em importa / porta (1ª estrofe) e em mansa / lembrança (1ª estrofe).

em desesperança / criança (2ª estrofe) e em morta / torta (2ª estrofe).

em desesperança / criança (2ª estrofe) e em ai / vai (3ª estrofe).

em mansa / lembrança (1ª estrofe) e em morta / torta (2ª estrofe).

em ai / vai (3ª estrofe) e em novamente / repente (4ª estrofe).

Comentário: o enunciado faz dois requisitos: rima (coincidência final de sons) + mesma classe gramatical.&nbsp; Em "a" - Errado: importa (verbo)&nbsp;/&nbsp;porta (substantivo)&nbsp;+&nbsp;mansa (adjetivo) / lembrança (substantivo) = existe rima, mas não mesma classe gramatical.Em "b" - Certo: desesperança (substantivo) / criança&nbsp;(substantivo) +&nbsp;morta (adjetivo) / torta (adjetivo).Em "c" - Errado: desesperança (substantivo) / criança&nbsp;(substantivo) +&nbsp;ai (conjunção conclusiva) / vai (verbo) = idem ao item "a".Em "d" - Errado: mansa (adjetivo) / lembrança (substantivo) + morta (adjetivo) / torta (adjetivo)&nbsp;= ibidem.Em "e" - Errado: ai (conjunção conclusiva) / vai (verbo) + novamente (advérbio) / repente (advérbio)&nbsp;= ibidem. Resposta: Letra B.&nbsp;

    Recordo ainda... e nada mais me importa…
    Aqueles dias de uma luz tão mansa
    Que me deixavam, sempre, de lembrança,
    Algum brinquedo novo à minha porta...

    Mas veio um vento de desesperança
    Soprando cinzas pela noite morta!
    E eu pendurei na galharia torta
    Todos os meus brinquedos de criança...

    Estrada afora após segui... Mas, ai,
    Embora idade e senso eu aparente,
    Não vos iluda o velho que aqui vai:

    Eu quero os meus brinquedos novamente!
    Sou um pobre menino... acreditai…
    Que envelheceu, um dia, de repente!...



Olá! Vamos mergulhar no mundo fascinante da fonética para desvendar a questão da tonicidade das palavras mencionadas na questão. A questão pede para identificarmos onde a tonicidade da palavra “apelido” difere das outras opções fornecidas.

 

Primeiro, vamos analisar a tonicidade da palavra "apelido". A tonicidade se refere à sílaba tônica de uma palavra, ou seja, a sílaba que é pronunciada com mais ênfase. Em "apelido", a tonicidade cai na penúltima sílaba - "pe". Isso classifica "apelido" como uma palavra paroxítona, que são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima.

 

Agora, vamos olhar cada alternativa:
<ul>
<li>A) gordo: A sílaba tônica é "gor", que é a penúltima. Portanto, é uma paroxítona, assim como "apelido".</li>
<li>B) conheço: A sílaba tônica aqui também é a penúltima, "nhe", fazendo dela outra paroxítona.</li>
<li>C) jóquei: Esta é interessante porque a sílaba tônica é "jó", a primeira sílaba. "Jóquei" é uma palavra oxítona, que tem a última sílaba como tônica.</li>
<li>D) faquir: Aqui, a sílaba tônica é "quir", que é a última. "Faquir" é uma palavra oxítona, destacando-se das outras opções.</li>
</ul>

 

A questão pede especificamente onde a tonicidade é desigual à da palavra “apelido”. Comparando todas, vemos que tanto "jóquei" quanto "faquir" são oxítonas, mas significativamente, a resposta correta é D) faquir, pois ela destoa ainda mais ao ser uma palavra oxítona com tonicidade na última sílaba, enquanto "apelido" é paroxítona.

 

A alternativa correta é D.

