 O homem consequente crê no destino; o volúvel, no azar.

 Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível.

 Um parente pobre é sempre um parente distante.

 Os parentes distantes sempre estão próximos demais.

 Chamar alguém de presunçoso é chamar-lhe louco em bom estilo.

Para resolver esta questão, precisamos encontrar a frase que emprega adjetivos antônimos, ou seja, palavras de significados opostos que contrastam entre si dentro da mesma frase.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) O homem consequente crê no destino; o volúvel, no azar. 
Aqui, os termos "consequente" e "volúvel" não são exatamente antônimos. Embora representem características opostas de comportamento (constância vs. inconstância), eles não expressam uma relação de oposição direta de sentido nos termos do uso adjetivo.</li>

<li>B) Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível. 
Esta frase não apresenta adjetivos e, portanto, não há jogo de antônimos.</li>

<li>C) Um parente pobre é sempre um parente distante. 
"Pobre" e "distante" são adjetivos, mas eles relacionam-se mais metaforicamente do que como antônimos. Eles não formam um par de opostos diretamente comparáveis.</li>

<li>D) Os parentes distantes sempre estão próximos demais. 
Esta frase usa claramente adjetivos antônimos: "distantes" e "próximos". Eles são opostos diretos que jogam com a ideia de proximidade física e emocional, criando um contraste evidente dentro da mesma frase.</li>

<li>E) Chamar alguém de presunçoso é chamar-lhe louco em bom estilo. 
Esta opção utiliza adjetivos ("presunçoso" e "louco"), mas sem serem antônimos. Ambos carregam um peso pejorativo, mas não representam opostos.</li>
</ul>

Assim, a alternativa que apresenta um claro uso de adjetivos antônimos é a opção D, onde "distante" e "próximo" são diretamente opostos, ilustrando o contraste dentro do contexto sugerido pela frase.

A alternativa correta é D.

A questão compreende assuntos relacionados ao campo da semântica da língua, mais precisamente em relação ao uso de sinônimos e antônimos. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Certo - "Conciso" refere-se à capacidade de ser breve e claro, falar sem a necessidade de fazer rodeios, ou seja, de maneira objetiva. "Prolixo", por sua vez, é o contrário disso: refere-se àquele que escreve de forma redundante, de modo a fazer rodeios, sem ir direto ao ponto, prejudicando a clareza textual. Logo, podemos afirmar que "prolixo" é o antônimo de "conciso". Em "b": Errado - "Lacônico", desde a Grécia Antiga, descreve um modo de comunicação breve, sucinto e objetivo. Por isso, não é o antônimo de "conciso". Em "c": Errado - "Coerente" também não é um termo cujo significado se opõe a "conciso", pois ser conciso é uma das formas de se garantir coerência textual, por exemplo. Em "d": Errado - "Ambivalente" refere-se a algo que dispõe de dois valores diferentes; isso não necessariamente significa ser prolixo, ou seja, falar ou escrever de maneira redundante. Em "e": Errado - "Sucinto" é sinônimo de "conciso", pois, quando se é conciso, está sendo também sucinto. Resposta: Letra A.

Para responder essa questão adequadamente, é essencial compreender os significados das expressões destacadas e encontrar seus sinônimos mais precisos. O trecho "Se repetimos a narrativa de opressão, perpetuamos sua essência." utiliza o termo "perpetuamos", que significa manter algo em continuidade, sem interrupção – ou seja, fazer com que algo perdure ao longo do tempo. O outro trecho, "para delimitar quem nos fala e inferir o que nos isola ou ajuda a colaborar", usa o verbo "inferir", que significa tirar uma conclusão a partir de algo conhecido ou suposto.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: imortalizamos / machucar.
 "Imortalizamos" pode ser considerado um sinônimo de "perpetuamos", porém, a palavra "machucar" não tem relação com "inferir"; o primeiro termo refere-se a causar dor física ou emocional, enquanto o segundo implica em tirar uma conclusão ou deduzir algo.</li>
 
 <li>Alternativa B: criamos / aprendemos.
 "Criamos" e "perpetuamos" transportam ideias distintas; criar é dar origem, enquanto perpetuar é manter. Além disso, "aprendemos" não é sinônimo de "inferir", já que aprender envolve adquirir conhecimento e inferir é sobre concluir com base em evidências.</li>
 
 <li>Alternativa C: eternizamos / deduzir.
 "Eternizamos" é um sinônimo adequado para "perpetuamos", pois ambos indicam a ação de tornar algo eterno ou duradouro. "Deduzir" é também um sinônimo de "inferir", significando tirar conclusões baseadas em premissas conhecidas ou observadas. Aqui, as correspondências são precisas.</li>
 
 <li>Alternativa D: calculamos / depreender.
 "Calculamos" implica em realizar operações matemáticas ou estimativas, o que é diferente de manter algo continuamente, como "perpetuamos". "Depreender", embora similar a "inferir" em significado, possui um contexto de uso que pode variar, enfocando mais na ideia de entender ou extrair o sentido de algo, o que não é um sinônimo perfeito.</li>
</ul>

Portanto, a única alternativa que oferece sinônimos precisos e adequados para ambas as expressões é a alternativa C.

