Ah, vamos desbravar essa questão! A conjunção "mas" em nosso texto aparece logo após uma breve descrição das amostras de bolachas. Vamos focar nessa passagem:

"Parecem iguais, mas não são: o prato à esquerda contém a amostra 792, e o da direita, a amostra 431."

 

Essa conjunção "mas" é um clássico exemplo de uma conjunção adversativa. Ela está ali justamente para mostrar um contraste ou uma contraposição entre as ideias. No caso, contrasta a aparência das bolachas, que parecem iguais, com a realidade, que elas não são iguais. Essa conjunção serve para introduzir um elemento de oposição entre as duas ideias.

 

As outras opções de alternativas, como explicação (A), consequência (B), comparação (D) e alternativa (E), não se encaixam porque:
<ul>
<li>Explicação seria usada se estivéssemos justificando algo anteriormente mencionado.</li>
<li>Consequência implicaria em uma relação de causa e efeito, o que não é o caso aqui.</li>
<li>Comparação faria um paralelo mais direto de igualdade ou diferença entre elementos, enquanto aqui o "mas" destaca uma contradição.</li>
<li>Alternativa sugeriria escolhas ou opções, o que também não é aplicável ao contexto.</li>
</ul>

 

Sendo assim, a função da conjunção "mas" na frase é claramente introduzir uma ideia de oposição entre semelhança aparente e diferença real das amostras, fazendo dessa conjunção um claro indicativo de contraste/oposição.

 

A alternativa correta é C.

Durante a semana, Eran Baniel recebe, todos os 
dias, três alertas no celular, às 10 h, às 12 h e às 15 h: “hora 
da prova”. Hoje é segunda de manhã e estamos num 
complexo de escritórios perto de Tel Aviv, em Israel. Baniel 
está sentado a uma mesa, com dois pratos de bolachas de 
chocolate. Parecem iguais, mas não são: o prato à esquerda 
contém a amostra 792, e o da direita, a amostra 431. Baniel 
toma um gole d'água, prova as bolachas e me convida a 
fazer o mesmo. A 431 me parece mais gostosa — um pouco 
mais cremosa, talvez —, mas não é isso que ele está 
avaliando. As duas bolachas foram feitas com base na 
mesma receita, mas uma delas contém 40% menos açúcar. 
Baniel tem de descobrir qual é. 
Em 2014, ele fundou a DouxMatok (“duplamente 
doce”, em hebraico), uma startup israelense que agora está 
lançando seu primeiro produto: um açúcar modificado, que 
foi redesenhado para ficar mais doce e permite preparar 
alimentos com muito menos dele. O produto foi batizado de 
Incredo, uma referência à incredulidade envolvida: será que 
dá para fazer doces idênticos aos originais colocando-se 
metade do açúcar? 
Em testes cegos conduzidos por um instituto 
independente, mais de dois terços dos consumidores 
preferiram as bolachas com Incredo àquelas preparadas 
com açúcar comum, e 74% disseram que comprariam o 
creme de avelã feito com o novo produto. Logo eles 
poderão fazer isso: neste ano, o Incredo começará a ser 
fabricado em escala industrial. 
Muitos países começaram a incluir advertências na 
comida industrializada e até a aumentar os impostos sobre 
os produtos altamente açucarados. Essas medidas parecem 
estar fazendo efeito. Com a opinião pública se voltando 
contra o açúcar, a indústria de alimentos tem prometido 
reduzir sua quantidade. O problema é que não é fácil 
substituí-lo. Nenhum substituto artificial criado no último 
século é tão irresistível, ou tão versátil, quanto o açúcar. Ele 
evita a formação de gelo no sorvete, dá volume às massas, 
crocância a bolos e bolachas e viscosidade às bebidas, 
melhora a estabilidade de molhos, dá cremosidade ao 
chocolate e até aumenta o prazo de validade de certos 
produtos. Por isso, os fabricantes o utilizam 
promiscuamente, até em alimentos que não são doces, 
como maionese, pão e molho de pimenta. Já a sacarina 
deixa as bolachas farinhentas, o aspartame se decompõe 
quando é aquecido, e os bolos feitos com sucralose não 
crescem. O açúcar é simplesmente indispensável para a 
culinária. 
A imposição de novas regras, a pressão das 
autoridades e o sentimento do público criaram uma espécie 
de pânico, e uma onda de inovação, na indústria. A corrida 
não é para criar um substituto ao açúcar; é para desenhar 
um novo açúcar.

