A análise sintática do período composto envolve entender a função das orações no contexto em que estão inseridas. No caso específico desta questão, é importante focar na oração subordinada introduzida pela conjunção "já que" no texto fornecido.

O segmento em questão é: "A tecnologia foi fundamental, já que proporcionava os recursos necessários para sociedades organizadas." A expressão "já que" é uma conjunção explicativa, utilizada para introduzir uma oração que explica ou justifica a afirmação feita na oração principal. Assim, a oração "já que proporcionava os recursos necessários para sociedades organizadas" justifica por que "A tecnologia foi fundamental".

No contexto do texto, a oração subordinada adverbial explicativa desempenha o papel de esclarecer o motivo pelo qual a tecnologia é considerada fundamental, indicando que ela era essencial porque fornecia os recursos necessários para a organização das sociedades. Esse uso está alinhado com os princípios gramaticais que determinam que orações iniciadas por "já que" explicam a causa ou razão daquilo que foi declarado anteriormente.

Dessa forma, a afirmação do item de que a oração introduzida por "já que" denota a razão que justifica a afirmação contida na oração imediatamente anterior é correta. A conjunção "já que" introduz uma explicação causal direta ao que é afirmado na primeira parte do período, validando a interpretação de que o enunciado está correto.

Portanto, a alternativa correta é C, pois de fato a oração introduzida por "já que" explica a razão da afirmação principal de que a tecnologia foi fundamental.

No segundo parágrafo, a oração introduzida por “já que” (segundo período) denota a razão que justifica a afirmação contida na oração imediatamente anterior.

O conceito de civilização não pode ser precisamente definido, não apenas por ser um processo evolucionário, mas também por ter se manifestado de formas muito diferentes através dos tempos. Entre as civilizações antigas, havia múltiplas diferenças nas crenças religiosas, nos costumes sociais, nas formas de governo e na criação artística. Contudo, uma faceta de fundamental importância para todas elas era a tecnologia, que, em sentido mais amplo, pode significar a aplicação do conhecimento para finalidades práticas. 
 Hoje, a tecnologia é, na prática, sinônimo de ciência aplicada, mas as tecnologias básicas — tais como agricultura, construção, cerâmica, tecidos — foram originalmente empíricas e transmitidas de uma geração para outra, enquanto a ciência, no sentido de pesquisa sistemática das leis do universo, é um fenômeno relativamente recente. A tecnologia foi fundamental, já que proporcionava os recursos necessários para sociedades organizadas, e essas sociedades tornaram possíveis não apenas a divisão do trabalho — por exemplo, entre trabalhadores da terra, oleiros, marinheiros e similares —, como também um ambiente no qual puderam florescer as artes em geral, não necessárias à vida no dia a dia. A maioria dessas artes dependia de alguma espécie de suporte tecnológico: o escultor requeria ferramentas, o escritor necessitava de tinta e de papiro (ou papel, mais tarde), o dramaturgo precisava de teatros especialmente construídos.

Julgue o item a seguir, referentes a aspectos gramaticais do texto CB1A1-II.


A questão contempla assuntos relacionados à correta identificação dos tipos de orações. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - Em "que finalmente fui aprovado", temos a consequência de ter estudado muito, e não uma finalidade. Em "b": Errado - Em "que finalmente fui aprovado", temos uma consequência, e não uma relação de conformidade. Em "c": Errado - A oração introduz uma consequência, e não uma causa. Em "d": Certo - Veja que ter sido aprovado foi a consequência de ter estudado muito; por isso, temos um caso de oração adverbial consecutiva. Resposta: Letra D.

 Oração subordinada adjetiva restritiva

 Oração subordinada adjetiva explicativa

 Oração subordinada substantiva completiva nominal

A questão compreende assuntos relacionados à correta identificação da classificação das orações do ponto de vista sintático. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - De fato, trata-se de uma oração subordinada adjetiva, pois oferece uma caracterização em relação ao que foi mencionado anteriormente. No entanto, temos uma oração explicativa, e não restritiva, pois explica um fato relacionado à casa da baronesa, e não restringe esse fato (como se isso acontecesse apenas e tão somente na casa da baronesa). Dica: quando há a presença de vírgulas, temos um caso de oração adjetiva explicativa. Quando não temos vírgulas, temos um caso de oração adjetiva restritiva. Essas orações sempre costumam ser introduzidas pela conjunção "que". Em "b": Certo - Como vimos, a oração é interlacada pela presença de vírgulas; por isso, temos um caso de oração adjetiva explicativa. Em "c": Errado - Veja que a oração não desempenha o papel de completar o sentido de um nome/substantivo. Em "d": Errado - Veja que a oração explica o que foi dito pela oração anterior, e não fornece uma causa em relação ao que foi dito anteriormente. Resposta: Letra B.


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: 

– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? 

