Em "a": Errado &nbsp;–&nbsp; "Entre" indica uma relação de proximidade com o substantivo, ou seja, com a rua, mas não com o emissor do texto. Em "b": Errado &nbsp;–&nbsp; Também não apresenta uma relação de proximidade com o emissor do texto. Em "c": Certo &nbsp;–&nbsp; Veja que o quarto muito provavelmente é do enunciador; por isso, usa a forma "este" e, por isso também, encontra-se em uma relação de proximidade para com ele. Em "d": Errado &nbsp;–&nbsp; No caso, "o ser" já se refere ao próprio emissor do texto; logo, não há uma relação de proximidade, mas sim de essência. Resposta: Letra C.

<center>Entre a rua, este quarto e o ser
(Camila de Oliveira Silva)</center>

 Recebo a manhã de pé. Consciente da minha insone madrugada, eu estou à beira das 6h. Pressinto o dia longo, que vai arrastar esse corpo que sequer se esticou. Pronto o café, pronta uma manhã e nem importa que eu não esteja preparada para absolutamente nada hoje. Alguma vez já quis pedir ao dia que me levante. Não sei seguir por essa hora em chamas, nesse amarelo que cai sobre o dia, que não me socorre. Às vezes, antes de ir à rua, me pego querendo ir direto para a noite. Algo me vem em cheio nessas horas e não é a saudade que ontem, sem razão, me consumia de vida e morte.

 E de repente já estou na rua, rumando, rearrumando e esfregando meus olhos secos. Esforçando em segurar lágrimas e sabendo que preciso, agora, despejar meu olhar sobre o mundo: o mais seco que eu quiser. Desejo despejar meu olhar dentro dos olhos de todo mundo. Ando, e sinto que os passos só escorrem para alcançar sentido. Quando estou aqui, parece que a rua é tudo o que tenho, sou e tudo o que sobrei. [...]

O enunciado da questão trata da análise morfológica da expressão "poderão elaborar" (linhas 10 e 11), questionando se ela se classifica como uma locução verbal. Para entender isso, precisamos definir o que é uma locução verbal. Uma locução verbal é formada pela junção de um verbo de ligação (ou auxiliar) e um verbo principal, onde o verbo auxiliar contribui com nuances de modo, tempo, aspecto ou voz para o verbo principal, sem ter um significado completo sem este.
 
A expressão "poderão elaborar" é composta pelo verbo "poderão" (futuro do presente do indicativo do verbo poder) e pelo verbo "elaborar" (forma infinitiva). Aqui, o verbo "poder" funciona como auxiliar, adicionando o aspecto modal (possibilidade) ao verbo principal "elaborar". Juntos, eles formam uma unidade com um significado específico e dependente, contradizendo a parte do enunciado que afirma que as duas formas verbais são "semanticamente independentes uma da outra". Na verdade, são semanticamente dependentes, pois o sentido de possibilidade introduzido pelo verbo "poder" é essencial para a interpretação da ação de "elaborar" nesse contexto.
 
Portanto, a afirmação de que são independentes está incorreta, e a expressão "poderão elaborar" é sim uma locução verbal, mas não pelas razões apontadas na questão. A interdependência semântica entre os verbos é crucial para o status de locução verbal e para a análise correta da frase.
 
A alternativa correta é E.

A expressão “poderão elaborar” (linhas 10 e 11) classifica‑se, quanto à morfologia, como locução verbal, por ser a junção, em sequência, de um verbo auxiliar e de um verbo principal e por essas duas formas verbais serem, semanticamente, independentes uma da outra.


