Na formação de palavras por meio da adição de prefixos, é fundamental compreender o significado original do prefixo para que se estabeleça a relação semântica entre a palavra derivada e o seu radical. No caso da palavra "interação", o prefixo "inter" tem origem latina e carrega a ideia de relação ou posição situada entre duas ou mais entidades, pontos ou elementos.

Analisando as alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Ação contrária: Esta alternativa faz referência à ideia de oposição, o que não corresponde ao sentido de "inter". Exemplos de prefixos que indicam oposição são "anti-" ou "contra-". Portanto, esta alternativa está incorreta.</li>
 <li>B) Anterioridade: A noção de anterioridade relaciona-se ao que vem antes ou é precedente a algo. O prefixo "inter" não indica esse conceito, mas sim uma relação de meio ou de "entre". Assim, esta alternativa também não se aplica.</li>
 <li>C) Movimento para dentro: Esta alternativa remete à ideia de movimento interior, usualmente associada ao prefixo "intra-", que indica algo que ocorre no interior ou para dentro de um determinado espaço. O prefixo "inter" não carrega essa ideia, mas sim a de algo que ocorre entre duas referências.</li>
 <li>D) Posição intermediária: Esta alternativa é a que melhor captura a função do prefixo "inter". Ele indica uma posição ou relação que se situa entre dois pontos, elementos ou entidades, exemplificado em termos como "internacional" (entre nações) ou "intermunicipal" (entre municípios). Dessa forma, a opção D está correta.</li>
</ul>

Adicionalmente, é importante destacar que o prefixo "inter" possui uma forte presença na língua portuguesa, mantendo sempre a ideia de "entre" ou "no meio de", o que reforça a noção de que a derivação de "interação" reflete justamente a relação estabelecida entre duas partes, contribuindo para a construção do sentido pela aproximação e pela conexão recíproca.

Portanto, a análise do prefixo "inter" demonstra que a alternativa correta é a que descreve essa ideia de posição intermediária, uma vez que é esse o conceito que o prefixo carrega na estrutura da palavra "interação".

Gabarito: Letra D

A proposta de discutir saúde, educação e qualidade de vida pressupõe o estabelecimento de contornos conceituais que favoreçam sua compreensão. Entre as inúmeras possibilidades que o tema permite, o ponto de partida será a reflexão que os direitos humanos instigam sobre a imbricação dessas áreas com o “estado de direito”. Segundo Dalmo Dallari, são três os direitos humanos fundamentais: saúde, educação e trabalho.
 O direito à saúde é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, resultante da interação com o meio ambiente, a alimentação, a habitação, a assistência médico-hospitalar e a qualidade das relações socioafetivas adquiridas ao longo de seu desenvolvimento. O direito à educação refere-se ao desenvolvimento intelectual, à obtenção e à ampliação de conhecimento para desenvolvimento psíquico e interação social, sem os quais os homens se aprisionam nas formas desiguais dadas pelas estruturas sociais. O terceiro direito fundamental é o do trabalho, em condições dignas e justas, que ofereça recompensa pelo esforço empreendido e seja objeto de realização, satisfação e prestígio pessoal e social. O cumprimento desses direitos básicos deve garantir a dignidade e o bom desenvolvimento do homem, propiciando boa qualidade de vida.
 Isso posto, cabe a reflexão de como esse “estado de direito” vem sendo cumprido nas sociedades contemporâneas, principalmente na nossa. Pode-se afirmar que esforços históricos são adotados para minimizar as desigualdades nos campos da saúde e da educação, embora a falta de acesso e de qualidade dos serviços básicos ainda seja determinante para a baixa qualidade de vida da maioria da população brasileira. Conforme aponta Fábio Comparato, o direito deve ser exigido pelo cidadão de qualquer comunidade, mas nossa tradição é a da acomodação e dos favores. Aquilo que é direito muitas vezes passa a ser entendido como favor e há inversão do valor social. As desigualdades ficam justificadas pelas diferenças – de cor, raça, gênero, credo – e o que deveria ser a base da construção cultural da estrutura social passa a cristalizar processos de pauperização e injustiça.
 Fazendo breve análise dos campos da saúde e da educação no país, é possível afirmar que __ duas últimas décadas foram de ampliação inquestionável dos serviços básicos de atendimento, no que se refere, pelo menos, __ acessibilidade. Na saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) propõe a prevenção e a promoção descentralizada, favorecendo que estados e municípios considerem suas especificidades e elejam prioridades de acordo com __ necessidades específicas de cada região. Na educação, o acesso ao ensino fundamental foi ampliado significativamente tanto nos centros urbanos quanto nas áreas rurais. Iniciativas em relação ao ensino médio e universitário ganharam força principalmente nos últimos anos. Programas sociais como o Renda Mínima e o Bolsa Família, entre outros, foram criados priorizando essas duas áreas.
 No entanto, verificamos que essas medidas de caráter macrossocial estão longe de fazer cumprir os direitos fundamentais da dignidade e do bom desenvolvimento. Na saúde, embora haja melhoras significativas como a queda da taxa de desnutrição infantil obtida pelo sucesso das campanhas dirigidas ao aleitamento materno, ainda temos problemas elementares, entre os quais a defasagem no acompanhamento pré-natal, a efetivação da prevenção e do controle dos fatores de risco, como gravidez na adolescência, a infecção pelas doenças sexualmente transmissíveis e o combate às drogas. Na educação, o esvaziamento do sentido da escola, em razão do esgotamento da escolaridade como mobilidade social e do enfraquecimento da capacidade socializadora, promove fenômenos cada vez mais frequentes como a incompreensão e a indisciplina.
 A qualidade das relações vinculares que as pessoas efetivam nas diversas instituições às quais pertencem – a escola, a família e o trabalho – pode, em muito, elevar a sua autoestima, a definição de escolhas, a exigência e a atuação em direção à conquista dos direitos e da ob tenção da dignidade humana e do bom desenvolvimento. Não se trata da individuação dos problemas, mas de incentivar o protagonismo de ideias e ações a favor de uma cidadania ativa.

