Vamos lá! A questão quer que a gente identifique a função sintática do trecho "É possível amenizar o sofrimento das pessoas [...]". Isso é parte legal e um tanto confusa da sintaxe, mas vamos desvendar juntos.

 

Reparando bem, o trecho inicia com "É possível", que por si só já é uma construção impessoal. O verbo "ser" aqui não tem sujeito explícito, ele apenas declara uma possibilidade, tornando a estrutura do enunciado impessoal. Seguindo essa lógica, o que vem após, "amenizar o sofrimento das pessoas", funciona como o sujeito da oração, pois é quem realmente está realizando a ação encapsulada pela possibilidade oferecida pelo verbo impessoal inicial.

 

Nesse sentido, "amenizar o sofrimento das pessoas" é o sujeito infestado pelo verbo "ser" em sua forma impessoal, algo meio parecido com o que acontece em estruturas como "é preciso estudar". Aqui, "estudar" seria o sujeito. O mesmo raciocínio se aplica ao nosso caso agora, fazendo do sujeito o único candidato viável para a função sintática do trecho destacado.

 

Falando dos outros descartes rapidinho: objeto direto e indireto estão fora de cogitação porque não são ações recebendo a ação do verbo; já o aposto, que é um termo que explica ou resume um anterior, também não se encaixa, pois o trecho em questão não está explicando nenhum termo anterior diretamente.

 

Alternativa correta é C.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o fumante brasileiro consome em média 17 cigarros convencionais por dia. Segundo a Diretora do Ambulatório de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor), Dra. Jaqueline Scholz, no jovem que consome o cigarro eletrônico a taxa de nicotina do organismo pode ultrapassar essa média, alcançando o equivalente a mais de 20 cigarros tradicionais por dia.
 “Cada vez mais recebo no meu consultório jovens de 16 a 24 anos usam esse produto e têm uma taxa de nicotina no organismo equivalente do consumo de mais de 20 cigarros por dia”, disse a médica em entrevista a BBC News Brasil.
 Ainda de acordo com a reportagem, um estudo apurou que quase um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos usaram o cigarro eletrônico pelo menos uma vez na vida, mesmo que a comercialização desse produto seja proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 Para Scholz, isso explica a mudança nos números de iniciação do tabagismo, que antes eram bem baixos em relação aos adolescentes. “Se não cuidarmos desse problema agora, o uso desses dispositivos tem tudo para virar uma epidemia em breve”, alertou.
 O boom do cigarro eletrônico
 Ainda segundo a médica, o surgimento desses aparelhos não é, no entanto, algo tão novo, já que versões anteriores circulam há pelo menos 20 anos. Com base em discursos de que o estilo de dispositivo seria menos danoso à saúde, eles foram se popularizando cada vez mais — principalmente entre aqueles que desejavam parar de fumar. Contudo, ela afirma que não existem estudos que comprovem que o cigarro eletrônico possa auxiliar no tratamento do vício.
 “Vários países, como o próprio Reino Unido, aceitaram esse argumento e liberaram os cigarros eletrônicos. O que aconteceu nesses lugares foi um aumento da prevalência de fumantes”, disse Scholz. “Se o propósito desse produto fosse terapêutico mesmo, ele não poderia ser vendido em qualquer lugar, como acontece agora”, destacou.
 Em resumo, a cardiologista apontou que o cigarro eletrônico, na verdade, segue o caminho contrário à sua propaganda e, além de não cumprir as promessas terapêuticas, ainda pode fazer muito mal à saúde.
 Quais os ingredientes do cigarro eletrônico?
 Segundo a médica, que também é professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o. cigarro eletrônico contém propilenoglicol, nicotina e substâncias aromáticas — sendo esta última um dos maiores atrativos do dispositivo. já q nao emite o já conhecido cheiro dos cigarros tradicionais.
 Muitos também acreditam que o uso do propilenoglicol é inofensivo, já que ele é usado na indústria alimentícia. Mas isso pode não ser totalmente verdade.
 “Não temos estudos suficientes sobre isso, até porque esses dispositivos hoje trazem tantos aditivos que não possuímos uma ideia exata das reações químicas que acontecem ali, numa temperatura alta. Já vimos alguns trabalhos que detectaram substâncias cancerígenas na bexiga e na urina de usuários do cigarro eletrônico”, explicou a especialista.
 Sobre a nicotina, Scholz diz que “as novas gerações de cigarro eletrônico trazem sais que são cada vez menores e entregues em alta quantidade, o que aumenta a dependência” e, consequentemente, os danos ação e pulmão.
 “A nicotina não é uma substância inócua. Ela aumenta a frequência cardíaca, altera a pressão arterial e pode lesar o endotélio, a camada interna dos vasos sanguíneos. Por isso, o risco cardíaco de um usuário de cigarro eletrônico é praticamente o mesmo de alguém que fuma cigarros convencionais. Nos pulmões, as nanopartículas de nicotina podem entrar nos alvéolos, causar espasmos respiratórios e até doenças inflamatórias.”
 Assim como os tratamentos contra o uso de cigarros tradicionais, também há opções que podem ajudar o usuário a abandonar o vício do cigarro eletrônico. |“E possível amenizar o sofrimento das pessoas, que ficam em abstinência, e alcançar bons resultados”, disse a médica, “tembrando que o Sistema Unico de Saúde (SUS) possui recursos terapêuticos para os casos.

E aí! Vamos desvendar um pouco dessa questão sobre transitividade verbal, combinado? O trecho que você me trouxe aborda o verbo sublinhado "há" e queremos saber a que classificação ele pertence. 

