A tendência universal, apresentada por Malthus, é de que a população 
cresce em progressão aritmética e a produção de alimentos em progressão geométrica.

O crescimento natural da população excede a capacidade da terra para 
produzir alimentos para a sociedade.

O progresso técnico resulta na produção de mais alimentos, atendendo o 
aumento da demanda por parte da população.

Os países desenvolvidos incrementam a técnica, a fim de aumentar a produção dos alimentos ofertados à população dos países subdesenvolvidos.

(B). Correta. A teoria malthusiana, proposta por Thomas Malthus no final do século XVIII, argumentava que a população tende a crescer em progressão geométrica (exponencial), enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética (linear). Isso significa que, eventualmente, a população ultrapassaria a capacidade de produção de alimentos, levando a crises de fome e escassez. Malthus acreditava que o crescimento populacional seria limitado por catástrofes naturais, guerras e miséria. (A). Incorreta. Ao contrário do que sugere a alternativa, Malthus argumenta que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos cresce em progressão aritmética. (C). Incorreta. Malthus não acreditava que o progresso técnico seria suficiente para resolver o problema do crescimento populacional excessivo. Ele argumentava que, mesmo que houvesse avanços tecnológicos na produção de alimentos, a população acabaria crescendo mais rapidamente do que a capacidade de aumentar a oferta de alimentos, resultando em crises de fome. (D). Incorreta. A teoria de Malthus se concentra nas relações entre crescimento populacional e produção de alimentos, não abordando especificamente a dinâmica entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

As taxas elevadas de natalidade são consequências 
do subdesenvolvimento e não sua causa.

As pessoas deveriam diminuir os nascimentos e 
controlar o crescimento de habitantes.

O crescimento acelerado da população foi 
substituído pelas oscilações periódicas.

O crescimento populacional é responsável pela 
miséria.

Para entender a questão proposta, é importante conhecer os principais enfoques teóricos sobre dinâmica populacional que foram desenvolvidos ao longo do tempo. Entre eles, destacam-se as teorias malthusianas, neomalthusianas e reformistas ou marxistas. Thomas Malthus, no final do século XVIII, teorizou que o crescimento populacional ocorreria em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumentaria em progressão aritmética, o que levaria a crises de escassez e fome. Essa visão foi desafiada por outras teorias, incluindo a visão dos reformistas, que abordaremos ao analisarmos cada alternativa.

 

Alternativa A: 
A primeira alternativa, que diz que "as taxas elevadas de natalidade são consequências do subdesenvolvimento e não sua causa", corresponde integralmente à crítica reformista ou marxista às ideias malthusianas e neomalthusianas. Reformistas e marxistas argumentam que as condições econômicas e sociais, como a pobreza e o subdesenvolvimento, são responsáveis pelas altas taxas de natalidade. Segundo essa perspectiva, a falta de acesso à educação, saúde e emprego é o que leva a um planejamento familiar inadequado e a um crescimento populacional descontrolado. Portanto, políticas voltadas à melhoria das condições socioeconômicas iriam naturalmente resultar na redução das taxas de natalidade, uma vez que mudanças nas estruturas sociais e econômicas induziriam naturalmente a um autocontrole reprodutivo. Essa visão contradiz a ideia malthusiana de que a alta natalidade é a causa da pobreza, argumentando, ao contrário, que é uma consequência do próprio subdesenvolvimento. 
 

Alternativa B: 
A segunda alternativa sugere que "as pessoas deveriam diminuir os nascimentos e controlar o crescimento de habitantes." Esta é uma abordagem típica das teorias neomalthusianas, que defendem a necessidade de políticas de controle populacional para evitar os efeitos negativos de crescimentos populacionais descontrolados. Neomalthusianos acreditam que, sem tal controle, a capacidade de suportar a população excederia, levando a crises ambientais e sociais. Assim, essa alternativa não está alinhada com a perspectiva reformista ou marxista, que focaliza maiormente na transformação das estruturas sociais e econômicas do que no controle direto da reprodução. 
 

