 O verbo "colher" é pronominal neste caso.

 Todos os verbos são transitivos diretos aqui.

 Todos os verbos estão no mesmo tempo verbal.

 Os dois "que" exercem a mesma função sintática.

 Os dois "se" exercem funções sintáticas diferentes

A questão tem o objetivo de avaliar o conhecimento em Sintaxe. A) Alternativa incorreta. Trata-se de uma voz passiva sintéticaB) Alternativa correta. Todos os verbos são transitivos diretos.Quem aprende aprende algo.Quem colhe colhe algo.Quem deve deve algo.C) Alternativa incorreta. O verbo "aprendi" está no passado; os verbos "colhe" e "deve" estão no presente.D) Alternativa incorreta. O primeiro é uma conjunção integrante; o segundo, sujeito paciente em "se colhe".E) Alternativa incorreta. Ambos são usados como pronomes na voz passiva sintética.

 O proprietário subiu o preço do aluguel.

 O rapaz cruel bebeu seu próprio veneno.

Na questão apresentada, trata-se de identificar qual entre as alternativas contém um verbo intransitivo, ou seja, um verbo que não necessita de um objeto para completar seu sentido, podendo ou não ser acompanhado de adjuntos adverbiais ou predicativos que não funcionam como seus complementos. Vamos analisar cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Ele chegou cedo. O verbo "chegou" é um verbo intransitivo, pois seu significado é completo sem a necessidade de um objeto direto ou indireto. O termo "cedo" funciona como um adjunto adverbial de tempo, apenas fornecendo uma circunstância adicional.</li>
 <li>B) Bastou-lhe a minha palavra. O verbo "bastou" nesta frase funciona como transitivo indireto, pois necessita do objeto indireto "lhe" para completar seu sentido, indicando a quem ou para quem a ação foi suficiente.</li>
 <li>C) Convidei-o para a ceia de Natal. O verbo "convidei" é transitivo direto, requerendo um objeto direto "o" (a pessoa convidada), para completar seu sentido.</li>
 <li>D) O proprietário subiu o preço do aluguel. O verbo "subiu" aqui é empregado como transitivo direto, pois necessita do objeto direto "o preço do aluguel" para explicitar o que foi elevado.</li>
 <li>E) O rapaz cruel bebeu seu próprio veneno. O verbo "bebeu" é transitivo direto, pois precisa do objeto direto "seu próprio veneno" para indicar o que foi bebido.</li>
</ul>

Com base nas análises das frases, é evidente que a única alternativa que apresenta um verbo intransitivo (não necessita de objeto para completar seu sentido) é a alternativa "A" – "Ele chegou cedo". Os demais verbos das alternativas apresentadas – bastar, convidar, subir (no sentido usado), e beber – são transitivos, pois precisam de um complemento para que sua ação esteja completa.

A alternativa correta é A.

Leia o texto. 
Carta a uma jovem senhora que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de “você” se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”: — Senhora. 
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado, a cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém. 
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis «você» escolhestes a mim para tratar de «senhor», é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata dos meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós dois um muro frio e triste. 
Vi o muro, e calei. Não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira. De começo eram apenas os «brotos» ainda mal núbeis que me davam senhoria; depois assim começaram a tratar-me as moças de dezoito a vinte, com essa mistura de respeito, confiança, distância e desprezo que é o sabor dessa palavra melancólica.
Sim, eu vi o muro; e, astuto ou desanimado, calei. Mas havia na roda um rapaz de ouvido fino e coração cruel; ele instou para que repetisses a palavra; fingistes não entender o que ele pedia, e voltastes a dizer a frase sem usar nem «senhor», nem «você». Mas o danado insistiu, e denunciou o que ouvira, e que, no embaraço de vossa delicadeza, evitáveis repetir. Todos riram, inclusive nós dois. A roda era íntima, e o caso era de riso. 
O que não quer dizer que fosse alegre; é das tristezas que rimos de coração mais leve. Vim para casa, e como sou um homem forte, olhei-me ao espelho; e como tenho minhas fraquezas, fiz um soneto. Não vou escrevê-lo aqui; não cabe na coluna. Para vos dar o tom, direi que no fim do segundo quarteto eu confesso que às vezes já me falece valor «para enfrentar o tédio dos espelhos”; e no último terceto digo a mim mesmo: “Volta, portanto a cara e vê de perto – a cara, a tua cara verdadeira – ó Braga envelhecido, envilecido”. 
Sim, a velhice é coisa vil; Bilac o disse em prosa, numa crônica, ainda que nos sonetos ele almejasse envelhecer sorrindo. Não sou Bilac; e nem me dá consolo, mas tristeza, pensar que as musas desse poeta andam por aí hoje encanecidas e murchas, se é que ainda andam e já não desceram todas à escuridão do túmulo. Vivem apenas, eternamente moças e lindas, na música de seus versos, cheios de sol e outras estrelas. Mas a verdade (ouvi, senhora, esta confissão de um senhor ido e vivido, ainda que mal e tristemente), a verdade é o instante. E vosso instante é de graça, juventude e extraordinária beleza. Tendes todos os direitos; sois um belo momento da aventura do gênero humano sobre a terra. De trás de meu muro frio eu vos saúdo e canto. Mas ser senhor é triste; eu sou, senhora, e humildemente, o vosso servo.