    Quando o sol parte e ficamos entretidos ao redor da fogueira ou de frente à telinha, passamos a uma dimensão em que é tênue a fronteira entre o real e o imaginário, o território dos mitos, as sutis engrenagens do nosso modelo social. Esse ritual repete-se há pelo menos 50 mil anos. E, como é da natureza do que é fundamental, histórias são simples.
Todas têm começo, meio e fim; personagens e protagonistas; um cenário e um tempo. E mais: toda trama possui um narrador, alguém que escolhe que causo contar, onde o enredo começa e onde termina, o que entra e o que sai. Esse narrador nem sempre é visível, não há como apontar o autor de um mito ou do que entendemos como senso comum.
    Repetimos a balela do descobrimento da América sem pensar que aqui já viviam pessoas antes da invasão europeia. Se o uso da linguagem amplifica a capacidade de colaboração, histórias determinam e influenciam o comportamento social. Se repetimos a narrativa de opressão, perpetuamos sua essência.
    A habilidade narrativa determina quem tem voz.
A tensão entre grupos em disputa pela narrativa é tão velha quanto a linguagem. Religiões e impérios sempre espalharam suas falas e disputaram a atenção.
Identificar essas narrativas e a quem servem é o caminho para delimitar quem nos fala e inferir o que nos isola ou ajuda a colaborar.
    Não existe narrador isento. Por mais cuidadoso que seja, cada um carrega seu conjunto de valores e é perpassado pelos julgamentos e assunções que vêm com a cultura do grupo. Mesmo que não tenha mensagem específica, o contador de histórias sempre parte de sua visão de mundo.


Para determinar a correlação correta nas colunas propostas pela questão, é essencial compreender a diferença entre sinônimo perfeito e sinônimo imperfeito. Um sinônimo perfeito é aquele que pode substituir a palavra em todos os contextos sem alteração de sentido. Já o sinônimo imperfeito pode substituir a palavra em alguns, mas não em todos os contextos, muitas vezes por nuances semânticas ou restrições de uso.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Léxico - Vocabulário: Esses termos são frequentemente utilizados como sinônimos em muitos contextos, especialmente quando referem-se ao conjunto de palavras disponíveis em uma língua ou usadas por uma pessoa. Portanto, podem ser considerados sinônimos perfeitos.</li>
<li>Brado - Grito: "Brado" geralmente tem uma conotação mais especificamente ligada a um grito expressando um sentimento ou uma convocação, podendo ser de comando ou guerra. Já "grito" é mais amplo, usado em diversos contextos onde há um som alto vocalizado. Então, eles são sinônimos imperfeitos.</li>
<li>Trabalho - Emprego: Estes termos, embora relacionados, têm distinções claras. "Trabalho" engloba qualquer forma de atividade laboral, seja ela remunerada ou não, enquanto "emprego" especificamente refere-se a uma posição remunerada e contratual. Assim, são sinônimos imperfeitos, pois não podem ser usados de forma intercambiável em todos os contextos.</li>
</ul>

Analisando cada correlacionamento com base nas definições acima:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Léxico - Vocabulário: Sinônimo perfeito (1).</li>
<li>Brado - Grito: Sinônimo imperfeito (2).</li>
<li>Trabalho - Emprego: Sinônimo imperfeito (2).</li>
</ul>

Portanto, a sequência correta, conforme a proposta do enunciado é:

A alternativa correta é E.