Alternativa C: 
A terceira alternativa afirma que "o crescimento acelerado da população foi substituído pelas oscilações periódicas." Esta afirmação está relacionada mais a teorias que exploram o ciclo natural de crescimento populacional, tais como a teoria da transição demográfica, que descreve como as populações passam de altas taxas de natalidade e mortalidade para baixas taxas, associada a desenvolvimentos econômicos e melhorias socioeconômicas. No entanto, essa visão não é essencial na crítica reformista, que é muito mais centrada no impacto do contexto socioeconômico nas variáveis demográficas do que nas oscilações periódicas. 
 

Alternativa D: 
Na última alternativa, que afirma que "o crescimento populacional é responsável pela miséria", temos, novamente, uma visão alinhada com a interpretação malthusiana. Segundo o pensamento de Malthus, o crescimento populacional inevitavelmente ultrapassa a capacidade de produção de subsistência, gerando miséria e fome. Porém, como anteriormente mencionado, os reformistas ou marxistas consideram que a miséria tem raízes em condições econômicas e sociais inadequadas – e não no mero aumento populacional. Aqui, a instituição de sistemas mais justos e igualitários é a chave defendida por reformistas para atacar a raiz da miséria, e não simplesmente focar na limitação direta do crescimento populacional. 
 

Dessa forma, a alternativa que melhor se enquadra na visão reformista ou marxista é a Alternativa A. Esses pensadores defendem que corrigir as desigualdades sociais e propiciar melhores condições de vida resultaria naturalmente na redução das taxas de natalidade, já que os indivíduos teriam mais acesso à informação, meios contraceptivos e oportunidades econômicas que incentivariam famílias menores. Esse pensamento crítico é fundamental no contexto de teoria demográfica, pois enfatiza a relação entre estruturas socioeconômicas e variáveis populacionais. 
 

Portanto, a alternativa correta é A.

(D). Correta. O texto descreve a Teoria Reformista. Esta teoria aborda a relação entre os países ricos e os países pobres do ponto de vista econômico e social. Essa teoria argumenta que os países desenvolvidos historicamente exploraram os países subdesenvolvidos, contribuindo para o aumento da pobreza e para o subdesenvolvimento. Além disso, destaca a necessidade de reformas socioeconômicas para superar esses problemas e promover o desenvolvimento equitativo. (A) Teoria Neomalthusiana. A Teoria Neomalthusiana não atribui a responsabilidade pela intensa exploração dos países subdesenvolvidos aos países ricos. Ela é uma abordagem que se baseia nas ideias de Thomas Malthus, sugerindo que o crescimento populacional excessivo pode levar à escassez de recursos e à pobreza. As recomendações neomalthusianas incluem o controle da natalidade para evitar problemas associados ao crescimento populacional. (B). Incorreta. A Teoria Malthusiana, proposta por Thomas Malthus, aborda o crescimento populacional em relação à oferta limitada de recursos, sugerindo que a população tende a crescer mais rapidamente do que a capacidade de produção de alimentos. A teoria não se concentra na exploração entre países ricos e pobres. (C). Incorreta. O Determinismo Geográfico, sugere que fatores geográficos, como clima e topografia, determinam o desenvolvimento ou subdesenvolvimento de uma sociedade. Essa teoria não se concentra na exploração entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. (E). Incorreta. A Teoria Ecomalthusiana, defende o desenvolvimento sustentável com menor impacto ambiental. Essa teoria não se concentra na exploração entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

A teoria mencionada no texto, que aborda a tendência universal da população a crescer em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, é conhecida como a "Teoria Malthusiana". Thomas Malthus, um economista britânico, foi o teórico que formulou essa teoria no final do século XVIII. Ele argumentou que a população humana teria uma tendência natural a crescer mais rapidamente do que a capacidade de produção de alimentos, levando a crises de fome e escassez. Resposta: Letra A

Para abordar essa questão, precisamos entender três teorias demográficas distintas: a Teoria Malthusiana, a Teoria Marxista e a Teoria Neomalthusiana. Cada uma apresenta uma abordagem única sobre como a população afeta o desenvolvimento econômico e social, especialmente em relação ao acesso a recursos e à produção de alimentos.