Olá! Bora mergulhar nessa questão de Português do INSTITUTO QUADRIX que envolve entender um pouco sobre as conjunções, uma parte essencial da gramática que conecta frases ou palavras.
 
Quando olhamos para o trecho mencionado na questão — “Se muitas famílias, hoje, têm 10 ou 15 tios-avôs” —, precisamos entender a função da palavra "se". Ela é usada para introduzir uma condição para o que é dito a seguir. A conjunção condicional estabelece uma relação de hipótese ou condição entre a oração que introduz e a informação que vem depois.
 
Vejamos as alternativas, uma por uma:
<ul>
<li>A) pronome apassivador. Não é o caso, pois não temos uma voz passiva sendo formada aqui.</li>
<li>B) conjunção integrante. Essa conjunção é usada para introduzir orações subordinadas substantivas, não se aplicando ao nosso exemplo.</li>
<li>C) conjunção condicional. Exatamente! O "se" está estabelecendo uma condição para a existência de muitos tios-avôs nas famílias.</li>
<li>D) índice de indeterminação do sujeito. Também não se aplica, visto que o sujeito está bem determinado ("muitas famílias").</li>
<li>E) partícula expletiva. Esse elemento não tem função sintática essencial, algo que não se encaixa no uso do "se" no trecho, que claramente tem uma função.</li>
</ul>
 
Logo, a alternativa correta é identificar "se" como uma conjunção condicional, articulando uma condição para que seja compreendido o sentido completo do que é expresso na frase.
 
A alternativa correta é C.

A história da imunização é antiga. Começa em
1796, com uma história bem conhecida: o médico britânico
Edward Jenner percebeu que vacas infectadas com a versão
bovina da varíola tinham pústulas nas tetas que infectavam
os fazendeiros com a doença. Mas era uma versão branda
da varíola: a versão do vírus especialista em gado não
pegava com força total em humanos. Causava apenas
algumas feridas nas mãos e tinha um efeito colateral
inesperado: gerar memória imunológica contra a varíola
humana, que mata para valer. Nascia assim a primeira
vacina – do latim vaccinus, “que vem da vaca”. 
Ao longo do século XX, uma mistura de imunização,
saneamento básico, tratamento de esgoto, antibióticos e
outras benesses sanitárias — todas decorrentes de uma
compreensão inédita do mundo microscópico — fez a
expectativa de vida crescer no mesmo ritmo em que a
mortalidade infantil caiu. 
Ao avaliar o impacto da imunização na história
humana, é importante considerar não só o número bruto de
mortes como também um conceito mais amplo, o burden of
disease – “fardo da doença”. Essa é uma métrica que
considera anos de vida saudável e produtiva perdidos
porque ficamos doentes. Um mundo assolado por doenças
não é só um mundo com menos gente para ter boas ideias.
É um mundo em que os adultos se preocupam mais em
sobreviver do que em inovar. 
Esse atraso também se aplica à esfera social. A
pressão para ter filhos é muito maior quando boa parte
deles não alcançará a maioridade, o que comprometeria os
direitos das mulheres e sua entrada no mercado de
trabalho. Se muitas famílias, hoje, têm 10 ou 15 tios-avôs, é
porque os pais dessas ninhadas fizeram planejamento
familiar com a mentalidade do mundo pré-vacina – mas os
bebês sobreviveram graças ao avanço da medicina no
século XX.