 A agitação dos meus pensamentos terminou.

 Não devia contar com seu consentimento. 

Vamos analisar a transitividade dos verbos de cada alternativa para encontrar a única situação em que o verbo é intransitivo, ou seja, aquele que não necessita de complemento para ter sentido completo.


A) A agitação dos meus pensamentos terminou. 
O verbo "terminou" é intransitivo neste contexto, pois está sendo usado para indicar o fim de uma ação sem a necessidade de um objeto direto ou indireto que complemente seu sentido. O sujeito "A agitação dos meus pensamentos" é suficiente para completar a ideia, sem a necessidade de outros complementos verbais.



B) Destinava-me ao Curso de Letras. 
O verbo "destinar" é transitivo indireto, exigindo a preposição "a" para ligar-se ao seu complemento, que é "ao Curso de Letras". Além disso, a presença do pronome "me" sugere uma relação de indireta com o sujeito oculto da frase, que pode ser interpretado como "eu me destinava ao Curso de Letras."



C) Meu pai deu a mim excelentes conselhos. 
O verbo "deu" é transitivo direto e indireto, pois requer dois complementos: um objeto direto ("excelentes conselhos") e um objeto indireto ("a mim").



D) Não devia contar com seu consentimento. 
O verbo "contar" neste caso é transitivo indireto, requerendo a preposição "com" para ligar-se ao seu complemento que é "seu consentimento".



Dado que o verbo "terminar" em "A agitação dos meus pensamentos terminou." é usado sem complemento direto ou indireto, é correto dizer que este é intransitivo, completando-se apenas com seu sujeito.


A alternativa correta é A.

A questão apresentada aborda a análise sintática e morfológica de um excerto de texto, com foco nos elementos que compõem as orações. Vamos analisar cada afirmativa em relação à transitividade verbal e funções sintáticas.

 

I. O vocábulo 'pesquisas' é um substantivo que exerce a função de núcleo do sujeito, enquanto 'diversas' exerce função de adjunto adnominal.
Essa afirmativa está correta. 'Pesquisas' é o núcleo do sujeito composto 'Diversas pesquisas', e 'diversas' qualifica o substantivo, atuando como adjunto adnominal.

 

II. O verbo 'confirmar' é intransitivo.
Essa afirmativa é incorreta. 'Confirmar' é um verbo transitivo, pois exige objeto direto, que neste caso é 'que o cérebro humano foi desenhado para identificar ameaças e problemas'.

 

III. O vocábulo 'desenhado' tem valor de adjetivo exercendo a função de predicativo do sujeito.
Essa afirmativa está correta. 'Desenhado' é um particípio que qualifica o sujeito 'cérebro humano', funcionando como predicativo.

 

IV. Os vocábulos 'ameaças' e 'problemas' são substantivos com função de objeto direto.
Essa afirmativa está correta. Ambos os substantivos são objetos diretos do verbo 'identificar', completando o sentido da ação verbal na locução.

 

V. 'outras' é um pronome que foi usado para evitar a repetição do vocábulo 'pessoas'.
Essa afirmativa está correta. 'Outras' substitui 'pessoas' na oração, evitando a repetição desnecessária, um recurso comum na língua portuguesa.

