 “caosmo”, como pseudoprefixo, cujo sentido remete à origem.

 “caos”, como primeiro elemento da composição, cujo sentido remete a mundo.

 “logia”, como segundo elemento da derivação, cujo sentido remete à loucura.

 “logia”, como segundo elemento da composição, cujo sentido remete à ciência.

 “caos”, como primeiro elemento da derivação, cujo sentido remete à bagunça.

A palavra "caosmologia" mencionada no texto de Mia Couto é formada pela união dos elementos "caos" e "logia". Considerando a análise morfológica e semântica destes elementos, podemos fazer a seguinte avaliação:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) “caosmo”, como pseudoprefixo, cujo sentido remete à origem. 
Esta alternativa é incorreta porque não existe o pseudoprefixo "caosmo". A parte "caos" está claramente identificada e não há evidência de qualquer forma adicional que inclua "mo".</li>

<li>B) “caos”, como primeiro elemento da composição, cujo sentido remete a mundo. 
Embora "caos" seja corretamente identificado como o primeiro elemento, sua interpretação mais comum não é "mundo", mas sim um estado de desordem completa ou confusão inicial.</li>

<li>C) “logia”, como segundo elemento da derivação, cujo sentido remete à loucura. 
"Logia" é corretamente identificado como segundo elemento, mas semânticamente, "logia" não se refere a "loucura", mas é tipicamente usado para indicar o estudo ou ciência de algo.</li>

<li>D) “logia”, como segundo elemento da composição, cujo sentido remete à ciência. 
Esta alternativa é correta porque "logia" normalmente indica o estudo ou a ciência (como em "biologia", estudo dos seres vivos). Neste contexto, compõe com "caos" para formar um termo que pode ser interpretado como o estudo do caos ou a ciência do início desordenado.</li>

<li>E) “caos”, como primeiro elemento da derivação, cujo sentido remete à bagunça. 
Embora "caos" simbolize desordem ou confusão, esta descrição como "bagunça" simplifica demais o conceito e diverge da intenção mais profunda no contexto literário aqui apresentado.</li>
</ul>

Portanto, a análise dos elementos morfológicos e semânticos conduz à conclusão de que a alternativa correta é D.

Mia Couto

    Num conto que nunca cheguei a publicar
   acontece o seguinte: uma mulher, em fase
   terminal de doença, pede ao marido que lhe conte
   uma história para apaziguar as insuportáveis
5  dores. Mal ele inicia a narração, ela o faz parar:
     - Não, assim não. Eu quero que me fale
   numa língua desconhecida.
    - Desconhecida? – pergunta ele.
    - Uma língua que não exista. Que eu preciso
10 tanto de não compreender nada!
    O marido se interroga: como se pode saber
   falar uma língua que não existe? Começa por
   balbuciar umas palavras estranhas e sente-se
   ridículo como se a si mesmo desse provas da
15 incapacidade de ser humano. Aos poucos, porém,
   vai ganhando mais à-vontade nesse idioma sem
   regra. E ele já não sabe se fala, se canta, se reza.
   Quando se detém, repara que a mulher está
   adormecida, e mora em seu rosto o mais tranquilo
20 sorriso. Mais tarde, ela lhe confessa: aqueles
   murmúrios lhe trouxeram lembranças de antes de
   ter memória. E lhe deram o conforto desse mesmo
   sono que nos liga ao que havia antes de estarmos
   juntos.
25  Na nossa infância, todos nós
   experimentamos este primeiro idioma, o idioma do
   caos, todos nós usufruímos do momento divino em
   que a nossa vida podia ser todas as vidas e o
   mundo ainda esperava por um destino. James
30 Joyce chamava de “caosmologia” a esta relação
   com o mundo informe e caótico. Essa relação,
   meus amigos, é aquilo que faz mover a escrita,
   qualquer que seja o continente, qualquer que seja
   a nação, a língua ou o género literário.
35  Eu creio que todos nós, poetas e
   ficcionistas, não deixamos nunca de perseguir
   esse caos seminal. Todos nós aspiramos
   regressar a essa condição em que estivemos tão
   fora de um idioma que todas as línguas eram
40 nossas. Dito de outro modo, todos nós somos
   impossíveis tradutores de sonhos. Na verdade, os
   sonhos falam em nós o que nenhuma palavra
   sabe dizer.
    O nosso fito, como produtores de sonhos,
45 é aceder a essa outra língua que não é falável,
   essa língua cega em que todas as coisas podem
   ter todos os nomes. O que a mulher doente pedia
   é aquilo que todos nós queremos: anular o tempo
   e fazer adormecer a morte.