1     Os técnicos em manutenção de sistemas
   metroferroviários dispõem, agora, de resolução do
   Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT). A
4  normativa, aprovada recentemente, durante uma sessão
   plenária da autarquia federal, define atribuições, campos
   de atuação e prerrogativas dos profissionais registrados
7  no Sistema CFT/CRTs. A nova resolução entra em vigor
   após ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).
      No exercício legal da profissão, técnicos em
10 manutenção de sistemas metroferroviários poderão
   elaborar estudos, executar projetos e prestar serviços
   de manutenção em veículos e equipamentos utilizados
13 no transporte de pessoas em cidades e regiões
   metropolitanas. Entre as atribuições dessa modalidade,
   há o planejamento, o controle e a execução das dez
16 atividades de manutenção preventiva, preditiva e
   corretiva em componentes de vagões, locomotivas e
   máquinas metroferroviárias.
19    A resolução assegura aos profissionais a
   prerrogativa de atuar como perito perante a órgãos
   públicos e ao setor privado, de elaborar manuais técnicos
22 e de boas práticas, de emitir laudo técnico e de ministrar
   disciplinas em sua especialidade, assim como de realizar
   medições e calibrações em equipamentos e de projetar
25 cabeamentos de rede lógica.
      Na realização de estudos, execução de projetos
   e prestação de serviços, o profissional habilitado deverá
28 emitir o termo de responsabilidade técnica (TRT).
      O presidente do CFT destaca que, ao normatizar
   a profissão dos técnicos em manutenção de sistemas
31 metroferroviários, o CFT promove a valorização da
   categoria e oferece proteção à sociedade. Ao lado
   do vice‑presidente, Ricardo Nerbas, e dos diretores
34 Valdivino Alves de Carvalho (administrativo), José
   Carlos Coutinho (financeiro) e Bernardino José
   Gomes (fiscalização e normas), Rockembach afirma que
37 o trabalho ético e eficiente desenvolvido por técnicos
   industriais habilitados no Sistema CFT/CRTs é indispensável
   à segurança e ao bom funcionamento do sistema de
40 transporte de pessoas em diversas regiões do Brasil.


Em relação à estrutura linguística do texto, julgue o item.


Uma cama de hospital é um táxi estacionado com o taxímetro rodando / hospitalar.

A autoridade da moda é tão absoluta que nos força a sermos ridículos para não parecê-lo / modal.

O ócio é um relógio sem ponteiros / despontuado.

Quando ouço falar de ecologia, saco logo meu talão de cheques / checado.

Deste mundo nada se leva. Dos outros se traz apenas pedras de laboratório / laborais.

A questão pede para identificar a locução adjetiva que pode ser corretamente substituída por um adjetivo. Vamos decifrar as alternativas por partes, usando um pouco de nossa habilidade linguística para desvendar essa charada! 
 
🤓 Primeiro, o que é uma locução adjetiva? Basicamente, é uma combinação de palavras que funciona como adjetivo, atribuindo características ao substantivo. Este é o cenário geral, porém, como em tudo na língua, os detalhes fazem toda a diferença. 
 
<ul style="margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) "Uma cama de hospital é um táxi estacionado com o taxímetro rodando / hospitalar." Aqui, a locução "de hospital" pode ser elegantemente trocada por "hospitalar", que mantêm a ideia de algo relativo a hospitais.</li> 
<li>B) "A autoridade da moda é tão absoluta que nos força a sermos ridículos para não parecê-lo / modal." "Modal" não substitui "da moda" de maneira adequada, pois "modal" se refere mais a modos ou métodos, não a moda (trendy stuff).</li> 
<li>C) "O ócio é um relógio sem ponteiros / despontuado." "Despontuado" não é um termo usado ou reconhecido na língua portuguesa por isso não é uma substituição válida.</li> 
<li>D) "Quando ouço falar de ecologia, saco logo meu talão de cheques / checado." "Checado" implica em algo verificado ou conferido, não serve como substituto para "de cheques", que se refere ao objeto específico.</li> 
<li>E) "Deste mundo nada se leva. Dos outros se traz apenas pedras de laboratório / laborais." "Laborais" relaciona-se mais a trabalho ou questões trabalhistas, não servindo como adjetivo para "pedras de laboratório".</li> 
</ul> 
 
Nessa análise de conjunto, a única substituição que faz total sentido sem alterar a essência é a alternativa A, onde "de hospital" é trocado por "hospitalar". Isso mantém o sabor do enunciado e a precisão linguística! 
 
A alternativa correta é A.

Olá! Vamos desmembrar essa questão de Português para entender a classificação morfológica da palavra destacada "que" no contexto da frase apresentada.

 

A palavra "que" pode ter diversas funções na língua portuguesa, servindo como pronome (relativo ou interrogativo) ou conjunção (integrante, adversativa, etc.). No caso do fragmento apresentado, "que" é usado para introduzir uma oração subordinada adjectiva. Essas orações são introduzidas por pronomes relativos e têm a função de caracterizar ou especificar um substantivo anterior, neste caso, "os discursos".

 

O pronome relativo "que" retoma "os discursos", ou seja, refere-se a eles para dar continuidade ao pensamento, unindo a oração principal ("E começou a ladainha") com a oração subordinada ("que ele ensaiava nas nossas brigas") que especifica quais discursos são esses. Essa ligação caracteriza o "que" como um pronome relativo, visto que integra o discurso, referenciando termos mencionados anteriormente para fornecer mais informações sobre eles.

 

A alternativa correta é A.

Questões de Português - Morfologia