 

Diante dessa análise, as afirmativas corretas são I, III, IV e V.
A alternativa correta é, portanto, a letra B.

 

Gabarito: Letra B

Imaginemos uma situação muito comum. Duas pessoas caminham apressadamente e se encontram na rua.

Eles podem ser amigos, colegas de trabalho ou conhecidos. Um deles cumprimenta o outro, dizendo "olá, como vai?" ou "tudo bem?".

Automaticamente, o outro responde "vamos indo" ou "caminhando, dentro do possível". E cada um segue o seu caminho.

O tom de queixa parece algo típico de um encontro como esse.

Em pleno século 21, as sociedades desenvolvidas aceitam este tipo de atitude como uma forma rotineira de interação social.

De fato, é muito frequente ouvir reclamações sobre o trânsito, o clima, o trabalho ou as dificuldades econômicas. Para muitos, é algo inofensivo e até terapêutico, já que serve de alívio emocional.

Mas já foi demonstrado que o lamento crônico traz impactos significativos para a saúde mental, emocional e até física − tanto de quem reclama quanto de quem ouve  as queixas.

Fenômeno cotidiano 

Abordaremos aqui a expressão recorrente de insatisfação, frustração ou mal-estar, causada por situações percebidas como negativas. Este é um fenômeno quase universal, que pode ser extrapolado para contextos familiares, sociais e profissionais.

Longe de uma visão cataclísmica, reclamar ocasionalmente é um aspecto normal da experiência humana. O desgaste emocional e fisiológico ocorre quando este estado de espírito negativo invade nossa rotina diária.

Mas por que reclamamos tanto? 

Especialistas acreditam que as queixas agem como mecanismo de enfrentamento. Através delas, liberamos tensões ou buscamos aprovação.

Concretamente, já se observou que nós reclamamos para buscar a aceitação da nossa opinião ou percepção, como se fosse um loop.

Até aqui, a reclamação funciona como uma estratégia de apresentação perante o nosso grupo social. Ela é uma função adaptativa do ser humano.

O problema surge quando ela passa a ser crônica, estendendo-se a inúmeros contextos. É uma situação que se agrava com o uso e abuso das redes sociais.

Nelas, pessoas influentes entre os mais jovens costumam dedicar grande parte do seu conteúdo a atacar isso e aquilo, como estratégia de captação de seguidores ou para criar debates e intercâmbio de comentários.

Diversas pesquisas confirmaram que o cérebro humano foi desenhado para identificar ameaças e problemas, o que explica por que é tão fácil se fixar no negativo e porque algumas pessoas se queixam mais do que outras.

Trata-se de um mecanismo evolutivo de função protetora: o cérebro tende a se fixar no negativo porque isso permitia que se enfrentasse um perigo real e aumentava as chances de sobrevivência.

Mas esse efeito, chamado de viés de negatividade, pode ser contraproducente no entorno moderno.

Manter o foco no negativo de maneira contínua pode alterar a forma como as pessoas vêem o mundo e interagem com outras.

Alguns estudos destacam que o ato de se lamentar pode causar mudanças estruturais no cérebro que, por sua vez, dificultam a resolução de problemas e afetam as funções cognitivas.

Isso significa que as pessoas queixosas podem sofrer redução de funções como a resolução de problemas, a tomada de decisões ou o planejamento − o que gera ainda mais frustrações e, consequentemente, mais queixas.

Também se observou que a reclamação cotidiana está correlacionada com a sintomatologia ansiosa depressiva.
Concretamente, ela traz pensamentos intrusivos, ruminações, baixa autoestima, cansaço e fadiga mental.

Por isso, os indivíduos que não param de se lamentar por tudo costumam ser mais pessimistas e menos resilientes frente às adversidades.


Na questão apresentada, o examinador analisa a transitividade de três verbos destacados em diferentes trechos do texto, considerando as variações que podem ocorrer conforme o contexto.