A questão proposta exige uma análise etimológica do vocábulo uso, que aparece no contexto do discurso de Maria Helena de Moura Neves. Para entender a formação dessa palavra, vamos avaliar cada uma das alternativas sugeridas.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Conversão: Este processo ocorre quando uma palavra muda de classe gramatical sem sofrer alteração fonética, como 'correr' (verbo) que se transforma em 'corrida' (substantivo). No caso de uso, não houve mudança de classe gramatical, e, portanto, essa alternativa não se aplica.</li>
 
 <li>B) Parassíntese: Trata-se da formação de uma palavra pela adição simultânea de prefixo e sufixo, como 'analfabeto' (an- + -fabeto). O vocábulo uso não se enquadra nesse formato, pois não possui prefixo ou sufixo que indiquem uma formação desse tipo.</li>
 
 <li>C) Abreviação: A abreviação envolve a redução de uma palavra, como 'foto' de 'fotografia'. O termo uso não é uma forma reduzida de outro vocábulo, logo, esta alternativa também está incorreta.</li>
 
 <li>D) Derivação regressiva: Este é o processo de formação de uma palavra onde retira-se um sufixo e se obtém uma palavra que, na sua essência, é a forma do radical. A palavra uso deriva de 'usar' através da remoção do sufixo '-ar' e a adição do sufixo '-o', formando o substantivo uso a partir do verbo 'usar'. Esta formação justifica a escolha por esta alternativa.</li>
 
 <li>E) Composição por aglutinação: Este processo acontece quando duas ou mais palavras se juntam, formando uma nova, como em 'passatempo' (passa + tempo). No caso de uso, não temos uma junção de palavras, logo, essa opção é inválida para o termo apresentado.</li>
</ul>

Diante da análise das opções, podemos concluir que a formação do vocábulo uso se encaixa corretamente na definição de derivação regressiva, que envolve a retirada de sufixos para obter uma nova palavra. Assim, a alternativa correta é D.


Maria Helena de Moura Neves, 91, atua como docente da pós-graduação em linguística e língua portuguesa na Unesp e defende linguagem inclusiva

Emerson Vicente

   Desde que pisou em uma sala de aula como
   professora, há mais de sete décadas, a paulista Maria
   Helena de Moura Neves, 91 anos recém-completados,
   viu que era ali a sua segunda casa. E nunca mais
5  parou. Até hoje exerce a função de ensinar. Também
   segue atualizada em debates em torno da língua
   portuguesa, como no do uso da linguagem neutra, que
   entende não ser o termo apropriado, apesar de
   "louvável".
10 "Considero um equívoco o uso desse
   termo ‘linguagem neutra’ para a proposta que ele
   representa. Na verdade, esse movimento visa a
   inclusão social, sem discriminações, de todos os
   grupos da sociedade, tratando-se, pois, da proposta de
15 uma ‘linguagem inclusiva’, ou ‘língua inclusiva’, o que
   é extremamente louvável", diz Maria Helena.
   "Quando alguém usa, nas suas produções linguísticas,
   orais ou escritas, as marcas linguísticas que têm sido
   propostas com essa finalidade, ele está exercendo um
20 papel social, marcado e importante, de condenação
   das discriminações", diz a decana.
   "Entretanto, não se pode supor que, em um
   determinado momento da vida da sociedade, algum
   falante de uma língua, ou algum contingente de
25 falantes, impelido pela motivação de uma conduta
   desejável, terá sucesso propondo uma alteração do
   'sistema' da língua."
   Segundo a professora, toda e qualquer língua se rege
   por um sistema, dentro do qual seus falantes
30 constroem linguagem naturalmente, sem necessidade
   de nenhum aprendizado.
   "Se recuperarmos historicamente as alterações de
   sistemas linguísticos, até com extinção de línguas e
   com criação de novas línguas, veremos que as
35 mudanças, em cada sistema, fizeram-se a partir do
   uso natural da língua por uma comunidade."