–Deixe-me, senhora.

– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.

Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

–Mas você é orgulhosa.

–Decerto que sou.

– Mas por quê? 

– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? 

– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? 

– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

– Também os batedores vão adiante do imperador.

– Você é imperador? 
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo.
Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: 

– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestirse, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe: 

– Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: 

– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!



A questão pede para classificar os períodos compostos apresentados nos exemplos de acordo com se são de coordenação, subordinação ou ambos. Vamos analisar cada uma das frases apresentadas na questão e em seguida verificar as alternativas disponíveis.

<ul>
<li>"Vim para sofrer as influências do tempo / E para afirmar o princípio eterno de onde vim." - Esta frase contém coordenação e subordinação. A parte "Vim para sofrer as influências do tempo" e "E para afirmar o princípio eterno de onde vim" são unidas por uma coordenação (indicada pela conjunção "E"). Já os segmentos "para sofrer as influências do tempo" e "para afirmar o princípio eterno de onde vim" introduzem orações subordinadas adverbiais final. </li>

<li>"Anda o sol pelas campinas e passeia a mão dourada pelas águas, pelas folhas..." - Este é um exemplo de coordenação. As ações do sol "anda" e "passeia" estão ligadas pela conjunção coordenativa "e", não havendo dependência sintática entre as partes da frase. </li>

<li>"A mão que afaga é a mesma que apedreja." - Esta frase apresenta subordinação. As partes "que afaga" e "que apedreja" são orações adjetivas subordinadas que especificam "a mão", indicando uma relação de dependência sintática em relação ao sujeito da oração principal. </li>
</ul>

Analisando as alternativas com base na classificação correta feita:
<ul>
<li>A) 3 - 1 - 2</li>
<li>B) 1 - 2 - 3</li>
<li>C) 2 - 3 - 1</li>
<li>D) 3 - 2 - 1</li>
</ul>

A alternativa A) 3 - 1 - 2 corresponde à análise realizada: a primeira frase é de coordenação e subordinação (3), a segunda é coordenada (1) e a última é subordinada (2).

A alternativa correta é A.

 Em I e IV, há uma oração coordenada adversativa.

 Em I e II, há apenas orações coordenadas assindéticas.

 Em II e III, há orações coordenadas sindéticas conclusivas.

 Em III e em IV, a conjunção “que” introduz uma oração coordenada explicativa. 

Para a análise desta questão sobre análise sintática do período composto por coordenação, analisemos cada um dos itens apresentados e as alternativas em relação a estes executivos.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>I- O filho entrou, a filha saiu, mas a mãe nem notou. 
Nesta sentença, temos um exemplo claro de coordenação com a presença da conjunção adversativa "mas". Essa conjunção une duas orações e estabelece uma relação de oposição entre as ações descritas.</li>
<li>II- O fiscal deu o sinal, os alunos entregaram a prova e o formulário de respostas, entretanto nem todos saíram da sala. 
Novamente vemos a presença de orações coordenadas com a conjunção adversativa "entretanto", indicando uma oposição ou contraste com que ocorreu antes.</li>
<li>III- Alunos, permaneçam sentados no local, que o fiscal virá liberá-los. 
Neste exemplo, a frase não é um caso de coordenação, mas sim de subordinação, onde a oração introduzida por "que" depende semanticamente da primeira parte do enunciado.</li>
<li>IV- O rapaz disse que chegaria em dez minutos, e não apareceu até o momento, duas horas depois. 
Aqui encontramos uma oração subordinada adverbial temporal introduzida por "que" e uma coordenação com a conjunção aditiva "e", além de uma nuance adversativa, dada a oposição entre o prometido ("chegaria em dez minutos") e o ocorrido ("não apareceu").</li>
</ul>

Analisando as alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Em I e IV, há uma oração coordenada adversativa. 
Esta afirmativa é correta porque em I, temos a conjunção adversativa "mas", e em IV, a adversatividade é implícita na coordenação pela conjunção "e" que gera um contraste.</li>
<li>B) Em I e II, há apenas orações coordenadas assindéticas. 
Incorreta, pois tanto I quanto II usam conjunções adversativas ("mas" e "entretanto", respectivamente).</li>
<li>C) Em II e III, há orações coordenadas sindéticas conclusivas. 
Incorreta, pois em III temos uma oração subordinada, e em II a coordenação não é conclusiva.</li>
<li>D) Em III e em IV, a conjunção “que” introduz uma oração coordenada explicativa. 
Incorreta, pois em ambos os casos, "que" introduz orações subordinadas.</li>
</ul>

Com base na análise detalhada das sentenças e alternativas, a alternativa correta é A, onde de fato, em I e IV, temos orações coordenadas adversativas, tanto explícitas quanto implícitas.

Questões de Português - Sintaxe - Análise sintática do período composto