Os apelidos são uma maneira poderosa de botar as pessoas nos seus devidos lugares. Essa frase é da escritora Doris Lessing e chamou minha atenção porque diz justamente o contrário do que eu sempre pensei de seus apelidos. Sempre achei que fossem um carinho, um atalho para a intimidade ou ao menos um meio mais rápido de chamar alguém: em vez de João Carlos, Joca; em vez de Maria Aparecida, Cida; em vez de Adalberto, Beto. Nenhuma má intenção.
 O que Doris Lessing quis lembrar é que apelidos nem sempre são afetuosos. A maioria dos apelidos nascem na infância e são dados por outras crianças que, como todos sabem, de anjo só têm a cara. Crianças adoram pegar no pé das outras, e ai que começa o batismo de fogo.
 Uma banana-split todo dia na hora do recreio, Gordo. Vai ser Gordo o resto da vida, mesmo que venha a ser jóquei, faquir, homem elástico: vai morrer Gordo.
 Se for loiro, é Xuxa, Mana, Maninha. Irmãos de quem, eu conheço? Fui colega de um cara bárbaro que se chamava Antônio, mas se alguém o chamasse assim, ele nem levantava os olhos. è o verde. Uma mãe e um pai colocam um nome lindo no filho e não pega.
 FHC, PC, ACM, agora é a mania transformar pessoas em siglas. Sorvetão era o apelido de uma paquita chamada Andrea: Sorvetão! E Caetano Veloso inova mais uma vez, registrando seus filhos como Zeca e Tom, que jamais serão apelidados.
 Muita gente, secretamente, detesta a própria alcunha, mas são obrigados a resignar-se, sob o risco de perder a identidade. Qual é o nome de Bussunda, do Tiririca, do Chitãozinho e Xororó? Anônimos Cláudios, Ricardos e Fernandos. Nomes que só existem em cartório. 
 Apelido gruda, cola, vira marca registrada. Tem negro que é Alemão, tem grandão que é Fininho, tem careca que é Cabeleira, tem ateu que é Cristo, tem moreno que é Ruivo, tem albino que é Tição. Apelido não tem lógica. Tem história.
 Doris Lessing, quando criança, tinha um apelido para sua segunda personalidade: chamava a si mesmo de Tigger.
Doris era o nome para consumo externo, para denominar a menina boazinha que aparentava ser. Tigger era o que ela era em segredo: sarcástica, atrevida, extrovertida. Com esse depoimento, Doris Lessing mostrou a verdadeira utilidade dos apelidos em vez daquela coisa antipática de "colocar as pessoas em seus devidos lugares".O bom do apelido é que ele nos dá * permissão para sermos vários: Afonso Henrique combina com gravata, mas que tem mais a ver com bermuda. Está aí uma maneira sutil de legalizar o nosso outro eu, o que ficou sem registro.

Beleza, vamos falar sobre dígrafos consonantais, que nada mais são do que pares de letras que juntos representam um único som consonantal. São bem comuns e você já deve ter trombado com eles aí pela sua vida linguística.

 

Olhando para as alternativas:

<ul>
<li>A) Miss - nascia - orgulho: 'ss' em "Miss", 'sc' em "nascia", e 'lh' em "orgulho" são dígrafos consonantais que correspondem a um único som.</li>
<li>B) gerando - dentuça - elenco: 'ç' em "dentuça" é diacrítico e as outras palavras têm encontros consonantais, mas não são exemplos de dígrafos consonantais propriamente.</li>
<li>C) fazendo - acham - engraçada: 'ch' em "acham" é um dígrafo consonantal, mas as outras palavras também não apresentam exclusivamente dígrafos consonantais.</li>
<li>D) impressionam - aqui - questões: 'qu' em "aqui" e 'ss' em "questões" são dígrafos, mas "impressionam" contém apenas encontros consonantais.</li>
</ul>

 

Bingo, então, na alternativa A, todas as palavras contêm dígrafos consonantais e não há mistura com outros tipos de encontros ou diacríticos. Isso torna ela nossa resposta certa, seguindo os padrões típicos de enunciado e alternativas que exploram este tópico em concursos.

 

A alternativa correta é A.