 

Primeiramente, temos que entender o contexto em uso do verbo "há". No nosso trecho "há opções que podem ajudar o usuário a abandonar o vício do cigarro eletrônico", o verbo "há" é usado no sentido de existir, indicando a presença ou existência de algo, no caso, "opções". Isso configura um cenário onde o verbo "há" possui um complemento direto, que são as "opções". 

 

Um verbo transitivo direto é caracterizado pela necessidade de um objeto direto para completar o seu sentido, ou seja, ele precisa de algo que receba diretamente a ação sem a intervenção de uma preposição. No caso do verbo "há" comparado a "existir", ele se mostra transitivo direto porque se liga diretamente ao seu objeto, as "opções".

 

Para quem está estudando para concursos, é super importante lembrar que, quando se trata de verbos que indicam existência ou presença (como "há" do verbo "haver" nesta situação), eles costumam ser transitivos diretos, pedindo um objeto que completa o sentido principal do verbo. Metendo as caras nessa, a notch para os bancas como o Instituto Brasileiro de Administração Municipal, que pode puxar essas questões aparentemente simples, mas que exigem um bom entendimento da matéria!

 

A alternativa correta é A.

 pelo fato de a transitividade invariavelmente gerar uma dúvida relativa à ausência ou presença de preposição entre verbo e complemento, isto é, a incerteza sobre o fato de o verbo ser transitivo direto ou indireto.

 devido à introjeção das regras gramaticais pelo leitor, o que o leva a analisar, de modo consciente ou inconsciente, todas as frases que lê ou ouve, à procura das categorias gramaticais aprendidas na escola.

 em função da expectativa criada pelo verbo transitivo de que um ou mais objetos vão necessariamente acompanhá-lo, o que leva o ouvinte ou leitor à inevitável conjectura sobre esses complementos verbais.

 apenas na medida em que a transitividade de um verbo for entendida de maneira metafórica, o que abre ao leitor ou ouvinte a possibilidade de personificar seus eventuais complementos.

Vamos analisar essa questão com aquele toque mais leve e descontraído. A chave aqui está em entender por que, da perspectiva do texto, os leitores são obrigados a fazer escolhas ao enfrentar uma frase que contenha um verbo transitivo. Verbo transitivo, só para relembrar rapidinho, é aquele que exige um complemento – aquele plus para completar seu significado. E a questão aqui é entender o impacto disso no momento da leitura. 
 
A alternativa (A) aborda a dúvida sobre a presença ou ausência de preposição, que é uma preocupação gramatical mas não necessariamente o que a citação origina está falando. As preposições entram na história, claro, mas não é a questão central sobre a "escolha" que o texto enfatiza. 
 
A alternativa (B) fala sobre a introjeção das regras gramaticais, ou seja, a maneira como a gramática é internalizada pelo leitor. Isso seria uma grande sacada se a citação estivesse debatendo sobre a análise gramatical durante a leitura, mas não é focada nisso. 
 
A letra (C) é nossa estrela da rodada! Ela menciona algo crucial: a expectativa gerada pelo verbo transitivo de que complementos vão seguir. Essa ideia de antecipação, de apostar nas palavras que virão, casa perfeitamente com o trecho que discutimos. É sobre essa tensão e curiosidade que a narrativa se constrói. 
 
Por último, a alternativa (D) entra na onda da metáfora e da personificação, uma visão interessante, mas um pouco além do que era pedido pela afirmação do texto, focando mais na textualidade e menos no processo cognitivo durante a leitura. 
 
A alternativa correta é a letra C.

Num texto narrativo, o leitor é obrigado a optar o tempo todo. Na verdade, essa obrigação de optar existe até mesmo no nível da frase individual – pelo menos sempre que esta contém um verbo transitivo. Quando a pessoa que fala está prestes a concluir a frase, nós como leitores ou ouvintes fazemos uma aposta (embora inconscientemente): prevemos sua escolha ou nos perguntamos qual será sua escolha (pelo menos no caso de frases de impacto como “Ontem à noite no campo-santo do presbitério eu vi...”).

fazemos uma aposta / nos perguntamos qual

prestes a concluir a frase / prevemos sua escolha

Quando a pessoa que fala / sempre que esta contém um verbo transitivo

o leitor é obrigado / existe até mesmo no nível da frase individual

Tranquilo, vamos dissecar essa questão no estilo mais bacana possível! 
 
Primeiro, é preciso entender a diferença entre verbos transitivos diretos e bitransitivos. Os verbos transitivos diretos são aqueles que não precisam de preposição para se ligar ao objeto, já os verbos bitransitivos são aqueles que possuem um objeto direto e um indireto, isto é, um requere preposição e outro não. 
 
Agora, analisando as frases do nosso querido Umberto Eco no texto: 
 
1. "fazemos uma aposta" - Aqui tudo que está envolvido é um objeto direto após "fazemos", que é "uma aposta". Portanto, um verbo transitivo direto. 
2. "nos perguntamos qual" - Aqui, "nos" funciona como objeto indireto (nós perguntamos a nós mesmos) e "qual" como objeto direto. Um típico verbo bitransitivo. 
 
Nos outros trechos: 
- "prestes a concluir a frase / prevemos sua escolha" não apresentam a relação de objeto que caracterize transição direta e bitransitividade de maneira evidente. 
- "Quando a pessoa que fala / sempre que esta contém um verbo transitivo" também não atendem à demanda por não configurar os objetos necessários. 
- "o leitor é obrigado / existe até mesmo no nível da frase individual" igualmente não descrevem ação transitiva. 
 
Então, a questão focou mesmo em identificar esses types de objetos relacionados aos verbos, o que a torna um pouquinho delicada, mas nada que não pudéssemos desvendar! Portanto, a alternativa correta é a letra A.

Questões de Português - Transitividade verbal - Superior