 Acento: sinal gráfico - assento: lugar para sentar-se.

 Seção: reunião - sessão: repartição.

 Ratificar: confirmar - retificar: corrigir. 

Parônimos são palavras que, apesar de apresentarem alguma semelhança quanto à grafia ou à pronúncia, possuem significados diferentes. Analisar cada alternativa nos ajudará a identificar qual é a incorreta, conforme solicitado.

<ul>
<li>Alternativa A: "Acender: pôr fogo - ascender: subir." Esta alternativa está correta. "Acender" é um verbo que significa fazer uma chama arder, ou seja, iniciar a queima de algo, enquanto "ascender" é subir ou elevar-se a um nível superior. Ambos são claramente parônimos por suas semelhanças fonéticas mas com significados distintos.</li>

<li>Alternativa B: "Acento: sinal gráfico - assento: lugar para sentar-se." Esta alternativa também está correta. "Acento" refere-se ao sinal gráfico utilizado para indicar a tonicidade de uma sílaba de uma palavra, enquanto "assento" é o local onde se pode sentar. A semelhança na pronúncia e grafia destes termos os qualifica como parônimos.</li>

<li>Alternativa C: "Seção: reunião - sessão: repartição." Esta alternativa está incorreta. Os termos foram trocados em seus significados. "Sessão" se refere a um período de tempo em que se realiza uma reunião ou espetáculo, e "seção" é uma divisão ou parte de um todo, principalmente usado para indicar a divisão de departamentos em uma empresa ou em documentos. A confusão e troca dos significados nesta alternativa a torna errada em relação à definição de parônimos.</li>

<li>Alternativa D: "Ratificar: confirmar - retificar: corrigir." Esta alternativa está correta. "Ratificar" significa confirmar ou validar algo previamente decidido ou declarado, enquanto "retificar" se refere ao ato de corrigir. São palavras que possuem pronúncias e grafias similares, mas significados distintos, fazendo delas parônimos.</li>
</ul>

Dentro desses contextos, a alternativa que contém o erro no uso dos significados dos parônimos é a opção C, onde os significados dos termos foram atribuídos incorretamente aos parônimos.

A alternativa correta é C.

Na questão proposta, é exigido identificar o item que NÃO é hipônimo do hiperônimo “bichos”. Para isso, devemos recordar que um hiperônimo é um termo com significado mais abrangente, e seus hipônimos são expressões que possuem um sentido mais restrito, ou seja, estão contidos no conjunto representado pelo hiperônimo. Assim, “bichos” é um termo coloquial para animais, abrangendo uma gama variada de seres vivos. Diante disso, palavras que especificam determinados animais – como “tamanduá”, “tatus”, “preguiças” e “formigas” – são exemplos de hipônimos, pois se referem a elementos inseridos no universo dos bichos.

Analisando as alternativas, observamos o seguinte:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) tamanduá: Este é um hipônimo, pois é um tipo específico de bicho.</li>
 <li>B) tatus: Também é um hipônimo, representando um grupo cerrado de animais dentro de “bichos”.</li>
 <li>C) animal: Esta palavra constitui o hiperônimo ou, de forma geral, a designação dos seres vivos do reino Animalia. Portanto, “animal” não pode ser considerado um hipônimo de “bichos”, mas sim um sinônimo mais formal ou uma designação mais ampla.</li>
 <li>D) preguiças: É um hipônimo, pois representa uma espécie específica dentro do grupo de bichos.</li>
 <li>E) formigas: Também configura um hipônimo, tratando-se de insetos presentes na grande família dos bichos.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa C é a correta, pois “animal” é um termo abrangente que se refere a todo o conjunto dos seres vivos do reino Animalia, ou seja, é hipônimo de “bichos”, e não o inverso. Assim, “animal” não está subordinado a “bichos” na relação hipônima. Desenvolvendo essa explicação, enfatizamos a importância de compreender as relações de hiperônimo e hipônimo para interpretar corretamente as relações semânticas entre as palavras, o que é fundamental em questões dessa natureza.

Gabarito: Letra C

Yoyo; o menor tamanduá do mundo, foi transportado em segurança com a Gollog até o ZooParque, em Itatiba (SP).