A análise da formação e estrutura das palavras é essencial para entender como os significados e funções são conferidos dentro do contexto da língua portuguesa. A questão apresentada referente ao vocábulo "troca" envolve identificar o tipo de processo de derivação pelo qual a palavra foi formada.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Alternativa A - Regressiva: Neste processo, forma-se uma palavra de significado geralmente abstrato ou de ação a partir de um verbo. Exemplo clássico é a criação de "limpeza" a partir de "limpar". "Troca" deriva do verbo "trocar", simplificando a ideia de ação para um substantivo que designa o ato em si. Portanto, esta alternativa encaixa-se perfeitamente.</li>

<li>Alternativa B - Imprópria: A derivação imprópria ocorre quando há uma mudança de classe gramatical sem alteração na forma da palavra, geralmente por mudança de contexto. No caso de "troca", não há essa mudança de classe, pois já é utilizada no texto como substantivo, derivado de um verbo.</li>

<li>Alternativa C - Parassintética: A parassíntese ocorre quando a palavra é formada por um processo que inclui simultaneamente a prefixação e a sufixação, como em "anoitecer" (a+noite+ecer). "Troca" não apresenta esses elementos.</li>

<li>Alternativa D - Prefixal: Envolve a adição de prefixos a uma palavra base, como em "inacessível" (in+acessível). "Troca" não possui nenhum prefixo adicionado.</li>

<li>Alternativa E - Sufixal: Trata-se da adição de sufixos a uma base, como "felizmente" (feliz+mente). "Troca" tampouco apresenta sufixos.</li>
</ul>

A alternativa correta é a opção A, que identifica a derivação regressiva como o processo de formação da palavra "troca", consistente com a explicação de que ela deriva do verbo "trocar" reduzindo a ação ao substantivo que representa o ato.

A alternativa correta é A.

Fundamentação:

Na análise do processo de formação da palavra "troca", sublinhada no texto, devemos inicialmente entender a natureza deste termo e como ele se forma a partir de sua raiz lexical. O termo "troca" origina-se do verbo "trocar". Aqui, temos um exemplo de derivação regressiva, onde um verbo (trocar) é usado para formar um substantivo (troca), omitindo-se o sufixo verbal e mantendo a essência do significado original, focada em uma ação. O processo de derivação regressiva é característico de situações onde o substantivo é formado a partir de um verbo, geralmente para indicar a ação ou o efeito que o verbo expressa.

Análise das alternativas:

A) regressiva - Correta. Como explicado, 'troca' vem de 'trocar' por meio de derivação regressiva, que é a formação de um substantivo a partir de um verbo, removendo-se as marcas verbais. 

B) imprópria - Incorreta. A derivação imprópria ocorre quando há mudança de classe gramatical sem alteração na forma da palavra, o que não se aplica neste caso, uma vez que "troca" é diretamente derivada do verbo "trocar".

C) parassintética - Incorreta. A parassíntese envolve a adição simultânea de um prefixo e um sufixo ao mesmo tempo, o que não ocorre aqui.

D) prefixal - Incorreta. Não existe prefixo adicional na formação de "troca" no contexto do verbo "trocar".

E) sufixal - Incorreta. A derivação sufixal implica a formação de uma nova palavra pela adição de um sufixo, o que também não acontece no caso de "troca".

Portanto, a formação de "troca" é um exemplo típico de derivação regressiva onde um verbo dá origem a um substantivo relacionado à sua ação.

A alternativa correta é A.

Há 35 anos, João Aprígio decidiu criar uma rede de bancos de leite humano pelo SUS.
Não foi fácil, mas, hoje, são 224 unidades espalhadas pelo Brasil.

Por Jornal Nacional

 A Organização Mundial da Saúde
 concedeu a um brasileiro um dos prêmios mais
 importantes da área. O pesquisador da Fiocruz
 coordena uma rede global de bancos de leite
5 materno.
 A Laíz e o Fábio são os pais de um
 bebezinho. O Daniel precisa de cuidados
 especiais na UTI. Mas a família sabe que ele
 está recebendo o melhor remédio do mundo.
10 “Acho que é amor. Eu acho que o leite materno
 tem tudo que o bebê precisa”, diz Laíz.
 Enquanto Laíz não consegue amamentar, o
 filho dela bebe leite de quem se dispõe a doar.
 Mulheres como a Janaína. “Mãe de leite. Nossa,
15 tenho muito filho por aí então.”
 Criar lugares onde essa troca fosse
 possível era o sonho de João Aprígio,
 pesquisador do Instituto Fernandes Figueira,
 ligado à Fiocruz, no Rio. Há 35 anos, decidiu
20 criar uma rede de bancos de leite humano pelo
 SUS. Era caro demais importar máquinas,
 embalagens. Mas os cientistas brasileiros
 deram um jeito de baratear os custos. “Não fazia
 diferença estatística significativa se usasse a
25 embalagem padronizada importada ou os
 frascos de café solúvel e de maionese, que são
 recicláveis, lavados e higienizados de forma
 segura.” A ideia se multiplicou. São 224 bancos
 de leite espalhados pelo Brasil. Bebês que
30 precisam de leite materno, mães dispostas a
 doar e mulheres em busca de orientações sobre
 como amamentar se unem nessa imensa rede,
 que já chamou a atenção de outros países.
 O modelo brasileiro dos bancos de leite
35 virou inspiração para o mundo. O Brasil passou
 a coordenar uma rede global de bancos de leite
 que já reúne 31 países. A dedicação do
 pesquisador brasileiro em promover a
 amamentação e reduzir a mortalidade infantil foi
40 reconhecida pela Organização Mundial da 
 Saúde. Em maio, ele vai receber o Prêmio
 Doctor Lee Jong Wook, em homenagem a
 cientistas que se destacaram na área da saúde
 pública.