 

Teoria Malthusiana: 
A Teoria Malthusiana foi proposta por Thomas Malthus no final do século XVIII. Em sua obra "Ensaio sobre o Princípio da População", Malthus argumenta que o crescimento populacional tende a ocorrer em uma progressão geométrica (exponencial), enquanto a produção de alimentos aumenta em uma progressão aritmética (linear). Segundo Malthus, isso inevitavelmente levaria a uma situação onde a população superaria a capacidade de produção de alimentos, resultando em fome e miséria, a menos que houvesse controles naturais (como fome, guerras e epidemias) ou preventivos (como o celibato e a postergação do casamento).

Dentro do enunciado da questão, a primeira afirmação – “Responsabiliza aos mais pobres, sua índole e moral, o motivo do elevado crescimento vegetativo, numa velocidade superior à capacidade técnica de produção de alimentos” – se relaciona com a Teoria Malthusiana. Essa perspectiva sugere que, por conta de um descontrole populacional, principalmente entre as classes mais pobres, a situação futura seria insustentável. Malthus via a moral e os comportamentos reprodutivos desses grupos como fatores primordiais para o risco de superpopulação. Portanto, essa afirmação está alinhada com a Teoria Malthusiana.

 

Teoria Marxista: 
A Teoria Marxista, por outro lado, aborda a questão populacional a partir de uma perspectiva socioeconômica e estruturalista. Diferente de Malthus, Karl Marx e os pensadores marxistas posteriores não consideram a população um problema per se. Para os marxistas, as crises de fome e escassez não são decorrentes de uma pressão excessiva da população sobre os recursos, mas sim da má distribuição de renda e da desigualdade social que caracterizam a sociedade capitalista. Segundo essa visão, a questão não é de escassez absoluta de recursos, mas sim de sua distribuição desigual.

Portanto, a terceira afirmação – “Justifica a situação de carência alimentar e subnutrição como oriunda da condição socioeconômica, moldada pela concentração de renda e desigualdade social” – está relacionada com a Teoria Marxista. Aqui, a desigualdade e a concentração de riqueza impedem o acesso igualitário aos alimentos, resultando em carência para as camadas mais pobres da população.

 

Teoria Neomalthusiana: 
A Teoria Neomalthusiana surgiu no século XX, durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, e é uma atualização das ideias originais de Malthus. Essa teoria posa que a rápida taxa de crescimento populacional dos países subdesenvolvidos é um obstáculo ao desenvolvimento econômico. Propõe que tanto a superpopulação quanto a falta de investimentos produtivos estão associados a problemas como a fome e a pobreza. Os seguidores dessa teoria defendem a implementação de políticas de controle de natalidade como um meio de possibilitar o desenvolvimento sustentável desses países.

Assim, a segunda afirmação – “Afirma que os países mais periféricos, para superar sua pobreza, necessitam conter o crescimento da população o mais rápido possível, associando-o à fome e à elevada natalidade com a falta de investimentos produtivos” – claramente se alinha com a Teoria Neomalthusiana, que vincula o crescimento populacional ao subdesenvolvimento e à necessidade urgente de intervencionismo demográfico.

 

Colocando essas definições em prática, temos que a sequência correta na relação das teorias às afirmações é:

 

Alternativa A: 
1 – 2 – 3. Combinação incorreta, pois não corresponde à descrição das teorias mencionadas. 
 

Alternativa B: 
2 – 3 – 1. Também inapropriada, pois essa sequência não representa a associação correta das características. 
 

Alternativa C: 
3 – 2 – 1. Combinação também incorreta para a ordem correta das opções. 
 

Alternativa D: 
1 – 3 – 2. Correta, pois relaciona adequadamente a descrição das teorias Malthusiana, Neomalthusiana e Marxista às suas correspondentes proposições. 
 

Alternativa E: 
2 – 1 – 3. Está errada, pois a ordem indicada não se ajusta corretamente às ideias expressas. 
 

Portanto, a alternativa correta é D.

Compreender e decifrar as implicações da dinâmica populacional é uma preocupação que apresenta uma importância fundamental nas políticas públicas e privadas do meio social. Essa questão surge como um desafio à gestão pública, pois tanto os processos atrelados ao consumo e à produção sofrem alterações dinâmicas, exigindo estratégias renovadas ao longo do tempo em relação às novas situações instituídas.

Questões de Geografia - Teorias demográficas - Professor - Geografia