 O passado foi duro e isso nos deixou um fardo difícil de carregar.

 O legado difícil que nos deixou o passado impede-nos de ser felizes.

 A despeito de o passado haver sido difícil, deixou ensinamentos.

 O passado foi duro e isso tornou impossível o seu legado.

Olá! Bora desbravar essa questão de semântica juntos? No verso original, "O passado foi duro, mas deixou o seu legado", o sentido transmitido é que, apesar das dificuldades (expressa pela palavra "duro"), o passado deixou algo de valor ou positivo (indicado por "legado").
 
Vamos analisar as alternativas:
<ul>
<li>A: "O passado foi duro e isso nos deixou um fardo difícil de carregar." — Altera significativamente o sentido, pois apresenta somente o aspecto negativo do passado ("fardo difícil de carregar"), sem o contraponto do legado positivo.</li>
<li>B: "O legado difícil que nos deixou o passado impede-nos de ser felizes." — Também distorce a mensagem, sugerindo que o "legado" tem um impacto negativo direto na felicidade do presente, o que diverge do original que não menciona impedimento para a felicidade.</li>
<li>C: "A despeito de o passado haver sido difícil, deixou ensinamentos." — Esta expressão mantém a oposição entre a adversidade e o ganho resultante, coerente com a ideia de que, mesmo sendo difícil, houve um aspecto positivo, agora descrito como "ensinamentos" em vez de "legado".</li>
<li>D: "O passado foi duro e isso tornou impossível o seu legado." — Completamente contrária ao texto original, pois sugere que a dificuldade do passado impediu qualquer legado, o que é oposto ao sentido de que apesar da dureza, algo de valor foi deixado.</li>
</ul>
 
Diante disso, a alternativa que preserva o sentido inicial é a C, já que foca na ideia de que, apesar das dificuldades, houve um aprendizado valioso, similar ao "legado" mencionado no verso inicial.
A alternativa correta é C.

<center>A vida tem duas faces: 
Positiva e negativa 
O passado foi duro 
mas deixou o seu legado 
Saber viver é a grande sabedoria 
Que eu possa dignificar 
Minha condição de mulher, 
Aceitar suas limitações 
E me fazer pedra de segurança 
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes 
Aceitei contradições 
lutas e pedras 
como lições de vida 
e delas me sirvo 
Aprendi a viver </center>

Vamos destrinchar essa parada aqui sobre a oração em questão! No texto, é dito que "o feijão contém lectinas, que podem causar vômitos e diarreia". Aqui, a oração "que podem causar vômitos e diarreia" se refere diretamente às lectinas mencionadas anteriormente e explica uma possível consequência de sua ingestão. Isso caracteriza a oração como explicativa, pois fornece mais informações sobre as lectinas, especificamente sobre seus possíveis efeitos adversos à saúde. 
 
O uso do "que" nesse contexto se encontra em uma oração subordinada adjetiva explicativa. As orações adjetivas explicativas, diferentemente das restritivas, não são essenciais para o sentido da frase principal, mas adicionam uma informação que elabora ou esclarece um elemento mencionado anteriormente. Elas geralmente são separadas por vírgulas, como observado no texto. 
 
Portanto, explicando de forma descolada: essa oração tá dando um toque extra sobre as benditas lectinas, esclarecendo o que elas podem aprontar no nosso organismo. Simples assim! A banca acertou em cheio na caracterização dessa oração como explicativa. Então, não dá pra vacilar, a alternativa correta é C.

A oração “que podem causar vômitos e diarreia” (terceiro período do segundo parágrafo) tem sentido explicativo.


Texto CG1A1-I 
 A linguagem usada para descrever os alimentos que comemos pode ter um grande efeito em como os percebemos: orgânicos, artesanais, caseiros e selecionados soam um pouco mais tentadores que os prosaicos enlatados ou reidratados.
Outro adjetivo que pode abrir nosso apetite é natural, enquanto tendemos a associar processado a produtos com uma longa lista de ingredientes impronunciáveis. Mas, no que diz respeito à nossa saúde, será que o natural é sempre melhor do que o processado? 
 
 Na verdade, o fato de um alimento estar in natura não significa automaticamente que ele é saudável. Alimentos naturais podem conter toxinas, e um processamento mínimo pode torná-los mais seguros. O feijão, por exemplo, contém lectinas, que podem causar vômitos e diarreia. Elas são eliminadas quando os grãos ficam de molho durante horas e depois são cozidos na água fervente.

 O processamento também torna seguro o consumo de leite de vaca. O leite é pasteurizado desde o fim do século 19, para matar bactérias nocivas à saúde humana. Antes disso, era distribuído localmente, porque não havia uma boa refrigeração nas casas. As vacas eram ordenhadas todos os dias, e as pessoas levavam leite para vender nos bairros, mas as cidades ficaram maiores, o leite ficou mais distante e demorou mais para chegar ao consumidor, o que favorecia a multiplicação dos patógenos.
As evidências crescentes de que alguns organismos presentes no leite pudessem ser prejudiciais à saúde levaram ao desenvolvimento de dispositivos para aquecimento do líquido e à invenção da pasteurização, que logo foi adotada na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos da América.