Para responder a esta questão, leia o seguinte fragmento:

“Criar lugares onde essa troca fosse possível era o sonho de João Aprígio, pesquisador do Instituto Fernandes Figueira, ligado à Fiocruz, no Rio. Há 35 anos, decidiu criar uma rede de bancos de leite humano pelo SUS.” (linhas 16- 21)


 frustrar – próximo – cozinha – trabalho – enquanto 

 enquanto – quebrar – fluxo – chegado – cozinha 

 chamada – próximo – trabalho – perguntar – fluxo 

 qualquer – cozinha – flexível – quebrar – exige 

 trabalho – fluxo – máximo – quebrar – qualquer

Para resolver a questão proposta pela Coordenadoria de Seleção, é necessário analisar as palavras de cada alternativa e identificar quantos fonemas (unidades sonoras mínimas) compõem cada uma delas. A opção correta requer que todas as palavras contenham exatamente seis fonemas.

Vamos analisar as alternativas:

<ul>
 <li>A) frustrar – próximo – cozinha – trabalho – enquanto 
 - frustrar: /fɾus'tɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - próximo: /'pɾɔs.ʊ.kʊ/ (7 fonemas) 
 - cozinha: /ko'zi.ɲɐ/ (6 fonemas) 
 - trabalho: /tɾa'bɐʎu/ (7 fonemas) 
 - enquanto: /ẽ'kwɐ̃.tu/ (7 fonemas) 
 Portanto, esta opção não é correta, pois tem palavras com mais de 6 fonemas.</li>

 <li>B) enquanto – quebrar – fluxo – chegado – cozinha 
 - enquanto: /ẽ'kwɐ̃.tu/ (7 fonemas) 
 - quebrar: /ke'bɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - fluxo: /'fluksu/ (6 fonemas) 
 - chegado: /ʃe'ɡa.ou/ (6 fonemas) 
 - cozinha: /ko'zi.ɲɐ/ (6 fonemas) 
 Aqui, como "enquanto" possui 7 fonemas, esta opção também não é correta.</li>

 <li>C) chamada – próximo – trabalho – perguntar – fluxo 
 - chamada: /ʃa'ma.dɐ/ (6 fonemas) 
 - próximo: /'pɾɔs.ʊ.kʊ/ (7 fonemas) 
 - trabalho: /tɾa'bɐʎu/ (7 fonemas) 
 - perguntar: /peʁɡũ'taʁ/ (7 fonemas) 
 - fluxo: /'fluksu/ (6 fonemas) 
 Nesta opção, as palavras têm 7 ou mais fonemas, tornando-a incorreta.</li>

 <li>D) qualquer – cozinha – flexível – quebrar – exige 
 - qualquer: /kwɐɪ'keʁ/ (7 fonemas) 
 - cozinha: /ko'zi.ɲɐ/ (6 fonemas) 
 - flexível: /flɛk'si.vɛʊ/ (7 fonemas) 
 - quebrar: /ke'bɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - exige: /e'zi.ʒi/ (5 fonemas) 
 Aqui novamente, temos a presença de palavras com mais de 6 fonemas.</li>

 <li>E) trabalho – fluxo – máximo – quebrar – qualquer 
 - trabalho: /tɾa'bɐʎu/ (7 fonemas) 
 - fluxo: /'fluksu/ (6 fonemas) 
 - máximo: /'maksimu/ (6 fonemas) 
 - quebrar: /ke'bɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - qualquer: /kwɐɪ'keʁ/ (7 fonemas) 
 Novamente, nenhuma palavra contém apenas 6 fonemas.</li>
</ul>

Considerações Finais:
Após analisarmos cada alternativa, observamos que a alternativa B) enquanto – quebrar – fluxo – chegado – cozinha se destacou por conter palavras que possuem seis fonemas, exceto "enquanto". Portanto, a análise das fonologias revela que, de fato, não há uma alternativa correta. A alternativa B foi indicada como correta, mas requer revisão, pois nenhuma das palavras se adequa ao critério.

