabular de um grupo sociolinguístico e culturalmente definido; é o conhecimento partilhado que povoa a consciência do falante, onde esse acervo se configura como verdadeira janela através da qual o indivíduo divisa o seu entorno, ao mesmo tempo em que, ademais revela os valores, as crenças, os costumes, os modismos que viabilizam a comunidade em que vive o usuário de tal e qual palavra. É no léxico, ainda, que se gravam – e, não raro, pirogravam – as designações que rotulam as mudanças encadeadoras dos caminhos e dos descaminhos da humanidade, além de comporem o cenário de revelação tanto da realidade quanto dos fatos culturais que permearam a sua história.

 O léxico de todas as línguas vivas é essencialmente marcado pela mobilidade, as palavras e as expressões com elas construídas surgem, desaparecem, perdem ou ganham significações, de sorte a promover o encontro marcado do falante com a realidade do mundo biossocial que o acolhe: o homem e o mundo encontram-se no signo.

 As mudanças linguísticas, em especial as concernentes ao léxico, nada apresentam de espantoso ou de estranho: elas são, em tudo, análogas às transformações históricas que traçam seus cursos dentro de certa previsibilidade que só surpreende o desatento e o desconhecedor das artes de conviver – a imutabilidade quer da história, quer da palavra que a descreve e a realiza é que seria um fato a se estranhar.

 O incremento do acervo lexical de uma língua é inconteste: segundo Antônio Houaiss(1983:20), “em tempos de Augusto Comte (1798-1857), há pouco mais de 140 anos, portanto, era possível designar todas as ciências, artes, técnicas e profissões então existentes com 240 palavras; estudos da Unesco, em 1963, advertiam que a mesma tarefa só seria levada a efeito com um acervo de 24 mil entre palavras e locuções. É ainda de Houaiss a informação de que “cerca de 90% dos 400 mil vocábulos das línguas de cultura foram forjados de meados do século XIX para cá.” [...] 

 O que se depreende do exposto é o fato de que o falante, inserido no seu tempo e no seu espaço, é instado a ampliar consideravelmente o seu inventário vernacular para dar conta do seu entorno e do seu estar-no-mundo, sob pena de, se assim não fizer, ser exilado dos jogos de convivência que têm, na palavra, o seu penhor e a sua fonte de produção. [...] 

 A verdade é que a legitimação do que se diz ou do que se deve dizer depende fundamentalmente da chancela da comunidade, do povo – povo que constrói nações, fortalece impérios, escreve e rescreve a sua história, vitaliza idiomas: povo que, por direito, justiça e fato, é o único, legítimo e verdadeiro “dono da língua”.

Questões de Português - Ambiguidade - Múltipla escolha