 O processamento também pode ajudar a preservar os alimentos e torná-los mais acessíveis. A fermentação faz com que o queijo se mantenha estável por mais tempo e, em alguns casos, reduz a quantidade de lactose, tornando-o mais digerível para quem tem uma intolerância leve à presença desse tipo de açúcar.

 No passado, o processamento dos alimentos era feito principalmente para aumentar sua vida útil. Por muito tempo, conservar os alimentos com a adição de ingredientes como açúcar ou sal foi essencial para as pessoas sobreviverem ao inverno. O processamento nos permitiu estar onde estamos hoje, pois evitou que passássemos fome. Muitos alimentos devem ser processados para ser consumidos, como o pão. Não poderíamos sobreviver apenas com grãos.

 O processamento permite que vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio e ácido fólico, sejam adicionados a certos alimentos processados, incluindo-se pães e cereais. Iniciativas como essas ajudaram a reduzir várias deficiências de nutrientes entre a população em geral — mas não tornaram necessariamente a comida nutricionalmente equilibrada. 

 É preciso observar que alguns alimentos ultraprocessados podem estar associados a consequências indesejadas para a saúde, mas nem todos os alimentos processados são ruins. Os legumes e verduras congelados, o leite pasteurizado e a batata cozida, por exemplo, podem ser melhores para nós do que seus equivalentes não processados. Mas aqui está o segredo: todos esses alimentos também se parecem muito com sua forma natural, e é isso que precisamos ter em mente. Sempre que formos capazes de reconhecer que um alimento processado está próximo da sua forma natural, incluí-lo em nossa dieta pode até ser benéfico para nós.

Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.


A questão compreende temas relacionados a uma adequada interpretação da tirinha. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - Ainda que exista a possibilidade de ambiguidade (duplo sentido), não foi essa a intenção do autor ao conjugar ambas as linguagens. A conjugação foi proposta em virtude de ajudar a interpretação das ideias.Em "b": Errado - Não há a ausência de harmonia entre ambas as linguagens. Em "c": Errado - Também não há uma relação de causa e consequência. Em "d": Errado - A linguagem não verbal auxilia na compreensão da linguagem verbal; por isso, não há como as ideias estarem opostas entre si. Em "e": Certo - As linguagens são conjugadas justamente por estarem em uma relação de concordância. Resposta: Letra E.

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/640749c05d08ab1a5541b817instituto-aocp-2022-sead-go-analista-de-gestao-governamental-licitacoes-e-contratos-provaimagem_2023-03-08_090233707.png"></center>
Disponível em: https://www.laerte.art.br/manual-dominotauro/page/2/.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre relações semânticas estabelecidas entre vocábulos. A) Alternativa incorreta. A sinonímia está presente quando os termos possuem significados similares.B) Alternativa incorreta. Os termos não se complementam. Ao contrário, se opõem.C) Alternativa incorreta. A ratificação é a confirmação de algo. Não se estabelece a relação da confirmação.D) Alternativa incorreta. Os termos não são equivalentes.E) Alternativa correta. "Extraordinária" significa "especial"; "ordinária" significa comum. Os termos são opostos.


    A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a metáfora está infltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por natureza.
     Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais.
Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel central na defnição de nossa realidade cotidiana.
    Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: 
    Seus argumentos são indefensáveis.
    Ele atacou todos os pontos da minha argumentação.
    É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo conceito de guerra.
    Esse é um exemplo do que queremos dizer quando afrmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.


 O mundo é como um camponês embriagado; basta ajudá-lo a montar sobre a sela de um lado para ele cair do outro logo em seguida.

 É praticamente impossível olhar para um pinguim e sentir raiva.

 Sempre que alguém quer esgotar um assunto, esgota a paciência do leitor.

 Cuidado ao ler livros sobre saúde, pois você pode morrer de um erro de impressão.

 Quando as mulheres erram, os homens vão atrás.

Em "a": Errado &nbsp;–&nbsp; Aqui há uma relação de comparação introduzida pela expressão "como" seguida de um exemplo para essa comparação. Em "b": Errado &nbsp;–&nbsp; Nesse caso, a causa e o efeito não serão concretizados, pois se trata de algo impossível do ponto de vista do autor. Em "c": Errado &nbsp;–&nbsp; Nesse caso, temos um objetivo que se alcança sempre baseado na mesma ação. Em "d": Errado &nbsp;–&nbsp; Temos aqui uma relação de advertência seguida de sua justificativa. Em "e": Certo &nbsp;–&nbsp; Temos a causa que se dá em um determinado tempo, qual seja: "errar". Logo adiante temos o seu efeito: a ação de ir atrás. Resposta: Letra E.

Questões de Português - Semântica