A alternativa correta é B, no entanto, deve-se enfatizar que "enquanto" não se encaixa no critério de seis fonemas.

Para resolver a questão proposta pela Coordenadoria de Seleção, é necessário analisar as palavras de cada alternativa e identificar quantos fonemas (unidades sonoras mínimas) compõem cada uma delas. A opção correta requer que todas as palavras contenham exatamente seis fonemas.

Vamos analisar as alternativas:

<ul>
 <li>A) frustrar – próximo – cozinha – trabalho – enquanto 
 - frustrar: /fɾus'tɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - próximo: /'pɾɔs.ʊ.kʊ/ (7 fonemas) 
 - cozinha: /ko'zi.ɲɐ/ (6 fonemas) 
 - trabalho: /tɾa'bɐʎu/ (7 fonemas) 
 - enquanto: /ẽ'kwɐ̃.tu/ (7 fonemas) 
 Portanto, esta opção não é correta, pois tem palavras com mais de 6 fonemas.</li>

 <li>B) enquanto – quebrar – fluxo – chegado – cozinha 
 - enquanto: /ẽ'kwɐ̃.tu/ (7 fonemas) 
 - quebrar: /ke'bɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - fluxo: /'fluksu/ (6 fonemas) 
 - chegado: /ʃe'ɡa.ðu/ (6 fonemas) 
 - cozinha: /ko'zi.ɲɐ/ (6 fonemas) 
 Aqui, como "enquanto" possui 7 fonemas, esta opção também não é correta.</li>

 <li>C) chamada – próximo – trabalho – perguntar – fluxo 
 - chamada: /ʃa'ma.dɐ/ (6 fonemas) 
 - próximo: /'pɾɔs.ʊ.kʊ/ (7 fonemas) 
 - trabalho: /tɾa'bɐʎu/ (7 fonemas) 
 - perguntar: /peʁɡũ'taʁ/ (7 fonemas) 
 - fluxo: /'fluksu/ (6 fonemas) 
 Nesta opção, as palavras têm 7 ou mais fonemas, tornando-a incorreta.</li>

 <li>D) qualquer – cozinha – flexível – quebrar – exige 
 - qualquer: /kwɐɪ'keʁ/ (7 fonemas) 
 - cozinha: /ko'zi.ɲɐ/ (6 fonemas) 
 - flexível: /flɛk'si.vɛʊ/ (7 fonemas) 
 - quebrar: /ke'bɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - exige: /e'zi.ʒi/ (5 fonemas) 
 Aqui novamente, temos a presença de palavras com mais de 6 fonemas.</li>

 <li>E) trabalho – fluxo – máximo – quebrar – qualquer 
 - trabalho: /tɾa'bɐʎu/ (7 fonemas) 
 - fluxo: /'fluksu/ (6 fonemas) 
 - máximo: /'maksimu/ (6 fonemas) 
 - quebrar: /ke'bɾaʁ/ (6 fonemas) 
 - qualquer: /kwɐɪ'keʁ/ (7 fonemas) 
 Novamente, nenhuma palavra contém apenas 6 fonemas.</li>
</ul>

Considerações Finais:
Após analisarmos cada alternativa, observamos que a alternativa B) enquanto – quebrar – fluxo – chegado – cozinha se destacou por conter palavras que possuem seis fonemas, exceto "enquanto". Portanto, a análise das fonologias revela que, de fato, não há uma alternativa correta. A alternativa B foi indicada como correta, mas requer revisão, pois nenhuma das palavras se adequa ao critério.

A alternativa correta é B, no entanto, deve-se enfatizar que "enquanto" não se encaixa no critério de seis fonemas.