1     As birras, as pirraças, os gritos, os gestos agressivos, as
2  palavras ofensivas são o que normalmente se
3  caracterizam como as crianças ‘donas da casa’. A
4  infantolatria foi o nome dado à ‘ditadura’ de crianças que
5  não aceitam ouvir ‘não’, querem tudo do jeito e na hora
6  delas. Mas em que momento isso passou a ser normal? A
7  psicanalista Marcia Neder, autora de “Déspotas Mirins, o
8  poder nas novas famílias”, da Zagodoni Editora, em
9  entrevista ao “Saia Justa”, chama o fenômeno de
10 pedocracia e nos dá algumas orientações.
11    “A pedocracia é alimentada pela idealização da
12 maternidade. Qual é o ideal que temos da maternidade?
13 O de uma mãe que abre a mão da sua vida para se
14 dedicar ao filho. Por que as mães embarcam na
15 idealização, por que se sentem santas mães proibidas de
16 ter raiva, de perder a paciência? Aí vem uma culpa
17 fenomenal. Acima da dor dela, tem o que ela aprendeu,
18 que é a suprema felicidade e bem-estar do seu filho”,
19 explica a especialista.
20    Segundo ela, na atual cultura de idolatração dos filhos,
21 eles precisam se sentir amados pelos pais. “E eles dizem
22 que ‘se não dermos alguma coisa a eles, eles ficam
23 chateados e dizem que não amam a gente’. É uma
24 inversão total de valores”, reforça Neder.
25 “É mais fácil deixar a criança ser rei. É mais fácil do que
26 aguentar o chilique. Dá trabalho educar. Para evitar isso,
27 querem tudo do jeito e na hora delas. Se você não
28 estabelece desde o início, tentar estabelecer depois fica
29 complicado”, sugere.
30    “O processo de mudança nos conceitos de família,
31 iniciado no século XVIII por Jean-Jacques Rousseau,
32 chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’, em
33 que o bebê é um deus e a mãe, uma santa. Instituiu-se o
34 que é uma boa mãe sob a crença de que ela é
35 responsável e culpada por tudo que acontece na vida do
36 filho, tudo que ele faz e fará. Muitos afirmam que a mulher
37 venceu, pois emancipou-se e foi para o mercado de
38 trabalho, mas não: é a criança que entra no século XXI
39 como a vitoriosa. Esta é a semente da infantolatria”,
40 elucida a especialista.
41    A definição de infantolatria por Marcia Neder consiste em
42 “a instituição da mãe como súdita do filho e o adulto se
43 colocando absolutamente disponível para a criança”. E
44 _________ ¹ a criança de qualquer responsabilidade
45 sobre o seu comportamento: “Um bebê não tem poder
46 para determinar como será a dinâmica familiar. Se isso
47 acontece, é porque os pais promovem”.
48 Ainda reforça: na fase adulta, esse filho cobrará dos
49 pais. “Ele olhará ao redor e verá outras pessoas se
50 realizando independentemente dele. A criança que acha
51 que o mundo tem que parar para ela passar não
52 consegue imaginar isso acontecendo e não está
53 preparada para lidar com a menor das frustrações. Em
54 algum ponto, acusará os pais de terem sido omissos”.


A análise das alternativas se baseia na substituição do verbo "fingindo", presente no gerúndio, que indica uma ação contínua em consonância com o tempo verbal predominantemente usado no trecho do texto em discussão: o pretérito imperfeito do indicativo. Buscamos uma forma verbal que mantenha essa ideia de continuidade ou habitualidade no passado.

<ul>
<li>A) fingia: Este verbo está no pretérito imperfeito do indicativo, que expressa uma ação habitual ou contínua no passado. Portanto, 'fingia' conserva a semelhança semântica com 'fingindo' por indicar um aspecto habitual ou uma ação prolongada no passado, fazendo dela uma substituição adequada.</li>

<li>B) fingira: Esta forma corresponde ao mais-que-perfeito do indicativo, um tempo verbal que expressa uma ação concluída antes de outra também no passado, o que não guarda relação de semelhança com o gerúndio usado no texto.</li>

<li>C) fingiu: No pretérito perfeito, este verbo indica uma ação pontual concluída no passado. Diverge do gerúndio 'fingindo' por não transmitir continuidade.</li>

<li>D) fingirá: Esta forma está no futuro do presente, indicando uma ação que acontecerá no futuro. Não é equivalente ao gerúndio, que expressa uma ação contínua no passado.</li>

<li>E) fingiria: Este é o futuro do pretérito, utilizado principalmente para indicar uma ação que poderia acontecer sob certa condição no passado. Não equivalente ao uso do gerúndio que estamos analisando.</li>
</ul>

Em resumo, enquanto as demais formas verbais alteram significativamente o tempo ou o aspecto verbal, "fingia" conserva a condição de uma ação contínua no passado e, portanto, é a escolha correta para substituir "fingindo" sem alterar o sentido original do texto.

a alternativa correta é A.

    A pior hora era a do jantar.
    Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado.
    Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca-rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha.
    Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos.
Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando...
    E ela ali, fingindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife.
    De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro.
Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam.
    A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca.
    Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo.


Questões de Português - Semântica - Sinônimos e antônimos