“(...) a educadora (...) documenta os modos tradicionais de brincar.

“Qualquer brincar que não seja espontâneo (...)”.

“Jogar videogame ou jogos no celular é brincar?” D) “Não precisa necessariamente brincar junto o tempo todo.

“Não precisa necessariamente brincar junto o tempo todo.

“Brincar de casinha, por exemplo, é uma brincadeira (...)”.

Beleza, vamos destrinchar essa questão da UPENET/IAUPE sobre classes de palavras. A questão nos pede para analisar um contexto em que a palavra "brincar", normalmente um verbo, é usada como substantivo. O lance aqui é entender o papel que "brincar" joga nas frases sugeridas.

 

Quando você olha para a alternativa A, "os modos tradicionais de brincar", a palavra "brincar" ainda exerce função de verbo, explicando a ação de brincar de forma tradicional. Na alternativa C, “é brincar”, e na D, “brincar junto”, "brincar" novamente aparece claramente como verbo, descrevendo uma ação.

 

Agora, olhando para a alternativa E, "Brincar de casinha", apesar de parecer diferente, ainda funciona como verbo, parte de uma locução verbal que explica uma forma de jogar ou atuar.

 

A alternativa B, “Qualquer brincar que não seja espontâneo...”, é a chave aqui. “Brincar” é usado como um substantivo, referindo-se ao ato de brincar como um conceito ou ideia, e não diretamente como uma ação realizada no momento. Esse uso é um exemplo clássico de derivação imprópria ou conversão, onde uma palavra de uma classe (verbo) é utilizada como outra (substantivo) sem alteração de forma.

 

Aqui, ao analisar os contextos, é claro que a resposta correta é a alternativa B, já que nela a palavra "brincar" é apresentada de maneira substantivada, ou seja, como um substantivo.

 

alternativa correta é B

Em 2015, 3.320 pessoas foram mortas em intervenções policiais no Brasil. (1º parágrafo)

Os dados [...] colocam o Brasil no topo do ranking entre os países com maior letalidade policial. (1º parágrafo)

A polícia que queremos não governa pelo medo, mas pela lei. (2º parágrafo)

Cobrar uma conduta legal por parte do aparelho policial precisa ser também uma responsabilidade e um compromisso da sociedade. (3º parágrafo)

Há três meses à frente do cargo, ele diz que, apesar do descrédito da população em relação ao trabalho das Corregedorias, a instituição tem apresentado resultados. (3º parágrafo)

E aí, vamos destrinchar essa questão? O foco aqui é identificar a função de adjetivo, que é aquela peça do nosso querido Português que altera um substantivo, dando mais informação sobre ele. A gente procura por palavras ou expressões que delimitam ou especificam um substantivo, pra dizer como ele é, quantos são, de quem é, etc.

 

Na alternativa A, "Em 2015", temos basicamente um adverbial de tempo. Ele indica quando aconteceram os fatos descritos, mas não caracteriza diretamente nenhum substantivo.

 

Na alternativa B, "no topo do ranking", funciona como complemento adverbial, indicando o “lugar” do Brasil num ranking global. É um termo que expressa posição, mas também não faz papel de adjetivo.

 

Na alternativa C, "que queremos", temos a expressão que realmente encaixa na pergunta: define o tipo de polícia que é desejada pela sociedade. Aqui, ela atua como adjetivo, especificando qual polícia se trata, de forma que entende-se qual é pelo desejo da sociedade. É o exemplo clássico de uma oração subordinada adjetiva.

 

Na alternativa D, "por parte do aparelho policial", temos uma expressão preposicional que funciona como um adverbial, determinando a origem da conduta que deve ser cobrada, evidenciando de onde a ação deve partir, mas sem modificar diretamente algum substantivo como adjetivo.

 

Por fim, em E, "Há três meses à frente do cargo", a frase desempenha um papel temporal indicando quando ele começou a ocupar o cargo, porém, de novo, sem função adjetiva.

 

alternativa correta é C

<center>Polícia brasileira é a que mais mata e a que mais morre</center>
<center>Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que em 2015, 2.320 pessoas foram mortas em intervenções policiais</center>
 (1) A polícia que mais mata e a que mais morre. Em 2015, 3.320 pessoas foram mortas em intervenções policiais no Brasil. Na outra ponta, no mesmo ano, 350 policiais morreram assassinados no País, a grande maioria (dois terços) fora de serviço. Os dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no final de 2016 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, colocam o Brasil no topo do ranking entre os países com maior letalidade policial, tanto na condição de vítima quanto de algoz. Sociedade e polícia espelham a violência um do outro.

 (2) Ao fotografar a tragédia diária da matança brasileira, o relatório traz uma comparação das taxas de homicídio e letalidade policial do País em relação a outras realidades similares. Em artigo publicado no anuário, a socióloga e diretora-executiva do fórum, Samira Bueno, faz as contas: em Honduras, país considerado o mais violento do mundo, a taxa de letalidade policial é de 1,2. Já na África do Sul, país extremamente desigual e igualmente detentor de altos índices de criminalidade, a letalidade da polícia é de 1,1. Já a taxa brasileira atingiu a marca de 1,6 em 2015, com uma tendência ascendente. “A polícia que queremos não governa pelo medo, mas pela lei”, escreve a pesquisadora.

 (3) Cobrar uma conduta legal por parte do aparelho policial precisa ser também uma responsabilidade e um compromisso da sociedade, na visão do corregedor-geral da Secretaria de Defesa Social, o delegado federal Antônio de Pádua. Há três meses à frente do cargo, ele diz que, apesar do descrédito da população em relação ao trabalho das Corregedorias, a instituição tem apresentado resultados.

 (4) “No ano passado, expulsamos 84 agentes, entre policiais militares, civis, bombeiros e agentes penitenciários. É um número alto. Nosso trabalho depende da confiança da população. É importante ela denunciar a conduta do mau policial”, reforça.

Questões de UPENET/IAUPE - Português - Classes de palavras - 2018