Hoje, voltas-me o rosto, se ao teu lado
Passo. E eu, baixo os meus olhos se te avisto.
E assim fazemos, como se com isto,
Pudéssemos varrer nosso passado.

Passo esquecido de te olhar, coitado!
Vais, coitada, esquecida de que existo.
Como se nunca me tivesses visto,
Como se eu sempre não te houvesse amado

Mas, se às vezes, sem querer nos entrevemos,
Se quando passo, teu olhar me alcança
Se meus olhos te alcançam quando vais

Ah! Só Deus sabe! Só nós dois sabemos.
Volta-nos sempre a pálida lembrança
Daqueles tempos que não voltam mais!

 Ditongo – ditongo – ditongo – ditongo.

 Ditongo – ditongo – hiato – hiato.

 Hiato – ditongo – hiato – ditongo.

Frêmito de asas, vibração ligeira
de pés alvos e nus,
que dançam, tontos, como dança a poeira
numa réstia de luz…
São as horas, que descem por um fio
de cabelo do sol,
e vivem num contínuo corrupio,
mais obedientes do que o girassol.
Dançando, as doze bailarinas tecem
a vida; e, embora irmãs,
não se vêm, não se dão, não se parecem
as doze tecelãs!
E, de mãos dadas, confundidas quase,
no invisível sabá,
elas são silenciosas como a gaze,
ou farfalhante como o tafetá.
Frágeis: têm a estrutura inconsistente
de teia imaterial,
que uma aranha teceu pacientemente
nos teares de um rosal.
E, entre tules volantes, noite e dia,
o alado torvelim
vertiginosamente rodopia,
numa elasticidade de Arlequim!
Vêm coroadas de rosas, num remoinho
cambiante de ouro em pó:
cada rosa, que esconde o seu espinho,
dura um minuto só.
Sessenta rosas, vivas como brasas,
traz cada uma; e, ao bater
da talagarça diáfana das asas,
põem-se as coroas a resplandecer…
À proporção que gira à minha frente
o bailado fugaz,
cada grinalda, vagarosamente,
aos poucos, se desfaz.
E quando as doze dançarinas, feitas
de plumas, vão recuar,
levam as frontes, claras e perfeitas,
circundadas de espinhos, a sangrar…
Assim, depois que a estranha sarabanda
na sombra se dilui,
penso, vendo o outro bando que ciranda
em torno do que fui,
que há uma alma em cada gesto e em cada passo
das horas que se vão:
pois fica a sombra de seu véu no espaço,
fica o silêncio de seus pés no chão! 

 Hiato – ditongo – ditongo – ditongo.

 Ditongo – hiato – ditongo – hiato.

 Hiato – hiato – ditongo – ditongo.

A questão apresentada pelos usuários requer a análise dos encontros vocálicos nas palavras destacadas nos textos fornecidos. Vamos verificar cada uma das palavras conforme as alternativas apresentadas.

1. Prejuízo: Ao analisarmos a palavra "prejuízo", observamos que ela contém o segmento "u-í", no qual temos vogais em sílabas diferentes, caracterizando um hiato. Um hiato é formado quando duas vogais que estão juntas na escrita são separadas em sílabas diferentes na fala.

2. Índio: Em "índio", nos deparamos com "índi-o", onde o grupo "di" forma um ditongo, visto que um ditongo ocorre quando uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa, estão na mesma sílaba.

3. Capoeira: A palavra "capoeira" apresenta a sequência "oei", que se classifica como um ditongo, pois envolve a combinação de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba.

4. Bananeira: A palavra "bananeira" apresenta a sequência "ei" no segmento "nei-ra", que constitui um ditongo, também pela união de uma vogal e uma semivogal dentro da mesma sílaba.

Conforme as observações acima, vemos que a ordenação correta dos encontros vocálicos é hiato para "prejuízo", ditongo para "índio", ditongo para "capoeira", e ditongo para "bananeira". Portanto, a alternativa que corretamente classifica esses encontros vocálicos é:

a alternativa correta é A.

    Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente me grita. Penso depois: não só para corrigir, como para justificar o que escrevi. Daí a razão deste Prefácio Interessantíssimo.
Um pouco de teoria? 

    Acredito que o lirismo, nascido no subconsciente, acrisolado num pensamento claro ou confuso, cria frases que são versos inteiros, sem prejuízo de medir tantas sílabas, com acentuação determinada.
Pronomes? Escrevo brasileiro. Si uso ortografia portuguesa é porque, não alterando o resultado, dá-me uma ortografia.
Escrever arte moderna não significa jamais para mim representar a vida atual no que tem de exterior: automóveis, cinema, asfalto. Si estas palavras frequentam-me o livro é porque pense com elas escrever moderna, mas porque sendo meu livro moderno, elas têm nele sua razão de ser.

Quando o português chegou 
Debaixo de uma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena!  
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português. 

— Qué apanhá sordado? 
— O quê? 
— Qué apanhá? 
Pernas e cabeças na calçada. 

Bananeiras
O Sol
O cansaço da ilusão
Igrejas
O ouro na serra de pedra
A decadência.

