O enunciado da questão pede a análise da estrutura morfológica do verbo "zombavam", mencionado no texto. Para isso, é necessário identificar os componentes morfológicos presentes no verbo. Vamos quebrar o verbo em partes para entender melhor sua estrutura:

1. Radical: é a parte do verbo que carrega o significado principal. No caso do verbo "zombavam", o radical é "zomb-", que está relacionado à ideia de zombaria ou escárnio.

2. Morfema Temático: é um elemento que se situa entre o radical e as desinências. Serve para ligar o radical às desinências e pode fornecer informações adicionais sobre o verbo. No caso da primeira conjugação (a qual pertence o verbo "zombar"), o morfema temático, de fato, é "a".

3. Desinência Modo-Temporal: é o elemento que indica o tempo (passado, presente, futuro etc.) e o modo (indicativo, subjuntivo, imperativo etc.) em que o verbo está conjugado. Para o verbo na forma "zombavam", a desinência modo-temporal é "-vam", indicando que o verbo está no pretérito imperfeito do indicativo.

Assim, a análise do verbo "zombavam" realmente revela a presença do radical "zomb-", do morfema temático de primeira conjugação "a", e da desinência modo-temporal "-vam". No entanto, a desinência "-vam" não apenas confere tempo; ela também indica a pessoa (terceira do plural) e o número. Este tipo de detalhe pode levar a erros de interpretação quanto à classificação dos morfemas.

O enunciado sugere que a resposta correta é "Certo". No entanto, se houvesse um equívoco relacionado à falta de explicitação das informações de pessoa e número, isso poderia sugerir uma resposta "Errado". Contudo, com base nas informações fornecidas e na estrutura típica dos verbos na língua portuguesa, a confirmação de "zomb-" como radical, "a" como morfema temático de primeira conjugação e "-vam" como desinência modo-temporal mostra que a alternativa correta é mesmo "Certo".

Gabarito: Letra C

No vocábulo “zombavam” (R.24), além do radical zomb-,
identificam-se o morfema temático de primeira conjugação a
e o morfema modo-temporal -vam.

Com referência a palavras e expressões empregadas no texto, julgue
os próximos itens.


À medida que os meses passavam, foi tomando horror
à expressão “funcionário público aposentado”, que lhe cheirava
a atestado de óbito.
Ia dar início a profundas modificações em sua pessoa.
Começaria pelos trajes: roupa clara, moderna, não mais aqueles
ternos escuros cobrindo a eventual austeridade. Seu físico de
homem empinado e enxuto não parecia de todo desagradável.
Entraria como sócio para algum clube; e, se encontrasse um
professor discreto, talvez aprendesse a dançar.
Essas providências seriam a sua toalete exterior para
a nova fase da vida.
Semanas depois, aliviado do colarinho duro, era visto
pelas ruas em trajes mais leves, sorrindo forçado para os
conhecidos.
Tornou-se sócio de um clube da Lagoa. Sozinho,
porém, nunca punha os pés lá, até que um dia se fez
acompanhar pelo Lulu, bom atleta e péssimo funcionário, que
o apresentara como “velho servidor do Estado” às principais
beldades do bairro. Como dialogar com elas? Não conhecia
futebol nem equitação, não sabia jogar baralho, não guardava
nomes de artistas de cinema, ignorava os escândalos da
sociedade.
Tentou manter conversa, não conseguiu. Parecia-lhe
que zombavam dele. Se algumas moças lhe dirigiam a palavra
era como se lhe atirassem esmola. Acabou a noite só e triste,
agarrado ao seu copo de uísque. Quase nunca provava essa
bebida; achava-a até ruim. Como fazia parte do rito social, não
custava virar o copo. Deixou o Lulu com as moças, e saiu
fazendo uma careta. “Velho servidor do Estado...”
O farol dos automóveis apagava nas águas da Lagoa
o reflexo das últimas estrelas. Um casal abraçava-se debaixo de
uma amendoeira. Sentiu-se mais só. A vida era para os outros.
Antes tivesse algum processo a informar; estaria ocupado em
alguma cousa. Não! Um começo de soluço contraiu-lhe a
garganta. Chamou um táxi.

Para entendermos essa questão, vamos primeiro falar um pouquinho sobre o processo de "derivação regressiva". Esse é um tipo de formação de palavras onde um verbo gera um substantivo, geralmente relacionado à ação que esse verbo expressa. Por exemplo, do verbo "cantar" podemos derivar o substantivo "canto". 
 
Agora, voltando às nossas alternativas: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>A) Derivação parassintética: envolve tanto prefixo quanto sufixo adicionados a uma base ao mesmo tempo; não se aplica aqui.</li> 
 <li>B) Abreviação: isso consiste em reduzir partes de uma palavra ou frase, o que não ocorre no exemplo dado.</li> 
 <li>C) Derivação sufixal: trata do processo de adicionar um sufixo a uma palavra primitiva para formar uma nova palavra. Este é o caso aqui, onde os substantivos janta, embarque, e canto vêm dos verbos jantar, embarcar, e cantar, todos através da adição de sufixos.</li> 
 <li>D) Derivação prefixal e sufixal: implica a adição tanto de prefixos quanto de sufixos, o que não é o que acontece nos exemplos citados.</li> 
 <li>E) Palavras primitivas: refere-se a palavras que não são derivadas de outras, o que também não é aplicável aqui, pois há uma clara derivação.</li> 
</ul> 
 
Podemos observar que a derivação sufixal é o tipo de formação das palavras apresentadas, onde os substantivos (substantivação) geralmente são formados a partir de verbos, apresentando o sufixo que os transforma. Portanto, a questão está certa e a alternativa correta é C.

Questões de Português - Formação e estrutura das palavras - Secretaria de Estado de Educação do Amazonas