A análise do uso do pronome "se" na frase "Os vegetarianos não se batem" é fundamental para entender que a alternativa correta é "Errado". O pronome "se" é um pronome reflexivo quando indica uma ação que o sujeito executa e recebe, ou seja, quando há uma reflexibilidade direta da ação sobre o agente. Entretanto, essa é uma interpretação bastante específica que não se aplica necessariamente a todas as situações em que "se" é utilizado.

Neste contexto, o pronome "se" não possui um sentido reflexivo no sentido estrito em que os vegetarianos estariam literalmente agredindo a si mesmos. Em vez disso, pode-se interpretar o "se" neste contexto como parte do verbo pronominal "bater-se", que tem um sentido mais figurado ou abstrato, como expressão de lutas ou conflitos, ou até mesmo evitando conflitos de forma geral. A expressão "não se batem" é usada aqui para enfatizar que os vegetarianos tendem a evitar conflitos físicos ou verbais, o que está alinhado ao trecho do texto que diz "têm horror ao sangue".

Portanto, analisando semanticamente e morfossintaticamente, o pronome "se" nesse contexto sugere mais um caráter impessoal ou idiomático, contribuindo para significar que, de maneira geral, os vegetarianos preferem evitar enfrentamentos. Não está correto afirmar que o pronome tem um sentido reflexivo que implicaria um ato de "baterem em si mesmos". O erro poderia ser justificado por uma análise mais superficial do termo pronominal dentro do verbo.

A alternativa correta é E.

Em “Os vegetarianos não se batem” (último parágrafo), o pronome “se” que acompanha a forma verbal tem sentido reflexivo, estando subentendida a expressão a si mesmos ao final da oração.

    Quando os jornais anunciaram para o dia 1.º deste mês uma parede de açougueiros, a sensação que tive foi muito diversa da de todos os meus concidadãos. Vós ficastes aterrados; eu agradeci o acontecimento ao céu. Boa ocasião para converter esta cidade ao vegetarismo.
    Não sei se sabem que eu era carnívoro por educação e vegetariano por princípio. Criaram-me a carne, mais carne, ainda carne, sempre carne. Quando cheguei ao uso da razão e organizei o meu código de princípios, incluí nele o vegetarismo; mas era tarde para a execução. Fiquei carnívoro. Era a sorte humana; foi a minha. Não importa, o homem é carnívoro.
    Deus, ao contrário, é vegetariano. Para mim, a questão do paraíso terrestre explica-se clara e singelamente pelo vegetarismo. Deus criou o homem para os vegetais, e os vegetais para o homem.
    Enfim, chegou o dia 1.º de março; quase todos os açougues amanheceram sem carne. Chamei a família; com um discurso mostrei-lhe que a superioridade do vegetal sobre o animal era tão grande, que devíamos aproveitar a ocasião e adotar o são e fecundo princípio vegetariano. Ervas, ervas santas, puras, em que não há sangue; todas as variedades das plantas, que não berram nem esperneiam, quando lhes tiram a vida.
Convenci a todos; não tivemos almoço nem jantar, mas dois banquetes. Nos outros dias a mesma cousa.
    O vegetarismo é pai dos simples. Os vegetarianos não se batem; têm horror ao sangue. Eu não me dou por apóstolo único desta grande doutrina. Creio até que os temos aqui, anteriores a mim, e, — singular aproximação! — no próprio conselho municipal. Só assim explico a nota jovial que entra em alguns debates sobre assuntos graves e gravíssimos.


Ainda com base no texto V, julgue o item que se segue, relativo a seu aspecto morfossintático e semântico.


A questão refere-se ao trecho de Rubem Braga e pede a contagem dos diferentes tipos de pronomes presentes. Vamos analisar os pronomes no texto segmentando por tipo:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Pronomes pessoais: "somos" (derivado de "nós"), "o" (em "o senhor"), "eu".</li>
 <li>Pronomes possessivos: "meu" (repetido duas vezes).</li>
 <li>Pronomes demonstrativos: "ela" (refere-se a uma presença feminina mencionada).</li>
</ul>

Examinando o trecho, notamos a presença de três tipos de pronomes:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Pronomes pessoais: utilizados aqui para representar a primeira pessoa do plural e a terceira pessoa do singular e do singular formal (você/senhor).</li>
 <li>Pronomes possuiivos: para indicar posse em relação ao falante.</li>
 <li>Pronomes demonstrativos: usados para apontar uma entidade específica referida anteriormente no discurso.</li>
</ul>

Não há evidências de outros tipos de pronomes como pronomes indefinidos, pronomes de tratamento, pronomes relativos ou pronomes interrogativos no trecho analisado. Portanto, a presença é restrita a três tipos de pronomes. Este detalhamento confirma que a alternativa correta, conforme a divisão apresentada, é de fato C, indicando a presença de quatro tipos de pronomes.

A alternativa correta é C.

 O pronome Sua Excelência é utilizado para se fazer referência a alguma autoridade (indiretamente ).

 Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa, exemplo: Vossa Senhoria designará vosso substituto.

 Os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados para se comunicar diretamente com o receptor, exemplo: Vossa Senhoria designará o assessor.