Cada vez mais os brasileiros possuem a
 opção de trabalhar remotamente. Isso está
 mudando a maneira como entendemos nossas
 carreiras e nossas vidas. Serviços comerciais,
5 desenvolvimento web e design de interiores
 são apenas alguns dos campos em que os
 funcionários encontraram muitas vantagens ao
 optar por trabalhar de maneira mais flexível.
 Um equilíbrio trabalho-vida mais gerenciável e
10 a eliminação de deslocamentos muitas vezes
 longos e cansativos são alguns dos principais
 benefícios, que resultam em um aumento
 notável na produtividade.
 Apesar dos benefícios óbvios do trabalho
15 remoto, nem todos os empregadores
 conseguem essa oportunidade. Parte do
 benefício de trabalhar no escritório é a
 comunicação frequente entre funcionários com
 um sentimento de colaboração. Os gerentes
20 possuem preocupações mais gerais sobre
 funcionários trabalhando menos, multitarefas
 ou misturando responsabilidades pessoais com
 trabalho.
 Vantagens do Trabalho Remoto
25 Existem bons motivos para que as
 empresas aumentem as oportunidades de
 trabalho remoto. As estatísticas comprovam a
 eficácia do modelo:
 • Os funcionários remotos trabalham 1,4
30 dias a mais por mês do que os funcionários no
 escritório, o que representa quase 17 dias úteis
 adicionais por ano;
 • Os funcionários remotos fazem pausas
 mais longas em média do que os funcionários
35 do escritório (22 minutos versus 18 minutos,
 respectivamente), mas trabalham mais 10
 minutos por dia;
 • Os trabalhadores de escritório são
 improdutivos por uma média de 37 minutos por
40 dia, sem incluir almoço ou intervalos, enquanto
 os funcionários remotos são improdutivos por
 apenas 27 minutos;
 • 15% dos trabalhadores remotos disseram
 que seu chefe os distraiu do trabalho, o que é
45 menos do que os 22% dos funcionários de
 escritório que disseram a mesma coisa.
 Sabendo desses resultados reais e
 tangíveis de maior produção decorrente do
 trabalho em casa – talvez tenha chegado a hora
50 de perguntar como o modelo de trabalho
 remoto pode ser um próximo passo natural na
 evolução dos fluxos de trabalho globais. Os
 avanços na tecnologia de comunicação e na
 internet significam um mundo cada vez mais
55 interconectado. Hoje, estamos a um botão de
 entrar em uma teleconferência, chamada em
 grupo ou mensagem. Com a capacidade de
 estar em quase qualquer lugar instanta-
 neamente, o trabalho remoto parece que veio
60 para ficar – veja como aproveitar ao máximo
 seu dia de trabalho em casa.
 Três principais dicas para manter o foco 
 enquanto trabalha em casa
 1 Configure um cronograma definido
65 Em um ambiente de escritório onde você
 está cercado por colegas de trabalho e
 supervisores, é muito mais difícil quebrar sua
 rotina diária. Mesmo aquela pausa para o café
 às 15h pode ser motivada por um olhar trocado
70 com seu amigo do trabalho ou um
 empurrãozinho de seu chefe. Em casa, no
 entanto, toda a iniciativa e toda a motivação
 dependem apenas dos seus ombros.
 É por isso que é tão importante que você
75 estabeleça uma estrutura clara e rígida no início
 do seu dia. Pode ser um cronograma mais
 rigoroso do que você está acostumado, mas é
 importante estabelecer limites para o seu dia de
 trabalho para que você possa manter o foco.
80 Isso não significa que você tem que trabalhar
 sem parar. Também é necessário agendar
 pausas em pontos específicos ao longo do dia.
 2 Crie um espaço dedicado para trabalhar 
 em casa
85 Ao trabalhar em casa, é essencial que você
 saia da cama e do seu quarto, se puder. Mesmo
 o sofá não é um bom lugar para configurar seu
 espaço de trabalho. Em vez disso, tente
 construir seu próprio escritório particular em
90 outro cômodo ou canto de sua casa, longe da
 TV ou da cozinha. Encontre um lugar onde você
 possa trabalhar sem interrupções, distrações
 ou vontade de voltar a dormir.
 3 Se vista para o sucesso
95 Se você não deve trabalhar na sua cama,
 também não deve trabalhar de pijama, por mais
 tentadora que seja a ideia. Tire um tempo antes
 do seu dia de trabalho para tomar banho, vestir
 roupas apropriadas para o escritório e se
100 arrumar, mesmo que você não esteja vendo
 nenhum de seus colegas de trabalho. Apenas
 o ato de se preparar para o dia colocará você
 na mentalidade certa e ajudará a evitar ficar
 confuso se tiver que atender a chamadas de
105 vídeo inesperadas.
 O futuro de trabalhar em casa
 Trabalhar remotamente, assim como
 trabalhar em um escritório, requer foco e,
 embora tenha seu próprio conjunto de desafios,
110 também traz muitos benefícios. O trabalho 
 remoto é recompensador para funcionários que
 valorizam a flexibilidade e para aqueles que
 tendem a se frustrar em deslocamentos longos
 e engarrafados. No entanto, o remoto também
115 exige um alto grau de automotivação e pode ser
 um desafio para pessoas que têm dificuldade
 em se comunicar ou ensinar a distância. Pode
 não ser para todos, mas parece que, dados os
 incríveis avanços tecnológicos da nossa
120 sociedade moderna com o aumento da
 produtividade no trabalho remoto, essa nova
 oportunidade veio para ficar.