Análise da afirmativa I: O trecho “que trafega entre a barbárie e a civilização com uma facilidade enganosa” utiliza o verbo “trafegar”. Embora o verbo “trafegar” possa admitir usos com ou sem objeto direto, no contexto da frase ele vem acompanhado da locução prepositiva “entre a barbárie e a civilização”. Essa construção indica que, na situação em questão, o verbo apresenta uma transitividade indireta, dependente da preposição “entre”. Assim, a afirmativa I está correta.

Análise da afirmativa II: O trecho “um lugar de destaque entre aqueles que exploram os limites entre a arte e a vida” utiliza o verbo “explorar”. Em regência, “explorar” normalmente é tratado como verbo transitivo direto, ou seja, exige objeto sem preposição, como se observa na combinação “exploram os limites”. A alternativa menciona exemplos como “os cientistas exploram sobre os limites do universo”, que não corresponde à forma culta da língua, já que o emprego da preposição “sobre” é incorreto neste caso. Dessa forma, a referência ao uso “direto” está equivocada e, por esse motivo, a afirmativa II é considerada incorreta.

Análise da afirmativa III: O trecho “seu assistente empunhou um rifle calibre 22 e disparou em sua direção” apresenta o verbo “disparar” acompanhado da locução prepositiva “em sua direção”. Nessa construção, o verbo não vem com objeto direto, mas sim com um complemento regido por preposição, configurando, portanto, uma transitividade indireta. Embora “disparar” possa admitir outras transitividades conforme o contexto (como em “disparou o tiro”), na situação apresentada em que há a indicação da direção “em sua direção”, o verbo assume a transitividade indireta. Assim, a afirmativa III está correta.

Dessa forma, apenas as afirmativas I e III estão corretas, pois analisam adequadamente a transitividade dos verbos "trafegar" e "disparar", respectivamente, nos contextos apresentados, enquanto a afirmativa II apresenta uma inadequação ao citar um exemplo incorreto de uso do verbo "explorar".

Gabarito: Letra B

<center>Ainda polêmico, o corpo livre sempre foi um dos elementos centrais para a produção artística, seja a serviço de padrões de beleza, seja para quebrá-los radicalmente</center>

O corpo sempre esteve presente na arte, durante muito tempo por meio de representações que dizem bastante sobre a cultura de cada época e, também, sobre a maneira como enxergamos cada uma delas. Nas pinturas rupestres, por exemplo, as imagens ilustravam basicamente homens em lutas com animais. Eram quase dicas de sobrevivência. Naquela época, não existiam pretensões estéticas, mas hoje somos capazes de ver equilíbrio nos traços duros de uma realidade crua.
Também aprendemos a apreciar as figuras humanas angulosas da Grécia antiga, reflexos de uma sociedade otimista, voltada para uma revolução filosófica e, aí sim, em busca de ideais de beleza.

Entre a violência de um e a harmonia de outro, a história da arte foi construindo o que seria a percepção da beleza através do corpo humano. Trata-se de um conceito largo mesmo, que trafega entre a barbárie e a civilização com uma facilidade enganosa: variações entre esses dois extremos estão no centro da discussão, atualíssima, de como o corpo pode expressar – ou não – o belo na arte.

Ato 1: No dia 19 de novembro de 1971, o artista norteamericano Chris Burden entrou na pequena galeria F Space, em Santa Ana, Califórnia, e se posicionou em frente a uma parede. A uma distância de cerca de quatro metros, seu assistente empunhou um rifle calibre 22 e disparou em sua direção. O plano era que o tiro pegasse de raspão o seu braço esquerdo, fazendo escorrer uma única gota de sangue. Um vermelho singelo e poético. Belo. Mas a bala acabou entrando na pele. No registro da performance, filmada em Super 8, vemos um Chris Burden assustado sair de cena.

Shoot era uma crítica aos tiroteios a que os norteamericanos assistiam diariamente na TV durante a Guerra do Vietnã. Mas foi além e garantiu ao artista um lugar de destaque entre aqueles que exploram os limites entre a arte e a vida, e questionam a repulsa ou a atração que situações extremas causam nas pessoas. Os espectadores podiam interromper o atirador a qualquer momento. Mas, como viria a acontecer outras vezes na arte, testemunharam tudo em silêncio. A possibilidade do sangue derramado se impôs como outro tipo de estética – a de uma beleza que nasce do terrível.

Questões de Português - Transitividade verbal - Superior