Trata-se do conceito de UNICIDADE:&nbsp;os documentos de arquivo conservam seu caráter único, em função do contexto em que foram produzidos.&nbsp;O princípio não faz oposição à quantidade de cópias, mas sim à sua característica de documento único, ou seja, devendo-se manter o documento original.

Princípio da territorialidade é&nbsp;o princípio segundo o qual os arquivos públicos, próprios de um território, seguem o destino deste último. Para Camargo,os arquivos das&nbsp;municipalidades devem ter uma flexibilidade maior do conceito de domicílio legal, visto que é legítimo a a convivência dos documentos acumulados por órgãos situados em diferentes esferas da Administração Pública. CAMARGO, Ana Maria; MACHADO, Helena Corrêa. Como implantar arquivos públicos municipais.Arquivo do Estado, São Paulo, 2000.

Segundo Bellotto (2010),&nbsp;a expressão ""informação arquivística‟ é um tanto equivocada,&nbsp;embora tenha caído no uso comum. [...]. Não temos outra&nbsp;expressão melhor do que "documento de arquivo‟ [...]. Posso&nbsp;dar um exemplo esclarecedor. Um livro ou um artigo de revista científica sobre, por exemplo, o tratamento do câncer, por&nbsp;acaso é uma informação bibliográfica ou biblioteconômica&nbsp;porque está na biblioteca? Ou ela é uma informação médica,&nbsp;oncológica, científica? E se o mesmo livro ou um documento&nbsp;estiver na minha casa? Será informação domiciliar? Mas, esse&nbsp;é apenas um parêntesis para fazer pensar nessas e em muitas&nbsp;outras imprecisões terminológicas.BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Da gênese à função: o documento de arquivo como informação e&nbsp;testemunho. In: SEMINÁRIO DE ESTUDOS DE INFORMAÇÃO:&nbsp;DOCUMENTO. GÊNESE E CONTEXTOS DE USO, 1., Niterói, RJ, 2010.

os remetentes da correspondência recebida.

a competência e as atividades do órgão produtor.

O princípio da proveniência, fundamental em Arquivologia, orienta como os arquivos devem ser organizados e gerenciados. Este princípio determina que os documentos produzidos ou recebidos por uma entidade, em função de suas atividades, devem ser mantidos juntos, sem mixagem com outros provenientes de fontes diferentes. A preservação da integridade do conjunto documental de um organismo reflete a estrutura e as funções da entidade, o que é essencial para compreender o contexto e o significado dos documentos arquivísticos. 

Partindo do enunciado da questão e do princípio descrito, analisemos cada uma das alternativas apresentadas: 

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) os remetentes da correspondência recebida. Esta opção não reflete o princípio da proveniência, pois foca nos remetentes externos dos documentos, o que pode levar a uma organização baseada na origem externa, e não na funcionalidade e estrutura interna da entidade que recebe os documentos.</li>
</ul> 

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>B) os temas e assuntos tratados. Embora importante, a organização por temas ou assuntos pode transgredir o princípio da proveniência, pois tende a agrupar documentos de diferentes origens com base apenas no conteúdo, sem considerar a estrutura orgânica da produção documental.</li>
</ul> 

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>C) as espécies e tipos mais frequentes. Esta alternativa também desconsidera o princípio da proveniência ao focar na frequência de tipos documentais ao invés de sua origem funcional e estrutural dentro da organização produtora.</li>
</ul> 

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>D) a competência e as atividades do órgão produtor. Esta é a opção correta porque alinha-se diretamente com o princípio da proveniência. A organização dos arquivos com base nas competências e atividades do órgão que os produziu assegura que a estrutura e as funções da entidade sejam refletidas nos registros documentais, mantendo a integridade do arquivo.</li>
</ul> 

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>E) o gênero, o formato e os suportes. Embora a consciência sobre gênero, formato e suporte seja importante para a preservação física dos documentos, essa abordagem não abrange o princípio da proveniência, uma vez que ignora as complexidades das estruturas orgânicas e funcionais na organização dos documentos.</li>
</ul> 

Portanto, a aplicação prática do princípio da proveniência implica sempre considerar como os documentos refletem as operações e estruturas da entidade que os gerou, como demonstrado na alternativa D, garantindo assim uma abordagem mais coesa e eficiente da gestão documental. 

Gabarito: Letra D

ao qual não são acrescentados novos documentos, em virtude da supressão da unidade produtora.

que aceita documentos provenientes do arquivo intermediário, de acordo com tabela de temporalidade.

cuja eliminação foi recomendada no processo de avaliação, depois de microfilmados os documentos originais.

que preserva documentos reservados e sigilosos, não acessíveis ao público.

que recebe sistematicamente novos documentos, em razão de convênio firmado com a unidade produtora.

Na disciplina de Arquivologia, o conceito de "fundo" é central e refere-se ao conjunto de documentos que provêm de uma mesma fonte ou entidade produtora, mantendo sua contextualização original. Essa definição nos ajuda a entender melhor a gestão documental tanto em arquivos permanentes como temporários. Distinguindo-se em fundos "abertos" e "fechados", essa categorização tem significativas implicações na maneira como os documentos são arquivados e acessados.
 

Um fundo é considerado fechado quando não são mais adicionados documentos a ele, geralmente devido ao encerramento das atividades da entidade produtora. Esta é uma condição importante para a gestão de documentos, uma vez que afeta o modo como os documentos são preservados e consultados no futuro.
 

Analisando as alternativas apresentadas: 
 
Alternativa A: "ao qual não são acrescentados novos documentos, em virtude da supressão da unidade produtora." Esta alternativa está correta e condiz com a definição de um fundo fechado. A supressão da unidade produtora implica que não haverá mais produção documental, e portanto, nenhum novo documento será agregado ao fundo.
 
Alternativa B: "que aceita documentos provenientes do arquivo intermediário, de acordo com tabela de temporalidade." Esta alternativa descreve uma prática comum em arquivologia, mas não implica que o fundo está fechado. Pelo contrário, essa atividade sugere que o fundo ainda está recebendo documentos.
 
Alternativa C: "cuja eliminação foi recomendada no processo de avaliação, depois de microfilmados os documentos originais." Esta descrição relaciona-se mais ao processo de avaliação e conservação de documentos, não abordando o status do fundo como aberto ou fechado.
 
Alternativa D: "que preserva documentos reservados e sigilosos, não acessíveis ao público." O caráter reservado ou sigiloso de um fundo não determina se ele está aberto ou fechado. É uma descrição mais ligada à classificação da informação.
 
Alternativa E: "que recebe sistematicamente novos documentos, em razão de convênio firmado com a unidade produtora." Esta alternativa explicitamente descreve um fundo que está aberto, pois continua recebendo documentos de modo sistemático.
 

Portanto, a alternativa correta é a Letra A, que indica um fundo não mais receptivo a novos documentos devido ao encerramento das atividades da entidade produtora, o que caracteriza um fundo como fechado conforme a prática arquivística.
 
Gabarito: Letra A

Questões de Arquivologia - Conceitos fundamentais, princípios e terminologia - Tribunal Regional Federal 2ª Região