 São homófonos heterográficos: rego (substantivo) e rego (verbo).

Ah, semântica! Ela ajuda a entender a complexidade e a beleza das palavras em nossa língua. Vamos dissecar essas alternativas para descobrir porque a alternativa A foi apontada como a incorreta.

 

Alternativa A: Diz que "São homófonos heterográficos: rego (substantivo) e rego (verbo)." A confusão aqui está na definição de homófonos heterográficos, que são palavras que têm a mesma pronúncia, mas diferentes escritas e significados, como "concerto" (apresentação musical) e "conserto" (ato de consertar algo). No caso de "rego" como verbo (eu rego, tu regas) e "rego" como substantivo, referindo-se a um pequeno canal, estamos falando da mesma palavra com a mesma grafia, portanto, não são heterográficos.

 

Alternativa B: "Ordem e anarquia são antônimos." Isso é correto. Ordem implica em um estado de arranjo sistematizado e controlado, enquanto anarquia refere-se a uma ausência de governo e ordem, geralmente resultando em caos.

 

Alternativa C: "Coro e couro são parônimos." Sim, coro (conjunto de cantores) e couro (pele tratada de animais) são parônimos porque são palavras com escritas e pronúncias semelhantes, mas com significados diferentes.

 

Alternativa D: "Brado e grito são sinônimos." Correto também! Ambos referem-se a sons de voz alta expressando alguma emoção forte ou chamado de atenção.

 

Portanto, o erro na alternativa A é que ela descreve de forma incorreta os homófonos heterográficos, confundindo-os com palavras que são de fato homônimas (mesma pronúncia e escrita, mas significados diferentes segundo o contexto).

 

A alternativa correta é A.

 uma explicação com caráter crítico que questiona as informações precedentes.

 um comentário com caráter comparativo que nega as informações precedentes.

 uma hipótese com caráter ambíguo em relação às informações precedentes.

 um parecer com caráter concessivo que se opõe às informações precedentes.

 uma síntese com caráter conclusivo em relação às informações precedentes.

A questão tem o objetivo de avaliar a compreensão textual. A) Não se trata de uma explicação, mas de um resumo das informações precedentes.B) Não se trata de um comentário comparativo que nega as informações precedentes. Há uma reiteração das afirmações anteriores.C) Não se trata de uma hipótese, pois há uma afirmação embasada em dados.D) Não há a presença de um parecer que se opõe às informações precedentes.E) Alternativa correta. Observa-se uma síntese que conclui as informações precedentes, reiterando-as.

Uma pesquisa sobre o desenvolvimento de mais de 160 países com realidades políticas variadas, no período de 1960 a 2018, comparou o desempenho de regimes democráticos com aqueles nos quais a democracia é parcial, incompleta ou, em uma palavra, instável. A conclusão foi inequívoca: no longo prazo, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita das chamadas democracias defeituosas, iliberais ou híbridas cresceu cerca de 20% menos do que em regimes democráticos estáveis. A democracia é fator de avanço econômico.

 Os autores do estudo são economistas vinculados a instituições europeias: Nauro Campos, da Universidade College London; Fabrizio Coricelli, da Paris School of Economics; e Marco Frigerio, da Universidade de Siena. Segundo eles, uma das consequências negativas da instabilidade democrática é a prevalência de visões de curto prazo. “A instabilidade induz a comportamento míope com o objetivo de obter rendas no curto prazo e desconsiderar os efeitos a longo prazo”, diz o texto. Uma revisão bibliográfica apontou que essa visão curto-prazista típica de regimes instáveis acaba diminuindo investimentos no setor produtivo.

 A democracia, segundo outro pesquisador citado no estudo, aumenta as chances de reformas econômicas e de ampliação das matrículas na educação básica. Segundo o professor Nauro Campos, em entrevista ao jornal O Globo, democracias frágeis e debilitadas prejudicam a execução de políticas públicas. Um exemplo disso é a nomeação de pessoas despreparadas para órgãos técnicos que prestam serviços à população. Esse tipo de problema, afirmou Campos, faz cair a confiança nas instituições.