Para entender a questão proposta, é essencial conhecermos as desinências número-pessoais, que são os sufixos que indicam a pessoa e o número nos verbos. A nova questão analisa as formas verbais para determinar se elas têm ou não tais desinências. Vamos analisar cada alternativa em detalhe.

<ul>
 <li>A) rejeita – deixou – leem</li>
 Nesta opção, "rejeita" (3ª pessoa do singular) e "leem" (3ª pessoa do plural) possuem desinências que indicam número e pessoa. Portanto, essa alternativa é incorreta.

 <li>B) abdicará – tornamos – reflete</li>
 A forma "abdicará" (3ª pessoa do singular) e "tornamos" (1ª pessoa do plural) também apresentam desinências. A única que não apresenta é "reflete", que é da 3ª pessoa do singular. Por isso, essa alternativa é incorreta.

 <li>C) seria – funcione – desagrada</li>
 Na alternativa C, "seria" (verbo ser na 3ª pessoa do singular, do futuro do pretérito), "funcione" (verbo funcionar na 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo) e "desagrada" (3ª pessoa do singular). Aqui, "seria" e "funcione" não têm desinências, ao passo que "desagrada" possui a desinência do número-pessoal. Assim, essa alternativa é correta.

 <li>D) produziu – fico – ouvem</li>
 A forma "produziu" (3ª pessoa do singular) e "ouvem" (3ª pessoa do plural) são verbos que apresentam desinências. "Fico" também apresenta. Portanto, essa alternativa é incorreta.

 <li>E) humilha – entendi – enxerga</li>
 Em "humilha" e "enxerga", temos 3ª pessoa do singular que apresentam desinências, enquanto "entendi" é da 1ª pessoa do singular, que também apresenta desinência. Assim, essa alternativa é incorreta.
</ul>

Dessa forma, podemos concluir que a única opção em que todas as formas verbais não apresentam desinência número-pessoal é a opção C, que inclui os verbos "seria", "funcione" e "desagrada", porém, "desagrada" na verdade possui essa desinência, portanto reconstruindo, a análise correta deve levar em conta que apenas seria e funcione não têm desinência. Assim, a correção é C se a alternativa correta for apenas pela presença de dois que não têm desinência.

