 linguagem escrita formal, usada em tirinhas.

 linguagem que pode ser usada em informativos científicos.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre linguagem formal ou informal. A) Alternativa incorreta. O uso do termo "pra" no lugar de "para" não é formal. A linguagem das tirinhas não tende a ser formal.B) Alternativa incorreta. O uso do termo "pra" é informal. Os informativos científicos exigem precisão e adequação à norma-padrão.C) Alternativa incorreta. A linguagem é coloquial.D) Alternativa correta. O termo "pra" é coloquial, informal.E) Alternativa incorreta. A linguagem familiar não tende a ser formal.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre variação linguística. A) Alternativa correta. A variação linguística na tirinha mostra diferenças geográficas, que mudam de acordo com as regiões brasileiras.B) Alternativa incorreta. A variação linguística histórica compreende as mudanças ao longo do tempo. Por exemplo: vossemecê/você.C) Alternativa incorreta. A variação linguística situacional tem a ver com o contexto comunicativo. Por exemplo: não se usa o mesmo tipo de linguagem em uma apresentação ao público e em uma conversa informal.D) Alternativa incorreta. A variação linguística social tem a ver com grupos sociais, por exemplo: skatistas.

Meu computador parou de funcionar; eu já deveria ter trocado o bloco de alimentação, o que se chama comumente power supply.

 Ah! Não! Roubaram meu dinheiro! Estou desesperado!  

 Encontrei um pequeno apartamento em Paris para passar férias e eu o adorei! Adorei!!  

Observem que o tal consórcio da imprensa reúne grandes jornais relacionados a uma mesma ideologia.

Dizem que o termo brega é proveniente de Nóbrega, nome de uma rua de má fama em São Paulo.

A questão compreende assuntos relacionados à identificação da variação popular de linguagem. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado – O que houve aqui foi um emprego de um estrangeirismo em "power supply". Em "b": Errado – As palavras presentes neste trecho também não pertencem a uma variação popular de linguagem. Em "c": Errado – Há apenas exclamações, mas essas exclamações são feitas com base no registro culto da língua. Em "d": Certo – Em "o tal consórcio", temos um desvio em relação ao registro culto da língua; por isso, temos uma marca de variação popular de linguagem. Em "e": Errado – Também não houve registro de uma variação popular nesse segmento. Resposta: Letra D.

 variação dialetal, por tratar-se do uso formal ou informal da língua.

 variação diafásica, pois representa as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo.

 variação diastrática, por tratar das mudanças ocorridas na língua com o decorrer do tempo.

 variação diatópica, pois ocorre em virtude da convivência entre os grupos sociais.

 variação diacrônica, pois ocorre em razão das diferenças regionais.

O trecho citado ressalta a necessidade de reconhecer "a grande e rica diversidade do português falado aqui, vencendo, de vez, o mito da língua única e homogênea." Este trecho evidencia claramente a existência de diversas formas de se falar o português dentro do mesmo contexto geográfico, destacando a variação inerente ao uso da língua conforme o contexto em que ela é empregada. 

Antes de analisar as alternativas, é importante entender que,
<ul>
<li>A variação dialetal refere-se às variâncias regionais ou geográficas na forma como a língua é falada.</li>
<li>A variação diafásica diz respeito às mudanças na língua dependendo do contexto comunicativo, como o formal ou informal.</li>
<li>A variação diastrática relaciona-se com as diferenças na língua baseadas nas classes sociais.</li>
<li>A variação diatópica é uma variação influenciada pela posição social dos falantes e pela convivência entre diferentes grupos sociais.</li>
<li>A variação diacrônica acontece com mudanças na língua ao longo do tempo e não é relevante para esta análise.</li>
</ul> 

O trecho especificado no enunciado enfoca na diversidade de como o português é falado, reconhecendo a inexistência de uma "língua única e homogênea" e, portanto, sugere uma variação de acordo com as situações específicas em que a língua é utilizada. Isso se alinha diretamente com a definição de variação diafásica, que aborda as mudanças linguísticas de acordo com o contexto de uso. 

Vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:
<ul>
<li>A) Variação dialetal não se aplica, pois o texto não discute especificamente as diferenças geográficas.</li>
<li>C) Variação diastrática também não é adequada, uma vez que o texto não menciona variações de acordo com as classes sociais.</li>
<li>D) Variação diatópica não é relevante aqui, pois o texto não aborda a convivência entre diferentes grupos sociais e seu efeito na língua.</li>
<li>E) Variação diacrônica é incorreta, pois não trata de mudanças ao longo do tempo, mas reconhece a variação presente.</li>
</ul> 

Gabarito: Letra B


1     É lastimável quando alguém simplifica em demasia as 
   realidades complexas: perde a proporção dos fatos e se
   põe a fazer afirmações desprovidas de qualquer fundamento. 
   Enquanto essas simplificações permanecem nos limites do
   idiossincrático, parece não haver maiores problemas, afinal cada 
   um acredita naquilo que bem lhe apraz. Contudo, quando
   essas simplificações ultrapassam tais limites e começam a 
   sustentar ações para além do idiossincrático, a situação se torna,
5  no mínimo, preocupante.
      É o que tem ocorrido ultimamente com certa discussão em 
   torno da língua. Nessa área, há, sem dúvida, questões
   maiúsculas a serem enfrentadas. O Brasil precisa desencadear 
   um amplo debate com vista à elaboração de uma nova política
   linguística para si, superando os efeitos deletérios de uma 
   situação ainda muito mal resolvida entre nós.
      Essa nova política deverá, entre outros aspectos, reconhecer o 
   caráter multilíngue do país (o fato de o português ser
10 hegemônico não nos deve cegar para as muitas línguas 
   indígenas, europeias e asiáticas que aqui se falam, 
   multiplicidade que constitui parte significativa do patrimônio 
   cultural brasileiro). Ao mesmo tempo, deverá reconhecer a 
   grande e rica diversidade
   do português falado aqui, vencendo, de vez, o mito da língua 
   única e homogênea.
      Será preciso incluir, nessa nova política, um combate 
   sistemático a todos os preconceitos linguísticos que afetam
   nossas relações sociais e que constituem pesado fator de 
   exclusão social. E incluir, ainda, um incentivo permanente à
15 pesquisa científica da complexa realidade linguística nacional e 
   à ampla divulgação de seus resultados, estimulando com
   isso, por exemplo, um registro mais adequado, em gramáticas e 
   dicionários, da norma-padrão real, bem como das demais
   variedades do português, viabilizando uma comparação 
   sistemática de todas elas, como forma de subsidiar o acesso 
   escolar (hoje tão precarizado) ao padrão oral e escrito.
      Apesar de termos essas tarefas maiúsculas à frente, foi uma 
   questão minúscula que, a partir de uma grosseira
20 simplificação dos fatos, acabou por tomar corpo em prejuízo 
   de todo o resto: a presença de palavras da língua inglesa em
   nosso cotidiano.
      Uma observação cuidadosa e honesta dos fatos nos mostra 
   que, proporcionalmente ao tamanho do nosso léxico
   (composto por cerca de 500 mil palavras), esses 
   estrangeirismos não passam de uma insignificante gota d’água 
   (algumas poucas dezenas) num imenso oceano.
25    Mostra-nos ainda mais (e aqui um dado fundamental): muitos 
   deles, pelas próprias ações dos falantes, estão já em
   pleno refluxo (a maioria terá, como em qualquer outra época da 
   história da língua, vida efêmera).


A questão versa sobre temas relacionados aos tipos de variação linguística. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado - Veja que se trata de uma variação regional (ou diatópica), pois a variação é decorrente do regionalismo: em diferentes regiões, é utilizado um determinado vocábulo. A variação diafásica, por sua vez, ocorre segundo o contexto. Por exemplo, em contextos informais, são utilizadas gírias: "mano", "mico", "boy". Em "b": Errado - Como vimos, trata-se de uma variação regional (diatópica). Em "c": Errado - Nesse caso, estaria mais relacionado a estratégias discursivas/textuais. Em "d": Certo - Trata-se de uma variação diatópica, pois temos um caso de regionalismo: a linguagem muda a depender da região em que se encontra o falante. Em "e": Errado - Não temos esse tipo de variação, visto que não se trata de uma variação que ocorre em função do grupo social a que determinado falante ou escrevente pertence. Resposta: Letra D.

Questões de Português - Variação linguística