 O regime democrático prevê direitos civis, sociais, políticos e de propriedade. Capaz de solucionar pacificamente conflitos por meio da política, em vez da guerra, a democracia é chave também para o crescimento econômico.
(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 26.01.2023.Adaptado)</sub)

 … com aqueles nos quais a democracia é parcial… 

 Os autores do estudo são economistas… 

 “A instabilidade induz a comportamento míope…” 

 … ampliação das matrículas na educação básica… 

 … nomeação de pessoas despreparadas…

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre o uso do sentido denotativo (literal) ou conotativo (figurado). A) Não há expressão com sentido figurado. Trata-se de um texto objetivo e literal.B) Há uma especificação sobre os autores do estudo. Não há expressão com sentido figurado.C) Alternativa correta. Supõe-se que míope é aquele ou aquela que apresenta distúrbio de visão. Ao se relacionar míope a um comportamento, há o uso do sentido figurado.D) Não há expressão com sentido figurado.E) Não há expressão com sentido figurado. Há uma caracterização das pessoas, que são adjetivadas como "despreparadas".

 tempos longínquos; momentos; compadecimento.

 tempos modernos; despropósitos; distração.

 tempos imaginados; contrassensos; comiseração.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre significação de vocábulo. A) Alternativa correta. Outrora: tempos passados. Disparate: absurdos. Enternecimento: brandura.B) Estão incorretas as associações.C) Estão incorretas as associações.D) Estão incorretas as associações.E) Estão incorretas as associações.

Vocês me dirão que as casas antigas têm ratos, goteiras, portas e janelas empenadas, trincos que não correm, encanamentos que não funcionam. Mas não acontece o mesmo com tantos apartamentos novinhos em folha? 

 Agora, o que nenhum arranha-céu poderá ter, e as casas antigas tinham, é esse ser humano, esse modo comunicativo, essa expressão de gentileza que enchiam de mensagens amáveis as ruas de outrora.

 Havia o feitio da casa: os chalés, com aquelas rendas de madeira pelo telhado, pelas varandas, eram uma festa, uma alegria, um vestido de noiva, uma árvore de Natal.

 As casas de platibanda expunham todos os seus disparates felizes: jarros e compoteiras lá no alto, moças recostadas em brasões, pássaros de asas abertas, painéis com datas e monogramas em relevos de ouro. Tudo isso queria dizer alguma coisa: as fachadas esforçavam-se por falar. E ouvia- -se a sua linguagem com enternecimento. Mas, hoje, quem se detém a olhar para rosas esculpidas, acentos, estrelas, cupidos, esfinges, cariátides? Eram recordações mediterrâneas, orientais: mitologia, paganismo, saudade.

 Agora, os andaimes sobem, para os arranha-céus vitoriosos, frios e monótonos, tão seguros de sua utilidade que não podem suspeitar da sua ausência de gentileza.

 Qualquer dia, também desaparecerão essas últimas casas coloridas que exibem a todos os passantes suas ingênuas alegrias íntimas – flores de papel, abajures encarnados, colchas de franjas – e suas risonhas proprietárias têm sempre um Y no nome, Yara, Nancy, Jeny… Ah! não veremos mais essas palavras, em diagonal, por cima das janelas, de cortininhas arregaçadas, com um gatinho dormindo no peitoril.

 Afinal, tudo serão arranha-céus.

 E eis que as ruas ficarão profundamente tristes, sem a graça, o encanto, a surpresa das casas, que vão sendo derrubadas. Casas suntuosas ou modestas, mas expressivas, comunicantes. Casas amáveis.



Vocabulário: •  Platibandas: espécies de mureta construída na parte mais alta das paredes externas de uma construção, para proteger e ornamentar a fachada. •  Compoteiras: elementos ornamentais parecidos com vasos. •  Monogramas: siglas formadas por uma ou várias letras, conjuntas ou entrelaçadas, significando um símbolo ou a inicial, ou iniciais, de um nome. •  Cariátides: suportes arquitetônicos, originários da Grécia antiga, que se apresentavam quase sempre com a forma de uma estátua feminina e cuja função era sustentar um entablamento.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre significação vocabular, conforme as classes gramaticais. A) "Qualquer" não indica uma demonstração, que poderia ser iniciada por "essa". "Profundamente" não tem o sentido de meio.B) "Qualquer" não tem o sentido de tempo. As expressões que se relacionam com o sentido de tempo poderiam ser: ontem, amanhã, hoje. "Profundamente" tem o sentido de intensidade.C) "Qualquer" não tem o sentido de desdém. "Profundamente" não tem o sentido de modo.D) Alternativa correta. "Qualquer" indica que algo não está definido (pode ser agora ou no futuro). "Profundamente" tem o sentido de intensidade.E) "Qualquer" não tem o sentido de possessividade. "Profundamente" não tem o sentido de modo.

Questões de Português - Semântica - Sinônimos e antônimos