    A primeira vez que a vi foi em Trate-me Leão, uma peça | que sacudia a juventude brasileira dos anos 70 e inaugurou um novo estilo de humor, gerando o TV Pirata e o que veio depois. .
Esquálida, dentuça, desengonçada. Mas eletrizante. Hilária.
Encantadora. Não nascia uma estrela, nascia uma camaleoa.
    Regina Casé, junto com a maioria do elenco do grupo | Asdrúbal Trouxe o Trombone, acabou trocando o teatro pela | televisão, fazendo novelas, seriados e programas humorísticos | antológicos. Depois resolveu seguir carreira solo e conduziu um | dos programas mais inteligentes e criativos da tevê, o Brasil | Legal. Agora chegou a vez de Regina testar-se no papel de.
entrevistadora: sábado passado estreou Muvuca, um talk-show que é a cara da dona. O programa vai pegar? Vai ter audiência? Vai durar mais do que dois meses? Deixo essas questões para análise dos especialistas. Estou aqui para fazer aquilo que alguns críticos acham imperdoável: elogiar.
    Por que gosto tanto da Regina Casé? Provavelmente pelo mesmo motivo que você: Regina é a porta-voz do Brasil que nos orgulha, e não daquele que nos envergonha. Ela é inteligente sem ser pedante, é engraçada sem ser inconveniente, é moderna sem ser datada. Ela unifica o Brasil do norte a sul, circula com naturalidade na arquibancada do Maracanã e no Palácio do Planalto, extingue conceitos como brega e chique, extrai o melhor das pessoas, trata Carlinhos Brown e Fernando Henrique com a mesma sem cerimônia. Tem o dom de transformar celebridades em simples mortais e de alçar desconhecidos ao estrelato. Põe Cid Moreira para jogar peteca e Angélica de touca de banho, ao mesmo tempo que enaltece o talento e a importância de uma empregada doméstica ou de um menino que trabalha como guia turístico no sertão. Regina Casé é o Midas da humanização: tudo o que ele toca vira gente de carne e osso.
    Rótulos não a impressionam. Seu entrevistado não é um intelectual, uma socialite ou o rei do pagode, mas alguém que gosta de aspargos, que canta no chuveiro, que cria três filhos.
Isso interessa? Taí o show de Truman. É jornalismo? Também.
Estamos vivendo a era do estereótipo, da robotização, da exaltação da imagem em detrimento do conteúdo. O que Regina Casé faz com as pessoas que dividem a cena com ela é rasgar a embalagem e buscar o que há dentro. Ela mesma é um exemplo disso. Extrai de si própria coração, cérebro, humor, sensibilidade, todas essas coisas que substituem o par de olhos verdes e o corpaço que não tem. É a feia mais bonita que eu conheço.
    Vida longa a Regina Casé e ao Brasil legal que ela representa, que não é o Brasil dos grampos telefônicos, das | fraudes dos desmentidos, das dissimulações. Eu compraria um carro usado mesmo que tivesse placa de Brasília.


Galera, vamos dar uma bisbilhotada nas regras de separação silábica para resolver essa questão tranquilo. O lance é o seguinte: as palavras são divididas em sílabas baseadas em diversos critérios, porém um dos principais é a presença de vogais e a forma como as consoantes se agrupam ou não com elas.

 

A alternativa A) "pa-ra-í-so" está correta. "Paraíso" possui um hiato entre o 'a' e o 'í', o que justifica a separação "í" ficando sozinho. Já o "so" fica junto porque o 's' ou qualquer consoante seguida de 'l' ou 'r', não forma dígrafo e são separáveis.

 

A alternativa B) "de-so-nes-ti-da-de" também está certa. A palavra "desonestidade" contém várias consoantes que, embora sejam seguidas, se separam por não formarem dígrafos, e as sílabas se organizam em torno das vogais.

 

Na alternativa D) "cons-tan-te", temos um dígrafo "st", por isso 's' e 't' não são separados em sílabas diferentes; e o conceito se mantém correto ao separar as vogais em torno das demais consoantes.

 

Agora, a alternativa C) "a-zá-fama", é onde pisam na bola. A palavra "azáfama" deveria ser particionada como "a-za-fa-ma". Não existe dígrafo "zá" para justificar essa separação em "a-zá". 

 

Então, a pegadinha tava no detalhe da sílaba "zá" que, de boa, não existe. A alternativa correta é C.

    Achava-me um dia diante dos guichês do London Bank, à espera de que o pagador gritasse a minha chapa, quando via cochilar num banco ao fundo certo corretor de negócios meu conhecido. Fui-me a ele, alegre da oportunidade de iludir o fastio da espera com uns dedos de prosa amiga.
    - Esperando sua horinha, hein? - disse-lhe com um tapa amigável no ombro, enquanto me sentava ao seu lado.
    - É verdade. Espero pacientemente que me cantem o número e, enquanto espero, filosofo sobre os males que traz à vida a desonestidade dos homens.  
    -? 
    - Sim, porque se não fosse a desonestidade dos homens tudo se simplificaria grandemente. Esta demora no pagamento do mais simples cheque, donde provém? Da necessidade de controle em vista dos artifícios da desonestidade. Fossem todos os homens sérios, não houvesse hipótese de falsificações ou abusos, e o reconhecimento de um dinheiro far-se-ia instantâneo. Ponho-me às vezes a imaginar como seriam as coisas cá na Terra se um sábio eugenismo desse combate à desonestidade por meio da completa eliminação dos desonestos. Que paraíso! 
    -Tem razão - concordei eu, com os olhos parados de quem pela primeira vez reflete numa ideia - A vida é complicada, existem leis, polícia, embaraços de toda espécie, burocracia e mil peias, tudo porque a desonestidade nas relações humanas constitui, como dizes, um elemento constante. Mas é mal sem remédio...
    E por aí fomos, no filosofar vadio de quem não possui coisa melhor a fazer e apenas procura apenas matar o tempo.
Passamos depois a analisar vários tipos ali presentes, ou que entravam e saíam, na azáfama peculiar aos negócios bancários.
O meu amigo, frequentador que era de bancos, conhecia muito deles e foi-me enumerando particularidades curiosas relativas a cada qual.