    As aventuras do tamanduá Yoyo, a menor espécie de tamanduá do mundo, começaram no delta do Parnaíba, no Piauí, onde ele foi encontrado debilitado e desnutrido. Levado ao Instituto Tamanduá, referência em pesquisa e manejo de tamanduás, tatus e preguiças, ele passou por uma reabilitação. "Yoyo chegou ao instituto com 400 gramas. Ele era tratado como um animal doméstico, alimentado de forma errada por pessoas que não tinham informações sobre o bicho", conta Keila Izaias, analista de Produtos da Gollog Animais.
    Foram meses sendo cuidado até ele estar pronto para partir em direção a sua futura casa: o ZooParque em Itatiba. "Como os profissionais do instituto trabalharam dia e noite para que ele recuperasse seu peso, Yoyo acabou se adaptando ao convívio humano e, dessa forma, acabamos iniciando um processo de conservação fora do habitat natural dele", relata Débora Alcântara Ribeiro, Coordenadora Ambiental e Educacional do ZooParque. "O tamanduá é uma espécie sobre a qual temos poucas informações. O Yoyo tem um papel muito importante, ele vai nos ajudar a entender um pouco mais sobre tamanduás.”    
    O bichinho foi transportado em segurança. “Biólogas do instituto entraram em contato conosco em maio e conseguimos realizar o transporte dele em outubro, depois de cumprir as exigências do Ibama e acertar a documentação”, diz Keila, As equipes da Gollog e do ZooParque foram até o pequeno tamanduá. "Vimos muito amor nesse trabalho. Foi uma honra poder transportar um animal tão único”. Yoyo viajou em uma caixa de madeira produzida especialmente para ele, com buracos para ventilação e tela para protegê-lo durante o transporte. “Tivemos muito cuidado com barulho, temperatura. Uma das biólogas da equipe colocou uma mantinha para deixá-lo aquecido no porão do avião.", conta Keila.
    "Ele chegou ao ZooParque saudável graças ao trabalho árduo do Instituto Tamanduá que cuidou do restabelecimento do Yoyo durante um ano e meio”, conta Debora. O recinto de Yoyo no ZooParque foi todo projetado e adaptado para ele, de forma a manter temperatura e umidade adequadas. "Como um bom tamanduá, ele dorme o dia inteiro e começa suas atividades por volta das 17,18 horas. Basicamente, essa espécie só se alimenta de formigas e pode ser encontrada em árvores bem altas, em florestas tropicais”, detalha.

    Para conhecer mais sobre a Gollog, acesse Gollog.com.br    

A questão apresentada relaciona os termos “Pentateuco” e “anta” com as relações de hiponímia e hiperonímia, respectivamente. Para compreendermos a resposta, é necessário recordar os conceitos semânticos: a hiponímia ocorre quando o sentido de um termo (hipônimo) está contido em um termo mais abrangente (hiperônimo), enquanto a hiperonímia é a relação inversa – o hiperônimo abrange os significados dos hipônimos.

No primeiro fragmento, “Pentateuco” refere-se, tradicionalmente, aos cinco livros atribuídos a Moisés na tradição bíblica. O termo, embora específico, não é empregado na função de hipônimo em relação a um hiperônimo evidente na estrutura do enunciado – a relação de sentido não está estabelecida entre “Pentateuco” e um termo mais amplo, mas sim inserida em uma comparação estilística com a estrutura dos textos sagrados (como o próprio “Pentateuco” comparado ao conteúdo da obra do narrador). Assim, atribuí-lo como exemplo de hiponímia não se coaduna com a definição de relação semântica pretendida.

No segundo fragmento, “anta” aparece na expressão “ímpeto de anta bravia,” onde o adjetivo “anta” é utilizado para intensificar a característica poderosa da personagem. A palavra, neste contexto, remete à imagem de um animal de grande porte ou vigor, mas sua utilização não caracteriza uma relação de hiperonímia – ela tampouco funciona como termo genérico que abrange outras espécies, senão sim uma referência específica. Assim, atribuir-lhe a função de hiperonímia está incorreto, pois a hiperonímia exigiria que “anta” representasse um termo com significado mais abrangente ao qual outros termos específicos se subordinem.

Finalmente, a análise conjunta revela que a associação de “Pentateuco” à hiponímia e de “anta” à hiperonímia, conforme proposta na afirmação, não reflete a correta aplicação dos conceitos semânticos. Dessa forma, a assertiva está equivocada.

Alternativa Correta:
A resposta correta é: Errado.

Gabarito: Letra E

Com base nos sentidos estabelecidos em cada um dos fragmentos de romance apresentados, é correto afirmar que o vocábulo “Pentateuco”, no primeiro fragmento, é exemplo de hiponímia, e a palavra “anta”, no segundo, de hiperonímia.


<center>Ao verme que primeiro roeu 
as frias carnes do meu cadáver 
dedico com saudosa lembrança 
estas Memórias Póstumas.</center>
<center>CAPÍTULO I 
ÓBITO DO AUTOR</center>
 Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

A partir da leitura dos trechos dos romances de Machado de Assis e Aluísio Azevedo, julgue o item a seguir.


    Bertoleza, que havia já feito subir o jantar dos caixeiros, estava de cócoras, no chão, escamando peixe, para a ceia do seu homem, quando viu parar defronte dela aquele grupo sinistro.
Reconheceu logo o filho mais velho do seu primitivo senhor, e um calafrio percorreu-lhe o corpo. Num relance de grande perigo compreendeu a situação; adivinhou tudo com a lucidez de quem se vê perdido para sempre: adivinhou que tinha sido enganada; que a sua carta de alforria era uma mentira, e que o seu amante, não tendo coragem para matá-la, restituía-a ao cativeiro.
Seu primeiro impulso foi de fugir. Mal, porém, circunvagou os olhos em torno de si, procurando escapula, o senhor adiantou-se dela e segurou-lhe o ombro. — É esta! disse aos soldados que, com um gesto, intimaram a desgraçada a segui-los. — Prendam-na! É escrava minha! A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar. Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado. E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue. João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos. Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca! trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito. Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.