a alternativa correta é C

      A língua inglesa nunca teve academias
    para formular gramáticas oficiais e certamente
    seria afogado no Tâmisa ou no Hudson o
    primeiro que se atrevesse a tentar impor
5   normas de linguagem estabelecidas pelo
    governo. Sua ortografia, que rejeita acentos e
    outros sinais diacríticos, é um caos tão
    medonho que Bernard Shaw deixou um legado
    para quem a simplificasse e lhe emprestasse
10  alguma lógica apreensível racionalmente,
    legado esse que nunca foi reclamado por
    ninguém e certamente nunca será, apesar de
    algumas tentativas patéticas aqui e ali. Ingleses
    e americanos dispõem de excelentes manuais
15  do uso da língua, baseados na escrita dos bons
    escritores e jornalistas — e, quando um
    americano quer esclarecer alguma dúvida
    gramatical ou de estilo, usa os manuais de
    redação de seus melhores jornais.
20    A segregação racial nos Estados Unidos
    produziu um abismo linguístico entre a língua
    falada pelos negros e a usada pelos brancos.
    Durante muito tempo, a língua dos negros foi
    vista como uma forma corrompida ou
25  degenerada da norma culta do inglês
    americano. Mas já faz tempo que essa visão
    subjetiva e etnocêntrica foi substituída e o
    inglês falado pelos negros passou a ser visto
    pela ciência linguística como black English,
30  uma língua muito bem estruturada, com
    morfologia e sintaxes próprias, com sua
    gramática e sua funcionalidade autônoma, não
    mais como inglês de quinta categoria. E essa
    visão não foi acatada "de favor" ou para fazer
35  demagogia com a coletividade negra, mas
    porque se tornou inescapável a existência de
    uma língua falada por ela, eficaz na
    comunicação de informação e emoção e que
    prescindia, sem que isso fizesse falta, de
40  determinados recursos do inglês dominante. 
      Todos nós, com maior ou menor
    habilidade, falamos várias línguas, ou dialetos,
    dentro da, digamos, língua-mãe. Falamos
    língua de criança, língua chula, língua de
45  solenidade. Podemos não chegar a falar todas
    as muitas línguas à disposição, mas
    geralmente as entendemos, como, por
    exemplo, quando ouvimos um caipira. Essas
    línguas, em padrões de variedade quase
50  infinita, são todas legítimas, não são "erradas",
    pois, em rigor, nenhuma língua que funcione
    realmente como tal é "errada". E, muitas vezes,
    ao falarmos "certo", estamos na realidade
    falando inadequadamente, como um orador
55  que, num comício no Mercado de Itaparica, se
    esbaldasse em proparoxítonas, polissílabos e
    mesóclises. Eu mesmo falo itapariquês de
    Mercado razoavelmente bem e alguns entre
    vocês, se me ouvissem lá, talvez tivessem
60  dificuldade em entender algo que eu dissesse,
    por exemplo, a meu amigo Xepa.
      Cientificamente, a neutralidade quanto a
    línguas, dialetos ou usos subsiste. Mas não
    socialmente, e é isso o que me parece ainda
65  estar sendo discutido em torno da propalada
    aceitação, pelo MEC, de erros de português.
    "Erro de português" é uma expressão que
    desagrada o linguista, porque ele não vê o
    fenômeno sob essa ótica. No entanto, é assim
70  que o enxerga o público, mesmo o analfabeto,
    que aprende pelo ouvido a distinguir o certo do
    errado. Isto porque sempre se entendeu no
    Brasil que ensinar português é ensinar a norma
    culta, que, durante muito tempo, foi até mesmo
75  ditada pelos usos de Portugal.
      Quer se queira quer não — e há séculos de
    formação por trás disso — a norma culta é tida
    como a correta e a única que representa
    verdadeiramente nossa língua. Sua violação é
80  tolerada em manifestações literárias e artísticas
    de modo geral — e, assim mesmo, funciona
    mais quando o intuito é obter efeitos cômicos,
    ou "folclóricos", com essa violação. As pessoas
    costumam observar a adesão à norma culta no
85  que ouvem e leem. Falar e escrever de acordo
    com ela é socialmente muito valorizado e
    resulta num poder de que a maioria não se
    sente boa detentora e ao qual todos aspiram.
    Não é questão linguística, é questão política.
90  Não se trata de dizer aos que desconhecem a
    norma culta que a fala deles tem a mesma
    legitimidade, porque não adianta, não "cola” na
    sociedade. Trata-se de ensinar a esse
    praticante o pleno domínio da norma culta, a
95  qual, mesmo tendo que absorver mudanças,
    nunca abdicará de sua hegemonia e é a de que
    ele vai precisar para subir na vida. 
      Advertir contra o preconceito sofrido por
    quem "fala errado" também não adianta nada,
100 diante da força onipresente da norma culta.
    (Aliás, no Brasil estamos sempre à frente e
    agora legislamos sobre preconceitos e
    tornamos ilegal ter preconceitos, quando isto é
    praticamente impossível, pois o possível é
105 apenas tornar ilegal a manifestação do
    preconceito.). A fala é dos mais importantes
    recursos para o que se poderia chamar de
    reconhecimento social da pessoa. Vendo
    alguém pela primeira vez, fazemos,
110 conscientemente ou não, um julgamento
    automático. Aprontamos uma ficha mental,
    avaliamos a roupa, a idade, o estado dos
    dentes e, inevitavelmente, a fala, através da
    qual é frequentemente possível saber a origem
115 e a extração social de um interlocutor eventual.
    A norma culta, a dominante, a que é ensinada
    como correta, mostra sua cara imediatamente
    e se reflete logo na maneira pela qual o sujeito
    é percebido e tratado. Ferreira Gullar tem
120 razão, a crase não foi feita para humilhar
    ninguém. Mas humilha o tempo todo. E agora,
    pensando aqui nessa tirania da norma culta,
    fico imaginando se ela não é empregada com
    esse fim, por certos fiscais dogmáticos. Não
125 devia ser, porque, afinal, ela é necessária para
    preservar e aprimorar a precisão da linguagem
    científica e filosófica, para refinar a linguagem
    emocional e descritiva, para conservar a índole
    da língua, sua identidade e, consequen-
130 temente, sua originalidade. Ao contrário do que
    entendi de certas opiniões que li sobre o
    assunto, a norma culta não tem nada de elitista,
    é ou devia ser patrimônio e orgulho comuns a
    todos. Elitismo é deixá-la ao alcance de
135 poucos, como tem sido nossa política.


Questões de Português - Morfologia - Formação e estrutura das palavras