Olha só, essa pergunta quer que a gente entenda o uso da expressão "Por isso" em um contexto específico do texto. Basicamente, estamos destrinchando a função que essa expressão está cumprindo ali. Vamos lá: A expressão "Por isso" é frequentemente usada para indicar uma consequência ou um resultado de alguma coisa mencionada anteriormente, né? No contexto do texto, está ligada à ideia de que a atenção é valiosa para muitas empresas de internet, e por causa desta valorização da atenção, existe uma grande competição, uma "luta" por ela. A parte crucial para entender é essa: a expressão está ligando a grande quantidade de aplicativos mencionados nas lojas Android e iOS à ideia de que há uma grande demanda por capturar essa atenção do usuário, o que foi discutido nas linhas anteriores. Isso faz com que pareça que estamos falando de uma condição necessária para essa competição. No entanto, é importante notar que a expressão "Por isso" nesse contexto mais precisamente introduz a ideia de uma conclusão ou consequência que se chega a partir das informações anteriores (riqueza criada pela atenção). Apesar da resposta correta especificada ser "condição", normalmente "Por isso" sugere a ideia de causalidade ou resultado, mas vamos seguir com a instrução da resposta dada. Assim, ao interpretar a expressão "Por isso" em relação ao contexto apresentado, estamos falando de uma ideia de resultado (normalemente seria causa/consequência) onde as circunstâncias anteriores levam à competição feroz pacote de aplicativos. Isso parece pouco estranho associar diretamente a "condição", mas se foi dada essa resposta, vamos com ela. Alternativa correta é D.

Em “a” - Errado: Apesar de essa sugestão conservar em partes a semântica original, apresenta evidentes problemas de correção gramatical. Nas passagens "a diminuição, “a maior longevidade” e “as melhoras generalizadas”, não se verifica o uso da crase, que seria o efeito da união da preposição a, premissa do verbo relacionar-se com os artigos que precedem os termos das passagens destacadas.Em “b” - Errado: há alterações no sentido e na correção gramatical. A posição do adjunto adverbial de tempo "nas três últimas décadas” não apresenta virgulação (para isolá-lo), o que faz com que seu sentido se restrinja ao verbo associar-se, não criando relação com "transformações governamentais" como verificado na trecho original. Além disso, existe uma falha de coesão demarcada pelo travessão entre os termos vida e "e a melhoria", de modo que o trecho "a melhoria abrangente" deveria estabelecer relação com a forma verbal associa-se, e não com o verbo aumentar.Em “c” - Errado: Ocorre o mesmo problema da opção precedente: ausência virgula necessária para demarcação do adjunto adverbial (de longa extensão) no início da frase. Também se verifica a falta de crase indispensável ao paralelismo sintático em "à maior expectativa" e profunda alteração de sentido em "generalização dos indicadores", de modo que o trecho original se refere a melhora generalizada e não a generalização.Em “d” - Certo: É a sugestão que preserva o sentido e a correção originais. Resposta: D

&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;A atenção é uma vantagem evolutiva e tanto, pois permite que o animal concentre sua capacidade cognitiva (um recurso finito e sempre escasso) em determinada coisa e, a partir daí, tente entendê-la — podendo antecipar-se, ou reagir melhor, a ela. Preste atenção a seus predadores, ou a suas presas, e você terá mais chance de comer e não ser comido. Atenção é útil para todo animal. Tanto é assim que ela emana do sistema límbico: a parte mais interna e antiga do cérebro, que o Homo sapiens compartilha com diversas espécies. A mente humana tem um desejo insaciável de encontrar coisas novas e interessantes, e dedicar atenção a elas.
 A Internet é uma fonte praticamente inesgotável de coisas nas quais prestar atenção. Nela, o conteúdo e os serviços costumam ser gratuitos, pois seus criadores ganham dinheiro publicando anúncios, que também atrairão nossa atenção (e somente a partir daí, quem sabe, poderão nos induzir a comprar ou consumir algum produto). Percebeu? A principal mercadoria do Google não é o buscador, os mapas ou o Gmail. É a sua atenção, que ele coleta e revende. A atenção é a maior riqueza das empresas de Internet. Fez fortunas, criou gigantes, mudou o mundo. Por isso há tanta gente lutando por ela: a loja do sistema Android tem 2,1 milhões de aplicativos; a do sistema utilizado pelo iPhone, 1,8 milhão.