Então, rapaziada, vamos analisar essa pegadinha que veio diretamente dos clássicos para bater um papo com a gente sobre plural de palavras, hein? A questão foca no plural de substantivos que terminam em ditongos nasais no texto de Machado de Assis. 
 
O fragmento traz palavras como "padres", "sacristães" e "sermão". Para dar aquele close certo na resposta, a gente precisa olhar para como essas palavras são levadas para o plural. 
 
Vamos lá: 
- "Padres" é direto, só colocar o "s" na berlinda. 
- "Sermão" entra no ritmo transformador e vira "sermões". Aqui já temos uma mudança que inclui trocar o "ão" por "ões". 
- "Sacristães" também não é apenas sobre adicionar um "s", mas muda a terminação para "ães". 
 
Como cada palavra tem seu próprio corre para formar o plural, a afirmação que eles seguem as mesmas regras está mais por fora que barriga de freira na quaresma. Portanto, olha a dica: 
 
A alternativa correta é E, indicando que a afirmação é errada. Os substantivos terminados em ditongos nasais citados não apresentam as mesmas possibilidades de formação de plural, exibindo variações como "-ães" para "sacristães" e "-ões" para "sermões".

No fragmento “Não lhe chamo a atenção para os padres e os sacristães, nem para o sermão” (l.5-6), todos os substantivos terminados em ditongos nasais apresentam as mesmas possibilidades de formação de plural.


1      Imagine a leitora que está em 1813, na igreja do Carmo, 
  ouvindo uma daquelas boas festas antigas, que eram todo o 
  recreio público e toda a arte musical. Sabem o que é 
4 uma missa cantada; podem imaginar o que seria uma missa 
  cantada daqueles anos remotos. Não lhe chamo a atenção para 
  os padres e os sacristães, nem para o sermão, nem para os olhos 
7 das moças cariocas, que já eram bonitos nesse tempo, nem 
   para as mantilhas das senhoras graves, os calções, as cabeleiras, 
   as sanefas, as luzes, os incensos, nada. Não falo sequer da 
10 orquestra, que é excelente; limito-me a mostrar-lhes uma 
   cabeça branca, a cabeça desse velho que rege a orquestra, com 
   alma e devoção.
13      Chama-se Romão Pires; terá sessenta anos, não menos, 
   nasceu no Valongo, ou por esses lados. É bom músico e bom 
   homem; todos os músicos gostam dele. Mestre Romão 
16 é o nome familiar; e dizer familiar e público era a mesma coisa 
   em tal matéria e naquele tempo. “Quem rege a missa é mestre 
   Romão” — equivalia a esta outra forma de anúncio, anos 
19 depois: “Entra em cena o ator João Caetano”; — ou então: “O 
   ator Martinho cantará uma de suas melhores árias.” Era o tempero 
   certo, o chamariz delicado e popular. Mestre Romão 
22 rege a festa! Quem não conhecia mestre Romão, com o seu ar 
   circunspecto, olhos no chão, riso triste, e passo demorado? Tudo 
   isso desaparecia à frente da orquestra; então a vida 
25 derramava-se por todo o corpo e todos os gestos do mestre; o 
   olhar acendia-se, o riso iluminava-se: era outro.
     Acabou a festa; é como se acabasse um clarão intenso, 
28 e deixasse o rosto apenas alumiado da luz ordinária. Ei-lo que 
   desce do coro, apoiado na bengala; vai à sacristia beijar a mão 
   aos padres e aceita um lugar à mesa do jantar.


Ainda em relação a aspectos linguísticos do texto de Machado de Assis, julgue o item seguinte.


Questões de Português - Fonética - Encontros e dígrafos