Análise Geral:

A paronímia trata da relação entre palavras que apresentam grafia, som ou ambos semelhantes, mas que, apesar dessa proximidade, possuem significados distintos. É fundamental que o candidato identifique com clareza essa característica, distinguindo-as de outras relações, como a homonímia. Agora, analisaremos cada alternativa apresentada.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – Couro | coro: Nesta opção, temos “couro”, que se refere à pele de animais após o processamento, e “coro”, que designa um conjunto de pessoas que cantam juntas. Embora as duas palavras possuam grafia e som bastante próximos, seus significados são totalmente diferentes. Dessa forma, esta alternativa apresenta um par de palavras que exemplifica perfeitamente o fenômeno da paronímia.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B – Acento | assento: Apesar das semelhanças gráficas – onde a única diferença está na troca do “c” pelo “s” – “acento” se refere tanto à marca gráfica quanto à entonação na pronúncia, e “assento” significa o lugar onde se senta. Embora seja um par de palavras com forma semelhante, muitas vezes, essa dupla também gera confusão entre os candidatos. Contudo, segundo a banca organizadora, a alternativa correta é a “A”, possivelmente por se tratar de um exemplo bastante consagrado e semânticamente menos suscetível a dúvidas.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C – Sexta | cesta: Nesta opção, embora “sexta” e “cesta” compartilhem algumas semelhanças em sua grafia, a troca das letras “x” e “s” altera a pronúncia e, principalmente, os significados, que não estabelecem uma relação típica de paronímia, pois a proximidade fonética não é tão marcante.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D – Cassar | caçar: Ambas as palavras possuem grafia parecida, com a diferença da presença extra do “s” em “cassar” e remetem a significados distintos (destituir ou anular, no caso de “cassar” e perseguir animais, no caso de “caçar”). Apesar de poderem ser apontadas como parônimos, esta dupla, embora interessante, não é a escolhida pela banca nesta questão.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A alternativa A apresenta um par de palavras em que as semelhanças de forma e sonoridade são evidentes, e os significados são completamente diversos, sendo um exemplo claro de paronímia. Essa escolha se mostra adequada para a compreensão e identificação do fenômeno, conforme os preceitos da gramática normativa e das características exigidas em concursos públicos.

Gabarito: Letra A

Para analisarmos a questão proposta pela banca CONSULPAM, é necessário compreender o contexto do fenômeno linguístico mencionado e como ele se relaciona com as opções apresentadas. No enunciado, a palavra "surto" é discutida tanto em seu uso como substantivo quanto como verbo, o que nos leva a refletir sobre a natureza de sua polissemia e homonímia.

Análise das Alternativas:

<ul>
 <li>A) Paronímia: Este termo refere-se à relação entre palavras que possuem uma pronúncia e forma semelhantes, mas significados diferentes. Um exemplo clássico seria "manga" (a fruta) e "manga" (parte da camisa). Embora “surto” e “surtar” sejam semelhantes, não estamos tratando de palavras que apenas soam parecidas, mas sim da mesma palavra com significados distintos. Portanto, essa alternativa está incorreta.</li>
 
 <li>B) Sinonímia: Sinonímia se refere à relação entre palavras que têm significados iguais ou muito próximos. Por exemplo, "feliz" e "contente". Como "surto" e "surtar" não têm significados equivalentes, mas sim relacionados, esta alternativa também está errada.</li>
 
 <li>C) Polissemia: Este conceito descreve a característica de uma palavra ter mais de um significado relacionado. Embora "surto" tenha significados diferentes em contextos variados, estamos focando na mudança de forma (substantivo para verbo), o que não caracteriza polissemia em sua essência. Assim, podemos descartar essa alternativa.</li>
 
 <li>D) Homonímia: A homonímia ocorre quando palavras diferentes (com formas idênticas ou semelhantes) têm significados distintos e não relacionados etimologicamente. No caso apresentado, "surto" (variação de uma doença) e "surtar" (a ação de surtar) são exemplos clássicos de homônimos, pois embora sejam apresentadas na mesma forma verbal e na mesma palavra, temos diferentes categorias gramaticais e significados. Portanto, esta é a alternativa correta.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A palavra "surto", quando utilizada tanto como substantivo, referindo-se a uma epidemia, quanto como português do verbo "surtar", ilustra claramente a homonímia, onde a forma gráfica se mantém, mas o significado e a categoria gramatical se alteram consideravelmente.

Gabarito: Letra D

    A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.
    Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.
    Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.
    A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%.
    Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves.
    O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.
    O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum.
Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.
    Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia – casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.
    Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.
    O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.
    O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.
    Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.
    O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia.
    Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.
    É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).
    Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.
    “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr.
Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África.


Questões de Português - Homônimos e parônimos