Em "a": Errado &nbsp;– Para ser pronome relativo, o vocábulo "que" deveria fazer alusão/referência a algum termo dito anteriormente. Não é o que acontece com a conjunção "que" nesse contexto. Em "b": Errado &nbsp;– Em caso de pronome indefinido, teríamos: "algum", "nenhum", "ninguém". Em "c": Certo &nbsp;– A conjunção integrante "que" se caracteriza por iniciar uma outra oração; é o que acontece nesse caso, pois o verbo "apresentar" inicia outra oração. Em "d": Errado &nbsp;– Para ser conjunção consecutiva, teríamos de ter uma ideia de consequência, ou seja, uma causa e uma consequência, respectivamente. Em "e": Errado &nbsp;– Em caso de conjunção explicativa, teríamos: "pois", "porque", "porquanto". Resposta: Letra C.

    O Brasil tem passado por uma recessão, reflexo do quadro social e sanitário. Ainda assim, segundo Nelo Marraccini, do IPB, mesmo com as dificuldades impostas pela crise que veio junto da pandemia, muitas famílias não deixam de cuidar de seu pet.
    O abandono aumentou, mas as buscas por adoção subiram 400% de acordo com a União Internacional Protetora dos Animais (Uipa).
    Entre os que assumiram as “alegrias e agruras” de um animalzinho no período da pandemia, está o casal Marina e Renan Malta do Rio de Janeiro. “Em março do ano passado, quatro meses depois de casados, nós nos vimos trabalhando em home office, sem poder sair de casa.
Então resolvemos realizar um sonho e adotar a Lily, um filhote vira-lata de 32 dias. Todo mundo nos dizia que cuidar de um animal dá muito trabalho, mas que compensa, o que é verdade. A gente só não contava que ela apresentasse problemas comportamentais”, conta Marina.
   “Além de roer quase todos os móveis com seus dentinhos afiados, Lily passou a se sentir a dona da casa entre três e quatro meses, mostrando-se reativa e agressiva. Nesse momento, eu precisei pesquisar tudo sobre o mercado pet e descobri vários serviços e produtos.
Contratamos, então, o primeiro adestrador e a colocamos na creche para ajustar a rotina e a socialização. Também conheci os mordedores naturais, que estimulam o instinto do cão e são importantes na preservação do meio ambiente. Assim, ela extravasa toda energia e não rói mais os móveis.”
 

Olá! Vamos analisar essa questão sobre a função de um termo no contexto da frase do texto. No fragmento “Sempre escondida, que a patroa não gostava de criança”, o termo em destaque “que” está claramente sendo usado para indicar a causa de algo no texto.

 

Quando olhamos para o uso do termo “que” aqui, ele introduz uma oração subordinativa adverbial causal, ou seja, uma oração que explica o motivo ou razão do que foi dito na oração principal. A oração principal no caso é "Sempre escondida", e a oração introduzida pelo "que" traz a razão: porque a patroa não gostava de criança. Portanto, está explicando por que "Negrinha" estava sempre escondida.

 

A coerência do uso de uma conjunção causal fica ainda mais clara com essa lógica. Ela é usada para conectar duas ideias relacionadas por uma relação de causa e efeito. As outras opções como pronome relativo, conjunção integrante, advérbio e pronome substantivo não se encaixam no contexto apresentado pela frase.

 

Ao final, a alternativa correta é B.

<center>Fragmento</center>
 Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
 Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
 Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
 Ótima, a dona Inácia.
(...)
 A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! “Qualquer coisinha”: uma mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: “Como é ruim, a sinhá!”...
 O 13 de Maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana.
Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
 — Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...

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