Para resolver essa questão, precisamos definir e identificar diferentes encontros vocálicos nas alternativas apresentadas: ditongos, hiatos e tritongos.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Ditongo é a sequência de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) na mesma sílaba.</li>
<li>Hiato ocorre quando duas vogais consecutivas estão em sílabas diferentes.</li>
<li>Tritongo consiste em uma sequência de uma semivogal, uma vogal e outra semivogal na mesma sílaba.</li>
</ul>

Vamos analisar cada alternativa de acordo com estas definições:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Saída / água / atuei.
 <ul>
 <li>"Saída" possui um hiato (a-í).</li>
 <li>"Água" tem um ditongo (á-gua).</li>
 <li>"Atuei" tem um ditongo (tu-ei).</li>
 </ul>
</li>
<li>B) Caolho / conteúdo / passeou.
 <ul>
 <li>"Caolho" possui um ditongo (ca-o).</li>
 <li>"Conteúdo" tem um ditongo (te-ú).</li>
 <li>"Passeou" tem um ditongo (pas-se-ou).</li>
 </ul>
</li>
<li>C) Perua / caótico / enxaguou.
 <ul>
 <li>"Perua" tem um ditongo (pe-ru-a).</li>
 <li>"Caótico" apresenta um hiato (o-ti).</li>
 <li>"Enxaguou" possui um ditongo (xa-gu-ou).</li>
 </ul>
</li>
<li>D) Leite / hiato / Uruguai.
 <ul>
 <li>"Leite" possui um ditongo (lei-te).</li>
 <li>"Hiato" tem um hiato por definição (hi-a-to).</li>
 <li>"Uruguai" contém um tritongo (U-ru-guai).</li>
 </ul>
</li>
</ul>

Das alternativas, a D) é a única que contém, na ordem solicitada, um ditongo ("Leite"), um hiato ("hiato") e um tritongo ("Uruguai").

A alternativa correta é D.

Na questão apresentada pelo concurso organizado pela MS CONCURSOS, o enunciado pede que se identifiquem os tipos de encontros vocálicos nas palavras "poesia", "guardada" e "ouro". É fundamental entender os conceitos de ditongo e hiato para uma análise precisa.

Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) na mesma sílaba, enquanto hiato ocorre quando duas vogais estão uma ao lado da outra mas em sílabas diferentes.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Poesia - A palavra possui um hiato entre as vogais "i" e "a" (po-e-si-a). Não há ditongo.</li>
<li>Guardada - Aqui, encontramos um ditongo na combinação "ua" (guar-da-da).</li>
<li>Ouro - A palavra "ouro" apresenta um ditongo nas vogais "ou" (ou-ro).</li>
</ul>

Analisando as opções fornecidas na prova, vejamos cada uma:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Ditongo, ditongo, hiato - Esta opção é incorreta pois "poesia" apresenta um hiato e assim como "ouro" apresenta ditongo, não hiato.</li>
<li>B) Ditongo, hiato, hiato - Esta alternativa também está incorreta pois não há hiato em "ouro" e "guardada" contém ditongo.</li>
<li>C) Hiato, hiato, ditongo - Incorreta, pois indica hiatos onde não existem; em "guardada" existe um ditongo.</li>
<li>D) Hiato, ditongo, ditongo - Esta é a resposta correta, pois está alinhada com a análise fonética das palavras "poesia", "guardada" e "ouro".</li>
</ul>

Portanto, a alternativa correta é D.

A análise de encontros vocálicos envolve a identificação de hiatos, ditongos, e tritongos nas palavras propostas ("poesia", "guardada" e "ouro"). Vejamos cada uma delas:

1. **Poesia**: Existem dois encontros vocálicos. O segmento "oe" constitui um ditongo crescente, pois combina uma semivogal /o/ seguindo de uma vogal /e/. O segmento "ia" também é um ditongo, específicamente um ditongo decrescente formado por uma vogal /i/ seguida de uma semivogal /a/. Portanto, na palavra "poesia" encontram-se dois ditongos.

2. **Guardada**: O encontro vocálico principal nesta palavra ocorre no segmento "ua", que é um hiato, caracterizado pela justaposição de duas vogais que se encontram contiguas na mesma sílaba, mas cada uma pertence a uma sílaba diferente — "gu-ar-da-da". Assim, temos um hiato entre essas duas vogais, que não formam um glide vocálico e mantêm-se em sílabas separadas.

3. **Ouro**: Nesta palavra, o segmento "ou" configura-se como um ditongo decrescente, composto por uma vogal fortemente sonora seguida de uma semivogal. A combinação de uma vogal /o/ seguida de uma semivogal /u/ forma um glide suave que caracteriza o ditongo.

Com base nessa análise, as alternativas podem ser avaliadas da seguinte forma:

- **A) Ditongo, ditongo, hiato.** - Incorreta. A análise do texto mostra que "ouro" possui um ditongo e não um hiato, e "guardada" possui um hiato.
- **B) Ditongo, hiato, hiato.** - Incorreta. "Ouro" tem um ditongo, não um hiato.
- **C) Hiato, hiato, ditongo.** - Incorreta. "Poesia" possui ditongos, não hiatos.
- **D) Hiato, ditongo, ditongo.** - Incorreta. Esta seria a descrição oposta da análise correta das palavras.

Parece que houve um erro na catalogação da alternativa correta. Porém, com base na análise acima, deveríamos ter uma alternativa que listasse "Ditongo, Hiato, Ditongo", o que não está disponível entre as opções.

Com isso, é importante revisar as alternativas ou a marcação da resposta corredata para garantir a precisão. Dado que a indicação do gabarito é "D" e essa informação não se alinha corretamente com a análise, sugere-se um possível equívoco.

A alternativa correta é D, segundo o gabarito fornecido, mas com a ressalva de que parece haver uma discordância entre a análise detalhada e as alternativas disponíveis.

A poesia está guardada nas palavras - é tudo que
eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios. 

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