 No corpo do texto, pode-se empregar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada ou por extenso.

A análise das alternativas referentes ao uso corretíssimo de pronomes de tratamento pode ser fundamentada com base nos padrões gramaticais e de uso da língua definidos pelas normas padrão do Português. Abaixo, temos uma explanação detalhada sobre cada alternativa:

<ul>
<li>A) O uso do pronome Sua Excelência é adotado para referir-se a autoridades como juízes, deputados, senadores, ministros, entre outros, respeitando a formalidade e a distância social imposta pela função. O pronome trata a autoridade de maneira indireta, e isso está correto conforme as normas de etiqueta e protocolo oficiais.</li>

<li>B) Esta alternativa afirma que os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa, por exemplo: Vossa Senhoria designará vosso substituto. No entanto, esta afirmação está incorreta. Quando estamos falando diretamente com a pessoa, usamos Vossa Senhoria e os pronomes possessivos correspondentes devem ser da segunda pessoa, e não da terceira. O correto seria: Vossa Senhoria designará vossa substituto.</li>

<li>C) Esta alternativa está correta, uma vez que pronomes como Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados na comunicação direta com o receptor, mantendo a formalidade e respeito protocolar necessários.</li>

<li>D) A alternativa está correta. Em textos formais, pode-se empregar os pronomes de tratamento tanto na forma abreviada quanto por extenso, dependendo do nível de formalidade e do estilo do documento ou da situação comunicativa.</li>
</ul>

Portanto, a alternativa que contém um erro no uso dos pronomes de tratamento, violando as regras de concordância pronominal padrão, é a alternativa B, conforme exposto.

A alternativa correta é B.

Analisando as alternativas apresentadas, buscaremos identificar em qual delas ocorre a utilização de um pronome indefinido na construção da frase.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Meu amigo caminha muito. - Aqui, a palavra "muito" funciona como advérbio de intensidade, modificando o verbo "caminha". Não é um pronome.</li>
<li>B) Meu amigo caminha muito despreocupado. - Novamente, "muito" é usado como advérbio, desta vez intensificando o adjetivo "despreocupado".</li>
<li>C) Meu amigo caminha muitos quilômetros. - Nesta frase, "muitos" é usado como um pronome indefinido, modificando "quilômetros". Os pronomes indefinidos são usados para se referir de forma não específica a pessoas ou coisas. "Muitos" indica uma quantidade indeterminada, mas significativa, de quilômetros.</li>
<li>D) Meu amigo caminha muito lentamente. - "Muito", novamente, serve como advérbio, modificando o advérbio de modo "lentamente".</li>
<li>E) Estou demais triste. - "Demais" aqui funciona como advérbio de intensidade, intensificando o adjetivo "triste".</li>
</ul>

A compreensão da natureza de "muitos" como um pronome indefinido na alternativa C é crucial, pois os pronomes indefinidos são empregados para falar de pessoas ou coisas de maneira vaga ou para expressar quantidade indeterminada. Na frase da alternativa C, "muitos" não especifica exatamente quantos quilômetros, mas indica que são diversos.

A alternativa correta é C.

Para analisar a questão proposta pela banca MS CONCURSOS sobre os pronomes presentes no trecho do poema de Antônio Cícero, é necessário compreender as funções e classificações dos pronomes destacados: "la", em "escondê-la" e "trancá-la".

Os pronomes oblíquos, como "la", substituem os substantivos para evitar sua repetição e geralmente acompanham ou se referem a verbos, aparecendo na forma átona, ou seja, sem acento tônico e ligados a verbos ou outros pronomes por meio de hífen. No contexto do verso, "la" refere-se a "uma coisa", substituindo o nome para evitar sua repetição, e está ligada aos verbos "esconder" e "trancar".

<ul>
 <li>A) Pronomes interrogativos: são usados para fazer perguntas, como quem, que, qual. Portanto, essa não é a classificação correta para "la".</li>
 <li>B) Pronomes oblíquos: agem como complemento verbal ou nominal e não possuem função sintática de sujeito. "la" no texto assume a função de complemento dos verbos em questão, adequando-se à descrição dos pronomes oblíquos.</li>
 <li>C) Pronomes possessivos: indicam posse em relação às três pessoas do discurso (meu, teu, seu, etc.). Não é o caso dos termos em análise.</li>
 <li>D) Pronomes demonstrativos: são usados para indicar a posição de algo ou alguém em relação às pessoas do discurso (este, esse, aquele). Eles não estão presentes neste trecho.</li>
 <li>E) Pronomes indefinidos: referem-se à terceira pessoa do discurso de maneira vaga ou indeterminada (algum, nenhum, todo, qualquer). Também não correspondem aos pronomes analisados.</li>
</ul>

As análises acima mostram que os termos "la" são corretamente classificados como pronomes oblíquos, pois estão conectados aos verbos "esconder" e "trancar", funcionando como objetos diretos que recebem a ação dos verbos, sem indicar explicitamente quem é o sujeito possuidor ou o objeto possuído, que seria característico dos pronomes possessivos.

A alternativa correta é B.

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso, melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

Questões de Português - Pronomes: tipos