Na alternativa B – Desmatar / entristecer, temos dois verbos que, na sua formação, partem de um radical a que se acrescenta um elemento prefixal para modificar ou intensificar o sentido. Em desmatar, o prefixo “des-” é adicionado a matar, radical que, neste caso, assume o sentido de “eliminar a vegetação” ou “afastar a mata”. Já em entristecer, temos a junção do prefixo “en-” ao radical triste, com a adição do sufixo verbal “-ecer”, característico da formação de alguns verbos a partir de adjetivos, designando a ação de “fazer ficar triste” ou “tornar-se triste”. Assim, ambos os termos resultam de processos que envolvem, primeiramente, um processo de prefixação e, ainda que entristecer incorpore um sufixo, o mecanismo principal é a junção de um prefixo a uma base lexical já existente.

Analisando as outras alternativas, percebemos que:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: Em desaparecer temos o prefixo “des-” unido ao verbo aparecer, enquanto em desabamento ocorre a formação de um substantivo a partir do verbo abalar pela adição do sufixo -mento; ou seja, os processos de formação diferem.</li>
 <li>Alternativa C: Tanto equidade quanto felicidade são formadas por sufixação (sufixos -dade/-idade) a partir de bases que expressam qualidades, contudo, apesar de serem ambos substantivos abstratos, seus processos de formação não correspondem aos mecanismos prefixais observados em B.</li>
 <li>Alternativa D: Abalo e badalado não apresentam o mesmo processo de formação: o primeiro é um substantivo derivado de verbo ou adjetivo, e o segundo é um particípio/adjetivo formado com o sufixo -ado; ou seja, tratam-se de processos diferentes.</li>
</ul>

Portanto, a alternativa que reúne palavras formadas pelo mesmo processo de formação – especificamente, processos que envolvem a adição de prefixos sobre elementos já existentes para a formação de verbos – é a alternativa B.

Gabarito: Letra B

Alternativa Correta:

Para resolver essa questão, é necessário compreender o conceito de ditongo decrescente, que consiste na união de duas vogais na mesma sílaba, em que a primeira é a vogal mais proeminente (ou tônica) e a segunda é a semivogal. Em outras palavras, a intensidade da pronúncia diminui do primeiro para o segundo elemento. Exemplos clássicos de ditongos decrescentes são “au”, “ei” e “eu”.

Analisando cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Matemática. – Nesta palavra, não há ocorrência de ditongo. Os encontros vocálicos presentes não se configuram como um ditongo decrescente, pois as vogais estão separadas em diferentes sílabas ou não formam a combinação que caracteriza a semivogal.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) Bebeu. – Nesta alternativa, a palavra “bebeu” possui o ditongo decrescente “eu” na última sílaba. Aqui, a vogal “e” é pronunciada com maior força, seguida pela semivogal “u”, caracterizando um som que diminui em intensidade, típica de um ditongo decrescente.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) Ida. – Esta palavra não contém nenhum encontro vocálico que configure um ditongo decrescente, já que a distribuição das vogais não gera essa sequência.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">D) Papel. – Em “papel”, as vogais “a” e “e” não formam um ditongo, pois estão localizadas em sílabas diferentes, o que impede a formação de um segmento fonético contínuo que caracterize um ditongo, seja ele decrescente ou crescente.</li>
</ul>

Portanto, ao identificar a sequência “eu” em “bebeu” e analisar sua pronúncia, verifica-se que ela se encaixa na definição de ditongo decrescente, onde a força da pronúncia decai do "e" para o "u". Assim, a alternativa correta é a letra B.

Gabarito: Letra B

Nesta questão, devemos identificar a alternativa que não apresenta encontro consonantal. Um encontro consonantal ocorre quando duas ou mais consoantes se juntam na mesma sílaba, sem que haja a presença de uma vogal entre elas. É importante saber que, em alguns casos, dígrafos (como “ch”, “lh”, “nh”, “qu” e “gu” quando representam um único som) não são considerados encontros, pois as duas letras formam um único fonema.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Cliente. 
 No termo “cliente”, temos o grupo “cl” na sequência inicial, que constitui um encontro consonantal, pois as consoantes “c” e “l” estão na mesma sílaba (cli-). Além disso, o grupo “nt” também forma um encontro entre as consoantes “n” e “t”.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) Treino. 
 Em “treino”, há o encontro “tr” que se apresenta no início da palavra, formando um grupo consonantal, sendo “t” e “r” que se unem na mesma sílaba.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) Psicologia. 
 No início do termo "psicologia", as consoantes “p” e “s” se encontram juntas formando o grupo “ps”. Apesar de na pronúncia moderna o “p” ser mudo e “ps” produzir o som de /s/, trata-se de um encontro consonantal por estarem próximas na grafia e na formação das sílabas.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">D) Querosene. 
 Em “querosene”, a sequência “qu” não é considerada um encontro consonantal, pois forma um dígrafo que produz um único som (/k/) na língua portuguesa. Assim, nesse caso, sequer há a presença de um encontro consonantal, mas de um dígrafo.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A alternativa D (Querosene) é a resposta correta, pois não apresenta encontro consonantal, mas sim um dígrafo que, de acordo com as regras de formação das palavras na Língua Portuguesa, não é classificado como encontro consonantal.

Gabarito: Letra D

Questões de Português - Morfologia - Formação e estrutura das palavras